sexta-feira, maio 17, 2024

Harbin: Uma Cidade-Esponja

Parque pantanoso de Tianjin

Harbin, no norte da China, é um exemplo de uma "cidade-esponja". 

Uma "cidade-esponja" é uma solução baseada na natureza para manter as inundações à distância, através da utilização da paisagem para reter a água, retardar o seu fluxo e limpá-la ao longo de todo o processo. No fundo, as "cidades-esponja" são cidades ecológicas que oferecem uma estratégia para incorporar o ciclo da água no planeamento urbano.

O conceito foi concebido por Kongjian Yu e proposto por investigadores chineses, em 2013. Assim, Harbin recolhe, limpa e armazena águas pluviais, ao mesmo tempo que protege o habitat natural e proporciona um espaço público verde para uso recreativo.

Décadas de urbanização e poluição, fazem a China enfrentar, por um lado, a escassez de água, por outro, inundações, que têm vindo a ser agravadas pelos efeitos das alterações climáticas.

Parque alagável Yanweizhou - cidade de Jinhua

O Norte da China tem sido particularmente afetado pela escassez de água ao longo de todo o ano, enquanto no Sul da China, o problema é sazonal. Para esta situação contribui o facto de que 80% da água no país está concentrada no Sul, quando o Norte é o epicentro do desenvolvimento nacional.

Na China, onde a economia tem tido um dos crescimentos mais rápidos do mundo, a água está a esgotar-se. Com uma população de 1,4 mil milhões de habitantes, o país precisa de água para se desenvolver, mas esse recurso vital tornou-se limitado e está distribuído de forma desigual, daí que a solução para uma melhor gestão dos recursos hídricos, tenha passado pela criação de cidades ecológicas, ou seja, das chamadas "Cidades-Esponja" (como pode ver nos vídeos abaixo).
Aqui vai o primeiro:
E agora o segundo:

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