
O
Paço da Ribeira localizava-se na margem do rio Tejo, na Ribeira de Lisboa, em Portugal.
Consistia num luxuoso palácio real erguido a partir de 1498, por determinação de D. Manuel I, no contexto da descoberta do caminho marítimo para a Índia e do monopólio português do comércio das especiarias do Oriente com a Europa. Foi totalmente destruído no terramoto de Lisboa, em 1755. No local do primitivo palácio situa-se, hoje, o complexo ministerial do Terreiro do Paço.
Ribeira das Naus foi o nome dado a partir da construção do Paço da Ribeira às novas tercenas que o rei Dom Manuel I mandou edificar a ocidente do novo palácio real, construído sobre o local das tercenas medievais.
No século XVIII, a
Ribeira das Naus passou a ser designada "
Arsenal Real da Marinha" quando as suas instalações foram construídas no mesmo local, no âmbito da reconstrução da Baixa de Lisboa, depois do terramoto de 1755.
.jpg)

Em 1910, passou a designar-se "
Arsenal da Marinha de Lisboa". O Arsenal da Marinha de Lisboa foi desactivado em 1938.
O seu antigo local - cujo acesso ao rio Tejo foi cortado com a construção da Avenida Ribeira das Naus - faz hoje parte das Instalações da Administração Central da Marinha.


A
Ribeira das Naus, com as docas
Seca e da
Caldeirinha, constituíu o conjunto dos maiores estaleiros do
Império Oceânico Português, servindo de modelo aos restantes que se foram construindo além-mar, nomeadamente às ribeiras de Goa e de Cochim.

A
Ribeira das Naus foi recentemente requalificada e atrai actualmente lisboetas e turistas para agradáveis passeios dominicais. A requalificação da
Frente Ribeirinha da Baixa Pombalina, foi um projeto prioritário da Câmara Municipal de Lisboa e da autoria dos arquitectos
João Nunes e
João Gomes da Silva.

O projeto baseou-se na recriação do sítio que outrora constituiu a
Doca Seca cuja origem remonta aos
Descobrimentos Portugueses. As obras permitiram devolver ao público a
Doca da Caldeirinha, uma estrutura que remonta a 1500 e que está hoje coberta de água, podendo ser atravessada através de um passadiço em madeira e a Doca Seca onde desde o século XVII eram recuperadas embarcações.
A
intervenção englobou, pois, a requalificação das infraestruturas enterradas e o avanço da margem, criando uma nova avenida ribeirinha e
uma escadaria que é como que a nova praia urbana da cidade.

Em complemento, criou-se um jardim cujos planos relvados, inclinados, recriam a configuração da antiga doca e permitem melhor usufruir o Tejo.
Lisboa ficou ainda com mais encanto e com um novo jardim com vista privilegiada para o rio. Este novo espaço público privilegia o peão e o contacto com o rio.
Se ainda não passeou por este novo espaço público "alfacinha", delicie-se, entretanto, com as fotos da Ribeira das Naus de ontem (antes de 1940) e de hoje e com o vídeo que se segue.
Ribeira das Naus from
Câmara Municipal de Lisboa on
Vimeo.
Sem comentários:
Enviar um comentário