domingo, novembro 27, 2011

Barco Negro

Mariza, a madrinha da candidatura do Fado a Património Imaterial da Humanidade (Unesco), é uma fadista portuguesa que nasceu em Moçambique em 1973.
Tem sido presença regular em palcos como o Carnegie Hall, em Nova Iorque, o Walt Disney Concert Hall, em Los Angeles, o Lobero Theater, em Santa Bárbara, a Salle Pleyel, em Paris, a Ópera de Sydney ou o Royal Albert Hall. O jornal britânico The Guardian considerou-a «uma diva da música do mundo».
Foi o pai que determinou o gosto da cantora pelo fado. Segundo a fadista o pai estava «sempre a ouvir fado e, na hora das refeições, nunca se via televisão; ouviam-se discos, sempre de fado…». Fernando Farinha, Fernando Maurício, Amália Rodrigues, Carlos do Carmo, entre muitos outros, eram os predilectos de José Nunes, e foram os que mais influenciaram a sua forma de cantar.
Logo aos cinco anos de idade recebeu o seu primeiro xaile. Começou, então, a moldar a voz que a tornou famosa. Sobre o estabelecimento onde aprendeu a cantar o fado e onde actuou pela primeira vez aos cinco anos, já envergando um xaile negro, Mariza já referiu em entrevistas:
"Foi aqui que toda a história começou. Se calhar é aqui que vai acabar. Tudo pode acabar de repente, tal como começou, e eu volto à minha Mouraria e à taberninha dos meus pais para servir dobradinhas e copos de vinho que não me chateia nada"!
Ali cruzou-se «com tantos fadistas que as suas caras já se esfumam na memória».
Ouça agora a Mariza, no conhecido fado "Barco Negro", cuja letra é de David Mourão Ferreira e que foi celebrizado pela fadista Amália Rodrigues.

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