terça-feira, dezembro 13, 2011

Cais das Colunas

O Tejo, à noite, não é um rio:
não nasce em Espanha,
terras não banha,
nem desagua além do Bugio.

Quem ande à noite, à toa,
e chegue à muralha e saiba escutar,
sente de um lado desaguar Lisboa
e do outro lado o mar.

Berço de barcos adormecidos,
frio ataúde de um sonho frio,
porto inventor de amores repetidos...
mas não um rio, mas não um rio!
Leonel Neves - (Do livro inédito Ontem à Noite)

Sem comentários: