domingo, fevereiro 07, 2010

Saudades de ...

Mário Viegas (1948 — 1996) foi um actor e encenador português.
É unanimemente reconhecido como um dos melhores actores da sua geração. Foi aluno da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa onde se iniciou no teatro universitário. Estreou-se como actor profissional no Teatro Experimental de Cascais, trabalhando com Carlos Avilez, passando depois pelo Teatro Universitário do Porto em 1969.
Foi fundador de três companhias teatrais (a última das quais foi a Companhia Teatral do Chiado) onde interpretou peças de autores como Stadt Hamm, Raul Baal, Fernando Krapp ou Wayne Wang. Aí, encenou também peças de Beckett, Eduardo De Filippo, Bergman, Tchekov, Strindberg, Pirandello, Peter Shaffer, entre outros.
Fez cinema tendo participado como actor n'O Rei das Berlengas de Artur Semedo (1978), no Azul, Azul de José de Sá Caetano (1986), no Repórter X de José Nascimento (1987), n'A Divina Comédia de Manoel de Oliveira (1991), na Rosa Negra de Margarida Gil (1992), no Sostiene Pereira de Roberto Faenza de 1996 (onde contracenou com Marcello Mastroianni). Ficaram célebres as suas interpretações nos filmes de José Fonseca e Costa Kilas, o Mau da Fita (1981), Sem Sombra de Pecado (1983), A Mulher do Próximo (1988) e Os Cornos de Cronos (1991).
Popularizou-se na televisão, com duas séries de programas sobre poesia - Palavras Ditas (1984) e Palavras Vivas (1991). Trabalhou também na rádio, principalmente como divulgador de poesia e de teatro e foi colaborador regular do jornal Diário Económico, para onde escreveu artigos sobre teatro e humor.
Deu-se a conhecer pelos seus recitais de poesia, gravando uma discografia com poemas de, entre outros, Fernando Pessoa, Luís de Camões, Cesário Verde, Camilo Pessanha, Jorge de Sena, Ruy Belo, Eugénio de Andrade ou ainda de autores estrangeiros (Brecht, Pablo Neruda, entre outros). Divulgou nomes como Pedro Oom ou Mário-Henrique Leiria.
Escreveu Auto-Photo Biografia (edição do autor) em 1995 que não foi autorizado a publicar. Em 2001 foi homenageado pelo Museu Nacional do Teatro com a exposição Um Rapaz Chamado Mário Viegas.
Veja-o agora a dizer poemas de Fernando Pessoa (Alberto Caeiro) d' O Guardador de Rebanhos.

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