Ouça o cantor português António Zambujo no Cravo de São João (ao vivo em Sofia, 19.06.2011).
Este fado tem letra de Aníbal Nazaré e música de Martinho da Assunção. "Cravo de São João" fez parte do disco "Por meu Cante" (2004) de António Zambujo.
Quando a vi ela trazia Bem juntinho ao coração Como um hino de alegria Um cravo de são João Passou por mim apressada Da primeira vez que a vi Achei a moça engraçada E nunca mais a esqueci
Vinha bonita Com o seu vestido de chita Tinha uma graça infinita Tinha um ar bem português O meu olhar Pousou nela como um beijo E fiquei com o desejo De a encontrar outra vez
Barcelinhos é uma freguesia portuguesa do município de Barcelos, com 2,76 km² de área e 1869 habitantes (censo de 2021). A sua densidade populacional é 677,2 hab./km².
Barcelinhosvolta a fazer festa a S. João. Os sons do Minho são um dos destaques. Mas, também há para ver a cascata, as marchas populares e a Banda Costa Mar. A organização promove no sábado à tarde o S. João dos Pequeninos para envolver as diferentes gerações.
A organização está a cargo da Comissão das Festas Populares de Barcelinhos que quer promover a alegria nas ruas barcelinenses.
Se não sabe onde festejar o S. João, aqui fica esta proposta. Se ainda não está convencido/a não deixe de ver os vídeos abaixo.
Sabe porque razão o corvo é um dos símbolos de Lisboa?
Lisboa é uma cidade cheia de símbolos históricos, culturais e artísticos.
Os corvos aparecem na bandeira da cidade, no brasão e em muitos outros locais e relacionam-se com a história do padroeiro e mártir da cidade de Lisboa, São Vicente.
O santo padroeiro de Lisboa foi diácono de Saragoça e bispo em Valência, onde no ano 304 d.C., foi martirizado, por ocasião da perseguição aos cristãos peninsulares.
Segundo reza a lenda, Publius Dacianus, governador da Valência, terá martirizado o bispo de Saragoça, na altura o diácono Vicente, abandonando-o num espaço aberto para ser devorado pelos animais. Acontece que o corpo terá sido guardado por um anjo sob a forma de corvo, que afastou os animais do festim.
Os seus restos mortais foram, já no século VII, trasladados para o Cabo de São Vicente, onde continuou a ser venerado durante o período islâmico.
Mais tarde, D. Afonso Henriques prometeu que, se a cidade fosse conquistada aos mouros, traria as suas ossadas de Sagres para Lisboa, e mandaria erguer uma igreja em sua memória.
A relíquia de São Vicente foi trazida para Lisboa por Dom Afonso Henriques, durante uma atribulada viagem em que, também segundo a lenda, a barca que a transportava terá sido escoltada por dois corvos. A barca e os corvos, estão, assim, na origem do brasão de armas da cidade de Lisboa.
A sua entrada na cidade terá sido junto ao atual Martim Moniz, onde mais tarde a Cerca Fernandina teve uma porta chamada "de São Vicente".
Entre as muitas localidades e igrejas de que é orago, contam-se a Diocese do Algarve e o Patriarcado de Lisboa, em cuja Sé se encontram as suas principais relíquias.
O principal mosteiro de origem medieval de Lisboa, Igreja de São Vicente de Fora, cujas fundações remontam ao reinado de Dom Afonso Henriques após a reconquista de Lisboa, é hoje sede do Patriarcado de Lisboa.
Em Portugal, São Vicente é representado de modos diversos: com palma e evangeliário (livro que contém os quatro Evangelhos) ou, mais habitualmente, com uma barca e um corvo, porque, de acordo com a tradição, quando, no século XII, o rei Afonso Henriques ordenou que as relíquias do santo fossem trazidas do Cabo de São Vicente (o então «Promontorium Sacrum»), junto a Sagres, para a cidade de Lisboa, duas daquelas aves velaram o corpo do santo que seguia a bordo da barca – facto a que ainda hoje aludem as armas de Lisboa e de muitas outras povoações portuguesas.
Em França,S. Vicente é padroeiro dos vinhateiros e profissões afins, e tem como insígnias um cacho de uvas, para além da palma do martírio.
Portofino tem servido de inspiração a vários cantores de várias partes do mundo. Ouça, então, o cantor italiano dos anos 50 e 60, Fred Buscaglione, em Love in Portofino.
Portofino é uma aldeia piscatória na Riviera italiana (Riviera Ligúria), a sudeste da cidade de Génova. Esta é uma das regiões mais turísticas e mais charmosas da Itália que desde os anos 50 começou a atrair a visita de ricos e celebridades para passar as suas férias.
As casas de cor clara, as boutiques de luxo e os restaurantes de marisco rodeiam a Piazzetta, uma pequena praça calcetada com vista para o porto, repleto de luxuosos iates. Existe um caminho que conduz da Piazzetta ao Castello Brown, uma fortaleza e museu do século XVI, onde se realizam exposições de arte e tem uma das melhores vistas panorâmicas da aldeia e do mar da Ligúria.
I found my love in Portofino Perché nei sogni credo ancor Lo strano gioco del destino A Portofino m'ha preso il cuor
Nel dolce incanto del mattino Il mare t'ha portato a me Socchiudo gli occhi a me vicino A Portofino rivedo te
Ricordo un angolo di cielo Dove ti stavo ad aspettar Ricordo il volto tanto amato E la tua bocca da baciar
I found my love in Portofino Quei baci più non scorderò Non è più triste il mio cammino A Portofino I found my love
I found my love in Portofino Down in that small italian bay And everything was so divino In Portofino, I found my way
The sun was shining that mattino And so my words were just a few I close my eyes and so vicino In Portofino, I still see you
There was a place made just for lovers The skies and sea and friendly bar Tables and chairs and lazy waiters A curly boy playing guitar
And when it's night in Portofino The stars are twinkling up above I close my eyes and so vicino In Portofino, I found my love
A propósito de umas belíssimas alcachofras que vi nos espaços verdes da Escola Secundária do Lumiar, lembrei-me da Queima das Alcachofras nos Santos Populares. Aqui fica a história.
Em primeiro lugar uma alcachofra (Cynara cardunculus) é uma planta - da família das compostas - que pode atingir até um metro de altura. Dá uma inflorescência comestível, produto muito apreciado quando ainda na fase inicial e razão do seu cultivo comercial. Ao transformar-se em flor aberta (a corola começa a ficar lilás a partir do mês de Maio), endurecem as brácteas e não podem mais ser aproveitadas para consumo. O nome "alcachofra" provém do árabe al-kharshûf (que significa "planta espinhuda").
Na noite de Santo António, de São João ou de São Pedro, rezava a tradição que se devia queimar a flor de uma alcachofra silvestre. Recolhe-se, já queimada e depois esta deveria ser replantada de novo num vaso ou canteiro. A seguir dever-se-ia regar a terra e esperar que a alcachofra voltasse a florir - se tal acontecesse, era sinal que o amor do/a jovem era correspondido e era para durar, se não... seria melhor procurar outro!
Este ritual é simples e pode ser feito individualmente ou em grupo. Quando em grupo os jovens apaixonados reúnem sacos ou cestos e vão para o campo para cortar as alcachofras. Uns referiam que a alcachofra devia ser queimada na própria fogueira de rua nessa mesma noite, outros não eram tão específicos sobre o local onde se queimava. Certo é que tinha de ser nessa noite, para o resultado ser fiável!
A queima da alcachofra brava ou cardo, já só muito raramente é feita, e será preciso um forte empenho para que volte a fazer parte das festividades do mês de Junho em Portugal.
Segundo os mais entendidos estes rituais: as fogueiras, a queima das alcachofras, etc, estão relacionadas com ritos pagãos e com as festas solsticiais de verão.
"Lisboa" Quando atravesso – vinda do sul – o rio E a cidade a que chego abre-se como se do seu nome nascesse Abre-se e ergue-se em sua extensão noturna Em seu longo luzir de azul e rio Em seu corpo amontoado de colinas – Vejo-a melhor porque a digo Tudo se mostra melhor porque digo Tudo mostra melhor o seu estar e a sua carência Porque digo Lisboa com seu nome de ser e de não-ser Com seus meandros de espanto insónia e lata E seu secreto rebrilhar de coisa de teatro Seu conivente sorrir de intriga e máscara Enquanto o largo mar a Ocidente se dilata Lisboa oscilando como uma grande barca Lisboa cruelmente construida ao longo da sua própria ausência Digo o nome da cidade – Digo para ver
Para os portugueses não existem festas sem comida e bebida, de preferência de qualidade e em quantidade.
Uma festa ou arraial como deve ser tem pratos tradicionais associados a essas comemorações, é o caso dos Santos Populares (Santo António, São João e São Pedro). Um arraial é uma festa ao ar livre, com conotações populares e folclóricas. Durante a festa de Santo António em Lisboa, acontecem vários arraiais em simultâneo em diferentes bairros da cidade, onde são comuns as atuações ao vivo.
Nesta altura do ano e nos diferentes arraiais que se realizam por todo o país, são muitos os petiscos e os pratos que fazem não só as nossas delícias como as de muitos turistas que visitam o nosso país. Aqui vão alguns:
A Sardinha assada
Não há maior clássico dos santos populares do que a sardinha assada. No pão ou no prato a sardinha faz parte da cultura portuguesa e, durante o mês de junho, é impossível resistir-lhe. Se vier acompanhada por uma salada de pimentos ainda melhor!
O Caldo Verde
Este é outro clássico dos santos populares. É um creme de batata e couve portuguesa migada. Come-se, habitualmente, ao final da noite. Bem quente e bem servido com rodelas de chouriço, funciona como a comida de conforto das festas populares.
Os Caracóis
Este é um petisco mais associado a Lisboa e ao sul de Portugal. Este petisco não é consensual: ou se ama ou se odeia.
As Bifanas, os Couratos e a Entremeada
Estes são petiscos simples, normalmente grelhados, mas que nesta altura são os reis da festa.
No prato ou no pão, a bifana (um bife de porco frito ou grelhado) pode comer-se um pouco por todo o lado.
A Morcela e o Chouriço assados
Estes são os enchidos mais queridos de Portugal e fazem parte da ementa de qualquer festa ou romaria sempre acompanhados por pão caseiro.
As Bebidas
Aqui não há como enganar, o vinho, a sangria e a cerveja são os reis. E para rematar a noite nada como uma boa ginjinha.
As Farturas
Estas frituras doces não estão especificamente relacionadas com os Santos Populares, mas são obrigatórias na maioria das festas de rua por todo o país. É uma massa frita, que é consumida simplesmente polvilhada com açúcar e canela.
O Arroz Doce é uma das sobremesas mais tradicionais da gastronomia portuguesa. Não é específica dos Santos populares, mas, é uma sobremesa fácil, rápida e económica que faz parte da infância da maioria dos portugueses.
Se nunca viveu esta quadra não deixe de visitar o Porto (S. João), Braga (S. João), Póvoa de Varzim (S. Pedro) ou Lisboa (Santo António).