sábado, novembro 20, 2021

O Beijo

O Beijo é uma obra de Klimt datada de 1908.

O quadro representa o beijo entre um homem e uma mulher, a última aparentemente está de joelhos. A posição do casal e as cores variadas e intensas formam um conjunto que permite mais do que uma possibilidade de interpretação. Alguns críticos consideram a pintura como uma símbolo da união erótica. No entanto, outros admitem que se trata de um questionamento da identidade de duas pessoas e dois sexos. A "Fase Dourada" de Gustav Klimt foi a época mais bem sucedida da sua carreira, crítica e financeiramente. O nome vem do uso da folha de ouro em muitas pinturas da época. Duas das mais conhecidas são Adele Bloch-Bauer I, de 1907, e The Kiss, concluído em 1908.

Gustav Klimt (1862 - 1918) foi um pintor simbolista austríaco.  Associado ao simbolismo, destacou-se dentro do movimento art nouveau austríaco e foi um dos fundadores do movimento da Secessão de Viena, que recusava a tradição académica nas artes, e do seu jornal, Ver Sacrum. 

Os seus maiores trabalhos incluem pinturas, murais, esboços e outros objetos de arte, muitos dos quais estão em exposição na Galeria da Secessão de Viena.

sexta-feira, novembro 19, 2021

O Bolo de Caco

O Bolo do Caco é um ex-libris da gastronomia Madeirense. Apesar de ter o nome de "bolo",  é na verdade um tipo de pão redondo e achatado que estabelece uma ligação entre o pão madeirense e o pão de influência árabe.

Antigamente, o bolo do caco era cozido em cima de uma pedra de basalto sobre brasas escaldantes, esta pedra denominava-se de "caco", daí o nome de "Bolo do Caco". Atualmente é cozido numa chapa metálica ou numa frigideira, aquecidas num bico de gás. 

Em épocas mais recuadas, este pão era muito conhecido porque a sua preparação, ao contrário da maioria dos pães feitos na altura, não necessitava do uso de forno, o que era bastante útil e favorável, porque nessa época a maioria da população não tinha poder de compra suficiente para ter um forno particular.  Além disso no século XVI era proibida a construção de fornos particulares, o que obrigava os cidadãos a utilizar os fornos pertencentes ao rei ou a pessoas com um nível social elevado como por exemplo ordens religiosas, tendo que pagar pelo seu uso. Deste modo, o Bolo do Caco ficou extremamente conhecido sendo muito mais fácil fazê-lo em comparação com outros tipos de pão. 

Confecionado com farinha de trigo, batata-doce, fermento caseiro, água e sal, é amassado e depois de levedar, a massa é dividida em pedaços arredondados e achatados. 

O Bolo do Caco é ma das entradas mais comuns numa refeição típica madeirense, sendo comido quente de preferência com manteiga de alho. Pode também ser consumido sob a forma de sanduíche com produtos típicos da ilha como o polvo, a espetada, o atum, e também no típico "prego" (sanduíche de bife).

Ingredientes:

1 kg de farinha
750 gr de Batatas doces
25 gr de Fermento de padeiro
1 pitada de Sal
Água

Preparação:

Descasque as batatas, leve a cozer em água e reduza-as a puré.
Desfaça o fermento num pouco de água (+/- 150 ml) e adicione também o sal.
Coloque a farinha numa superfície limpa, abra um buraco no meio e coloque aí a batata doce e o fermento. Misture com a mão estes ingredientes. 
Deixe a massa fermentar durante 2 a 3 horas.
Divida a massa em pequenas porções (redondas) e espalme-as (numa superfície polvilhada com farinha). De seguida coza o bolo de caco numa chapa bem quente, de ambos os lados.
Sugestão: Barre com manteiga de alho, salsa picada e e um pouco de sal. E agora, bom proveito!

quinta-feira, novembro 18, 2021

Jubiabá

Jubiabá é um romance de autoria do escritor brasileiro Jorge Amado, membro da Academia Brasileira de Letras, publicado em 1935.

O livro Jubiabá de Jorge Amado, foi adaptado para o cinemainspirou também o Poema da Farra de Rui Mingas.

Jubiabá (ou Severiano Manoel de Abreu: 1886 -1937) foi também um babalorixá do Candomblé e capitão do Exército de Salvador, Bahia. Recebia o caboclo "Jubiabá", que foi o caboclo mais famoso da Bahia, a ponto de chamarem o pai de santo pelo nome do caboclo. Foi pai de santo do não menos famoso babalorixá Joãozinho da Gomeia que recebia o caboclo Pedra Preta.

Sinopse:

Quarto livro publicado por Jorge Amado, Jubiabá conta a história de um dos primeiros heróis negros da literatura brasileira. O romance é central na obra do autor: as contradições entre o mundo do trabalho, o conflito racial, a ideologia, a luta e, de outro lado, a cultura popular, o universo das festas, o sincretismo religioso, a miscigenação e a sensualidade vão marcar toda a sua produção.


António Balduíno é um garoto pobre, criado no morro do Capa-Negro. Ali, convive com os homens mais respeitados do lugar, como o violeiro Zé Camarão e o pai-de-santo Jubiabá.

O livro retrata o quotidiano das classes populares na cidade de Salvador, na Bahia, sob a ótica de António Balduíno, menino criado no morro em Salvador, que se converteria em líder grevista.

A partir de Jubiabá, Jorge Amado trouxe para os seus romances a tese comunista do "etapismo", que defendia uma aliança política da esquerda popular com a burguesia.

quarta-feira, novembro 17, 2021

Soneto de Contrição

Eu te amo, Maria, eu te amo tanto

Que o meu peito me dói como em doença

E quanto mais me seja a dor intensa

Mais cresce na minha alma teu encanto.


Como a criança que vagueia o canto

Ante o mistério da amplidão suspensa

Meu coração é um vago de acalanto

Berçando versos de saudade imensa.

Não é maior o coração que a alma

Nem melhor a presença que a saudade

Só te amar é divino, e sentir calma…


E é uma calma tão feita de humildade

Que tão mais te soubesse pertencida

Menos seria eterno em tua vida.

Vinicius de Moraes

terça-feira, novembro 16, 2021

Poema de Farra

Uma música de ontem e de hoje. Uma música de sempre, na voz d o angolano  Rui Mingas: o Poema de Farra.

Como diz um dos comentários no youtube, reco-reco, violino, violão, piano e uma leve percussão fizeram a orquestra desta maravilhosa música que existe há mais de 45 anos e continua cada vez mais atual, ou seja, é uma música intemporal.

Quando li Jubiabá

Me cri António Balduíno

Meu Primo, que nunca o leu

Ficou Zeca Camarão


Vamos os dois numa chunga

Vamos farrar toda a noite

Vamos levar duas moças

Para a praia da Rotunda!

Zeca me ensina o caminho

Sou António Balduíno


E fomos farrar por aí

Camarão na minha frente

Nem verdiano se mete

Na frente Zé Camarão

Balduíno vai no trás


Que moça levou meu primo!

Vai remexendo no samba

Que nem a negra Rosenda

Eu praqui olhando só!


Que moça que ele levou!

Cabrita que vira os olhos

Meu Primo, rei do musseque

Eu praqui olhando só!

Meu primo tá segredando

Nossa Senhora da Ilha

Ou que outra feiticeira?

A moça o acompanhando


Zé Camarão a levou

E eu para aqui a secar

E eu para aqui a secar

segunda-feira, novembro 15, 2021

Aruba: O Mundo Segundo Os Brasileiros

Oranjestad

Venha conhecer Aruba através do programa televisivo: O Mundo Segundo Os Brasileiros. 

Aruba é um país insular que faz parte do Reino dos Países Baixos, localizado nas Pequenas Antilhas, no sul do Mar das Caraíbas, ao largo da costa da Venezuela. 

Além da Venezuela, os seus vizinhos mais próximos são Curaçau, Bonaire e a península de La Guajira (Colômbia). A capital é Oranjestad.

O território, juntamente com os Países Baixos (Holanda), Curaçau e São Martinho, forma o Reino dos Países Baixos. 

domingo, novembro 14, 2021

O Mosteiro Sakya

O Mosteiro Sakya, também conhecido como Pel Sakya ("Terra Branca" ou "Terra Pálida") é um mosteiro budista situado a cerca de 127 km a oeste de Shigatse, na estrada para Tingri, na Região Autónoma do Tibete.

A escola de budismo tibetano Sakya, foi fundada em 1073, por Konchog Gyalpo, originalmente um praticante Nyingma da poderosa e nobre família dos Tsang. Os seus poderosos abades governaram o Tibete durante todo o século XIII, até que seu poder foi declinando tendo-se verificado a ascensão da recente escola Gelug, possuindo, contudo, muitos seguidores no Tibete.

A arquitetura medieval mongol do Mosteiro é bem diferente da dos templos em Lhassa e Yarlong. O único prédio antigo que permanece é o Lakang Chempo ou Sibgon Trulpa. Originalmente numa caverna na lateral da montanha, foi construído em 1268 por Panchen Sakya Zangpo e restaurado no século XVI. Contém algumas das mais magníficas obras de arte remanescentes de todo o Tibete, que aparentam não terem sido danificadas nos tempos recentes. 

Quanto à grande biblioteca de Sakya, fica em prateleiras ao longo das paredes do grande átrio do Lhakhang Chempo. Estão preservados aqui muitos volumes escritos com letras de ouro. As páginas têm cerca de 1,8m de comprimento por 45cm de largura. Nas margens de cada página existem ilustrações e os primeiros quatro volumes possuem figuras dos mil Budas. Estes livros estão encadernados em ferro. Foram elaborados de acordo com as ordens do imperador Kublai Khan, e presenteados à Phag-pa na sua segunda visita a Pequim.


Em 2003, no Mosteiro Sakya, uma imensa biblioteca com cerca de 84 mil pergaminhos foi encontrada, selada, numa parede de 60 metros de comprimento por 10 metros de altura.

Os pergaminhos devem ter permanecido intocados por centenas de anos e espera-se que a maioria deles sejam escrituras budistas, apesar de poderem também incluir trabalhos de literatura, história, filosofia, astronomia, matemática e arte. Hoje em dia estão a ser estudados na Tibetan Academy of Social Sciences.