A Labradorite é uma pedra semipreciosa fascinante devido ao seu jogo de cores e aos seus efeitos terapêuticos surpreendentes.
Terá sido descoberta pela primeira vez, há cerca de 200 anos encantando, desde então, apreciadores de jóias e de pedras de cura.
A Labradorite, é um mineral do grupo dos feldspatos, sendo frequentes os cristais maclados.
A sua característica mais facilmente reconhecível é a sua reflecção superficial com aspecto de uma mancha de óleo.
Este mineral ocorre na Ilha de Paul perto da localidade de Nain, no Labrador, Canadá, região que deu origem à sua designação. Mas, também aparece em Itália, na Gronelândia, na Finlândia, na Rússia, e na Península da Escandinávia.
Ocorre em grandes massas cristalinas exibindo iridescência ou jogo de cores.
As variedades gemológicas de Labradorite que exibem um alto grau de iridescência são designadas Espectrolites.
Os benefícios da Labradorite:
Como o cálcio é um dos principais componentes da labradorite, é indicada, no tratamento de transtornos ligados aos ossos (doenças dos ossos, doenças reumáticas, gota e elevada sensibilidade à mudança do tempo).
Mas também é benéfica, no tratamento de problemas circulatórios, no fortalecimento do sistema imunológico e no tratamento da tensão baixa.
Esta pedra semipreciosa é também eficaz na meditação, no fortalecimento da memória, ou seja, atua sobre o estado psíquico e emocional.
A labradorite é, aliás, a pedra dos médicos, dos terapeutas, das pessoas empáticas e de todas as pessoas que estão em contacto com o público (professores, taxistas, empregados de café, lojistas, entre outros…) porque ela permite que não sejam afectados pelo mal dos outros.
sábado, junho 11, 2016
sexta-feira, junho 10, 2016
Aviso de porta de livraria
Não leiam delicados este livro,
sobretudo os heróis do palavrão doméstico,
as ninfas machas, as vestais do puro,
os que andam aos pulinhos num pé só,
com as duas castas mãos uma atrás e outra adiante,
enquanto com a terceira vão tapando a boca
dos que andam com dois pés sem medo das palavras.
E quem de amor não sabe fuja dele:
qualquer amor desde o da carne àquele
que só de si se move, não movido
de prémio vil, mas alto e quase eterno.
De amor e de poesia e de ter pátria
aqui se trata: que a ralé não passe
este limiar sagrado e não se atreva
a encher de ratos este espaço livre
onde se morre em dignidade humana
a dor de haver nascido em Portugal
sem mais remédio que trazê-lo n’alma.
Jorge de Sena - (25/1/1972) - Exorcismos, Poesia III
sobretudo os heróis do palavrão doméstico,
as ninfas machas, as vestais do puro,
os que andam aos pulinhos num pé só,
com as duas castas mãos uma atrás e outra adiante,
enquanto com a terceira vão tapando a boca
dos que andam com dois pés sem medo das palavras.
E quem de amor não sabe fuja dele:
qualquer amor desde o da carne àquele
que só de si se move, não movido
de prémio vil, mas alto e quase eterno.
De amor e de poesia e de ter pátria
aqui se trata: que a ralé não passe
este limiar sagrado e não se atreva
a encher de ratos este espaço livre
onde se morre em dignidade humana
a dor de haver nascido em Portugal
sem mais remédio que trazê-lo n’alma.
Jorge de Sena - (25/1/1972) - Exorcismos, Poesia III
quinta-feira, junho 09, 2016
Angola – O Nascimento de Uma Nação
Angola - O Nascimento de Uma Nação, de Maria do Carmo Piçarra e Jorge António, é uma trilogia que recomendo vivamente.
O terceiro volume da obra foi lançado recentemente, com a apresentação de Teresa Mateus e do realizador Jorge António, que também é um dos coordenadores da obra.
Depois dos dois primeiros volumes, O Cinema do Império e O Cinema da Libertação, respectivamente, O Cinema da Independência completa esta trilogia, que teve início em 2013.
O Cinema Da Independência
Sinopse:
O Volume III, aborda vários temas e entrevista protagonistas da história, historiadores e investigadores.Este livro contém ainda 40 cartazes (a cores) de filmes que fizeram a história de Angola desde a independência até aos dias de hoje.
O Cinema do Império
Sinopse:
Este é um contributo para olhar como o cinema fixou o nascimento de uma nação, Angola. Esse olhar, que não podia fechar-se às visões do colonialismo português, faz-se panorâmica integradora de múltiplos pontos de vista: o da propaganda do Estado Novo; o da ficção portuguesa feita em Angola; o dos filmes sobre o progresso económico; o da Diamang; e,finalmente, o dos filmes científicos e etnográficos.
O Cinema da Libertação
Sinopse:
Neste volume, fixa-se o olhar corte-de-navalha nascido da militância, da luta pela independência, e de afirmação da identidade angolana.
O Cineclubismo, a militância e a vontade de cinema em textos que fazem história.
O terceiro volume da obra foi lançado recentemente, com a apresentação de Teresa Mateus e do realizador Jorge António, que também é um dos coordenadores da obra.
Depois dos dois primeiros volumes, O Cinema do Império e O Cinema da Libertação, respectivamente, O Cinema da Independência completa esta trilogia, que teve início em 2013.
O Cinema Da Independência
Sinopse:
O Volume III, aborda vários temas e entrevista protagonistas da história, historiadores e investigadores.Este livro contém ainda 40 cartazes (a cores) de filmes que fizeram a história de Angola desde a independência até aos dias de hoje.
O Cinema do Império
Sinopse:
Este é um contributo para olhar como o cinema fixou o nascimento de uma nação, Angola. Esse olhar, que não podia fechar-se às visões do colonialismo português, faz-se panorâmica integradora de múltiplos pontos de vista: o da propaganda do Estado Novo; o da ficção portuguesa feita em Angola; o dos filmes sobre o progresso económico; o da Diamang; e,finalmente, o dos filmes científicos e etnográficos.
O Cinema da Libertação
Sinopse:
Neste volume, fixa-se o olhar corte-de-navalha nascido da militância, da luta pela independência, e de afirmação da identidade angolana.
O Cineclubismo, a militância e a vontade de cinema em textos que fazem história.
quarta-feira, junho 08, 2016
Trouble
Oiça o rei Elvis Presley em Trouble / Guitar Man (Comeback Special '68).
Elvis Presley (1935 — 1977) foi um famoso músico e ator norte-americano, mundialmente denominado como o Rei do Rock e com a alcunha de Elvis, The Pelvis, devido à forma extravagante e ousada como dançava e se mexia, adquirida na década de 50.
Elvis também foi um dos pioneiros do rock and roll. Pelo virtuoso senso rítmico, força interpretativa e um timbre de voz que o destacava entre os cantores populares, tornou-se um dos maiores e melhores cantores populares do século XX.
If you're looking for trouble
You came to the right place
If you're looking for trouble
Just look right in my face
I was born standing up
And talking back
My daddy was a green-eyed mountain jack
Because I'm evil, my middle name is misery
Well I'm evil, so don't you mess around with me
I've never looked for trouble
But I've never ran
I don't take no orders
From no kind of man
I'm only made out
Of flesh, blood and bone
But if you're gonna start a rumble
Don't you try it on alone
Because I'm evil, my middle name is misery
Well I'm evil, so don't you mess around with me
I'm evil, evil, evil, as can be
I'm evil, evil, evil, as can be
So don't mess around don't mess around don't mess around with me
I'm evil, I'm evil, evil, evil
So don't mess around, don't mess around with me
I'm evil, I tell you I'm evil
So don't mess around with me
Yeah!
Elvis Presley (1935 — 1977) foi um famoso músico e ator norte-americano, mundialmente denominado como o Rei do Rock e com a alcunha de Elvis, The Pelvis, devido à forma extravagante e ousada como dançava e se mexia, adquirida na década de 50.
Elvis também foi um dos pioneiros do rock and roll. Pelo virtuoso senso rítmico, força interpretativa e um timbre de voz que o destacava entre os cantores populares, tornou-se um dos maiores e melhores cantores populares do século XX.
If you're looking for trouble
You came to the right place
If you're looking for trouble
Just look right in my face
I was born standing up
And talking back
My daddy was a green-eyed mountain jack
Because I'm evil, my middle name is misery
Well I'm evil, so don't you mess around with me
I've never looked for trouble
But I've never ran
I don't take no orders
From no kind of man
I'm only made out
Of flesh, blood and bone
But if you're gonna start a rumble
Don't you try it on alone
Because I'm evil, my middle name is misery
Well I'm evil, so don't you mess around with me
I'm evil, evil, evil, as can be
I'm evil, evil, evil, as can be
So don't mess around don't mess around don't mess around with me
I'm evil, I'm evil, evil, evil
So don't mess around, don't mess around with me
I'm evil, I tell you I'm evil
So don't mess around with me
Yeah!
terça-feira, junho 07, 2016
O Jacarandá
1 – O Jacarandá
O jacarandá-mimoso (Jacaranda mimosifolia, D. Don) é uma árvore ornamental da família Bignoniaceae, nativo da Argentina e Bolívia, que se encontra ameaçada no seu habitat natural.
Esta jóia da botânica, que também existe na Austrália e na Nova Zelândia, é uma árvore com belas flores em tom lilás, azul ou roxo.
É uma das poucas árvores a ter o mesmo nome comum em quase todos os idiomas do mundo. Além disso, tem dois nomes científicos porque em 1822 foi identificada por duas pessoas que lhe deram nomes científicos diferentes: jacaranda mimosifolia e jacaranda rotundifolia.
O Jacarandá é uma árvore de porte médio, que pode atingir cerca de 15 metros. No inverno, perde as folhas, que dão lugar às flores na primavera. As flores são duráveis, perfumadas e grandes. A floração estende-se por toda a primavera e início do verão e os frutos surgem no outono.
É uma árvore maravilhosa para a arborização urbana, devido à rusticidade, ao crescimento rápido e á beleza das suas flores.
Muitos países utilizam o jacarandá-mimoso na arborização de grandes cidades, entre estes podemos citar Portugal, a Argentina, o Brasil, a África do Sul, os Estados Unidos, a Austrália, a Nova Zelândia, a Itália, a Espanha e o México, entre outros.
O jacarandá-mimoso (Jacaranda mimosifolia, D. Don) é uma árvore ornamental da família Bignoniaceae, nativo da Argentina e Bolívia, que se encontra ameaçada no seu habitat natural.
Esta jóia da botânica, que também existe na Austrália e na Nova Zelândia, é uma árvore com belas flores em tom lilás, azul ou roxo.
É uma das poucas árvores a ter o mesmo nome comum em quase todos os idiomas do mundo. Além disso, tem dois nomes científicos porque em 1822 foi identificada por duas pessoas que lhe deram nomes científicos diferentes: jacaranda mimosifolia e jacaranda rotundifolia.
O Jacarandá é uma árvore de porte médio, que pode atingir cerca de 15 metros. No inverno, perde as folhas, que dão lugar às flores na primavera. As flores são duráveis, perfumadas e grandes. A floração estende-se por toda a primavera e início do verão e os frutos surgem no outono.
É uma árvore maravilhosa para a arborização urbana, devido à rusticidade, ao crescimento rápido e á beleza das suas flores.
Muitos países utilizam o jacarandá-mimoso na arborização de grandes cidades, entre estes podemos citar Portugal, a Argentina, o Brasil, a África do Sul, os Estados Unidos, a Austrália, a Nova Zelândia, a Itália, a Espanha e o México, entre outros.
segunda-feira, junho 06, 2016
Borboleta Brasileira
Patas de prata
losango de asas brancas
de negro debruadas
plumas cinzentas como cauda insólita
e a longa e a fina tromba alaranjada
instantânea língua
olhos de esfera negra que me fitam
da estática assustada imóvel calma
que as patas pousam na vidraça
um animal ser vivo e borboleta
a mosca como eu olha-a espantada.
Jorge de Sena - (5/3/1964)
losango de asas brancas
de negro debruadas
plumas cinzentas como cauda insólita
e a longa e a fina tromba alaranjada
instantânea língua
olhos de esfera negra que me fitam
da estática assustada imóvel calma
que as patas pousam na vidraça
um animal ser vivo e borboleta
a mosca como eu olha-a espantada.
Jorge de Sena - (5/3/1964)
domingo, junho 05, 2016
O abade de Priscos e o seu pudim...
O Abade de Priscos (1834 - 1930), que foi considerado um dos maiores cozinheiros portugueses do século XIX, colocou Priscos no mapa, devido à sua história de sucesso.
Priscos é uma freguesia portuguesa (Santiago de Priscos) do concelho de Braga, com 3,65 km² de área e 1 341 habitantes (2011) e é conhecida como a Terra do Pudim Abade de Priscos.
O abade de Priscos, que faleceu com 96 anos, e que serviu Priscos durante 47, ficou também conhecido pelos seus grandes dotes a engomar roupa, a costurar, a arranjar flores e a bordar a ouro e matiz.
O que lhe deu fama, contudo, foram os seus dotes na cozinha. O seu estilo e a sua técnica radicavam-se na escola francesa, mas também, o receituário regional português, sobretudo o nortenho, tinha nele um fervoroso adepto.
O expoente máximo da sua atividade gastronómica é o famoso pudim com o seu nome e que hoje continua a fazer parte dos cardápios dos restaurantes e de qualquer casa do Minho.
O abade era também conhecido pela maleta mágica (na qual se julgava estar o seu livro de receitas) que o acompanhava, e que, além de ter uma panóplia de temperos únicos, também resolvia qualquer imprevisto que surgisse a um dos seus colaboradores na cozinha. O tal livro de receitas ou nunca existiu ou nunca foi encontrado. Segundo alguns relatos das pessoas que com ele conviveram, ele nunca o escreveu, pois, segundo o próprio, as receitas estavam nos seus dedos e paladar.
O pudim abade de Priscos (ou Pudim de Toucinho) é uma das poucas receitas que o abade de Priscos transmitiu ao público. O pudim ficou conhecido quando Pereira Júnior, director do Magistério Primário feminino de Braga, no antigo Convento dos Congregados, pediu ao Abade de Priscos receitas para ensinar no magistério.
O abade baixando a cabeça e com um sorriso malandro, esclareceu: Majestade! Todos comem palha, a questão é saber dar-lha…
Entretanto, aqui lhe deixo a receitinha do Pudim Abade de Priscos ou Pudim de Toucinho. embora não lhe possa deixar os dedos e o paladar do padre Manuel Rebelo.
Receita:
O pudim é confeccionado num tacho de latão ou cobre onde é colocado meio litro de água. Quando esta estiver a ferver, coloca-se meio quilo de açúcar, uma casca de limão, um pau de canela e cinquenta gramas de toucinho (gordo e de preferência de Chaves ou de Melgaço) e deixa-se ferver até atingir ponto de espadana. Batem-se quinze gemas e mistura-se-lhes um cálice de vinho do Porto, depois deve bater novamente. A calda de açúcar é, então, passada através de um coador fino para a tigela onde estão as gemas, mexendo-se tudo.
Barra-se, depois, uma forma com açúcar em caramelo e deita-se aí o preparado que é posto a cozer durante 30 minutos em banho maria. O pudim é desenformado quando estiver quase frio.
Já agora, Bom Apetite!
Priscos é uma freguesia portuguesa (Santiago de Priscos) do concelho de Braga, com 3,65 km² de área e 1 341 habitantes (2011) e é conhecida como a Terra do Pudim Abade de Priscos.
O abade de Priscos, que faleceu com 96 anos, e que serviu Priscos durante 47, ficou também conhecido pelos seus grandes dotes a engomar roupa, a costurar, a arranjar flores e a bordar a ouro e matiz.
O que lhe deu fama, contudo, foram os seus dotes na cozinha. O seu estilo e a sua técnica radicavam-se na escola francesa, mas também, o receituário regional português, sobretudo o nortenho, tinha nele um fervoroso adepto.
O expoente máximo da sua atividade gastronómica é o famoso pudim com o seu nome e que hoje continua a fazer parte dos cardápios dos restaurantes e de qualquer casa do Minho.
O abade era também conhecido pela maleta mágica (na qual se julgava estar o seu livro de receitas) que o acompanhava, e que, além de ter uma panóplia de temperos únicos, também resolvia qualquer imprevisto que surgisse a um dos seus colaboradores na cozinha. O tal livro de receitas ou nunca existiu ou nunca foi encontrado. Segundo alguns relatos das pessoas que com ele conviveram, ele nunca o escreveu, pois, segundo o próprio, as receitas estavam nos seus dedos e paladar.
O pudim abade de Priscos (ou Pudim de Toucinho) é uma das poucas receitas que o abade de Priscos transmitiu ao público. O pudim ficou conhecido quando Pereira Júnior, director do Magistério Primário feminino de Braga, no antigo Convento dos Congregados, pediu ao Abade de Priscos receitas para ensinar no magistério.
Outra história muito conhecida do abade de Priscos (Manuel Joaquim Machado Rebelo) aconteceu em 1887, quando o rei D. Luís I e a família real visitavam o Norte de Portugal e, o abade foi convidado para preparar o banquete real, na Póvoa de Varzim. O rei, ficou de tal maneira agradado com o banquete, que mandou chamar o abade, para o conhecer pessoalmente. D. Luís quis saber qual a composição de um determinado prato que tinha um sabor delicioso. O abade sorridente afirmou – era palha, real Senhor!
Palha!? Disse o monarca espantado. – Então dá palha ao seu rei!?O abade baixando a cabeça e com um sorriso malandro, esclareceu: Majestade! Todos comem palha, a questão é saber dar-lha…
Entretanto, aqui lhe deixo a receitinha do Pudim Abade de Priscos ou Pudim de Toucinho. embora não lhe possa deixar os dedos e o paladar do padre Manuel Rebelo.
Receita:
O pudim é confeccionado num tacho de latão ou cobre onde é colocado meio litro de água. Quando esta estiver a ferver, coloca-se meio quilo de açúcar, uma casca de limão, um pau de canela e cinquenta gramas de toucinho (gordo e de preferência de Chaves ou de Melgaço) e deixa-se ferver até atingir ponto de espadana. Batem-se quinze gemas e mistura-se-lhes um cálice de vinho do Porto, depois deve bater novamente. A calda de açúcar é, então, passada através de um coador fino para a tigela onde estão as gemas, mexendo-se tudo.
Barra-se, depois, uma forma com açúcar em caramelo e deita-se aí o preparado que é posto a cozer durante 30 minutos em banho maria. O pudim é desenformado quando estiver quase frio.
Já agora, Bom Apetite!