Rio de Onor é uma aldeia, (foi freguesia raiana, portuguesa) com 44,16 km² de área e 76 habitantes (2011). O que dá uma densidade populacional de 1,7 hab/km².
Subsiste ainda como aldeia comunitária. Se quiser conhecer melhor este tema recomendo-lhe a leitura de Rio de Onor - Comunitarismo Agropastoril (1953), de Jorge Dias (1907 – 1973), um prestigiado etnólogo português.
O comunitarismo pressupõe partilha e entreajuda de todos os habitantes:
- Partilha dos fornos comunitários;
- Partilha de terrenos agrícolas comunitários, onde todos devem trabalhar;
- Partilha de um rebanho, pastoreado nos terrenos comunitários.
Rio de Onor tem em comum com a alentejana aldeia de Marco uma outra característica única: é atravessada a meio pela fronteira internacional entre Portugal e Espanha. Sendo, para efeitos oficiais, a parte espanhola distinguida como Rihonor de Castilla, Mas, para os seus habitantes, é apenas o povo de acima e povo de abaixo, não se distinguindo como dois povoados diferentes como, erradamente, é escrito por alguns.
O povoado singular assume, para além de um regime de governo próprio, um dialecto próprio e quase extinto, pertencente ao grupo do asturo-leonês, à semelhança da língua mirandesa.
Tipicamente trasmontana, a aldeia apresenta casas tradicionais compostas por dois andares: no andar de cima moram as famílias, no andar de baixo abriga-se o gado, os cereais e outros produtos da terra.
Esta aldeia comunitária é uma das mais bem preservadas do Parque Natural de Montesinho, com casas típicas serranas em xisto de varandas alpendradas, muito bem recuperadas.
Rio de Onor é atravessada pelo rio Onor, também conhecido como rio Contensa. A praia fluvial convida a momentos de lazer e descanso, tal a limpidez das águas que a beijam.
Em Rio de Onor, descubra a Ponte Romana, a Igreja Matriz, o forno, a forja e os moinhos comunitários.
Conheça ainda melhor esta região percorrendo o Roteiro da Baixa Lombada e Onor, que atravessa as aldeias de Baçal, Sacoias, Aveleda e Varge.
O artesanato típico da aldeia de Rio de Onor engloba peças de cestaria e carpintaria.
Na gastronomia destacam-se os saborosos enchidos.
Das tradições ancestrais de Rio de Onor merecem atenção especial o rionorês - dialeto que nasceu da mistura do castelhano e do português, ainda hoje, é falado na aldeia - e a Festa dos Reis (6 de janeiro), um rito da puberdade que envolve a participação dos rapazes solteiros da aldeia.
Vale a pena dar uma vista de olhos nestas imagens:
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