segunda-feira, maio 25, 2009

Um Beijo Sem Nome

Quando te disse que era da terra selvagem do vento azul e das praias
morenas...
Do arco-íris das mil cores do sol com fruta madura e das
madrugadas serenas...
Das cubatas e musseques, das palmeiras com dendém, das picadas com poeira
da mandioca e fuba também...
Das mangas e fruta pinha, do vermelho do café, dos maboques e tamarindos
dos Cocos, do ai u'é...
Das praças no chão estendidas com missangas de mil cores os panos do
Congo e os kimonos os aromas, os odores...
Dos chinelos no chão quente do andar descontraído, da cerveja ao fim de
tarde com o sol adormecido...
Dos merengues e do batuque dos muquixes e dos mupungos dos imbondeiros e
das gajajas da macanha e dos maiungos.
Da cana doce e do mamão da papaia e do cajú...
Tu sorriste e sussurraste Sou da mesma terra que tu!
Poema Anónimo


2 comentários:

  1. Mesmo anónimo, um poema tem sempre o perfume e a voz de quem o escreveu...

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  2. Muito bonito, premeado com a saudade de África ou com a vivência de alguns...

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