sábado, janeiro 13, 2024

Hora de Ponta

 Apanhar um lugar a esta hora é uma sorte, poder olhar
pela janela e fingir que tenho imunidade diplomática,
que estou de lá do vidro com o hálito das folhas, o sabor
a hortelã e um ar fresco interrompido pela velha senhora
a quem cedo o assento e um sorriso enquanto me agradece
de nada, de ir agora em pé empurrada, de cá do vidro
a apanhar uma overdose de realidade com o bafo quente
do homem gordo na minha orelha, com a mão livre
apertada contra o peito contra o visco da hora apinhada
na minha pele pública, na minha pele de todos.
No banco em frente uma mulher afaga a neta com o sorriso
doce e cansado, os olhos brilhantes; a candura intacta
toma-me toda como se eu fosse um anjo
descendo à terra com um corpo real para que a minha pele
receba a dádiva da tua, aceite os cheiros de um dia de trabalho,
o calor excessivo, a proximidade insustentável e leia no teu rosto
cada mandamento nos solavancos que nos atiram uns para
os outros. No teu rosto à hora de ponta aprendo a compaixão
até sair na próxima paragem com um suspiro de alívio.

Rosa Alice Branco - Da Alma e dos Espíritos Animais

sexta-feira, janeiro 12, 2024

Platibandas do Algarve

Apaixonada que sou pela arquitetura regional do nosso país, proponho-lhe o livro: Platibandas do Algarve. Esta é uma obra de Miguel Reimão Costa, José Eduardo Horta Correia, Alexandre Tojal e Pedro Prista. A fotografia é de Filipe da Palma.

Sinopse:

As platibandas são uma referência marcante dos edifícios do Algarve e são um elemento de grande valor patrimonial, com uma importância notável na imagem dos aglomerados urbanos e dos núcleos rurais. Embora mais evidentes na região do Sotavento a sua presença é uma constante em todo o território do Algarve e sobressai de uma forma graciosa e colorida na valorização da paisagem de toda a região. As platibandas constituem uma expressão muito especial da afirmação da cultura construtiva regional, tanto na arquitetura popular, como na erudita. São também um testemunho do gosto de criar formas e da perícia de construir do povo algarvio.

Foto de Filipe da Palma

Esta edição, ilustrada com mais de 160 imagens, é o resultado de um significativo e original levantamento fotográfico, que se tornou a base de um estudo importante para a identidade da região e para os apreciadores do património do Algarve. Um livro que nos deixa surpreendidos, curiosos e interessados por uma realidade muito viva que apetece admirar e compreender.

quinta-feira, janeiro 11, 2024

Finlândia: Cidades Subterrâneas

Em Helsínquia, a capital finlandesa, há imensos abrigos (ou bunkers) subterrâneos. Enquanto ninguém precisa de ali se abrigar, estes locais são usados para os mais diferentes propósitos. Somente 30% destes subterrâneos, da capital da Finlândia, é aberta ao público. O resto é secreto.

Este sistema de bunkers tem capacidade para proteger quase toda a população quer de catástrofes, quer de bombardeamentos, quer de ataques químicos e mesmo de ataques nucleares. Um dos abrigos mais modernos, uma verdadeira cidade, está a 25 metros de profundidade, no centro da capital finlandesa.
"Só em Helsínquia temos cerca de 5,5 mil abrigos subterrâneos. Eles podem acomodar quase um milhão de pessoas e resistem a todos os tipos de ataques das armas mais modernas, inclusive nucleares", disse Rask à BBC News Mundo (serviço em espanhol da BBC).
Não é fácil reconhecer as entradas para este submundo. Muitos dos aproximadamente 400 túneis que percorrem as ruas a uma profundidade de 20 a 80 metros abaixo do nível do mar - e cujo diâmetro é um pouco maior do que a largura de um carro - confundem-se com os corredores e as escadas do metro, com os acessos a um simples estacionamento público ou com uma passagem de pedestres. 
Este nível de preparação baseia-se, entre outros fatores, na desconfiança em relação ao seu vizinho a leste, a Rússia, com a qual a Finlândia compartilha 1,3 mil km de fronteira, e que no passado invadiu e anexou territórios finlandeses.
Helsínquia construiu verdadeiras cidades subterrâneas para se proteger da Rússia. A construção desta Helsínquia subterrânea começou nos anos 60, em plena Guerra Fria entre os blocos soviético e ocidental. 

quarta-feira, janeiro 10, 2024

Como É A Vida Num Bairro De Imigrantes Em Portugal?



Perceba como é que se vive numa região habitada predominantemente por imigrantes, na Área Metropolitana de Lisboa (Queluz, Amadora), de acordo com o ponto de vista de um canal de viagens do Youtube, dinamizado por um jovem casal de brasileiros.

terça-feira, janeiro 09, 2024

Naquela Mesa

Ouça o cantor brasileiro Luan Santana na belíssima música Naquela Mesa de Nelson Gonçalves.

Naquela mesa ele sentava sempre
E me dizia sempre o que é viver melhor
Naquela mesa ele contava histórias
Que hoje na memória eu guardo e sei de cor
Naquela mesa ele juntava gente
E contava contente o que fez de manhã
E nos seus olhos era tanto brilho
Que mais que seu filho
Eu fiquei seu fã

Eu não sabia que doía tanto
Uma mesa num canto, uma casa e um jardim
Se eu soubesse o quanto dói a vida
Essa dor tão doída não doía assim
Agora resta uma mesa na sala
E hoje ninguém mais fala do seu bandolim

Naquela mesa 'tá faltando ele
E a saudade dele 'tá doendo em mim
Naquela mesa 'tá faltando ele
E a saudade dele tá doendo em mim

Agora resta uma mesa na sala
E hoje ninguém mais fala do seu bandolim

Naquela mesa 'tá faltando ele
E a saudade dele 'tá doendo em mim
Naquela mesa 'tá faltando ele
E a saudade dele 'tá doendo em mim

Eu não sabia que doía tanto
Uma mesa num canto, uma casa e um jardim
Se eu soubesse o quanto dói a vida
Essa dor tão doída não doía assim
Agora resta uma mesa na sala
E hoje ninguém mais fala do seu bandolim

Naquela mesa 'tá faltando ele
E a saudade dele 'tá doendo em mim
Naquela mesa 'tá faltando ele
E a saudade dele 'tá doendo em mim

segunda-feira, janeiro 08, 2024

A Arte de Cozinha

A "Arte de Cozinha" é um livro de Domingos Rodrigues.

Este foi o primeiro livro de cozinha impresso em Portugal. A "Arte de Cozinha", foi publicado por Domingos Rodrigues em 1680. Aqui Domingos Rodrigues compila cerca de 300 receitas de época, que, sem surpresas, se veriam quase exclusivamente nas mesas mais abastadas da nação. 

Este livro é obrigatório para qualquer amante de gastronomia ou profissional de cozinha. Com ele pode perceber como era a gastronomia portuguesa, as suas influências e os seus métodos de confecção.

domingo, janeiro 07, 2024

O Gakugyou-Jojo

O Gakugyou-Jojo ou Gakugyou-Joujo é um talismã japonês, específico para trazer boa sorte.

Agora que recomeçaram as aulas e se é o tipo de pessoa com dificuldades para aprender ou conseguir o foco fundamental para estudar, o gakugyou-joujo é o talismã ideal. Por lá, este é um talismã específico para trazer boa sorte na altura de passar nas provas da escola ou da faculdade.

Embora seja muito popular entre os estudantes japoneses, o talismã dá ao portador a energia de querer receber conhecimento. Por isso, a energia do gakugyou-joujo pode ser aplicada a qualquer forma de disciplina do conhecimento humano. Não se aplica só no modelo escolar tradicional.