Oiça Argentina Santos (1924 -2019), uma fadista portuguesa, recentemente falecida e considerada como uma das últimas divas do fado castiço, em Fado Menor (Grande noite do Fado 1997).
sábado, novembro 23, 2019
Fado Menor
Oiça Argentina Santos (1924 -2019), uma fadista portuguesa, recentemente falecida e considerada como uma das últimas divas do fado castiço, em Fado Menor (Grande noite do Fado 1997).
quinta-feira, novembro 21, 2019
Eu vim de longe, eu vou para longe
Oiça o criador musical português José Mário Branco, recentemente falecido, em "Eu vim de longe, eu vou para longe" do disco "Ser solidário" (LP 1982).
A letra, a música e o arranjo é de José Mário Branco. A produção foi de José Mário Branco e de Trindade Santos.
Colaboraram: António Chaínho, Fernando Júdice, Júlio Pereira, Pedro Luís, Pedro Wallenstein, Rui Cardoso, Trindade Santos e Zé da Cadela.
Quando o avião aqui chegou
Quando o mês de maio começou
Eu olhei para ti
Então eu entendi
Foi um sonho mau que já passou
Foi um mau bocado que acabou
Tinha esta viola numa mão
Uma flor vermelha n'outra mão
Tinha um grande amor
Marcado pela dor
E quando a fronteira me abraçou
Foi esta bagagem que encontrou
Eu vim de longe
De muito longe
O que eu andei p'ra'qui chegar
Eu vou p'ra longe
P'ra muito longe
Onde nos vamos encontrar
Com o que temos p'ra nos dar
E então olhei à minha volta
Vi tanta esperança andar à solta
Que não exitei
E os hinos cantei
Foram frutos do meu coração
Feitos de alegria e de paixão
Quando a nossa festa s'estragou
E o mês de novembro se vingou
Eu olhei p'ra ti
E então entendi
Foi um sonho lindo que acabou
Houve aqui alguém que se enganou
Tinha esta viola numa mão
Coisas começadas noutra mão
Tinha um grande amor
Marcado pela dor
E quando a espingarda se virou
Foi p'ra esta força que apontou
A letra, a música e o arranjo é de José Mário Branco. A produção foi de José Mário Branco e de Trindade Santos.
Colaboraram: António Chaínho, Fernando Júdice, Júlio Pereira, Pedro Luís, Pedro Wallenstein, Rui Cardoso, Trindade Santos e Zé da Cadela.
Quando o avião aqui chegou
Quando o mês de maio começou
Eu olhei para ti
Então eu entendi
Foi um sonho mau que já passou
Foi um mau bocado que acabou
Tinha esta viola numa mão
Uma flor vermelha n'outra mão
Tinha um grande amor
Marcado pela dor
E quando a fronteira me abraçou
Foi esta bagagem que encontrou
Eu vim de longe
De muito longe
O que eu andei p'ra'qui chegar
Eu vou p'ra longe
P'ra muito longe
Onde nos vamos encontrar
Com o que temos p'ra nos dar
E então olhei à minha volta
Vi tanta esperança andar à solta
Que não exitei
E os hinos cantei
Foram frutos do meu coração
Feitos de alegria e de paixão
Quando a nossa festa s'estragou
E o mês de novembro se vingou
Eu olhei p'ra ti
E então entendi
Foi um sonho lindo que acabou
Houve aqui alguém que se enganou
Tinha esta viola numa mão
Coisas começadas noutra mão
Tinha um grande amor
Marcado pela dor
E quando a espingarda se virou
Foi p'ra esta força que apontou
quarta-feira, novembro 20, 2019
O Tortulho
O Tortulho é um prato tradicional ou melhor um enchido tradicional de Vila Cã (Pombal), região central de Portugal. É feito normalmente com uma mistura de pedaços de carne, miudezas (rim, fígado, coração, etc.), hortelã e sangue de borrego misturados ou não com arroz, condimentados e cozidos dentro de uma bolsa feita com a parede do estômago do borrego. Poderá dizer-se que é o equivalente ao haggis escocês.
Um tortulho é então uma iguaria gastronómica regional rara nos dias que correm, mas também das mais cobiçadas pelos seus verdadeiros amantes.
Se quiser uma receita de Tortulho "pescada na net", aqui vai ela:
Ingredientes:
Bucho (Bolsa do estômago do borrego que envolve o recheio)
Recheio:
Tripas cortadas em pedaços
Gordura
Arroz
Cebola
Hortelã
Sal
Toques especiais de magia q.b.
Preparação:
Limpeza das tripas e buchos. Preparação do recheio
Enchimento do bucho com o recheio. Costura dos buchos com linha.
Cozinhar os Tortulhos (em panela normal ou de pressão), acompanhados ou não com cenoura, batata e couve.
E agora... toca a experimentar!
Um tortulho é então uma iguaria gastronómica regional rara nos dias que correm, mas também das mais cobiçadas pelos seus verdadeiros amantes.
Se quiser uma receita de Tortulho "pescada na net", aqui vai ela:
Ingredientes:
Bucho (Bolsa do estômago do borrego que envolve o recheio)
Recheio:
Tripas cortadas em pedaços
Gordura
Arroz
Cebola
Hortelã
Sal
Toques especiais de magia q.b.
Preparação:
Limpeza das tripas e buchos. Preparação do recheio
Enchimento do bucho com o recheio. Costura dos buchos com linha.
Cozinhar os Tortulhos (em panela normal ou de pressão), acompanhados ou não com cenoura, batata e couve.
E agora... toca a experimentar!
terça-feira, novembro 19, 2019
Míscaros & Tortulhos
Estamos na época dos cogumelos.
Como este ano tem chovido a colheita é maior. Mas, é preciso ter cuidado e conhecer estes fungos.
O Tricholoma equestre ou Tricholoma flavovirens, do género Tricholoma, vulgarmente designado por míscaro ou míscaro-amarelo, é um cogumelo até há pouco tempo bastante consumido e apreciado mas, que segundo alguns entendidos, pode eventualmente ser perigoso.
Aparece em pinhais de Pinus pinaster, mas, sobretudo em terrenos siliciosos, podendo ser colhido durante o Outono e Inverno.
Apreciado desde há séculos um pouco por todo o mundo, é especialmente abundante na França, sendo também bastante comum em Portugal, em especial em terrenos arenosos da Beira Litoral e é aí um dos cogumelos silvestres mais colhido.
O Tortulho é o nome por que são conhecidos fungos (cogumelos) que proliferam em algumas zonas de Portugal.
Estes cogumelos também designados como "tartulhos", fazem parte da dieta alimentar dalgumas regiões do nosso país.
A "amanita ponderosa" (terras arenosas onde haja sobreiros) e a "macrolepiota procera" ou frade ou roca (em pinhais) constituem as principais variedades comestíveis.
Se for a uma das feirinhas que se realizam na Região Centro sobre esta temática, compre míscaros e faça a receita que lhe deixo abaixo.
Míscaros Salteados
Ingredientes:
500 g de míscaros
4 dentes de alho
Azeite,
sal
Salsa
Preparação:
Limpe bem os míscaros e corte-os em pedaços grandes. Coloque numa panela ou sertã os 4 dentes de alho cortados e o azeite. Salteie os míscaros juntando depois umas pedras de sal. Reduza o lume e deixe refogar lentamente. Junte a salsa cortada grosseiramente, refogue mais uns minutos e está pronta esta deliciosa entrada.
Não tempere com mais nada propositadamente para deixar sobressair o sabor dos míscaros.
Como este ano tem chovido a colheita é maior. Mas, é preciso ter cuidado e conhecer estes fungos.
O Tricholoma equestre ou Tricholoma flavovirens, do género Tricholoma, vulgarmente designado por míscaro ou míscaro-amarelo, é um cogumelo até há pouco tempo bastante consumido e apreciado mas, que segundo alguns entendidos, pode eventualmente ser perigoso.
Aparece em pinhais de Pinus pinaster, mas, sobretudo em terrenos siliciosos, podendo ser colhido durante o Outono e Inverno.
Apreciado desde há séculos um pouco por todo o mundo, é especialmente abundante na França, sendo também bastante comum em Portugal, em especial em terrenos arenosos da Beira Litoral e é aí um dos cogumelos silvestres mais colhido.
O Tortulho é o nome por que são conhecidos fungos (cogumelos) que proliferam em algumas zonas de Portugal.
Estes cogumelos também designados como "tartulhos", fazem parte da dieta alimentar dalgumas regiões do nosso país.
A "amanita ponderosa" (terras arenosas onde haja sobreiros) e a "macrolepiota procera" ou frade ou roca (em pinhais) constituem as principais variedades comestíveis.
Se for a uma das feirinhas que se realizam na Região Centro sobre esta temática, compre míscaros e faça a receita que lhe deixo abaixo.
Míscaros Salteados
Ingredientes:
500 g de míscaros
4 dentes de alho
Azeite,
sal
Salsa
Preparação:
Limpe bem os míscaros e corte-os em pedaços grandes. Coloque numa panela ou sertã os 4 dentes de alho cortados e o azeite. Salteie os míscaros juntando depois umas pedras de sal. Reduza o lume e deixe refogar lentamente. Junte a salsa cortada grosseiramente, refogue mais uns minutos e está pronta esta deliciosa entrada.
Não tempere com mais nada propositadamente para deixar sobressair o sabor dos míscaros.
segunda-feira, novembro 18, 2019
Hoje que fez calor fui na praia.
Hoje que fez calor fui na praia. Vazia de gente do planalto que ainda não tem tempo de atravessar as mulolas e vir aqui se banhar, se enrolar na areia e desgastar a marginal num passeio de vai e vem. Isso é mais em Março embora agora inicia o calor e eu já estou a treinar e mergulho nas águas frias da minha terra. Eu preciso desse mar. Eu preciso refrescar a minha tola, tirar da memória as namoradas por quem me enamorei eternamente naquele instante. Se já tivessem inventado o computador eu, na matinée dançante do próximo domingo, fazia um format de mim e começava de novo, sempre, como agora, alegre e feliz. Eu ia pegar dama para dançar, ia deixar de ser o puto envergonhado e tímido e ia ser como agora, transparente e real. É, um mundo diferente de ver, o agora e o antes com o que sei agora.
Vou ouvir a Mini-nota, vou-lhes dançar ao ritmo mesmo que o meu corpo nunca tenha tido um grande ritmo de dança.
Vou só mesmo na matinée dançante conversar e treinar o mar e março.
E voltou a saudade de amanhã ao almoçar com gente de ontem, quem me viu fazer as birras de criança, quem me viu enamorar adolescentemente e quem, me viu começar a ser homem.
A minha cidade, aquela que está na minha cabeça, não é saudade, é recordação, e ser eu hoje tal e qual como sou. Gente boa, me reconheço ao olhar no espelho mesmo que ele esteja embaciado pela água quente do orgulho, inchado pela vontade de ser gente.
Não é Março, não choveu nem nevou na minha cabeça tonta.
João Carlos Carranca - Sanzalando - 14-11-2019
Vou ouvir a Mini-nota, vou-lhes dançar ao ritmo mesmo que o meu corpo nunca tenha tido um grande ritmo de dança.
Vou só mesmo na matinée dançante conversar e treinar o mar e março.
E voltou a saudade de amanhã ao almoçar com gente de ontem, quem me viu fazer as birras de criança, quem me viu enamorar adolescentemente e quem, me viu começar a ser homem.
A minha cidade, aquela que está na minha cabeça, não é saudade, é recordação, e ser eu hoje tal e qual como sou. Gente boa, me reconheço ao olhar no espelho mesmo que ele esteja embaciado pela água quente do orgulho, inchado pela vontade de ser gente.
Não é Março, não choveu nem nevou na minha cabeça tonta.
João Carlos Carranca - Sanzalando - 14-11-2019
domingo, novembro 17, 2019
Crónicas da Madrugada
Crónicas da Madrugada é um livro de Fernando Alexandre Martins, publicado pela Textiverso.
Sinopse:
Estas Crónicas da Madrugada podem definir-se como uma reflexão sobre a noite, sobre a solidão, sobre a companhia bem ou mal acompanhada, sobre a saudade, sobre o novo dia que já desponta, sobre o sonho e sobre a arte. A linguagem utilizada tem muitas vezes uma tonalidade poética, mas ela é também quente e fraterna, povoada de evocações de pessoas e locais, de circunstâncias e devires. Estas Crónicas fluem naturalmente porque a escrita é a da verdade, da sinceridade dos nossos pensamentos, da nossa visão das coisas com olhos de poeta, sim, mas, tal como o autor, de poeta prosador! As palavras das Crónicas são intemporais. Nunca têm data, nem hora. São os sonhos sentidos, a liberdade e a festa da vida. É este livro que Fernando Martins deu à estampa como se desfralda um grito de vitória e de liberdade.
Sinopse:
Estas Crónicas da Madrugada podem definir-se como uma reflexão sobre a noite, sobre a solidão, sobre a companhia bem ou mal acompanhada, sobre a saudade, sobre o novo dia que já desponta, sobre o sonho e sobre a arte. A linguagem utilizada tem muitas vezes uma tonalidade poética, mas ela é também quente e fraterna, povoada de evocações de pessoas e locais, de circunstâncias e devires. Estas Crónicas fluem naturalmente porque a escrita é a da verdade, da sinceridade dos nossos pensamentos, da nossa visão das coisas com olhos de poeta, sim, mas, tal como o autor, de poeta prosador! As palavras das Crónicas são intemporais. Nunca têm data, nem hora. São os sonhos sentidos, a liberdade e a festa da vida. É este livro que Fernando Martins deu à estampa como se desfralda um grito de vitória e de liberdade.