quinta-feira, agosto 01, 2019
Mais e mais conectados...
Mais e mais conectados, mas também mais sozinhos.
As redes sociais "satisfazem" a nossa imperiosa necessidade de escapar da solidão, mas, contraditoriamente, fazem de nós uma ilha trancada em nós mesmos. Enquanto elas nos encorajam a nos conectarmos, retiram as nossas habilidades sociais. Enquanto espantam o fantasma da marginalização, isolam-nos dos que nos rodeiam.
quarta-feira, julho 31, 2019
O confessionário das redes sociais...
O confessionário das redes sociais é o lugar onde a ruptura entre o privado e o público é clara.
No dizer de Bauman: "o espaço público é onde ocorre a confissão de segredos e intimidades particulares". A linha divisória entre os dois mundos foi obscurecida, esvaziando o sentido público de significado e subtraindo o poder de unir as pessoas ao privado.
E agora, votos de Boas Férias de preferência sem confessionário.
terça-feira, julho 30, 2019
A loiça de Viana
"Viana do Castelo", importante centro cerâmico desde o século XVIII, é para o coleccionador e amante de arte, uma das mais conceituadas marcas de faiança portuguesa.
Com peças de usos diversos, em tons de azul e branco ou cor-de-vinho, a louça de Viana, pintada à mão, continua a ser muito apreciada por coleccionadores, especialmente pela variedade e originalidade das formas e da decoração.
A fábrica de louça de Viana sedeada no Lugar do Cais Novo, na freguesia de Darque, Viana do Castelo, iniciou a sua produção de faiança no ano de 1774, vindo a encerrar em 1855.
Só passados noventa e dois anos, em 1947, é que é fundada a Empresa de Cerâmica Regional Vianense, Lda., mais conhecida por Fábrica da Meadela, com o objectivo de retomar a tradição da cerâmica artística vianense. Produzida em porcelana, distingue-se por ser totalmente pintada à mão e cozida a uma temperatura de 1400º, o que lhe dá uma resistência que outras não possuem.Tendo nos últimos anos adoptado a denominação de "Louça Regional de Viana", produz peças não só decorativas mas também utilitárias e funcionais que podem ser utilizadas no dia a dia.
A louça regional de Viana do Castelo é feita em moldes de gesso e pintada à mão pelos artesãos da região. Os motivos são tradicionais (temas vegetais ou composições geométricas) e pintados numa só cor ou em várias cores (azuis, verdes, amarelos, laranjas), mas predominando o azul.
A louça regional utilitária e decorativa que esta fábrica produz baseia-se em três motivos distintos: motivos religiosos, florais e brasões de famílias antigas que tiveram a sua história na cidade de Viana. Produz igualmente reproduções do séc. XVII e XVIII de peças existentes no Museu de Artes Decorativas da cidade e também uma nova linha do moderno design cerâmico.
A atravessar um momento difícil, a fábrica da "Louça Regional de Viana", com 242 anos, encontra-se desde 2012 com a produção suspensa, mantendo somente uma loja/galeria junto à fábrica e um pequeno museu com o valioso espólio de que dispõe.
Com peças de usos diversos, em tons de azul e branco ou cor-de-vinho, a louça de Viana, pintada à mão, continua a ser muito apreciada por coleccionadores, especialmente pela variedade e originalidade das formas e da decoração.
A fábrica de louça de Viana sedeada no Lugar do Cais Novo, na freguesia de Darque, Viana do Castelo, iniciou a sua produção de faiança no ano de 1774, vindo a encerrar em 1855.
Só passados noventa e dois anos, em 1947, é que é fundada a Empresa de Cerâmica Regional Vianense, Lda., mais conhecida por Fábrica da Meadela, com o objectivo de retomar a tradição da cerâmica artística vianense. Produzida em porcelana, distingue-se por ser totalmente pintada à mão e cozida a uma temperatura de 1400º, o que lhe dá uma resistência que outras não possuem.Tendo nos últimos anos adoptado a denominação de "Louça Regional de Viana", produz peças não só decorativas mas também utilitárias e funcionais que podem ser utilizadas no dia a dia.
A louça regional de Viana do Castelo é feita em moldes de gesso e pintada à mão pelos artesãos da região. Os motivos são tradicionais (temas vegetais ou composições geométricas) e pintados numa só cor ou em várias cores (azuis, verdes, amarelos, laranjas), mas predominando o azul.
A louça regional utilitária e decorativa que esta fábrica produz baseia-se em três motivos distintos: motivos religiosos, florais e brasões de famílias antigas que tiveram a sua história na cidade de Viana. Produz igualmente reproduções do séc. XVII e XVIII de peças existentes no Museu de Artes Decorativas da cidade e também uma nova linha do moderno design cerâmico.
A atravessar um momento difícil, a fábrica da "Louça Regional de Viana", com 242 anos, encontra-se desde 2012 com a produção suspensa, mantendo somente uma loja/galeria junto à fábrica e um pequeno museu com o valioso espólio de que dispõe.
segunda-feira, julho 29, 2019
A Misteriosa Gruta de Conchas de Margate
A Misteriosa Gruta de Conchas de Margate fica situada em Margate, condado de Kent, uma pequena cidade à beira mar, na Inglaterra.
Esta misteriosa construção coberta de conchas foi descoberta em 1835, quando um lavrador lavrava o seu campo. Depois de ter dado várias cavadelas no chão, um buraco fundo abriu-se e o trabalhador acabou por cair numa estrutura imensa e escura. A notícia espalhou-se pela cidade e James New Love, diretor de uma escola próxima, ofereceu-se para ajudar a investigar a extraordinária descoberta. O seu filho, Joshua, entrou no buraco com uma vela e investigou o que havia por lá. Depois de sair da caverna misteriosa, Joshua descreveu salas cheias de centenas de milhares de conchas cuidadosamente arranjadas. Dois anos depois, em 1837, o local foi aberto ao público pela primeira vez, recebendo a visita de curiosos e turistas até hoje.
A gruta está adornada com 4,6 milhões de conchas e tem 22 metros de passagens subterrâneas sinuosas que conduzem a uma câmara retangular.
A Gruta das Conchas está adornada com símbolos colocados como se fossem mosaicos feitos com milhões de conchas. Alguns deles celebram a vida; outros lembram-nos da morte. A gruta das conchas apresenta uma passagem, uma cúpula e uma câmara de altar. As conchas da gruta incluem vieiras, mexilhões, búzios, amêijoas, caramujos e ostras, e todas podem ser encontradas naquela região. No entanto, as conchas planas devem ter sido trazidas de outro lugar.
Com tantos e intrincados detalhes, numa escala tão grande, duas questões ainda permanecem: quem construiu esta caverna subterrânea e para quê?
Envolta em mistério, alguns acreditam que a gruta já teve um significado religioso - principalmente devido ao teto abobadado e ao espaço reservado para um altar. Ninguém sabe a idade desta gruta, mas algumas teorias indicam que ela tenha sido construída há cerca de 3.000 anos.
Outra teoria sustenta que a gruta foi criada como uma extravagância de um aristocrata em algum momento em 1700. Esta explicação proposta é validada pelo fato de que grutas subterrâneas foram realmente muito populares na Europa em 1700, especialmente entre os ricos. O único problema com esta teoria, porém, é que a sua localização é numa terra cultivada - uma terra que nunca tinha sido parte de uma grande propriedade onde essas edificações criadas apenas por capricho e diversão teriam sido executadas.
Outros acreditam que ela pode ter sido usada como um calendário astrológico no passado. Há aqueles também que dizem que a gruta deve, de alguma forma, estar relacionada com os maçons ou os Cavaleiros Templários. Outros acreditam que a gruta pode datar de 12.000 anos atrás, sustentando que está relacionada com uma misteriosa cultura mexicana...
Os mistérios a ela associados são muitos e têm deixado as pessoas completamente perplexas.
Ao que parece, tão cedo não se irá descobrir a origem deste local misterioso. A idade das conchas pode ser determinada através de datação por carbono, de acordo com o site da Gruta das Conchas, mas é um processo caro e outras questões de conservação estão sendo priorizadas.
Uma coisa é clara, porém: a disposição das conchas deve ter levado inúmeras horas de minucioso trabalho. Infelizmente, muitas conchas da gruta desapareceram ao longo do tempo, perdendo o seu brilho através de danos causados pela água. Ela deve ter sido deslumbrante e colorida quando foi construída.
Esta insólita gruta, com mais de 4,6 milhões de conchas, certamente deve ter sido impressionante e é, sem dúvida, um local digno de visita!
Esta misteriosa construção coberta de conchas foi descoberta em 1835, quando um lavrador lavrava o seu campo. Depois de ter dado várias cavadelas no chão, um buraco fundo abriu-se e o trabalhador acabou por cair numa estrutura imensa e escura. A notícia espalhou-se pela cidade e James New Love, diretor de uma escola próxima, ofereceu-se para ajudar a investigar a extraordinária descoberta. O seu filho, Joshua, entrou no buraco com uma vela e investigou o que havia por lá. Depois de sair da caverna misteriosa, Joshua descreveu salas cheias de centenas de milhares de conchas cuidadosamente arranjadas. Dois anos depois, em 1837, o local foi aberto ao público pela primeira vez, recebendo a visita de curiosos e turistas até hoje.
A gruta está adornada com 4,6 milhões de conchas e tem 22 metros de passagens subterrâneas sinuosas que conduzem a uma câmara retangular.
A Gruta das Conchas está adornada com símbolos colocados como se fossem mosaicos feitos com milhões de conchas. Alguns deles celebram a vida; outros lembram-nos da morte. A gruta das conchas apresenta uma passagem, uma cúpula e uma câmara de altar. As conchas da gruta incluem vieiras, mexilhões, búzios, amêijoas, caramujos e ostras, e todas podem ser encontradas naquela região. No entanto, as conchas planas devem ter sido trazidas de outro lugar.
Com tantos e intrincados detalhes, numa escala tão grande, duas questões ainda permanecem: quem construiu esta caverna subterrânea e para quê?
Envolta em mistério, alguns acreditam que a gruta já teve um significado religioso - principalmente devido ao teto abobadado e ao espaço reservado para um altar. Ninguém sabe a idade desta gruta, mas algumas teorias indicam que ela tenha sido construída há cerca de 3.000 anos.
Outra teoria sustenta que a gruta foi criada como uma extravagância de um aristocrata em algum momento em 1700. Esta explicação proposta é validada pelo fato de que grutas subterrâneas foram realmente muito populares na Europa em 1700, especialmente entre os ricos. O único problema com esta teoria, porém, é que a sua localização é numa terra cultivada - uma terra que nunca tinha sido parte de uma grande propriedade onde essas edificações criadas apenas por capricho e diversão teriam sido executadas.
Outros acreditam que ela pode ter sido usada como um calendário astrológico no passado. Há aqueles também que dizem que a gruta deve, de alguma forma, estar relacionada com os maçons ou os Cavaleiros Templários. Outros acreditam que a gruta pode datar de 12.000 anos atrás, sustentando que está relacionada com uma misteriosa cultura mexicana...
Os mistérios a ela associados são muitos e têm deixado as pessoas completamente perplexas.
Ao que parece, tão cedo não se irá descobrir a origem deste local misterioso. A idade das conchas pode ser determinada através de datação por carbono, de acordo com o site da Gruta das Conchas, mas é um processo caro e outras questões de conservação estão sendo priorizadas.
Uma coisa é clara, porém: a disposição das conchas deve ter levado inúmeras horas de minucioso trabalho. Infelizmente, muitas conchas da gruta desapareceram ao longo do tempo, perdendo o seu brilho através de danos causados pela água. Ela deve ter sido deslumbrante e colorida quando foi construída.
Esta insólita gruta, com mais de 4,6 milhões de conchas, certamente deve ter sido impressionante e é, sem dúvida, um local digno de visita!
domingo, julho 28, 2019
O Transiberiano
O Transiberiano é um livro de Luís Contente.
As viagens são feitas de encontros e de desencontros, de chegadas e de partidas, e sobretudo de despedidas.
Deste mesmo autor pode ainda ler: Território Austral: uma travessia da Austrália ao longo da Stuart Highway; O Caminho Inca: o relato de uma viagem ao Perú que inclui uma caminhada de 4 dias ao longo das montanhas andinas até Machu Picchu.
Sinopse:
O Transiberiano entre Pequim e Moscovo representa uma travessia de 10.000 km ao longo de seis fusos horários onde aventura e descoberta se misturam num único paradigma: o prazer de viajar. China, Mongólia, Sibéria, desfilam ao ritmo de distâncias tão impossíveis que não são concebíveis para o passo do ser humano. São florestas inteiras, povoações isoladas, rios implacáveis e uma estepe sem fim. O avião encurta caminhos. Mas a Sibéria não é um país para o transporte aéreo. É preciso o comboio para sentir a totalidade deste território. Há viagens que uma pessoa tem de fazer na vida. Esta é uma delas.
As viagens são feitas de encontros e de desencontros, de chegadas e de partidas, e sobretudo de despedidas.
Deste mesmo autor pode ainda ler: Território Austral: uma travessia da Austrália ao longo da Stuart Highway; O Caminho Inca: o relato de uma viagem ao Perú que inclui uma caminhada de 4 dias ao longo das montanhas andinas até Machu Picchu.
Sinopse:
O Transiberiano entre Pequim e Moscovo representa uma travessia de 10.000 km ao longo de seis fusos horários onde aventura e descoberta se misturam num único paradigma: o prazer de viajar. China, Mongólia, Sibéria, desfilam ao ritmo de distâncias tão impossíveis que não são concebíveis para o passo do ser humano. São florestas inteiras, povoações isoladas, rios implacáveis e uma estepe sem fim. O avião encurta caminhos. Mas a Sibéria não é um país para o transporte aéreo. É preciso o comboio para sentir a totalidade deste território. Há viagens que uma pessoa tem de fazer na vida. Esta é uma delas.