sábado, maio 04, 2019

A Madrinha do Samba

Morreu a Madrinha do Samba - Beth Carvalho (1946 - 2019).
Apaixonada por música, Beth cresceu a ouvir canções de Aracy de Almeida, Elizeth Cardoso, Sílvio Caldas, amigos do seu pai. Influenciada pela Bossa Nova, tornou-se cantora nos anos 1960.
Em 1965, gravou o primeiro compacto, “Por quem morreu de amor”, de Roberto Menescal e Ronaldo Bôscoli.

Militante fiel dos movimentos sociais e causas políticas, Beth expandiu as suas fronteiras nas reuniões musicais do Cacique de Ramos.

No disco “Pé no Chão”, revelou ao país um novo grupo de compositores e músicos, além de introduzir nos seus discos instrumentos como o banjo com afinação de cavaquinho, o tantã e o repique de mão, inovações criadas pelos músicos do Fundo de Quintal. 
O Brasil inteiro aplaudiu e Beth passou a ser chamada de "madrinha do samba", lançando no estrelato grandes nomes, entre outro, como Zeca Pagodinho e Arlindo Cruz. 
O vídeo que lhe proponho que veja em baixo - Samba na Gamboa - presta um tributo aos 40 anos do disco “Pé no Chão”.
Convidados de honra, Beth Carvalho e Fundo de Quintal contam como a geração formada no Cacique de Ramos revolucionou as rodas do país.   
No repertório, super sucessos do samba, como “Água de chuva no mar”, “Ô Isaura”, “Chinelo novo”, “O show tem que continuar”, “Água na boca”, “Coisinha do pai”, “Vou festejar”, “Goiabada cascão” e “Agoniza mas não morre”.
Além de revelar ao país a musicalidade do grupo Fundo de Quintal e da geração do Cacique, o disco ainda ficou famoso por marcar um encontro de gerações. Beth recolheu composições de um grupo de génios lendários da MPB, como Candeia, Cartola, Nelson Cavaquinho, Paulo da Portela, unindo o clássico às maiores inovações das rodas de samba.

sexta-feira, maio 03, 2019

O Bairro do Lumiar

O Bairro do Lumiar foi o objeto de pesquisa de alguns alunos do 11º E, no âmbito da disciplina de Geografia. Aqui lhe deixo o resultado deste trabalho de projeto. Não deixe de assistir à apresentação e entrevista que se seguem.
Não deixe de ver. Vale bem a pena.
 Assista agora a uma entrevista concedida a estes alunos pelo Presidente da Junta de Freguesia do Lumiar e deputado do Partido Socialista, Pedro Delgado Alves.

quinta-feira, maio 02, 2019

O Silêncio dos Outros

O Silêncio dos Outros é um documentário espanhol, de 2019, realizado por Almudena Carracedo e Robert Bahar.

O documentário é sobre a luta épica das vítimas dos 40 anos da ditadura de Franco, em Espanha, que continuam hoje a procurar justiça. Filmado ao longo de 6 anos, o filme acompanha várias vítimas e sobreviventes, enquanto organizam o "Processo Argentino" e enfrentam uma amnésia imposta pelo Estado perante crimes contra a Humanidade num país, que após quatro décadas de democracia, continua dividido.

Sinopse
Em 1977 o parlamento espanhol aprovou uma Lei de Amnistia que garantia a liberdade de todos os presos políticos e a proibição do julgamento de qualquer ato criminoso ocorrido durante a ditadura de Francisco Franco no país.
O Franquismo assombrou a Espanha durante 38 anos deixando um imenso número de vítimas e parentes sem respostas.
Os cineastas Almudena Carracedo e Robert Bahar foram atrás desses sobreviventes e, durante um período de 6 anos, entrevistaram pessoas como José Galantes, que hoje em dia vive muito próximo de seu torturador, e Maria Martín, que até hoje não conseguiu ter acesso aos restos mortais do seu pai, morto durante o regime.

Para Sempre

Para Sempre é um livro do escritor Vergílio Ferreira (1916-1996).
Para Sempre é um livro recomendado para a Formação de Adultos, pelo Plano Nacional de Leitura, como sugestão de leitura.
Este romance semiautobiográfico transpõe para a narrativa, como grande parte da obra do autor, o pensamento filosófico e a sensação de inquietude do indivíduo.
Para Sempre é uma obra onde a morte está presente do início ao fim, mas que surge ao leitor como a única solução para o fim do sofrimento. Nas páginas deste livro acompanhamos a dor do protagonista e partilhamos a sua mágoa, como se fossemos nós a senti-la.
A forma como Vergílio Ferreira explora a língua portuguesa para transmitir emoções é de uma mestria digna de destaque.

As Primeiras Frases
Para sempre. Aqui estou. É uma tarde de Verão, está quente. Tarde de Agosto. Olha-a em volta, na sufocação do calor, na posse final do meu destino.”

Sobre o Autor
Ele escreve como falava, com o mesmo sarcasmo, a mesma capacidade de, com duas ou três palavras, fazer o retrato de uma pessoa e esmagá-la.” - Eduardo Lourenço

Sinopse 
Em Para Sempre, «no final de uma vida, entrando no seu epílogo, um homem já sem destino para cumprir medita sobre o seu passado e o seu futuro, no regresso a uma casa vazia onde passou parte da sua infância, povoada de fantasmas que evocam os momentos-chave da sua existência. Recheado de flashbacks para o passado e para o futuro (!), a antevisão, real e com todos os detalhes, da degradação da sua velhice e do seu funeral urge em Paulo a derradeira tentativa de procura da explicação de um sentido para a vida». 

«Contínua e cada vez mais solitária viagem em volta do único ponto do seu universo: o da sua infância como monólogo inacabado e inacabável em torno do milagre ardente e pavoroso da sua própria aparição no meio do mundo - montanha, estrelas, água, vento que é uma resposta antes de ser desesperada e inútil interrogação.» (Eduardo Lourenço)

terça-feira, abril 30, 2019

Maio Maduro Maio

Oiça Emmy Curl - ou Catarina Miranda - em mais uma versão de Maio Maduro Maio - de José Afonso.

Maio maduro Maio
Quem te pintou
Quem te quebrou o encanto
Nunca te amou
Raiava o sol já no sul
E uma falua vinha
Lá de Istambul
Sempre depois da sesta
Chamando as flores
Era o dia da festa
Maio de amores
Era o dia de cantar
E uma falua andava
Ao longe a varar
Maio com meu amigo
Quem dera já
Sempre no mês do trigo
Se cantará
Qu'importa a fúria do mar
Que a voz não te esmoreça
Vamos lutar
Numa rua comprida
El rei-pastor
Vende o soro da vida
Que mata a dor
Anda ver, Maio nasceu
Que a voz não te esmoreça
A turba rompeu
Compositores: José Afonso

O Aeroporto Internacional de Denver

O Aeroporto Internacional de Denver está localizado na cidade de Denver, capital do estado do Colorado, nos Estados Unidos. É o quinto aeroporto mais movimentado da América do Norte, o décimo mais movimentado do mundo, com mais de 1400 voos por dia e servindo mais de 130 destinos ao redor do mundo.
A construção do aeroporto foi concluída em março de 1994, mas devido a problemas no sistema automatizado de bagagens o aeroporto só foi inaugurado em fevereiro de 1995.
O Aeroporto de Denver é um lugar incomum em vários aspectos, já que atrai não só pela sua arquitetura e aparência, mas também pelas lendas que tem suscitado. Durante a construção, uma enorme quantidade de terra foi extraída (a mesma quantidade que foi removida para criar o Canal do Panamá). Muitos sugerem que, sob o aeroporto, há enormes espaços não utilizados e as pessoas já criaram até algumas teorias da conspiração.
Muitos teóricos da conspiração citam o aeroporto internacional de Denver como um lugar com inúmeras referências à nova ordem mundial, e que a suposta cápsula do tempo aí existente possa ser uma data para algum evento que irá de vez implantar a nova ordem.
Como o aeroporto está a passar por uma grande reforma, a administração do local resolveu brincar com isso e os pósteres que anunciam as reformas abusaram de símbolos misteriosos, ilustrações de E.Ts e trocadilhos com as teorias mais famosas.

segunda-feira, abril 29, 2019

He Ain't Heavy He's My Brother.

"(...) Dizem que a história que inspirou esta canção foi a que se segue.
Certa noite de forte temporal, na sede de um orfanato em Washington DC, um padre ouviu bater à porta.
Ao abri-la deparou-se com um menino coberto de neve, com poucas roupas, trazendo às costas, um outro menino, mais novo.
A fome estampada no rosto, o frio e a miséria dos dois, comoveram o padre.O sacerdote mandou-os entrar e exclamou:
“Ele deve ser muito pesado !” Aquele que carregava o mais pequeno disse:
“Ele não pesa, ele é meu irmão. (He ain’t heavy, he is my brother)".
Na verdade, não eram irmãos de sangue mas de rua.
O autor da música tomou conhecimento do caso e, assim, acabou, inspiradamente, por compor (1969) a melodia.
Os dois meninos, foram adotados pela instituição ”Missão dos Órfãos”, em Washington, DC.(...)".

The road is long, with many a winding turn
That leads us to who knows where,
who knows where
But I'm strong,
strong enough to carry him
He ain't heavy
He's my brother
So on we go, his welfare is my concern
No burden is he to bare,
we'll get there
For I know he would not encumber me
He ain't heavy - he's my brother
If I'm laden at all, I'm laden with sadness
That everyone's heart isn't filled with gladness
of love for one another
It's a long, long road
from which there is no return
While we're on our way to there,
Why not share
And the load, it doesn't weigh me down at all
He ain't heavy
he's my brother
He ain't heavy
he's my brother
he's my brother
he's my brother
Compositores: B. RUSSELL / B. SCOTT
Agora veja e ouça, interpretada por The Justice Collective, a genial composição, intitulada He Ain't Heavy He's My Brother.

domingo, abril 28, 2019

A Festa da Páscoa na Igreja Ortodoxa

Todas as Igrejas Ortodoxas canónicas celebram a Páscoa, segundo o Calendário Juliano, instituído por Júlio César, no ano 46 antes de Cristo.
O calendário para a Páscoa é baseado na astronomia e, por isso mesmo, muito complexo.
Desde os primeiros anos do Cristianismo este assunto foi motivo de divergências entre o Oriente e o Ocidente e de aprofundados estudos.


A sua importância religiosa começou no ano 325 com a realização do Concílio Ecuménico realizado em Nicéia, convocado pelo Imperador Constantino Magno, quando os santos Padres da Igreja resolveram, por unanimidade, que a Páscoa seria comemorada por todos os cristãos no mesmo dia.

As resoluções daquele concílio para a celebração da Páscoa foram:

1. Páscoa deverá ser comemorada sempre num Domingo.

2. Que a Páscoa seja comemorada no Domingo que se segue a lua cheia do equinócio da primavera no Oriente, isto é, depois do dia 21 de março.

3. Assim sendo, a Páscoa cristã realizar-se-á sempre após a Páscoa judaica.




A Igreja Ortodoxa, fiel às decisões deste Concílio, continua seguindo este calendário, observando fielmente os cânones deste concílio e não aceitando reformas, nem tão pouco inovações no que diz respeito à Grande Quaresma e às festividades pascais até o dia de Pentecostes, no 50º dia após a Páscoa.
Assim sendo, este ano a Festa da Páscoa na Igreja Ortodoxa, de acordo com o calendário ortodoxo, ocorre a 28 de abril.
A tradição manda pintar e adornar ovos em família, devendo um – vermelho – ser mantido todo o ano para trazer boa sorte e saúde.