"O Delfim" foi realizado por Fernando Lopes, a partir da obra homónima de José Cardoso Pires, tendo sido o argumento escrito por Vasco Pulido Valente.
Nas palavras do realizador, é "sobretudo um prodigioso pretexto cinematográfico para entender paixões e emoções, misérias e grandezas de um Portugal agonizante, em plena guerra colonial e com o seu ditador (Salazar) a morrer lentamente, como o país. Será também um filme sobre um tempo em suspensão. E sobre um universo metafórico - a Gafeira - que é a propriedade e ao mesmo tempo a imagem de Tomás Palma Bravo, o herdeiro e último representante de uma raça em vias de extinção".
Sinopse:
Portugal, finais dos anos 60. Tomás Palma Bravo, o Delfim, o Infante, é o herdeiro de um mundo em decomposição. É ele o dono da Lagoa, da Gafeira, de Maria das Mercês, sua mulher infecunda, de Domingos, seu criado preto e maneta, de um mastim e de um "Jaguar E", que o leva da Gafeira a Lisboa e às putas. Um caçador, detective e narrador, que todos os anos volta à Lagoa para caçar patos reais, descobre, um ano depois, que Domingos apareceu morto na cama do casal Palma Bravo e que Maria das Mercês apareceu a boiar na Lagoa. Quanto a Tomás Palma Bravo e ao mastim, dizem-lhe que desapareceram sem deixar rasto. E que da neblina da Lagoa se ouvem agora misteriosos latidos.
(Sinopse do filme no sítio oficial da Madragoa Filmes)
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