Hoje, este dia foi uma taça cheia,
hoje, este dia foi a onda imensa,
hoje, foi a terra inteira.
Hoje, o mar tempestuoso
ergueu-nos num beijo
tão alto que estremecemos
ao clarão de um relâmpago
e, unidos, descemos
para mergulharmos enlaçados.
Hoje os nossos corpos dilataram-se,
cresceram até ao extremo do mundo
e rolaram fundidos
numa só gota
de cera ou meteoro.
Entre mim e ti abriu-se uma nova porta
e alguém, sem rosto ainda,
esperava-nos ali.
Pablo Neruda - "Os Versos do Capitão"
sábado, setembro 08, 2018
sexta-feira, setembro 07, 2018
Os Provocadores de Naufrágios
Os Provocadores de Naufrágios é o segundo livro de João Nuno Azambuja (1974). João Azambuja é licenciado em História e Ciências Sociais. Participou, por sua iniciativa, em diversas explorações arqueológicas pelo país ao longo de vários anos. Militou, mais tarde, nas tropas paraquedistas como comandante de pelotão, após um breve período como professor de História. Regressado à vida civil, dedicou-se à escrita e fundou, em Braga, um bar de inspiração celta, onde se realizaram concertos memoráveis das melhores bandas ibéricas desse género musical. O seu primeiro romance, Era Uma Vez Um Homem, ganhou o Prémio Literário UCCLA (União das Cidades Capitais de Língua Portuguesa) em 2016.
Sinopse:
Baseada em factos reais, esta é a história de Klaus Kittel, um alemão portuense que combateu na Segunda Guerra Mundial. Um homem mergulhado numa época de pesadelo, de guerra, morte e ditaduras. Uma Europa destroçada, de onde surge uma história improvável, mas verdadeira, feita de viagens e fintas ao destino. Kittel foi sempre perseguido pela crueldade humana. Em criança, expulsaram-no de Portugal. Em adulto, viveu os bombardeamentos aliados e fugiu ao Exército Vermelho. Passou pela grande depressão, assistiu à ascensão de Hitler e discursou para a elite do Partido Nazi. Depois da guerra, é preso. Sobrevive aos campos de prisioneiros, onde milhares de homens encontraram a morte. Mas consegue fugir, com o que talvez seja uma misteriosa ajuda de Álvaro Cunhal. Foi escravo, soldado, marido. Um romance escrito pela pena de uma das mais promissoras vozes das Letras portuguesas, vencedora do Prémio Literário UCCLA, sobre a qual disse o poeta Fernando Pinto do Amaral ser «capaz de exprimir um intenso sentido de revolta em face do mundo contemporâneo» …
Sinopse:
Baseada em factos reais, esta é a história de Klaus Kittel, um alemão portuense que combateu na Segunda Guerra Mundial. Um homem mergulhado numa época de pesadelo, de guerra, morte e ditaduras. Uma Europa destroçada, de onde surge uma história improvável, mas verdadeira, feita de viagens e fintas ao destino. Kittel foi sempre perseguido pela crueldade humana. Em criança, expulsaram-no de Portugal. Em adulto, viveu os bombardeamentos aliados e fugiu ao Exército Vermelho. Passou pela grande depressão, assistiu à ascensão de Hitler e discursou para a elite do Partido Nazi. Depois da guerra, é preso. Sobrevive aos campos de prisioneiros, onde milhares de homens encontraram a morte. Mas consegue fugir, com o que talvez seja uma misteriosa ajuda de Álvaro Cunhal. Foi escravo, soldado, marido. Um romance escrito pela pena de uma das mais promissoras vozes das Letras portuguesas, vencedora do Prémio Literário UCCLA, sobre a qual disse o poeta Fernando Pinto do Amaral ser «capaz de exprimir um intenso sentido de revolta em face do mundo contemporâneo» …
quinta-feira, setembro 06, 2018
Samba de Verão
Oiça a música Samba de Verão na voz do seu compositor Marcos Valle, o surfista da Bossa Nova.
Você viu só que amor
Nunca vi coisa assim
E passou, nem parou
Mas olhou só pra mim
Se voltar, vou atrás
Vou pedir, vou falar
Vou dizer que o amor
Foi feitinho pra dar
Olha, é como o verão
Quente o coração
Salta de repente para ver
A menina que vem
Ela vem, sempre tem
Esse mar no olhar
E vai ver, tem de ser
Nunca tem quem amar
Hoje sim, diz que sim
Já cansei de esperar
Nem parei, nem dormi
Só pensando em lhe dar
Peço, mas você não vem, bem!
Deixo então, falo só, digo ao céu, mas você vem
Você viu só que amor
Nunca vi coisa assim
Que passou nem parou, mas olhou só pra mim
Se voltar, vou atrás
Vou pedir, vou falar
Vou dizer que o amor foi feitinho pra dar
Olha, é como o verão
Quente o coração
Salta de repente para ver a menina que vem
Ela tem, sempre tem, esse mar do olhar
E vai ver, tem de ser, nunca tem quem amar
Hoje sim, diz que sim, já cansei de esperar
Nem parei, nem dormi
Só pensando em lhe dar
Peço, mas você não vem
Vem!
Deixo então!
Falo só
Digo ao céu
Mas você vem
E agora a mesma música na voz de Caetano Veloso
quarta-feira, setembro 05, 2018
Antes da Invenção de Gutenberg
terça-feira, setembro 04, 2018
Chefes vs Cozinheiras
Chefes vs Cozinheiras é uma crónica de Rui Vieira Nery que aqui lhe deixo hoje como reflexão.
"Antigamente as cozinheiras dos bons restaurantes portugueses eram umas Senhoras rechonchudas e coradas, em geral já de idade respeitável, com nomes bem portugueses ainda a cheirar a aldeia – a D. Adosinda, a D. Felismina, a D. Gertrudes – e por vezes com uma sombra de buço que parecia fazer parte dos atributos da senioridade na profissão.
Tinham começado por baixo e aprendido o ofício lentamente, espreitando por cima do ombro dos mais velhos.
E tinham apurado a mão ao longo dos anos, para saberem gerir cada vez com mais mestria a arte do tempero, a ciência dos tempos de cozedura, os mistérios da regulação do lume.
A escolha dos ingredientes baseava-se numa sabedoria antiga, de experiência feita, que determinava o que “pertencia” a cada prato, o que “ia” com quê, os sabores que “ligavam” ou não entre si.
Traziam para a mesa verdadeiras obras de arte de culinária portuguesa, com um brio que disfarçavam com a falsa modéstia dos diminutivos – “Ora aqui está o cabritinho”, “Vamos lá ver se gosta do bacalhauzinho”, “Olhe que o agriãozinho é do meu quintal”.
Ficavam depois a olhar discretamente para nós, para nos verem na cara os sinais do prazer de cada petisco, mesmo quando à partida já tinham a certeza do triunfo, porque cada novo cliente satisfeito era como uma medalha de honra adicional.
E a melhor recompensa das boas Senhoras era o apetite com que nos viam: “Mais um filetezinho?” “Mais uma batatinha assada?”.
Hoje em dia, ao que parece, nestes tempos de terminologias filtradas, já não há cozinheiros, há “chefes”, e a respectiva média etária ronda a dos demais jovens empresários de sucesso com que os vemos cruzarem-se indistintamente nas páginas da “Caras” e da “Olá”.
Os nomes próprios seguem um abecedário previsível – Afonso, Bernardo, Caetano, Diogo, Estêvao, Frederico, Gonçalo, … – e os apelidos parecem um anuário do Conselho de Nobreza, com uma profusão ostensiva de arcaísmos ortográficos que funcionam como outros tantos marcadores de distinção – Vasconcellos, Athaydes, Souzas, Telles, Athouguias, Sylvas…
Quase nunca os vemos, claro, porque os deuses só raramente descem do Olimpo, mas somos recebidos por um exército de divindades menores cuja principal função é darem-nos a entender o enorme privilégio que é podermos aceder a semelhante espaço tão acima do nosso habitat social natural.
A explicação da lista é, por isso, um longo recitativo barroco, debitado em registo enjoado, em que, mais do que dar-nos uma ideia aproximada das escolhas possíveis, se pretende esmagar-nos com a consciência da nossa pressuposta inadequação à cerimónia em curso.
A regra de ouro é, claro, o inusitado das propostas culinárias em jogo e, preferivelmente, a sua absoluta ininteligibilidade para o cidadão comum.
Mandam, pois, o bom senso e o próprio instinto de auto-defesa que se delegue na casa a escolha do menu, sabendo-se, no entanto, que não vale a pena sonhar com que pelo meio nos apareça um pobre cabrito assado no forno, um humilde sável com açorda, ou uma honesta posta de bacalhau preparada segundo qualquer das “Cem Maneiras” santificadas das nossas Avós.
Seja o que Deus quiser!
E começam então a chegar a “profiterolle de anchova em cama de gomos de tangerina caramelizados, com espuma de champagne”, o “ceviche de vieira com molho quente de chocolate branco e raspa de trufa”, a “ratatouille de pepino e framboesa polvilhada com canela e manjericão”, e por aí fora, em geral com largos minutos de intervalo entre cada prato e o seguinte, para nos dar tempo de meditar sobre a experiência numa espécie de retiro espiritual momentâneo…
E é de experiência que se pode aqui falar no sentido mais fugaz do termo.
Deliciosa ou intragável, a oferta tende a ser, por princípio, “one time only”, porque quando o empregado anuncia, na sua meia voz enfadada, o “camarão salteado em calda de frutos silvestres e açafrão”, o uso do singular não é metafórico – é mesmo um exemplar único da espécie que se nos apresenta em toda a sua glória, ainda que possa reinar isolado no meio de um prato em que, em tempos, caberia um costeletão de novilho com os respectivos acompanhamentos.
Se se detestar, há pelo menos a consolação de que não haverá qualquer hipótese de reincidência do crime; se se adorar – o que há que reconhecer que muitas vezes acontece – ficará apenas a memória fugidia do prazer inesperado.
A função do “chefe” é proporcionar-nos no palato esta sucessão de sensações momentâneas irrepetíveis, todas elas em doses cuidadosamente homeopáticas, um pouco como as configurações sempre novas de um caleidoscópio – ou, se se preferir uma imagem mais forte, como a versão gastronómica de uma poderosa substância alucinogénia, daquelas que faziam as delícias da geração hippie dos anos 60 quando lhe davam a ver, ora elefantes cor-de-rosa, ora hipopótamos azul-celeste.
Wow!
Que saudades das Donas Adozindas, das Donas Felisminas, das Donas Gertrudes, mais camponesas ainda do que citadinas, com a sua sabedoria, as suas receitas de família, a sua simplicidade, a sua fartura, o seu gosto de servir bem, o seu sentido de tradição e de comunidade!"
Rui Vieira Nery
"Antigamente as cozinheiras dos bons restaurantes portugueses eram umas Senhoras rechonchudas e coradas, em geral já de idade respeitável, com nomes bem portugueses ainda a cheirar a aldeia – a D. Adosinda, a D. Felismina, a D. Gertrudes – e por vezes com uma sombra de buço que parecia fazer parte dos atributos da senioridade na profissão.
Tinham começado por baixo e aprendido o ofício lentamente, espreitando por cima do ombro dos mais velhos.
E tinham apurado a mão ao longo dos anos, para saberem gerir cada vez com mais mestria a arte do tempero, a ciência dos tempos de cozedura, os mistérios da regulação do lume.
A escolha dos ingredientes baseava-se numa sabedoria antiga, de experiência feita, que determinava o que “pertencia” a cada prato, o que “ia” com quê, os sabores que “ligavam” ou não entre si.
Traziam para a mesa verdadeiras obras de arte de culinária portuguesa, com um brio que disfarçavam com a falsa modéstia dos diminutivos – “Ora aqui está o cabritinho”, “Vamos lá ver se gosta do bacalhauzinho”, “Olhe que o agriãozinho é do meu quintal”.
Ficavam depois a olhar discretamente para nós, para nos verem na cara os sinais do prazer de cada petisco, mesmo quando à partida já tinham a certeza do triunfo, porque cada novo cliente satisfeito era como uma medalha de honra adicional.
E a melhor recompensa das boas Senhoras era o apetite com que nos viam: “Mais um filetezinho?” “Mais uma batatinha assada?”.
Hoje em dia, ao que parece, nestes tempos de terminologias filtradas, já não há cozinheiros, há “chefes”, e a respectiva média etária ronda a dos demais jovens empresários de sucesso com que os vemos cruzarem-se indistintamente nas páginas da “Caras” e da “Olá”.
Os nomes próprios seguem um abecedário previsível – Afonso, Bernardo, Caetano, Diogo, Estêvao, Frederico, Gonçalo, … – e os apelidos parecem um anuário do Conselho de Nobreza, com uma profusão ostensiva de arcaísmos ortográficos que funcionam como outros tantos marcadores de distinção – Vasconcellos, Athaydes, Souzas, Telles, Athouguias, Sylvas…
Quase nunca os vemos, claro, porque os deuses só raramente descem do Olimpo, mas somos recebidos por um exército de divindades menores cuja principal função é darem-nos a entender o enorme privilégio que é podermos aceder a semelhante espaço tão acima do nosso habitat social natural.
A explicação da lista é, por isso, um longo recitativo barroco, debitado em registo enjoado, em que, mais do que dar-nos uma ideia aproximada das escolhas possíveis, se pretende esmagar-nos com a consciência da nossa pressuposta inadequação à cerimónia em curso.
A regra de ouro é, claro, o inusitado das propostas culinárias em jogo e, preferivelmente, a sua absoluta ininteligibilidade para o cidadão comum.
Mandam, pois, o bom senso e o próprio instinto de auto-defesa que se delegue na casa a escolha do menu, sabendo-se, no entanto, que não vale a pena sonhar com que pelo meio nos apareça um pobre cabrito assado no forno, um humilde sável com açorda, ou uma honesta posta de bacalhau preparada segundo qualquer das “Cem Maneiras” santificadas das nossas Avós.
Seja o que Deus quiser!
E começam então a chegar a “profiterolle de anchova em cama de gomos de tangerina caramelizados, com espuma de champagne”, o “ceviche de vieira com molho quente de chocolate branco e raspa de trufa”, a “ratatouille de pepino e framboesa polvilhada com canela e manjericão”, e por aí fora, em geral com largos minutos de intervalo entre cada prato e o seguinte, para nos dar tempo de meditar sobre a experiência numa espécie de retiro espiritual momentâneo…
E é de experiência que se pode aqui falar no sentido mais fugaz do termo.
Deliciosa ou intragável, a oferta tende a ser, por princípio, “one time only”, porque quando o empregado anuncia, na sua meia voz enfadada, o “camarão salteado em calda de frutos silvestres e açafrão”, o uso do singular não é metafórico – é mesmo um exemplar único da espécie que se nos apresenta em toda a sua glória, ainda que possa reinar isolado no meio de um prato em que, em tempos, caberia um costeletão de novilho com os respectivos acompanhamentos.
Se se detestar, há pelo menos a consolação de que não haverá qualquer hipótese de reincidência do crime; se se adorar – o que há que reconhecer que muitas vezes acontece – ficará apenas a memória fugidia do prazer inesperado.
A função do “chefe” é proporcionar-nos no palato esta sucessão de sensações momentâneas irrepetíveis, todas elas em doses cuidadosamente homeopáticas, um pouco como as configurações sempre novas de um caleidoscópio – ou, se se preferir uma imagem mais forte, como a versão gastronómica de uma poderosa substância alucinogénia, daquelas que faziam as delícias da geração hippie dos anos 60 quando lhe davam a ver, ora elefantes cor-de-rosa, ora hipopótamos azul-celeste.
Wow!
Que saudades das Donas Adozindas, das Donas Felisminas, das Donas Gertrudes, mais camponesas ainda do que citadinas, com a sua sabedoria, as suas receitas de família, a sua simplicidade, a sua fartura, o seu gosto de servir bem, o seu sentido de tradição e de comunidade!"
Rui Vieira Nery
segunda-feira, setembro 03, 2018
Portas Pelo Mundo Fora
A palavra Porta pode ter vários significados.
Quando é utilizada em informática pode significar ponto de ligação físico ou virtual usado na transmissão de dados.
Em sentido figurado pode indicar entrada, acesso, ou admissão.
Quando se utiliza para falar de algum tipo de tecnologia pode referir-se a parte de um equipamento onde se liga um cabo ou uma ficha, etc.
Há também várias expressões relacionadas com a palavra Porta. Por exemplo, bater à porta de (ou seja pedir auxílio a alguém); infelizmente, a doença bateu-lhe à porta ou seja aconteceu, surgiu; Pela Porta do Cavalo, usando de meios pouco lícitos, Fora de Portas (ou seja, fora da cidade), etc.
No entanto, o significado mais vulgar desta palavra de origem latina (substantivo feminino), é uma abertura para entrar ou sair.
Proponho-lhe que assista, então, à excelente apresentação que se segue e que mostra Portas Em Várias Partes do Mundo. Todas elas de uma beleza extraordinária e que mostram a influência da cultura dos povos e da sua história na arquitectura.
Ora veja. Vale bem a pena!
Quando é utilizada em informática pode significar ponto de ligação físico ou virtual usado na transmissão de dados.
Em sentido figurado pode indicar entrada, acesso, ou admissão.
Quando se utiliza para falar de algum tipo de tecnologia pode referir-se a parte de um equipamento onde se liga um cabo ou uma ficha, etc.
Há também várias expressões relacionadas com a palavra Porta. Por exemplo, bater à porta de (ou seja pedir auxílio a alguém); infelizmente, a doença bateu-lhe à porta ou seja aconteceu, surgiu; Pela Porta do Cavalo, usando de meios pouco lícitos, Fora de Portas (ou seja, fora da cidade), etc.
No entanto, o significado mais vulgar desta palavra de origem latina (substantivo feminino), é uma abertura para entrar ou sair.
Proponho-lhe que assista, então, à excelente apresentação que se segue e que mostra Portas Em Várias Partes do Mundo. Todas elas de uma beleza extraordinária e que mostram a influência da cultura dos povos e da sua história na arquitectura.
Ora veja. Vale bem a pena!
domingo, setembro 02, 2018
Respect
Oiça a rainha da Música Soul, Miss Aretha Franklin em Respect (versão original de 1967), do álbum: I Never Loved a Man the Way I Love You.
What you want
Baby, I got it
What you need
Do you know I got it?
All I'm askin'
Is for a little respect when you get home (just a little bit)
Hey baby (just a little bit) when you get home
(Just a little bit) mister (just a little bit)
I ain't gonna do you wrong while you're gone
Ain't gonna do you wrong 'cause I don't wanna
All I'm askin'
Is for a little respect when you come home (just a little bit)
Baby (just a little bit) when you get home (just a little bit)
Yeah (just a little bit)
I'm about to give you all of my money
And all I'm askin' in return, honey
Is to give me my propers
When you get home (just a, just a, just a, just a)
Yeah, baby (just a, just a, just a, just a)
When you get home (just a little bit)
Yeah (just a little bit)
Ooh, your kisses
Sweeter than honey
And guess what?
So is my money
All I want you to do for me
Is give it to me when you get home (re, re, re, re)
Yeah baby (re, re, re, re)
Whip it to me (respect, just a little bit)
When you get home, now (just a little bit)
R-E-S-P-E-C-T
Find out what it means to me
R-E-S-P-E-C-T
Take care, TCB
Oh (sock it to me, sock it to me, sock it to me, sock it to me)
A little respect (sock it to me, sock it to me, sock it to me, sock it to me)
Whoa, babe (just a little bit)
A little respect (just a little bit)
I get tired (just a little bit)
Keep on tryin' (just a little bit)
You're runnin' out of fools (just a little bit)
And I ain't lyin' (just a little bit)
(Re, re, re, re) when you come home
(Re, re, re, re) 'spect
Or you might walk in (respect, just a little bit)
And find out I'm gone (just a little bit)
Compositores: Otis Redding
What you want
Baby, I got it
What you need
Do you know I got it?
All I'm askin'
Is for a little respect when you get home (just a little bit)
Hey baby (just a little bit) when you get home
(Just a little bit) mister (just a little bit)
I ain't gonna do you wrong while you're gone
Ain't gonna do you wrong 'cause I don't wanna
All I'm askin'
Is for a little respect when you come home (just a little bit)
Baby (just a little bit) when you get home (just a little bit)
Yeah (just a little bit)
I'm about to give you all of my money
And all I'm askin' in return, honey
Is to give me my propers
When you get home (just a, just a, just a, just a)
Yeah, baby (just a, just a, just a, just a)
When you get home (just a little bit)
Yeah (just a little bit)
Ooh, your kisses
Sweeter than honey
And guess what?
So is my money
All I want you to do for me
Is give it to me when you get home (re, re, re, re)
Yeah baby (re, re, re, re)
Whip it to me (respect, just a little bit)
When you get home, now (just a little bit)
R-E-S-P-E-C-T
Find out what it means to me
R-E-S-P-E-C-T
Take care, TCB
Oh (sock it to me, sock it to me, sock it to me, sock it to me)
A little respect (sock it to me, sock it to me, sock it to me, sock it to me)
Whoa, babe (just a little bit)
A little respect (just a little bit)
I get tired (just a little bit)
Keep on tryin' (just a little bit)
You're runnin' out of fools (just a little bit)
And I ain't lyin' (just a little bit)
(Re, re, re, re) when you come home
(Re, re, re, re) 'spect
Or you might walk in (respect, just a little bit)
And find out I'm gone (just a little bit)
Compositores: Otis Redding