Assista ao programa da série televisiva da RTP "Madeira e São Miguel à Luz da Geografia", realizada por Raimundo Quintal, dedicada à Paisagem Rural destes arquipélagos.
Paisagem Rural - “Madeira e São Miguel à Luz da Geografia” from Amigos dos Açores on Vimeo.
sábado, junho 30, 2018
sexta-feira, junho 29, 2018
São Pedro
Tu, que Diabo?, és velho.
És o único dos três que traz velhice
Às festas. Tuas barbas brancas
Têm contudo um ar terno
A que o teu duro olhar não dá razão.
Parece que com essas barbas brancas
Por um fenómeno de imitação
Pretendes ter um ar de Padre Eterno.
Carcereiro do céu, isso é o que és.
Basta ver o tamanho dessas chaves —
As que Roma cruzou no seu brasão.
Segundo aquele passo do Evangelho
Do «Tu és Pedro» etcetera (tu sabes),
Que é, afinal uma fraude
Meu velho, uma interpolação.
Carcereiro do céu, que chaves essas!
Nem dão vontade de ser bom na terra,
Se, segundo evangélicas promessas
Vamos parar, ao fim, a um céu claustral.
Isso — fecharem-me — não quero eu,
Nem com Deus e o que é seu
Que o estar fechado faz-me mal
Até na beatitude do teu céu,
Entre os santos do paraíso,
(A liberdade — Deus dá a Deus —
Um Deus que não sei se é o teu),
O estar fechado, aqui ou ali, dizia eu
Faz-me terríveis cócegas no juízo.
Enfim, que direi eu de ti, amigo,
Que não seja uma coisa morta,
Anti-popular, gongórica,
Por fruste deselegante,
Como de quem, sem saber nada, exausto,
Começo por duvidar bastante,
Desculpa-me chaveiro antigo,
De que tivesses existência histórica.
Mas isso, é claro, não importa
Se nos trazes
A alegria da singeleza
Ou a bondade que não sabe ter tristeza.
O pior é que nada disso fazes.
O teu semblante é duro e cru
E as barbas que roubaste ao Deus que tens
Só arrancam aos dandies teus loquazes
Ditos de dandies cínicos desdéns.
Que diabo, és uma série de ninguéns.
O Santo são as chaves, e não tu.
Para uns és S. Pedro, o grão porteiro,
Para outros as barbas já citadas,
Para uns o tal fatídico chaveiro
Que fecha à chave as almas sublimadas.
Para uns tu fundaste a Roma do Papado
(Andavas bêbado ou enganado
Ou esqueceste
O teu posto quando o fizeste)
E para outros enfim, como é o povo
E segundo as ideias que ele faz,
És quem lhe não vem dar nada de novo —
Umas barbas com S. Pedro lá por traz.
É difícil tratar-te em verso ou prosa,
Tudo em ti, salvo as barbas, é incerto,
Tudo teu, salvo as chaves, não tem ser
E a alma mais humilde é clamorosa
De qualquer coisa que se possa ver,
Em sonho até, qual se estivesse perto.
Olha, eu confesso
Que nunca escreveria
Este vago poema, em que me apresso
Só para me ver livre do teu nada,
Se não fosse para dar um cunho
A este livro da trilogia
(Santo António, S. João, S. Pedro —
De popular, que bem que soa!)
Mas porque diabo de intuição errada
É que vieste parar a Junho
E a Lisboa?
Isto aqui ainda tem
Um sorriso que lhe fica bem,
Que até, até
No teu dia,
(Ó estupor velho
Como um chavelho,)
Nas ruas
O povo anda com alegria,
É fé,
Não em ti nem nas barbas tuas
Mas no que a alegria é.
Olha, acabei.
Que mais dizer-te, não sei.
Espera lá, olha
Roma, fingindo que viceja,
Lentamente se desfolha.
Teu último gesto seja
Um gesto volvente e mudo.
Se tens poder milagroso,
Se essas chaves abrem tudo,
Deixa esse céu lastimoso.
Deixa de vez esse céu,
Desce até à humanidade
E abre-lhe, enfim no mudo gesto teu,
As portas do Inferno, e da Verdade.
Fernando Pessoa: Santo António, São João, São Pedro. (Organização de Alfredo Margarido.) Lisboa: A Regra do Jogo, 1986.
És o único dos três que traz velhice
Às festas. Tuas barbas brancas
Têm contudo um ar terno
A que o teu duro olhar não dá razão.
Parece que com essas barbas brancas
Por um fenómeno de imitação
Pretendes ter um ar de Padre Eterno.
Carcereiro do céu, isso é o que és.
Basta ver o tamanho dessas chaves —
As que Roma cruzou no seu brasão.
Segundo aquele passo do Evangelho
Do «Tu és Pedro» etcetera (tu sabes),
Que é, afinal uma fraude
Meu velho, uma interpolação.
Carcereiro do céu, que chaves essas!
Nem dão vontade de ser bom na terra,
Se, segundo evangélicas promessas
Vamos parar, ao fim, a um céu claustral.
Isso — fecharem-me — não quero eu,
Nem com Deus e o que é seu
Que o estar fechado faz-me mal
Até na beatitude do teu céu,
Entre os santos do paraíso,
(A liberdade — Deus dá a Deus —
Um Deus que não sei se é o teu),
O estar fechado, aqui ou ali, dizia eu
Faz-me terríveis cócegas no juízo.
Enfim, que direi eu de ti, amigo,
Que não seja uma coisa morta,
Anti-popular, gongórica,
Por fruste deselegante,
Como de quem, sem saber nada, exausto,
Começo por duvidar bastante,
Desculpa-me chaveiro antigo,
De que tivesses existência histórica.
Mas isso, é claro, não importa
Se nos trazes
A alegria da singeleza
Ou a bondade que não sabe ter tristeza.
O pior é que nada disso fazes.
O teu semblante é duro e cru
E as barbas que roubaste ao Deus que tens
Só arrancam aos dandies teus loquazes
Ditos de dandies cínicos desdéns.
Que diabo, és uma série de ninguéns.
O Santo são as chaves, e não tu.
Para uns és S. Pedro, o grão porteiro,
Para outros as barbas já citadas,
Para uns o tal fatídico chaveiro
Que fecha à chave as almas sublimadas.
Para uns tu fundaste a Roma do Papado
(Andavas bêbado ou enganado
Ou esqueceste
O teu posto quando o fizeste)
E para outros enfim, como é o povo
E segundo as ideias que ele faz,
És quem lhe não vem dar nada de novo —
Umas barbas com S. Pedro lá por traz.
É difícil tratar-te em verso ou prosa,
Tudo em ti, salvo as barbas, é incerto,
Tudo teu, salvo as chaves, não tem ser
E a alma mais humilde é clamorosa
De qualquer coisa que se possa ver,
Em sonho até, qual se estivesse perto.
Olha, eu confesso
Que nunca escreveria
Este vago poema, em que me apresso
Só para me ver livre do teu nada,
Se não fosse para dar um cunho
A este livro da trilogia
(Santo António, S. João, S. Pedro —
De popular, que bem que soa!)
Mas porque diabo de intuição errada
É que vieste parar a Junho
E a Lisboa?
Isto aqui ainda tem
Um sorriso que lhe fica bem,
Que até, até
No teu dia,
(Ó estupor velho
Como um chavelho,)
Nas ruas
O povo anda com alegria,
É fé,
Não em ti nem nas barbas tuas
Mas no que a alegria é.
Olha, acabei.
Que mais dizer-te, não sei.
Espera lá, olha
Roma, fingindo que viceja,
Lentamente se desfolha.
Teu último gesto seja
Um gesto volvente e mudo.
Se tens poder milagroso,
Se essas chaves abrem tudo,
Deixa esse céu lastimoso.
Deixa de vez esse céu,
Desce até à humanidade
E abre-lhe, enfim no mudo gesto teu,
As portas do Inferno, e da Verdade.
Fernando Pessoa: Santo António, São João, São Pedro. (Organização de Alfredo Margarido.) Lisboa: A Regra do Jogo, 1986.
quinta-feira, junho 28, 2018
Na porta do céu
Bati. São Pedro zangado
Perguntou: Quem bate aí?
É a alma de um desgraçado,
São Pedro. lhe respondi.
Pensas então que esta casa
Seja da sogra, não é?
Mas São Pedro... E, ardendo em brasa,
Eu mal me sustinha em pé.
Não quero conversa. Todos
Que vem ao céu, são assim:
Prantos, lamúrias, engodos,
Mas não me enganam a mim.
Sempre a mesma cantilena:
Mas São Pedro...Vovô...
Minha culpa foi pequena...
Mas.. na onda eu cá não vou.
Aqui só faço justiça!
Mas, vamos ao que convém:
Quando em vida ias à missa?
Se fui, não lembro bem...
Imperdoável! Contudo,
Sem louvor aos modos teus,
Achando-se Deus em tudo,
Em tudo se adora a Deus.
E ao te deitares, a prece
Fazias com devoção?
É possível que o fizesse,
Mas, não me recordo, não.
Mau, e sobre a carne e o vinho,
Que me dizes, pecador?
" Dei à carne o meu carinho,
Dei ao vinho o meu amor!"
Que vida infame! E a virtude,
Jamais a viste sequer?
"Amei-a mais que pude
Porque a virtude é mulher!
Mulheres... Ó bem querido
Que no céu ainda me faz
Ter pena de ter morrido...
Cala a boca, Satanás!
E tens tu o atrevimento
De vir assim me falar?
Ah. Já te espera o tormento
No inferno, que é teu lugar...
Afinal, alma indiscreta,
Sem temor, sem fé, sem lei
Que foste em vida?" Eu? Poeta...
Que lindas coisas cantei!
Que? Poeta? E a porta abrindo
Fez São Pedro um escarcéu:
Poeta?! Mas sê bem vindo!
Teu lugar é aqui no céu..."
Edmond Rostant - Trad. Belmiro Braga
Perguntou: Quem bate aí?
É a alma de um desgraçado,
São Pedro. lhe respondi.
Pensas então que esta casa
Seja da sogra, não é?
Mas São Pedro... E, ardendo em brasa,
Eu mal me sustinha em pé.
Não quero conversa. Todos
Que vem ao céu, são assim:
Prantos, lamúrias, engodos,
Mas não me enganam a mim.
Sempre a mesma cantilena:
Mas São Pedro...Vovô...
Minha culpa foi pequena...
Mas.. na onda eu cá não vou.
Aqui só faço justiça!
Mas, vamos ao que convém:
Quando em vida ias à missa?
Se fui, não lembro bem...
Imperdoável! Contudo,
Sem louvor aos modos teus,
Achando-se Deus em tudo,
Em tudo se adora a Deus.
E ao te deitares, a prece
Fazias com devoção?
É possível que o fizesse,
Mas, não me recordo, não.
Mau, e sobre a carne e o vinho,
Que me dizes, pecador?
" Dei à carne o meu carinho,
Dei ao vinho o meu amor!"
Que vida infame! E a virtude,
Jamais a viste sequer?
"Amei-a mais que pude
Porque a virtude é mulher!
Mulheres... Ó bem querido
S. Pedro - Júlia Ramalho |
Ter pena de ter morrido...
Cala a boca, Satanás!
E tens tu o atrevimento
De vir assim me falar?
Ah. Já te espera o tormento
No inferno, que é teu lugar...
Afinal, alma indiscreta,
Sem temor, sem fé, sem lei
Que foste em vida?" Eu? Poeta...
Que lindas coisas cantei!
Que? Poeta? E a porta abrindo
Fez São Pedro um escarcéu:
Poeta?! Mas sê bem vindo!
Teu lugar é aqui no céu..."
Edmond Rostant - Trad. Belmiro Braga
quarta-feira, junho 27, 2018
A Jordânia: O Mundo Segundo Os Brasileiros
Aprecie mais um episódio do programa televisivo O Mundo Segundo Os Brasileiros.
Desta vez o passeio virtual que lhe proponho é até à Jordânia.
A Jordânia, oficialmente o Reino Haxemita da Jordânia, é um país do Médio Oriente localizado na margem leste do rio Jordão. Faz fronteira com a Arábia Saudita ao leste e a sul, Iraque a nordeste, Síria a norte, Israel e Palestina a oeste e o mar Vermelho no extremo sul.
A Jordânia está estrategicamente localizada no cruzamento da Ásia, África e Europa.
A sua capital e cidade mais populosa é Amã, que também é o centro económico e cultural do país
Não perca e aprecie mais esta viagem até este extraordinário país..
Desta vez o passeio virtual que lhe proponho é até à Jordânia.
A Jordânia, oficialmente o Reino Haxemita da Jordânia, é um país do Médio Oriente localizado na margem leste do rio Jordão. Faz fronteira com a Arábia Saudita ao leste e a sul, Iraque a nordeste, Síria a norte, Israel e Palestina a oeste e o mar Vermelho no extremo sul.
A Jordânia está estrategicamente localizada no cruzamento da Ásia, África e Europa.
A sua capital e cidade mais populosa é Amã, que também é o centro económico e cultural do país
Não perca e aprecie mais esta viagem até este extraordinário país..
terça-feira, junho 26, 2018
O Cetim-branco
O Cetim-branco é uma planta herbácea, da família Brassicaceae. É considerada originária do sudeste europeu e do sudoeste asiático mas, actualmente, está espalhada por boa parte da Europa, Ásia e América do Norte, onde é cultivada como planta ornamental. O mesmo acontece em Portugal, onde surge também na berma de caminhos e na proximidade de povoações.
O que mais encanta no Cetim-branco, mais do que as flores, é a forma especial dos frutos secos em forma de larga moeda oval achatada e translúcida que persistem mesmo depois da disseminação das sementes.
Esta "flor", que é na verdade um disco branco transparente, de onde sai a semente da planta e que permanece com o mesmo aspecto depois de seca, tem em cada país um nome diferente.
No Reino Unido chama-se Honestidade, em França "Dinheiro do Papa", na Holanda Judaspenning (moeda-de-Judas). Será uma alusão à história biblíca de Judas Iscariotes e das 30 moedas de prata, que foi pago para vender Jesus?
Em Portugal é conhecida por cetim-branco, dinheiro do papa, lunária ou medalha do papa.
Os seus ramos, após a frutificação, são usados com frequência na elaboração de arranjos decorativos, não só devido à própria beleza dos frutos, mas também porque estes se mantêm pendentes dos ramos por longos períodos, após o corte.
Esta flor não é, portanto, bem uma flor – é na verdade a parte da planta que dá semente. As vagens são translúcidas, permitindo que se vejam as sementes ainda dentro do fruto – o que explica o interessante nome para a Lunaria annua, "honestidade".
Uma "flor" com tantos nomes, tem que ter algo de especial, não?
Daí ter um charme tão especial e ser tão utilizada nos arranjos florais.
O que mais encanta no Cetim-branco, mais do que as flores, é a forma especial dos frutos secos em forma de larga moeda oval achatada e translúcida que persistem mesmo depois da disseminação das sementes.
Os seus nomes comuns são cetim-branco, dinheiro-do-papa, lunária (Lunaria annua L.), medalha-do-papa ou moedas-do-papa.
É uma planta bienal, mas que pode optar por um ciclo de vida anual (floração: de abril a julho).Esta "flor", que é na verdade um disco branco transparente, de onde sai a semente da planta e que permanece com o mesmo aspecto depois de seca, tem em cada país um nome diferente.
No Reino Unido chama-se Honestidade, em França "Dinheiro do Papa", na Holanda Judaspenning (moeda-de-Judas). Será uma alusão à história biblíca de Judas Iscariotes e das 30 moedas de prata, que foi pago para vender Jesus?
Em Portugal é conhecida por cetim-branco, dinheiro do papa, lunária ou medalha do papa.
Os seus ramos, após a frutificação, são usados com frequência na elaboração de arranjos decorativos, não só devido à própria beleza dos frutos, mas também porque estes se mantêm pendentes dos ramos por longos períodos, após o corte.
Esta flor não é, portanto, bem uma flor – é na verdade a parte da planta que dá semente. As vagens são translúcidas, permitindo que se vejam as sementes ainda dentro do fruto – o que explica o interessante nome para a Lunaria annua, "honestidade".
Uma "flor" com tantos nomes, tem que ter algo de especial, não?
Daí ter um charme tão especial e ser tão utilizada nos arranjos florais.
segunda-feira, junho 25, 2018
Palavras de Origem Portuguesa Espalhadas Pelo Mundo
Quando pensamos em estrangeirismos, geralmente lembramo-nos de palavras de origem inglesa ou francesa que utilizamos na nossa língua. Mas quem pensa que apenas os anglo-saxónicos e os franceses influenciaram as restantes línguas, por todo o mundo, está completamente errado. O nosso idioma é bastante prolífico e também tem exportado palavras para outros idiomas.
Aqui vão algumas palavras de origem portuguesa utilizadas na língua inglesa:
1. Zebra
A palavra zebra foi inventada pelos portugueses, quando os descobridores começaram a explorar África e se depararam com estes animais exóticos.
2. Mosquito
A palavra mosquito surgiu porque este inseto faz lembrar uma pequena mosca, tendo assim sido designado tanto em português como em espanhol. Posteriormente este termo foi adoptado nos países de língua anglo-saxónica.
3. Albatross
A palavra Albatross é também de origem lusitana, porque deriva de albatroz
que é o nome deste pássaro, em português.
4. Fetish
Fetish, em inglês, é uma palavra marota, mas teve origem portuguesa, já que proveio da palavra feitiço e que viria mais tarde a ser adaptada pelos franceses para fétiche.
5. Auto-da-fé
Esta palavra é por vezes utilizada exactamente como está acima escrita, nos países de língua inglesa, para descrever um dos episódios mais vergonhosos da História, a Inquisição.
6. Embarass
A palavra embaraçar,do nosso idioma, deu origem ao embarrass, em inglês.
7. Verandah:
Neste caso, a língua inglesa utilizou a fonética da nossa palavra e alterou-a “ligeiramente” para designar varanda ou alpendre.
Agora palavras de origem portuguesa utilizadas na língua espanhola:
1. Caramelo
2. Alecrín (Alecrim)
3. Jangada
4. Lancha
5. Ostra
6. Perca
7. Mandarín (Mandarim)
8. Barroco
9. Chato
10. Mimoso
11. Enfadar
12. Placentero (Prazenteiro)
Também há palavras de origem portuguesa utilizadas na língua francesa:
1. Albatros (Albatroz)
2. Bambou (Bambú)
3. Baroque (Barroco)
4. Caste (Casta)
E ainda palavras de origem portuguesa utilizadas na língua japonesa:
1. Igirisu
Esta palavra quer dizer Inglês e ainda Reino Unido, em japonês, e advém do nosso primeiro contacto com aquela civilização há vários séculos.
2. Biidoro
Biidoro tem uma fonética semelhante a vidro, palavra que exportamos para o país do sol nascente.
3. Furasuko
Como pode uma palavra tão bizarra ter origem portuguesa? É fácil, tente ler mais rápido. Furasuko provém da palavra portuguesa frasco, algo também feito de vidro, ou deveríamos dizer “Biidoro”?
4. Botan
A palavra japonesa "Botan" derivou da palavra botão em português.
5. Marumero
A palavra japonesa "marumero" veio da palavra marmelo em português.
6. Pan
Os japoneses não devem dizer “pan nosso de cada dia”, mas a verdade é que "pan" derivou da palavra pão em português.
7. Pandoro
Ainda sem fugir do pão, os japoneses usam a palavra "pandoro", com origem no nosso vocabulário, para designar pão-de-ló (ou Kasutera ou Bolo Castela)
E ainda:
8. Arukoru (álcool)
9. Bateren (padre)
10. Bidama (berlinde)
11. Birodo (veludo)
12. Bouro (bolo)
13. Buranko (balanço)
14. Iruman (irmão)
15. Jouro (jarro)
16. Kapitan (capitão)
17. Kappa (capa)
18. Karuta (carta)
19. Kirisuto (cristo)
20. Koppu (copo)
21. Kurusu (cruz)
22. Rozario (rosário)
23. Sabato (sábado)
24. Shabon (sabão)
25. Shoro (choro)
26. Shurasuko (churrasco)
27. Tabako (tabaco)
28. Arigato - Obrigado (de acordo com alguns linguistas esta palavra não é de origem portuguesa)
29. Karusan - Calção
30. Waca - Vaca
31. Mamaredo - Marmelada
32. Kantera - Cadeira
33. Banko - Banco
34. Mikero - Miguel
35. Isaberina - Isabelinha
36. Chawan – Chávena
37. Kimono – Quimono
38. Judo – Judo
39. Katana - Catana
E ainda no calão:
40. Sakana (peixeiro) – Sacana (em português, espertalhão, malandro, sem caráter – insulto)
Aqui vão algumas palavras de origem portuguesa utilizadas na língua inglesa:
1. Zebra
A palavra zebra foi inventada pelos portugueses, quando os descobridores começaram a explorar África e se depararam com estes animais exóticos.
2. Mosquito
A palavra mosquito surgiu porque este inseto faz lembrar uma pequena mosca, tendo assim sido designado tanto em português como em espanhol. Posteriormente este termo foi adoptado nos países de língua anglo-saxónica.
3. Albatross
A palavra Albatross é também de origem lusitana, porque deriva de albatroz
que é o nome deste pássaro, em português.
4. Fetish
Fetish, em inglês, é uma palavra marota, mas teve origem portuguesa, já que proveio da palavra feitiço e que viria mais tarde a ser adaptada pelos franceses para fétiche.
5. Auto-da-fé
Esta palavra é por vezes utilizada exactamente como está acima escrita, nos países de língua inglesa, para descrever um dos episódios mais vergonhosos da História, a Inquisição.
6. Embarass
A palavra embaraçar,do nosso idioma, deu origem ao embarrass, em inglês.
7. Verandah:
Neste caso, a língua inglesa utilizou a fonética da nossa palavra e alterou-a “ligeiramente” para designar varanda ou alpendre.
Agora palavras de origem portuguesa utilizadas na língua espanhola:
1. Caramelo
2. Alecrín (Alecrim)
3. Jangada
4. Lancha
5. Ostra
6. Perca
7. Mandarín (Mandarim)
8. Barroco
9. Chato
10. Mimoso
11. Enfadar
12. Placentero (Prazenteiro)
Também há palavras de origem portuguesa utilizadas na língua francesa:
1. Albatros (Albatroz)
2. Bambou (Bambú)
3. Baroque (Barroco)
4. Caste (Casta)
E ainda palavras de origem portuguesa utilizadas na língua japonesa:
1. Igirisu
Esta palavra quer dizer Inglês e ainda Reino Unido, em japonês, e advém do nosso primeiro contacto com aquela civilização há vários séculos.
2. Biidoro
Biidoro tem uma fonética semelhante a vidro, palavra que exportamos para o país do sol nascente.
3. Furasuko
Como pode uma palavra tão bizarra ter origem portuguesa? É fácil, tente ler mais rápido. Furasuko provém da palavra portuguesa frasco, algo também feito de vidro, ou deveríamos dizer “Biidoro”?
4. Botan
A palavra japonesa "Botan" derivou da palavra botão em português.
5. Marumero
A palavra japonesa "marumero" veio da palavra marmelo em português.
6. Pan
Os japoneses não devem dizer “pan nosso de cada dia”, mas a verdade é que "pan" derivou da palavra pão em português.
7. Pandoro
Ainda sem fugir do pão, os japoneses usam a palavra "pandoro", com origem no nosso vocabulário, para designar pão-de-ló (ou Kasutera ou Bolo Castela)
E ainda:
8. Arukoru (álcool)
9. Bateren (padre)
10. Bidama (berlinde)
11. Birodo (veludo)
12. Bouro (bolo)
13. Buranko (balanço)
14. Iruman (irmão)
15. Jouro (jarro)
16. Kapitan (capitão)
17. Kappa (capa)
18. Karuta (carta)
19. Kirisuto (cristo)
20. Koppu (copo)
21. Kurusu (cruz)
22. Rozario (rosário)
23. Sabato (sábado)
24. Shabon (sabão)
25. Shoro (choro)
26. Shurasuko (churrasco)
27. Tabako (tabaco)
28. Arigato - Obrigado (de acordo com alguns linguistas esta palavra não é de origem portuguesa)
29. Karusan - Calção
30. Waca - Vaca
31. Mamaredo - Marmelada
32. Kantera - Cadeira
33. Banko - Banco
34. Mikero - Miguel
35. Isaberina - Isabelinha
36. Chawan – Chávena
37. Kimono – Quimono
38. Judo – Judo
39. Katana - Catana
40. Sakana (peixeiro) – Sacana (em português, espertalhão, malandro, sem caráter – insulto)
domingo, junho 24, 2018
E Viva São joão
melhor São João do Brasil
em trajes de cores mil
o nosso povo se veste
sob o belo azul celeste
é junho, mês de alegria
fogueiras, fogos, folia
Antônio, João, Pedro santos
juninos, festas, encantos
herança da liturgia
Sempre o melhor do Brasil
também o melhor do mundo
fiz um estudo fecundo
vi nosso povo gentil
brincar. Adulto, infantil:
em festa. Então comparei
e vi. O nordeste é o rei
do São João. É sem igual
da Rússia até Portugal
e Américas. Confirmei.
É Santo Antônio o primeiro
é treze, lembre, o seu dia!
Solteira faz simpatia
pro santo casamenteiro
se quer arranjar parceiro!
Em vinte e quatro, o São João
- eis a maior atração! -
O São Pedro é vinte e nove
se nunca viu, venha e prove
e se vem… dance o baião!
Com os seus chapéus de palha
camisas quadriculadas
com as calças remendadas
quem pode já se agasalha
pois bom namoro não falha!
Vestidas de chita, vêm
chapéus de palha também
se enfeitam bem as mulheres
o charme excede de ampères
não fica triste ninguém!
Viva o São João, viva a festa
com toda nossa alegria
forró que amanhece o dia
o coco se manifesta
baião que o recinto infesta
tem o samba de latada
xaxado, festa animada
é para ouvir ou dançar
melhor à luz do luar
o amado com a sua amada!
Eu vou dançar a “Quadrilha”
que é o melhor do São João
ao som de um acordeão
vem “Olha a cobra”, “olha a trilha”
eu olho um olho que brilha
“troca a dama”, “anarriê”
tem “tur” e tem “returnê”
tem o casório matuto
com seu ritual poluto
agora é só “balançê”
Esse é o tempo da colheita
de milho verde há fartura
que é a essência da feitura
para um manjar que deleita
canjica sempre bem feita
pamonha da boa tem
pé de moleque, xerém
o bolo Souza Leão
tem “Pê-É” na certidão!
Dá pra listar mais de cem!
Tem a broa de fubá
o bolo de amendoim
batata doce, quindim
arroz doce, mungunzá
cuscuz, coco, vatapá
cocada e tem bom-bocado
tapioca, queijo assado
pipoca e bolo de milho
paçoca, doces, sequilho
coalhada, mel, bem-casado
Mais de dois mil anos faz
em vinte e quatro de junho
escritos são testemunho
as duas primas carnais
a que deu a luz em paz
a João Batista: Isabel
manda a notícia à fiel
amiga. Pela fogueira
acesa. Foi a maneira:
o fogo brilhou no céu!
A mãe – Maria – de Cristo
e a mãe de João, Isabel
assim inspiram novel
costume alegre e benquisto
agora (e sempre) por isto
fogueira expõe tradição
nas festas de um bom São João
em todo o nosso nordeste
pra que o povo manifeste
seu júbilo e animação
Bahia e Maranhão
cercando o nordeste em peso
com seu alto astral aceso
para as festas do São João
cantores da região
e bandas no Centro Histórico
alegre de Salvador
que faz seu show alegórico
quadrilhas, tudo em primor
feliz nosso mês folclórico!
O bumba-meu-boi, zebu
em São Luiz, popular
folguedo, povo a brincar!
Sergipe, Forró-Caju
é festa em Aracaju
tem busca-pé em Estância.
No São João em abundância
do Vale do Jaguaribe
quando o Ceará exibe
quadrilhas com elegância!
Ao ar livre em Mossoró
no São João se comemora
a pisa – à bala – sonora
dada em Lampião sem dó
e por isso haja forró!
As festas em Alagoas
são calmas, com belas loas!
E no Piauí, São João
com fé para a oração
felizes vão as pessoas!
Campina Grande junina
maior São João deste Mundo
primeiro é – ou segundo
com vinte metros acima
a enorme fogueira anima!
Trem do Forró tem também
de pífanos, bandas tem
balões, fogos, maravilhas
mais de trezentas quadrilhas
Campina, São João, amém!
Caruaru, tradição
maior do planeta Terra
diz-se o primeiro, não erra
vá lá dançar o baião
Caruaru no São João
eis a pátria do forró
Caruaru, tem xodó
mais de mil bacamarteiros
e trios de forrozeiros.
Monarca, Rei, Faraó!
Cardápio à base de milho
música boa, forró
o turismo à pão-de-ló
o nosso São João é brilho
com “Trem do Forró” no trilho
não há festa sem você!
Paixão: – quem ouve, quem lê -
Cordel, a literatura!
São João é beleza pura!
“Olha o túnel”! “balancê”!!!
João Alderney