sábado, maio 07, 2016

De Morrer a Rir: 10 Pragas Algarvias

Aqui fica uma recolha de 10 Pragas Algarvias, caçado no FB e que é de morrer a rir!  
Ao autor da recolha (que não sei quem é) os meus parabéns.
"São, com certeza, um dos patrimónios culturais algarvios mais peculiares e fantásticos. As pragas algarvias já são pouco usadas, mas continuam sobejamente conhecidas e a ser relembradas em jeito de anedota. Afinal, apesar de serem desejos de má sorte, não queremos que ninguém fique mal por força das palavras.

As mais conhecidas são as pragas do Alvor, mas são também populares noutras zonas como Monte Gordo ou Fuzeta. Rogadas em combate verbal ou quando um algarvio se irritava, são sempre irónicas, caricaturais e até violentas. E contam sempre com dizeres e sotaque algarvios.

Recordemos agora algumas pragas algarvias muito boas:

 1- "Permita Deus que tenhas um bichoco tão grande e tão ruim que todo o algodão que há no mundo não chegue para o tratamento"

 2 - "Ah maldeçoade! Que tivesses uma dor de barriga tão grande, tão grande, que te desse pra correr, que cande más corresses más te doesse e que cande parasses arrebentasses.

 3 - "Oh maldeçoade, havia de te crescer um par de cornos tão grandes e tão pequenos, que dois cucos a cantarem, cada um na sua ponta, não se ouvissem um ao outro".

 4 - "Permita Deus que fiques tão magro, tão magro, que possas passar pelo fundo de uma agulha de braços abertos."

 5 - "Amaldeçoade môce, havia de te dar uma dor tã grande, tã grande, que só te passasse com o sumo de pedra."

 6 - "Ah moça maldeçoada, havias de apanhar tante sol, tante sol, que t’aderretesses toda e fosse preciso apanhar-te às colheres com’à banha."

 7 - "Devia Deus dar-te tanto dinheiro que até chovesse em cima de ti tantas notas como bagos de areia há no fundo do mar."

 8 - "Permita Deus que tenhas de andar tanto que gastes os pés e as pernas até à cintura."

 9 - "Que te desse uma traçã no beraco desse cu, que tevesses sem cagar oito dias e quando cagasses só cagasses figos de pita inteiros." 

 10 - "Permita Dês que toda a comida que hoje quemeres, amanhã a vás cagar ao cemitério já de olhos fechados." 

sexta-feira, maio 06, 2016

Dos Gardenias & Besame Mucho

Omara Portuondo por Amoxes
Oiça a cantora cubana Omara Portuondo em dois boleros: Dos Gardenias e  Besame Mucho, em Montreal (Canadá).
Omara Portuondo (1930) é uma cantora de bolero e dançarina cubana, cuja carreira se estende por meio século.
Esta artista fez parte da formação original do Cuarteto d'Aida e já se apresentou com Ignacio Piñeiro, Orquesta Anacaona, Orquesta Aragón, Nat King Cole,  Adalberto Álvarez, Los Van Van, Buena Vista Social Club, Pupy Pedroso, Chucho Valdés, Juan Formell e Maria Bethânia. Bésame Mucho é o título de uma canção escrita em 1940 pela mexicana Consuelo Velásquez antes de completar o seu 16° aniversário. Segundo Consuelo Velázquez, ela inspirou-se numa ária de uma ópera de Enrique Granados. Rapidamente esta canção se converteu numa das mais populares do século XX.
Emilio Tuero foi o primeiro a gravá-la. Mas, não podemos esquecer as interpretações extraordinárias de Nat King Cole, João Gilberto e Beatles, entre outras.
Em 1999, a canção foi reconhecida como a mais cantada e gravada do idioma espanhol, e talvez seja a mais traduzida entre as compostas nesta língua.
Oiça, então esta versão de Omara Portuondo.

quinta-feira, maio 05, 2016

Mais duas orquídeas diferentes...

1- Orquídea com Cara de Babuíno (Dracula Simia)
A Orquídea Dracula simia é uma espécie de orquídea epífita. Esta espécie é originária do sudeste do Equador, onde habita as florestas úmidas e com muita nebulosidade das montanhas.
A sua característica mais marcante é o facto das suas flores possuírem uma incrível semelhança com o rosto de um macaco.
Como é encontrada na natureza em regiões de altitudes entre 1000 e 2000 metros, esta é uma espécie pouco conhecida, embora possa ser cultivada domesticamente com bastante cuidados.


2- Orquídea com Cara de Abelha Risonha (Ophrys Bombyliflora) ou Bumblebee Orchid
O habitat desta orquídea generaliza-se a todo o Mediterrâneo (sobretudo a ocidente). No Algarve, Portugal, ocorre com muita frequência e em grande número.
A Ophrys bombyliflora prefere um substrato calcário, pelo que esta é uma das razões por que é tão comum na costa do Algarve onde o terreno é de areia e tem um alto teor de conchas.

quarta-feira, maio 04, 2016

Nova Caledónia: a ilha que fica no fim do mundo

A Nova Caledónia é um arquipélago da Oceania situado na Melanésia — alguns graus a norte do Trópico de Capricórnio. Trata-se de uma comunidade especial, pertencente à França.
O Acordo de Nouméa criou um estatuto especial para este território, além de ter previsto a realização de um referendo local acerca da sua independência ou da manutenção do seu estatuto como parte integrante da República Francesa.
A Nova Caledónia é a porção de terra mais distante do seu respectivo país soberano, estando localizada a aproximadamente 16 000 km de distância da França continental. Possui uma superfície de 18 575 km². Está situada no Oceano Pacífico, a 1 500 km a leste da Austrália e a 2 000 km a norte da Nova Zelândia.
O arquipélago inclui a ilha principal de Grande Terre, as ilhas Lealdade, o arquipélago Belep, as ilhas de Pines e algumas ilhas remotas. As Ilhas Chesterfield do mar de Coral também fazem parte da Nova Caledónia. A capital do território é Nouméa.
Conta com uma população de cerca de 250 mil habitantes. Os povos nativos são do grupo melanésio, conhecidos como canaques, representando 45% do total da população; cerca de um terço são europeus, especialmente franceses, e a restante  população é constituída por polinésios e vietnamitas.
As lagoas da Nova Caledónia - Património Mundial da
Unesco - Maravilhas Naturais
A língua oficial é o francês, porém, os nativos utilizam um conjunto de línguas melanésias relacionadas umas às outras, conhecidas como línguas canaque.
O nome Nova Caledónia foi-lhe atribuído pelo explorador britânico capitão James Cook, que viu semelhanças entre a paisagem local e as terras altas da Escócia.
Em 1853, o território é anexado pela França e torna-se um destino para milhares de prisioneiros vindos da Europa.
A gradual tomada de terra aos povos nativos fez com que estes alimentassem um sentimento de revolta contra os ocupantes brancos. As tensões explodem finalmente em 1878, quando os canaques promovem ataques, em que cerca de 1000 indivíduos são mortos, o que obriga a uma forte repressão da metrópole.
O nacionalismo canaque continuará com uma forte oposição ao domínio europeu.
Em meados dos anos 80 do século XX essas diferenças resultam em novos confrontos violentos. A França é obrigada a declarar o estado de emergência e enviar pára-quedistas para conter os protestos.
Como solução para os distúrbios é assinado em 1988 o Acordo de Matignon, que propunha o fim do domínio direto de Paris e um referendo sobre a independência, a ser realizada em 1998. Outro importante ponto era o comprometimento da França enfrentar o desequilíbrio económico entre os mais ricos, principalmente europeus, habitantes da província do sul (a metade sul da Nova Caledónia).
O referendo acaba por ser adiado com a assinatura  do Acordo de Nouméa, de 1998, que deu maior autonomia à Nova Caledónia e estipulou que a votação acerca independência fosse realizada entre 2014 e 2019.

terça-feira, maio 03, 2016

Folia Darco

Veja o novo vídeo-clip, do violinista Caly Prado, da música original "Folia Darco".
Caly Prado fez o 8º grau musical na Escola Profissional de Música de Viana do Castelo e a licenciatura em música na Metropolitana de Lisboa e na Universidade do Minho.
Já foi membro de várias orquestras como a Orquestra Metropolitana de Lisboa e a Orquestra Calouste Gulbenkian, entre outras.
Com estas orquestras gravou vários concertos para a Antena 2. Foi convidado a tocar em festivais como "Transeuropéennes" - França, "Chiesa Música" - Itália, "Sanfte Musik" - Alemanha, "Dias da Música" e "1001 Músicos" - Portugal.
Em 2009 gravou um CD de originais intitulado de "Unsustainable Pain". Tocou no bailado "Sagração da Primavera", de Ígor Stravinski, no Centro Cultural de Belém.
Atualmente é membro fundador da "String Ensemble" e membro da "Camerata Bracarense".
Aprecie então este Folia Darco. Vale bem a pena.

segunda-feira, maio 02, 2016

Hotel

Hotel é um livro de Paulo Varela Gomes que foi Prémio P.E.N. Clube Português de Novelística de 2015.
De acordo com António Guerreiro, do jornal Público, "Hotel" alberga tudo. Na sua composição, ele é de uma total impureza, uma mistura de géneros: romance filosófico, gótico, de mistério, fantástico, de vampiros, erótico e pornográfico. A estes géneros tradicionais e codificados poderíamos ainda acrescentar outro do qual ele é – ousamos supor – o inventor: o romance de arquitectura."
Paulo Varela Gomes (1952 - 2016) foi professor dos ensinos secundário e superior até se reformar em 2012. 
Foi autor de artigos e livros da sua área de especialidade (história da arquitectura e da arte), colaborador e cronista permanente de vários jornais e revistas, designadamente o Público, autor e apresentador de documentários de televisão. 
Sinopse:
"Quando ganhou o euromilhões, Joaquim Heliodoro de Ataíde e Pinto Winzengerode de Mascarenhas Adrião Manoel de Menezes comprou um grande palacete do início do século XX, uma casa que conhecia por fora e por dentro desde criança e a propósito da qual elaborara muitas fantasias, castelãs, hoteleiras e sexuais, e decidiu transformá‑lo num hotel".
"O hoteleiro, amante de história, de arquitectura e de pornografia, assuntos a que dedica muitas reflexões ao longo destas páginas, acrescenta ao mistério do palacete o seu próprio mistério e os vícios e fraquezas que o acompanham. São testemunhas e cúmplices desse mistério vários hóspedes do hotel, em particular Manuela e Margareta, duas mulheres que encantam e intrigam Joaquim Heliodoro".

domingo, maio 01, 2016

Colegial

Em cima da minha mesa,
Da minha mesa de estudo,
Mesa da minha tristeza
Em que, de noite e de dia,
Rasgo as folhas, leio tudo
Destes livros em que estudo,
E me estudo
(Eu já me estudo...)
E me estudo,
A mim,
Também,
Em cima da minha mesa,
Tenho o teu retrato, Mãe!

À cabeceira do leito,
Dentro dum lindo caixilho,
Tenho uma Nossa Senhora
Que venero a toda a hora...
Ai minha Nossa Senhora
Que se parece contigo,
E que tem, ao peito,
Um filho
(O que ainda é mais estranho)
Que se parece comigo,
Num retratinho,
Que tenho,
De menino pequenino...!

No fundo da minha sala,
Mesmo lá no fundo, a um canto,
Não lhes vá tocar alguém,
(Que as lesse, o que entendia?
Só riria
Do que nos comove a nós...)
Já tenho três maços, Mãe,
Das cartas que tu me escreves
Desde que saí de casa...
Três maços - e nada leves! -
Atados com um retrós...

Se não fora eu ter-te assim
A toda a hora,
Sempre à beirinha de mim,
(Sei agora
Que isto de a gente ser grande
Não é como se nos pinta...)
Mãe!, já teria morrido,
Ou já teria fugido,
Ou já teria bebido
Algum tinteiro de tinta!
José Régio