Oiça música cigana na voz da húngara Margit Bango.
Margit nasceu numa família de músicos. Em 1967, com 17 anos de idade, apareceu na Rádio Húngara num concurso de talentos.
Casou jovem, da relação com o seu primeiro marido nasceu uma filha, Marika. Do primeiro marido herdou também o nome artístico Bango.
Desde os anos 90 tem conquistado vários prémios e honrarias devido ao seu enorme sucesso, sobretudo quando canta com a Orquestra Cigana de Budapeste.
É quando um espelho, no quarto,
se enfastia;
quando a noite se destaca
da cortina;
quando a carne tem o travo
da saliva,
e a saliva sabe a carne
dissolvida;
quando a força de vontade
ressuscita;
quando o pé sobre o sapato
se equilibra...
e quando às sete da tarde
morre o dia
- que dentro de nossas almas
se ilumina,
com luz livida, a palavra
despedida. David Mourão-Ferreira
"Balada de Um Batráquio" (2016) é uma curta-metragem de 11 minutos, da jovem realizadora portuguesa, Leonor Teles.
O júri da 66ª edição da Berlinale de 2016, presidido pela atriz norte-americana Meryl Streep, distinguiu Leonor Teles com um Urso de Ouro para melhor curta metragem, transformando-a na mais jovem realizadora de sempre a receber um Urso de Ouuro. Sinopse: A curta-metragem aborda a prática, comum em Portugal, do uso de sapos de cerâmica, por lojistas e proprietários de cafés e restaurantes, para evitarem a entrada nos seus estabelecimentos de membros da comunidade cigana, que têm várias superstições ligadas ao animal.
A curta expõe comportamentos xenófobos, em relação a membros da etnia cigana, e tenta combatê-los, como a realizadora declarou à Lusa: "Sugiro que os espectadores sejam confrontados com a minha imagem enquanto realizadora e pessoa de origem cigana".
Leonor Teles, que tem raízes ciganas por parte do pai, diz que o filme "não apresenta só uma problemática, mas tenta, de certa forma, combatê-la", uma vez que a própria realizadora sentiu a "urgência" de destruir vários desses sapos em frente à câmara.
Esta jovem cineasta já se tinha centrado nesta comunidade no primeiro filme, "Rhoma Acans", e confessou que a impotência sentida na primeira película a inspirou a desenvolver uma nova abordagem, em "Balada de um Batráquio".
O Estado da Palestina é um estado soberano localizado no médio oriente e que é reconhecido pela Organização das Nações Unidas (ONU).
Em 1974, a cúpula da Liga Árabe designou a OLP como o "único representante legítimo do povo palestiniano" e reafirmou "o seu direito de estabelecer um Estado independente com urgência".
Ainda em 1974, a OLP foi reconhecida como competente em todas as questões sobre a questão da Palestina pela Assembleia Geral da ONU, que lhe concedeu o estatuto de observador, como uma "entidade não-estatal" dentro da organização.
A independência da Palestina foi declarada em 15 de novembro de 1988 pela Organização para a Libertação da Palestina (OLP) e pelo seu governo no exílio em Argel (Argélia). Depois da declaração de independência de 1988, a Assembléia Geral das Nações Unidas "reconheceu", oficialmente, a proclamação e decidiu usar a designação "Palestina", em vez de "Organização para a Libertação da Palestina". Apesar desta decisão, a OLP não participa da ONU na qualidade de governo da Palestina.
A OLP reivindica a soberania sobre os territórios palestinianos e designa Jerusalém como a sua capital. No entanto, a maioria das áreas reivindicadas pelos palestinianos estão ocupadas por Israel desde a Guerra dos Seis Dias, em 1967. É a Autoridade Nacional Palestiniana que realiza a administração sócio-política em áreas limitadas dos territórios desde 1993, enquanto o Hamas controla as outras regiões. Em 2012, a Assembleia Geral da ONU aprovou uma Resolução 67/19, que atualiza o estatuto da Palestina que passou de uma "entidade observadora" para um "Estado observador não-membro" dentro do sistema das Nações Unidas, o que foi descrito como o reconhecimento de facto da soberania da OLP sobre os territórios palestinos. Ainda em 2012, a ONU declarou que "a designação de "Estado da Palestina" passaria a ser utilizada pelo secretariado em todos os documentos oficiais das Nações Unidas".
Em 27 de setembro de 2013, 134 (69,4%) dos 193 países-membros das Nações Unidas reconheceram a existência do Estado da Palestina. Muitos dos países que não reconheceram o Estado palestiniano, no entanto, reconhecem a OLP como "representante do povo palestino".
1- China - Nepal
A fronteira entre a China e o Nepal é a linha de 1236 km de extensão, ao longo da cordilheira dos Himalaias, direção noroeste-sudeste, que separa o sul de Xizang (Região Autónoma do Tibete), China, do território do Nepal.
Nessa fronteira fica o mais alto pico do mundo, o Monte Everest.
A definição desta fronteira data desde a formação do primeiro reino do Nepal pelos Gurkhas, no século XVIII. É uma das mais naturais fronteiras da terra, em função da barreira dos Himalaias.
Na China existe uma tradição de escultura em madeira que se tem prolongado ao longo de gerações. Muitos artistas chineses dominam este tipo de arte, mas poucos são tão talentosos como Zheng Chunhui, que criou a incrível obra que vê nas fotos e vídeo, que escolhi para ilustrar este post.
Ao longe parece-se com um enorme tronco de árvore que apodreceu. Mas assim que nos aproximamos percebemos a sua incrível beleza. Esta obra de arte chama-se "Ao longo do Rio Durante o Festival de Quinming". É realmente espantosa, sobretudo devido ao nível de detalhe e de perfeição conseguido pelo artista!
A obra de Chunhui já foi reconhecida pelo Guinness Book of Records como a maior escultura do mundo em madeira. Além de todos os edifícios e detalhes naturais, a obra mostra 550 pessoas que foram esculpidas individualmente. A surpreendente escultura de Chunhui que levou mais de 4 anos de trabalho para ser esculpida, foi realizada a partir de uma única árvore, e tem 12 m de comprimento e 2,5 metros de largura. Esta escultura é uma cópia da famosa pintura chinesa "Along the River During the Quinming Festival", que foi pintada acerca de 1000 anos, durante a Dinastia Song, pelo artista Zhang Zeduan. Muitos especialistas em arte consideram esta pintura, que mostra como era a vida cultural chinesa em tempos recuados, como a "Mona Lisa Chinesa".
José do Telhado ou Zé do Telhado (1818 — 1875) foi um militar e famoso salteador português.
Chefe da quadrilha mais célebre do Marão, Zé do Telhado ficou conhecido por "roubar aos ricos para dar aos pobres". E muitos o consideram o Robin dos Bosques português.
De origens humildes, aos 14 anos foi viver com um seu tio, para aprender o ofício de castrador e tratador de animais. Em 1845 casou-se com a sua prima Ana Lentina de Campos, da qual teve cinco filhos.
Acumulou vasta experiência militar, iniciada no quartel de Cavalaria 2, os Lanceiros da Rainha, Combateu contra os "Setembristas", em defesa da restauração da Carta Constitucional, em Julho de 1837.
Derrotado, refugia-se em Espanha.
Ao regressar, grassava no país a revolta contra o governo anticlerical de Costa Cabral. Quando estala a Revolução da Maria da Fonte, Março de 1846, vê-se envolvido como um dos líderes da insurreição. Coloca-se às ordens do General Sá da Bandeira, que também tinha aderido. Assume o posto de sargento e distingue-se de tal forma na bravura e qualidades militares que, na expedição a Valpaços, recebe a Ordem Militar da Torre e Espada, do Valor, Lealdade e Mérito, a mais alta condecoração que ainda hoje vigora em Portugal. Mas entra em desgraça, amontoa dívidas de impostos que não consegue pagar e é expulso das forças armadas.
Já como "Zé do Telhado", chefe bandoleiro, realiza um grande número de assaltos por todo o Norte de Portugal, durante um período muito conturbado que coincidiu com a fase de maior resistência de D. Miguel, no exílio com o seu governo: os partidários miguelistas tentavam formar grupos de guerrilha em todo o país.
O salteador mais conhecido do país acaba por ser apanhado pelas autoridades em 1859 quando tentava fugir para o Brasil. Esteve preso na Cadeia da Relação, onde conheceu Camilo Castelo Branco que se lhe refere no livro "Memórias do Cárcere".
Em 9 de Dezembro de 1859 foi julgado e condenado a degredo perpétuo na África Ocidental Portuguesa. Em 1863, a pena seria comutada para 15 anos de degredo.
Viveu em Malanje, negociando em borracha, cera e marfim. Casou-se com uma angolana, Conceição, de quem teve três filhos. Conhecido entre os locais como o "kimuezo" - homem de barbas grandes -, viveu desafogadamente. Faleceu aos 57 anos, vítima de varíola, sendo sepultado na aldeia de Xissa, município de Mucari, a meia centena de km de Malanje, sendo-lhe erguido um mausoléu, que se tornou num local de romagens.
A vida lendária de José Teixeira da Silva, o José do Telhado, acabaria por inspirar o filme de filme Armando de Miranda rodado em 1945.
Nele, José do Telhado, já casado com a sua prima Aninhas, assiste impotente á debandada dos militares que com ele estavam no movimento de guerrilha.
Desiludido e sem recursos, acaba por ceder aos rogos de Boca Negra- chefe duma quadrilha que infesta a região - para lhe suceder na liderança porque se sente velho.
Após audaciosos assaltos, de cujo produto passam a beneficiar os pobres, José do Telhado será preso devido à traição do seu lugar-tenente, José Pequeno.
E deixa, desamparados, Aninhas e o filho...