O Dubai é uma cidade correspondente ao emirado com o mesmo nome e que está localizada nos Emirados Árabes Unidos (uma federação de monarquias absolutas hereditárias árabes). O Emirado do Dubai está localizado ao longo da costa sul do Golfo Pérsico (na Península Arábica), sendo um dos sete emirados que compõem o país. Dos sete emirados, o Dubai é o mais populoso, com aproximadamente 2 262 000 habitantes. O município muitas vezes é chamado de "Cidade de Dubai" para se diferenciar do emirado homónimo. A cidade (da qual existem registos com pelo menos 150 anos antes da formação dos EAU) é conhecida mundialmente por ser extremamente desenvolvida e pelos seus enormes arranha-céus e largas avenidas.
No moderno mundo árabe o Dubai destaca-se pelas suas maravilhas arquitectónicas. Desde as ilhas artificiais aos monumentais prédios que rivalizam entre si por serem desenhados pelos melhores gabinetes de arquitectura que há no mundo. No entanto, curiosamente, esta espectacular Cidade Estado tem um problema sério de falta de saneamento básico.
É verdade, em toda esta cosmopolita cidade não há esgotos ou melhor, cada prédio tem um reservatório para a retenção dos dejectos que são, posteriormente, retirados para camiões cisterna.
Uma das explicações para esta insuficiência grave, poderá ser a orografia do Dubai, porque tem uma cota muito baixa em relação ao mar. O vídeo abaixo mostra a inacreditável fila de espera, para a descarga dos dejectos, de centenas de camiões cisterna! Alguns motoristas dizem que estão à espera há 3 dias. Ouvindo com atenção o que eles dizem, ficam algumas dúvidas no ar. Uma delas é, onde são lançados estes dejectos? Ora veja!
sábado, julho 19, 2014
sexta-feira, julho 18, 2014
Açores
Na palavra Açor
E em redor das ilhas
O mar é maior
Como num convés
Respiro amplidão
No ar brilha a luz
Da navegação
Mas este convés
É de terra escura
É de lés a lés
Prado agricultura
É terra lavrada
Por navegadores
E os que no mar pescam
São agricultores
Por isso há nos homens
Aprumo de proa
E não sei que sonho
Em cada pessoa
As casas são brancas
Em luz de pintor
Quem pintou as barras
Afinou a cor
Aqui o antigo
Tem o limpo do novo
É o mar que traz
Do largo o renovo
E como num convés
De intensa limpeza
Há no ar um brilho
De bruma e clareza
É convés lavrado
Em plena amplidão
É o mar que traz
As ilhas na mão
Buscámos no mundo
Mar e maravilhas
Deslumbradamente
Surgiram nove ilhas
E foi na Terceira
Com o mar à proa
Que nasceu a mãe
Do poeta Pessoa
Em cujo poema
Respiro amplidão
E me cerca a luz
Da navegação
Em cujo poema
Como num convés
A limpeza extrema
Luz de lés a lés
Poema onde está
A palavra pura
De um povo cindido
Por tanta aventura
Poema onde está
A palavra extrema
Que une e reconhece
Pois só no poema
Um povo amanhece
Sophia de Mello Breyner - O Nome das Coisas, Morais Editores, Lisboa, 1977
quinta-feira, julho 17, 2014
Henri Cartier Bresson na URSS
Henri Cartier-Bresson (1908 — 2004) foi um fotógrafo francês do século XX, considerado por muitos como o pai do fotojornalismo.
Cartier-Bresson era filho de pais de classe média (família de industriais têxteis), relativamente abastada. Quando criança, ganhou uma máquina fotográfica Box Brownie, com a qual tirou inúmeras fotografias.
Em 1931, aos 22 anos, Cartier-Bresson viajou até África, onde passou um ano como caçador. Porém, uma doença tropical obrigou-o a voltar a França. Foi neste período, durante uma viagem a Marselha, que descobriu verdadeiramente a fotografia, inspirado por uma fotografia do húngaro Martin Munkacsi, publicada na revista "Photographies" (1931), que mostrava três rapazes negros a correr em direção ao mar, no Congo.
Quando eclodiu a Segunda Guerra Mundial, Bresson serviu o exército francês. Durante a invasão alemã, foi capturado e levado para um campo de prisioneiros de guerra. Tentou escapar por duas vezes e somente à terceira obteve sucesso. Juntou-se, depois, à Resistência Francesa na luta pela liberdade.
Quando a paz se restabeleceu, em 1947, fundou a agência fotográfica Magnum em conjunto com Bill Vandivert, Robert Capa, George Rodger e David Seymour "Chim". Começou também o período de desenvolvimento sofisticado do seu trabalho.
Revistas como a Life, Vogue e Harper's Bazaar contrataram-no para viajar pelo mundo e registar imagens únicas. Da Europa aos Estados Unidos, da Índia à China, Bresson retratava o seu especial ponto de vista. Fotografou os últimos dias de Gandhi e os eunucos imperiais chineses, logo após a Revolução Cultural.
Na década de 1950, vários livros com trabalhos seus foram lançados, sendo o mais importante "Images à la Sauvette" (ou "The Decisive Moment").
Tornou-se também o primeiro fotógrafo da Europa Ocidental a registar a vida na União Soviética de maneira livre. Veja a seguir, uma excelente apresentação que é um belíssimo documento histórico, e que mostra as fotografias tiradas por Henri Cartier-Bresson, na sua viagem pela URSS, em 1954.
Cartier-Bresson era filho de pais de classe média (família de industriais têxteis), relativamente abastada. Quando criança, ganhou uma máquina fotográfica Box Brownie, com a qual tirou inúmeras fotografias.
Em 1931, aos 22 anos, Cartier-Bresson viajou até África, onde passou um ano como caçador. Porém, uma doença tropical obrigou-o a voltar a França. Foi neste período, durante uma viagem a Marselha, que descobriu verdadeiramente a fotografia, inspirado por uma fotografia do húngaro Martin Munkacsi, publicada na revista "Photographies" (1931), que mostrava três rapazes negros a correr em direção ao mar, no Congo.
Quando eclodiu a Segunda Guerra Mundial, Bresson serviu o exército francês. Durante a invasão alemã, foi capturado e levado para um campo de prisioneiros de guerra. Tentou escapar por duas vezes e somente à terceira obteve sucesso. Juntou-se, depois, à Resistência Francesa na luta pela liberdade.
Quando a paz se restabeleceu, em 1947, fundou a agência fotográfica Magnum em conjunto com Bill Vandivert, Robert Capa, George Rodger e David Seymour "Chim". Começou também o período de desenvolvimento sofisticado do seu trabalho.
Revistas como a Life, Vogue e Harper's Bazaar contrataram-no para viajar pelo mundo e registar imagens únicas. Da Europa aos Estados Unidos, da Índia à China, Bresson retratava o seu especial ponto de vista. Fotografou os últimos dias de Gandhi e os eunucos imperiais chineses, logo após a Revolução Cultural.
Na década de 1950, vários livros com trabalhos seus foram lançados, sendo o mais importante "Images à la Sauvette" (ou "The Decisive Moment").
Tornou-se também o primeiro fotógrafo da Europa Ocidental a registar a vida na União Soviética de maneira livre. Veja a seguir, uma excelente apresentação que é um belíssimo documento histórico, e que mostra as fotografias tiradas por Henri Cartier-Bresson, na sua viagem pela URSS, em 1954.
quarta-feira, julho 16, 2014
O Alasca
O Alasca é um dos 50 estados dos Estados Unidos e é considerado o estado mais setentrional e ocidental deste país. É também o de maior extensão territorial, sendo maior do que os estados do Texas, Califórnia e Montana juntos (respectivamente o segundo, o terceiro e o quarto mais extensos).
O Alasca é o estado mais escassamente povoado dos E.U.A., tendo uma densidade populacional de 0,42 hab/km². Daí que seja conhecido como "The Last Frontier" ("A Última Fronteira"). Relativamente isolado do restante país, o Alasca é considerado parte dos Estados do Pacífico.
A maior parte da população do Alasca vive na região sul e sudeste do estado. O Alasca é uma península e faz fronteira somente com o Canadá (território de Yukon e província de Colúmbia Britânica).
O nome Alasca provém da palavra Alyeska, que significa "grande terra" em aleuta, um idioma esquimo-aleutiano falado em partes do seu território.
Este território foi comprado ao Império Russo em 1867, graças à insistência do então Secretário de Estado americano William Henry Seward, por 7,2 milhões de dólares. Naquela época, Seward foi criticado por outros políticos e ridicularizado pela maioria da população americana devido à sua decisão, uma vez que boa parte da população acreditava que o Alasca não passava de uma região imprestável, coberta de gelo, e que só servia como morada de ursos.
Porém, desde então, foram descobertas grandes reservas de recursos naturais que atraíram milhares de pessoas à região. É assim que, em 3 de Janeiro de 1959, o território do Alasca foi elevado à categoria de Estado, tornando-se, então, o 49º estado americano.
Aprecie agora as belezas naturais do Alasca, através da excelente apresentação que se segue. Não perca mais este passeio turístico virtual.
O Alasca é o estado mais escassamente povoado dos E.U.A., tendo uma densidade populacional de 0,42 hab/km². Daí que seja conhecido como "The Last Frontier" ("A Última Fronteira"). Relativamente isolado do restante país, o Alasca é considerado parte dos Estados do Pacífico.
A maior parte da população do Alasca vive na região sul e sudeste do estado. O Alasca é uma península e faz fronteira somente com o Canadá (território de Yukon e província de Colúmbia Britânica).
O nome Alasca provém da palavra Alyeska, que significa "grande terra" em aleuta, um idioma esquimo-aleutiano falado em partes do seu território.
Este território foi comprado ao Império Russo em 1867, graças à insistência do então Secretário de Estado americano William Henry Seward, por 7,2 milhões de dólares. Naquela época, Seward foi criticado por outros políticos e ridicularizado pela maioria da população americana devido à sua decisão, uma vez que boa parte da população acreditava que o Alasca não passava de uma região imprestável, coberta de gelo, e que só servia como morada de ursos.
Porém, desde então, foram descobertas grandes reservas de recursos naturais que atraíram milhares de pessoas à região. É assim que, em 3 de Janeiro de 1959, o território do Alasca foi elevado à categoria de Estado, tornando-se, então, o 49º estado americano.
Aprecie agora as belezas naturais do Alasca, através da excelente apresentação que se segue. Não perca mais este passeio turístico virtual.
terça-feira, julho 15, 2014
É Pura Vida
Pura vida é uma frase muito utilizada quer na Costa Rica quer em Porto Rico . Literalmente significa vida pura. No entanto, o real significado é algo parecido com "abundância de vida", "cheio de vida" ou "isto é que é viver!".
Esta frase pode ser usada de muitas maneiras. Por exemplo, tanto pode ser usada como uma saudação quanto como uma despedida ou como uma resposta, querendo significar que as coisas estão a ir muito bem.
De acordo com um pesquisador da Universidade da Costa Rica , Víctor Manuel Sánchez Corrales, a origem da frase é mexicana. De acordo com este pesquisador, pode ter vindo de um filme mexicano chamado "Pura Vida" (1956). O protagonista, interpretado por Antonio Espino y Mora, usou a expressão "pura vida" variadíssimas vezes, em situações em que normalmente não seria utilizada. Os Costarriquenhos adoptaram a frase, que foi formalmente reconhecida e incorporada nos dicionários em meados dos anos 1990.
Entretanto, veja com atenção o vídeo abaixo, porque na Costa Rica é "Pura Vida".
COSTA RICA PURA VIDA from Naoto Ono on Vimeo.
Esta frase pode ser usada de muitas maneiras. Por exemplo, tanto pode ser usada como uma saudação quanto como uma despedida ou como uma resposta, querendo significar que as coisas estão a ir muito bem.
De acordo com um pesquisador da Universidade da Costa Rica , Víctor Manuel Sánchez Corrales, a origem da frase é mexicana. De acordo com este pesquisador, pode ter vindo de um filme mexicano chamado "Pura Vida" (1956). O protagonista, interpretado por Antonio Espino y Mora, usou a expressão "pura vida" variadíssimas vezes, em situações em que normalmente não seria utilizada. Os Costarriquenhos adoptaram a frase, que foi formalmente reconhecida e incorporada nos dicionários em meados dos anos 1990.
Entretanto, veja com atenção o vídeo abaixo, porque na Costa Rica é "Pura Vida".
COSTA RICA PURA VIDA from Naoto Ono on Vimeo.
segunda-feira, julho 14, 2014
Os belos anos 20 no Estoril
A Praia do Tamariz |
O início da I Guerra Mundial implicou atrasos consideráveis na sua concretização, pelo que só em 1916 se procedeu à colocação da primeira pedra para a construção do casino.
Segue-se um período de intensa construção nas zonas conquistadas ao pinhal, às terras de lavoura e às pedreiras, facilitada, desde 1940, pela estrada marginal, junto ao mar.
O Estoril assume-se, então, como centro turístico de primeira ordem, recebendo durante e depois da II Guerra Mundial um elevadíssimo número de refugiados e exilados da alta sociedade, Entre eles, detaquem-se: D. Juan de Borbón, Conde de Barcelona, e os Reis Humberto II de Itália, Carlos II da Roménia e Simeão II da Bulgária, o Regente Miklós Horthy da Hungria e inúmeras figuras do panorama desportivo e cultural.
Propomos que assistam a este excelente documentário realizado, em 1927, pelos Serviços Cinematográficos do Exército Português. Um filme que mostra o quotidiano de quem frequentava ou visitava a linha de Cascais nos anos 20.
Prepare-se para se deliciar com as praias, o vestuário, o ténis, os usos, os costumes e as caras que frequentavam locais como a Parede, S. João do Estoril, S. Pedro do Estoril e Cascais.
Não perca esta oportunidade! Ora veja!
domingo, julho 13, 2014
Língua, Vidas em Português
Se ainda não viu, vale a pena conferir o excelente documentário (abaixo) sobre a (s) língua (s) portuguesa (s)... Aqui encontrará a Europa, a África, a Ásia e a América unidas pela língua portuguesa.
Neste documentário de Victor Lopes, encontrará uma sequência de depoimentos, sobre a língua portuguesa, de Mia Couto, José Saramago, Teresa Salgueiro e Pedro Ayres Magalhães (Madredeus), João Ubaldo Ribeiro, Martinho da Vila e, outra vez, Saramago.
Neste documentário de Victor Lopes, encontrará uma sequência de depoimentos, sobre a língua portuguesa, de Mia Couto, José Saramago, Teresa Salgueiro e Pedro Ayres Magalhães (Madredeus), João Ubaldo Ribeiro, Martinho da Vila e, outra vez, Saramago.