Depois de tantos combates
o anjo bom matou o anjo mau
e jogou seu corpo no rio.
As águas ficaram tintas
de um sangue que não descorava
e os peixes todos morreram.
Mas uma luz que inguém soube
dizer de onde tinha vindo
apareceu para clarear o mundo,
e outro anjo pensou a ferida
do anjo batalhador.
Carlos Drummond de Andrade
sábado, junho 07, 2014
sexta-feira, junho 06, 2014
O Dia D
Na Segunda Guerra Mundial, os desembarques dos Aliados ocorreram na Normandia (França) e ficaram conhecidos como Operação Overlord e Operação Neptuno. Os desembarques ocorreram ao longo de um trecho de 80 km, na costa da Normandia, dividido em cinco sectores: Utah, Omaha, Gold, Juno e Sword.
O desembarque começou na terça-feira, 6 de junho de 1944 (Dia D), faz hoje 70 anos, com início às 00h15min. No planeamento efectuado, o Dia D foi o termo usado para o dia do desembarque real. O assalto foi realizado em duas fases: um assalto aéreo com tropas aerotransportadas (24 mil britânicos, estadunidenses, canadianos e tropas francesas livres), pouco depois da meia-noite e um desembarque anfíbio da infantaria aliada e divisões blindadas na costa da França, com início às 6:30 da manhã.
Havia também as operações de engodo organizadas sob os nomes de código, Operação Glimmer e Operação Tributável, para distrair as forças da Alemanha nazi, das áreas de pouso real.
A operação foi a maior invasão anfíbia de todos os tempos, com o desembarque de mais de 160 mil tropas em 6 de junho de 1944.
195.700 pessoas das marinhas navais e mercantes aliadas, em mais de 5.000 navios, estiveram envolvidas na operação.
Veja a extraordinaria apresentação que se segue e que mostra a Normandia nos dias que se seguiram ao DIA D e os mesmos locais nos dias de hoje. É um extraordinário documento.
E agora veja um vídeo sobre estes acontecimentos históricos.
O desembarque começou na terça-feira, 6 de junho de 1944 (Dia D), faz hoje 70 anos, com início às 00h15min. No planeamento efectuado, o Dia D foi o termo usado para o dia do desembarque real. O assalto foi realizado em duas fases: um assalto aéreo com tropas aerotransportadas (24 mil britânicos, estadunidenses, canadianos e tropas francesas livres), pouco depois da meia-noite e um desembarque anfíbio da infantaria aliada e divisões blindadas na costa da França, com início às 6:30 da manhã.
Havia também as operações de engodo organizadas sob os nomes de código, Operação Glimmer e Operação Tributável, para distrair as forças da Alemanha nazi, das áreas de pouso real.
A operação foi a maior invasão anfíbia de todos os tempos, com o desembarque de mais de 160 mil tropas em 6 de junho de 1944.
195.700 pessoas das marinhas navais e mercantes aliadas, em mais de 5.000 navios, estiveram envolvidas na operação.
Veja a extraordinaria apresentação que se segue e que mostra a Normandia nos dias que se seguiram ao DIA D e os mesmos locais nos dias de hoje. É um extraordinário documento.
E agora veja um vídeo sobre estes acontecimentos históricos.
quinta-feira, junho 05, 2014
quarta-feira, junho 04, 2014
Tia
Este post é uma pequena homenagem a Artur Nunes. Artur Nunes foi um cantor angolano que desapareceu após os trágicos acontecimentos ocorridos em Angola em 27 de Maio de 1977.
O massacre de milhares de pessoas (que Angola tem silenciado ao longo de 37 anos) após aquela data, levou ao desaparecimento de músicos, cantores, professores e outros jovens quadros da elite angolana.
Nestas circunstâncias estão, entre outros, três nomes, três cantores e compositores que são, por isso, citados normalmente em conjunto: Artur Nunes, Urbano de Castro e David Zé. Todos eles desapareceram depois de 27 de Maio de 1977. Dos três, Artur Nunes era o mais novo – ainda não cumprira 27 anos quando morreu.
Artur Nunes fazia parte do conjunto de cantores hoje associados ao Soul Angolano.
Artur cantou canções de amor, canções tristes de morte e desventura, canções revolucionárias e canções políticas (Imperialismo) – deixou 12 singles gravados entre 1972 e 1976 e mais dois temas para a colectânea Rebita 75. Entre eles, proponho-lhe que ouça uma obra-prima que sobreviveu ao passar dos anos e se manteve moderna até aos dias de hoje: "Tia".
O tema "Tia" transformou-se, recentemente, no mais internacional dos temas de Artur Nunes. Cédric Klapisch, realizador do filme "Albergue Espanhol", que ouviu a canção na rádio (retirada da colectânea The Soul of Angola, editado pela Lusáfrica em 2001) não descansou enquanto não conseguiu alinhá-la na banda sonora de "Paris", o filme que realizou em 2008 (veja o link do trailler aqui).
Também o realizador canadiano Kim Nguyen incluiu "Tia" na banda sonora de "Rebelle" (igualmente conhecido por War Witch), filme que esteve nomeado para o óscar de melhor filme estrangeiro em 2013 (veja o trailler abaixo).
Este filme é sobre a história de uma criança-soldado-vidente que conta ao filho por nascer, a sua experiência na guerra, num país não identificado da África subsariana.
Tendo em conta tudo isto, percebe-se a oportunidade perdida quer para Artur Nunes quer para a internacionalização da música angolana.
Agora veja o trailler de Rebelle.
O massacre de milhares de pessoas (que Angola tem silenciado ao longo de 37 anos) após aquela data, levou ao desaparecimento de músicos, cantores, professores e outros jovens quadros da elite angolana.
Nestas circunstâncias estão, entre outros, três nomes, três cantores e compositores que são, por isso, citados normalmente em conjunto: Artur Nunes, Urbano de Castro e David Zé. Todos eles desapareceram depois de 27 de Maio de 1977. Dos três, Artur Nunes era o mais novo – ainda não cumprira 27 anos quando morreu.
Artur Nunes fazia parte do conjunto de cantores hoje associados ao Soul Angolano.
Artur cantou canções de amor, canções tristes de morte e desventura, canções revolucionárias e canções políticas (Imperialismo) – deixou 12 singles gravados entre 1972 e 1976 e mais dois temas para a colectânea Rebita 75. Entre eles, proponho-lhe que ouça uma obra-prima que sobreviveu ao passar dos anos e se manteve moderna até aos dias de hoje: "Tia".
O tema "Tia" transformou-se, recentemente, no mais internacional dos temas de Artur Nunes. Cédric Klapisch, realizador do filme "Albergue Espanhol", que ouviu a canção na rádio (retirada da colectânea The Soul of Angola, editado pela Lusáfrica em 2001) não descansou enquanto não conseguiu alinhá-la na banda sonora de "Paris", o filme que realizou em 2008 (veja o link do trailler aqui).
Também o realizador canadiano Kim Nguyen incluiu "Tia" na banda sonora de "Rebelle" (igualmente conhecido por War Witch), filme que esteve nomeado para o óscar de melhor filme estrangeiro em 2013 (veja o trailler abaixo).
Este filme é sobre a história de uma criança-soldado-vidente que conta ao filho por nascer, a sua experiência na guerra, num país não identificado da África subsariana.
Tendo em conta tudo isto, percebe-se a oportunidade perdida quer para Artur Nunes quer para a internacionalização da música angolana.
Agora veja o trailler de Rebelle.
terça-feira, junho 03, 2014
Uma Viagem Pelo Louvre
A nossa viagem virtual de hoje faz-se até ao Museu do Louvre.
O Museu do Louvre é um dos maiores e mais famosos museus do mundo. Está instalado no Palácio do Louvre, no centro de Paris, entre o rio Sena e a Rue de Riral dos Champs-Élysées.
Neste museu pode encontrar pinturas e esculturas famosas como a Mona Lisa, a Vitória de Samotrácia e a Vénus de Milo. Do seu acervo fazem parte enormes coleções de artefactos do Egito antigo, da civilização greco-romana, artes decorativas e aplicadas, e numerosas obras-primas dos grandes artistas da Europa como Ticiano, Rembrandt, Michelangelo, Goya e Rubens.
O museu do Louvre abrange, portanto, oito mil anos da cultura e da civilização tanto do Oriente quanto do Ocidente.
É o museu mais visitado do mundo, recebendo 8,8 milhões de visitantes em 2011 e 9,7 milhões de pessoas em 2012. Se quiser ficar a conhecer melhor este museu, veja a excelente apresentação que se segue, ou clique aqui.
E agora veja também um vídeo, que mostra as pricipais obras de arte deste museu.
O Museu do Louvre é um dos maiores e mais famosos museus do mundo. Está instalado no Palácio do Louvre, no centro de Paris, entre o rio Sena e a Rue de Riral dos Champs-Élysées.
Neste museu pode encontrar pinturas e esculturas famosas como a Mona Lisa, a Vitória de Samotrácia e a Vénus de Milo. Do seu acervo fazem parte enormes coleções de artefactos do Egito antigo, da civilização greco-romana, artes decorativas e aplicadas, e numerosas obras-primas dos grandes artistas da Europa como Ticiano, Rembrandt, Michelangelo, Goya e Rubens.
O museu do Louvre abrange, portanto, oito mil anos da cultura e da civilização tanto do Oriente quanto do Ocidente.
É o museu mais visitado do mundo, recebendo 8,8 milhões de visitantes em 2011 e 9,7 milhões de pessoas em 2012. Se quiser ficar a conhecer melhor este museu, veja a excelente apresentação que se segue, ou clique aqui.
E agora veja também um vídeo, que mostra as pricipais obras de arte deste museu.
segunda-feira, junho 02, 2014
A Cuca
Uma das cervejas mais famosas de Angola, a Cuca, já está à venda em Portugal.
A cerveja Cuca nasceu em 1947, sob a designação CUCA-Companhia União de Cervejas de Angola, SARL, sendo uma empresa filha da Central de Cervejas portuguesa.
No dia 26 de Maio de 1976, o Governo de Angola confiscou e nacionalizou a Cuca.
É fabricada em Luanda e na Catumbela, no município do Lobito, na província de Benguela. A produção em Benguela ascende às 60 mil grades por dia.
"A forte presença de angolanos no nosso país e o facto de a cerveja Cuca ser já uma velha conhecida dos portugueses, sobretudo de todos aqueles que viveram em Angola e que poderão recordar bons momentos com o sabor desta bebida tão consumida em terras africanas", é a justificação dada pela Sociedade de Bebidas de Angola (SOBA) para a entrada em Portugal.
A Cuca vai apostar numa estratégia dirigida aos seus potenciais clientes com uma campanha de publicidade multimédia.
A cerveja Cuca nasceu em 1947, sob a designação CUCA-Companhia União de Cervejas de Angola, SARL, sendo uma empresa filha da Central de Cervejas portuguesa.
No dia 26 de Maio de 1976, o Governo de Angola confiscou e nacionalizou a Cuca.
É fabricada em Luanda e na Catumbela, no município do Lobito, na província de Benguela. A produção em Benguela ascende às 60 mil grades por dia.
"A forte presença de angolanos no nosso país e o facto de a cerveja Cuca ser já uma velha conhecida dos portugueses, sobretudo de todos aqueles que viveram em Angola e que poderão recordar bons momentos com o sabor desta bebida tão consumida em terras africanas", é a justificação dada pela Sociedade de Bebidas de Angola (SOBA) para a entrada em Portugal.
A Cuca vai apostar numa estratégia dirigida aos seus potenciais clientes com uma campanha de publicidade multimédia.
domingo, junho 01, 2014
Amor
Aqueles olhos aproximam-se e passam.
Perplexos, cheios de funda luz,
doces e acerados, dominam-me.
Quem os diria tão ousados?
Tão humildes e tão imperiosos,
tão obstinados!
Como estão próximos os nossos ombros!
Defrontam-se e furtam-se,
negam toda a sua coragem.
De vez em quando,
esta minha mão,
que é uma espada e não defende nada,
move-se na órbita daqueles olhos,
fere-lhes a rota curta,
Poderosa e plácida.
Amor, tão chão de Amor,
que sensível és...
Sensível e violento, apaixonado.
Tão carregado de desejos!
Acalmas e redobras
e de ti renasces a toda a hora.
Cordeiro que se encabrita e enfurece
e logo recai na branda impotência.
Canseira eterna!
Ou desespero, ou medo.
Fuga doida à posse, à dádiva.
Tanto bater de asas frementes,
tanto grito e pena perdida...
E as tréguas, amor cobarde?
Cada vez mais longe,
mais longe e apetecidas.
Ó amor, amor,
que faremos nós de ti
e tu de nós?
Irene Lisboa
Perplexos, cheios de funda luz,
doces e acerados, dominam-me.
Quem os diria tão ousados?
Tão humildes e tão imperiosos,
tão obstinados!
Como estão próximos os nossos ombros!
Defrontam-se e furtam-se,
negam toda a sua coragem.
De vez em quando,
esta minha mão,
que é uma espada e não defende nada,
move-se na órbita daqueles olhos,
fere-lhes a rota curta,
Poderosa e plácida.
Amor, tão chão de Amor,
que sensível és...
Sensível e violento, apaixonado.
Tão carregado de desejos!
Acalmas e redobras
e de ti renasces a toda a hora.
Cordeiro que se encabrita e enfurece
e logo recai na branda impotência.
Canseira eterna!
Ou desespero, ou medo.
Fuga doida à posse, à dádiva.
Tanto bater de asas frementes,
tanto grito e pena perdida...
E as tréguas, amor cobarde?
Cada vez mais longe,
mais longe e apetecidas.
Ó amor, amor,
que faremos nós de ti
e tu de nós?
Irene Lisboa