sábado, março 15, 2014

Assuão

Hoje proponho-lhe que visite Assuão no Egipto. Esta é contudo uma viagem virtual até porque, a instabilidade do país e a crise, não permitem outros voos. Assuão é uma província do Egito cuja capital é a cidade de Assuão. Localiza-se no Alto Egipto, no sul do país. A província estende-se ao longo do rio Nilo, desde Qina até à fronteira com o Sudão. Tem uma área de 679 km² e uma população, de 1 184 432 habitantes. O sítio arqueológico de Abu Simbel encontra-se na província de Assuão. A cidade capital dista 950 km do Cairo. Assuão também é o nome da Grande Barragem, construída nos anos 60, para fornecer água e electricidade a todo o Egipto.
 Na cidade de Assuão pode visitar o Museu de Núbia, que possui 300 peças representando diferentes épocas: pré-histórica, faraónica ptolomaica, copta e islâmica. Outra atracção conhecida mundialmente é a Ilha Elefantina, que separa o Nilo em dois canais em frente a Assuão. A ilha Elefantina possui para além do mais, ruínas dos templos de Jnum, de Sadet e do seu filho Anukis. O nome atribuído à ilha (Abú-elefante), é de origem árabe, pois as rochas assemelham-se a estes animais pela sua cor e pelas suas formas. Nesta ilha situa-se também o Nilómetro, sistema utilizado pelos antigos egípcios para medir a altura das águas do Nilo.
Templo de Filae
Pode visitar ainda o Mosteiro de São Simão, que foi construído no século XII e acolheu os monges missionários que converteram alguns dos núbios ao Cristianismo. O Mausoléu do Aga Khan, um túmulo fatimida cujo sepulcro é feito de mármore de Carrara, é também uma proposta de visita. Outra atracção é o Obelisco Inacabado, com cerca de 41 m e um peso aproximado de 1.168 toneladas.
O Templo de Filae, foi desmontado devido à construção da barragem e de novo erigido em Agilkia. Dedicada à Deusa Isis, contém um "mamisim" (casa de nascimento) e dois pilares. Aqui pode-se assistir a um maravilhoso espectáculo de luz e som.
Se quiser fazer esta viagem, instale-se confortavelmente e veja a bela apresentação que se segue.   

sexta-feira, março 14, 2014

Lisboa Mulata

Fique hoje com o vídeo oficial de "Lisboa Mulata", do grupo português Dead Combo. O Dead Combo é uma banda portuguesa de culto. As suas principais influências musicais são o Fado, o Rock, as bandas sonoras dos Westerns, bem como a música da América do Sul e de África.
A banda é constituída por dois membros: o Tó Trips (guitarras) e o Pedro V. Gonçalves (contrabaixo, kazoo, melódica e guitarras).
Os dois músicos membros conheceram-se apenas em 2001. Ao conversarem numa ida até ao Bairro Alto, tiveram a ideia de gravar um álbum em tributo ao génio da guitarra portuguesa, Carlos Paredes.
A pouco e pouco foram surgindo os Dead Combo, sendo 2002 o ano definitivo da sua formação. Em 2004 lançaram o seu álbum de estreia, cuja sonoridade inovadora foi recebida com entusiasmo pela crítica portuguesa.
Em 2005, Charlie Gillet fez uma selecção dos "Melhores de 2005". Nessa lista constam os Dead Combo com o seu álbum de estreia Vol.1. Em 2006 lançam Vol. 2 - "Quando A Alma Não É Pequena" e em 2007 "Guitars From Nothing".
Os Dead Combo compuseram a banda sonora original para o filme "Slightly Smaller Than Indiana" de Daniel Blaufuks.
Com "Lusitânia Playboys", em 2008 chegam definitivamente ao reconhecimento do público. Em 2011, "Lisboa Mulata" marca uma nova abordagem dos Dead Combo, pois é um álbum ecléctico, apelando ao ritmo e influências de África.
Em 2012, abriram-se novas portas aos Dead Combo: deram grande concerto na Aula Magna e apareceram no programa culinário de Anthony Bourdain sobre Lisboa. Consequentemente, entraram no top 10 do iTunes americano. Foram, também, convidados a actuar na estreia de Cannes do filme "Cosmopolis", realizado por David Cronenberg e produzido por Paulo Branco. Regressaram aos discos em Março de 2014 com "A Bunch of Meninos".
Veja então o vídeo realizado por Mário Melo Costa, para a música "Lisboa Mulata" dos Dead Combo  e, que conta com a interpretação do actor Matamba Joaquim.   )

quinta-feira, março 13, 2014

Geologia Poética do Rio

Hoje proponho-lhe mais um passeio virtual. O passeio que lhe sugiro é feito através de dois documentos que se interligam. O primeiro é um excelente texto do geólogo brasileiro Ivo Medina, "Geologia Poética do Rio" e o segundo, é uma bela apresentação sobre a morfologia do litoral do Rio de Janeiro, "As Pedras do Rio".
"Passaram-se alguns bilhões de anos para sermos o que somos. Antes do homem, este recém- nascido, muita pedra rolou na superfície da terra. A paisagem carioca, com suas escarpas nuas e roliças, rochedos em forma de caninos apontados para o céu, ilhas e baía de Guanabara, é o resultado de longo e caprichoso trabalho de deformação, corte, torneamento, polimento, remoção, acumulação e outros processos. Um grandioso trabalho escultural. Além das forças modeladoras invisíveis, as ferramentas da natureza são o vento a chuva, o calor, rios e os mares. O regime de chuvas torrenciais continua sendo um dos mais importantes fatores determinantes do nosso relevo, pelo seu poder erosivo. A água no percurso para o mar, carregando pedaços de terra, areia e lama, é o agente de destaque no desenho e escultura da terra carioca.
É claro que água mole em pedra dura funciona, mas acontecimentos anteriores que dobraram e cortaram as rochas do Rio facilitaram e fizeram um verdadeiro caminho paras águas que, fluindo, buscam e formam os vales. Os rios mais volumosos constroem leques de terra na base dos morros, dando origem aos primeiros terrenos de planície ou baixadas.
Como qualquer narrativa às vezes pede um flash back, é bom lembrar que o conjunto das montanhas cariocas foi desgarrado da serra do Mar pelo entalho da baixada do Guandu. Isso quer dizer que nossas serras pertenciam a um maciço principal ou cadeia de montanhas ligadas ao extenso planalto brasileiro que, tombando para o oceano como um basculante, permitiu que o mar invadisse os antigos vales fluviais formando baías, enseadas e mais tarde as lagoas típicas da costa do Rio. Foi assim que as encostas escarpadas e as montanhas sinuosas limitaram-se com o mar.
Se a gente reparar bem dá para perceber que as ilhas que ficam em frente a praia de Ipanema, como as Cagarras e a Ilhas Rasa (do farol) são parecidas com o topo das montanhas. Parecem montanhas afogadas. E são. O movimento do mar produz correntes, que vão lançando pontas de areia a partir de terra firme ou de ilhas próximas à costa. O avanço destes cordões as vezes liga as ilhotas entre si, ou mesmo a pontos diferentes do litoral. Um exemplo deste fenômeno é a antiga ilha formada pelo grupo dos morros da Urca e Pão de Açúcar, que se ligaram ao morro da Babilônia, no continente.
O Pão de Açúcar foi arredondado pelo vento, chuvas, calor, do sol e ondas de frio. Na verdade, foram várias as causas que esculpiram o monumento natural mais famoso do mundo. O corcovado e os vales profundos que vemos ao lado das estradas do Redentor e Paineiras, são resultado de grandes falhas geológicas, isto é de fraturas seguidas de deslocamentos de enormes massas de rochas.
A lagoa Rodrigo de Freitas, por sua vez, era uma enseada e foi virando um velho pedaço de mar enclausurado quando os cordões de areia foram se formando entre a pedra do Arpoador e o Leblon. Surgiu uma restinga com pequenas dunas onde foi construído o bairro de Ipanema. As águas da Lagoa foram aos poucos se misturando com a água doce vinda do continente. Hoje, a água é salobra e ruim: a palavra Ipanema significa água ruim em tupi-guarani.
Este é um espetáculo que só mesmo a terra pode contar. O que para o homem é símbolo de solidez, para ela é a simples expressão de sua fragilidade, do provisório"...
Ivo Medina (Geólogo)
E agora, " As Pedras do Rio".

quarta-feira, março 12, 2014

Ela canta, pobre ceifeira

Ela canta, pobre ceifeira,
Julgando-se feliz talvez;
Canta, e ceifa, e a sua voz, cheia
De alegre e anónima viuvez,

Ondula como um canto de ave
No ar limpo como um limiar,
E há curvas no enredo suave
Do som que ela tem a cantar.

Ouvi-la alegra e entristece,
Na sua voz há o campo e a lida,
E canta como se tivesse
Mais razões p'ra cantar que a vida.

Ah, canta, canta sem razão!
O que em mim sente stá pensando.
Derrama no meu coração
Atua incerta voz ondeando!

Ah, poder ser tu, sendo eu!
Ter a tua alegre inconsciência,
E a consciência disso! Ó céu!
Ó campo! Ó canção! A ciência

Pesa tanto e a vida é tão breve!
Entrai por mim dentro! Tornai
Minha alma a vossa sombra leve!
Depois, levando-me, passai!
Fernando Pessoa 

terça-feira, março 11, 2014

O Menino de Cabul ou O Caçador de Pipas

"O Menino de Cabul" (no Brasil: O Caçador de Pipas)  é um romance do escritor afegão-americano Khaled Hosseini. Publicado em 2003, é o primeiro romance de Hosseini. Este romance foi adaptado ao cinema dando origem a um filme com o mesmo título em 2007. Quer o livro quer o filme conta a história de Amir, um garoto rico de Cabul, no Afeganistão, que é atormentado pela culpa de ter traído o seu criado e melhor amigo, Hassan, filho de Ali, também empregado do seu pai. A história tem como cenário uma série de acontecimentos políticos tumultuosos vividos por aquele país. Começa com a queda da monarquia no Afeganistão em Julho de 1973, com a deposição do rei Zahir Shah, depois com o golpe de estado comunista, em abril de 1978, a invasão soviética, em Dezembro de 1979 e a consequente massa de emigrantes refugiados para o Paquistão e para os EUA. De seguida fala ainda da implantação do regime militar pelos Talibã.
Amir é um garoto que cresceu no Afeganistão. A mãe morreu durante o seu parto. A relação com o pai, Baba, é demasiado formal e o seu melhor amigo é Hassan, um garoto hazara de lábio leporino, filho do empregado da família, Ali. Amir não entende o afecto que o pai demonstra ter por Hassan. Esse afecto resultou numa plástica, paga por Baba, para corrigir o defeito de nascença do garoto, quando este fez doze anos. O amigo de Amir é um dos destaques do campeonato anual  de papagaios (pipas, no Brasil), que marca o início do inverno em Cabul. Amir é campeão na competição e Hassan é um talentoso caçador de papagaios ou pipas.
Sinopse: "No inverno de 1975, em Cabul, tudo o que Amir mais deseja no mundo é ganhar um concurso de papagaios para poder impressionar o seu pai, e Hassan, o seu amigo inseparável, está determinado a ajudá-lo. Mas, na tarde do concurso, um terrível acontecimento vai destruir os laços que unem os dois rapazes para sempre. E, mesmo quando a família de Amir é forçada a fugir do Afeganistão após a invasão soviética, Amir sabe que um dia terá de regressar à sua terra natal em busca de redenção.
O Menino de Cabul é uma história de amor e amizade passada no cenário devastador do Afeganistão nos últimos 30 anos, contada por Khaled Hosseini, autor deste bestseller, com 50 milhões de livros vendidos em todo mundo".
 E agora "O Caçador de Pipas", uma Curta Metragem em vídeo, feita em 2011, por alunos de um colégio brasileiro.  

segunda-feira, março 10, 2014

Acidentes maravilhosos...

As cinco maravilhas que pode ver na apresentação que se segue, surgiram por acidente.
Faça uma visita turística, claro que virtual, por Dark Hedges (Irlanda), pelo deserto de Gerlach (EUA), por Las Médulas (Espanha), pela Ucrânia, ou vá até ao Texas (EUA) para ver umas piscinas especiais. Não perca este passeio turístico porque vai conhecer acidentes naturais, e não só, maravilhosos.
Ora veja!
 

domingo, março 09, 2014

Wild, Wild West

O grupo MozArt é um quarteto de cordas polaco (Varsóvia) que é conhecido pela sua original abordagem da música clássica. O grupo alia a música clássica a um surpreendente e elegante sentido de humor. O MozArt já percorreu toda a Europa, a América e a Ásia, mostrando a sua arte. Tem sido galardoado, também, com vários prémios de prestígio.
Divirta-se, agora, assistindo ao vídeo "Wild, wild West / Na Dzikim Zachodzie" que faz parte do álbum entitulado "The Best Of!" (2010).