Para você ganhar belíssimo Ano Novo
cor de arco-íris, ou da cor da sua paz,
Ano Novo sem comparação como todo o tempo já vivido
(mal vivido ou talvez sem sentido)
para você ganhar um ano
não apenas pintado de novo, remendado às carreiras,
mas novo nas sementinhas do vir-a-ser,
novo até no coração das coisas menos percebidas
(a começar pelo seu interior)
novo espontâneo, que de tão perfeito nem se nota,
mas com ele se come, se passeia,
se ama, se compreende, se trabalha,
você não precisa beber champanha ou qualquer outra birita,
não precisa expedir nem receber mensagens
(planta recebe mensagens?
passa telegramas?).
Não precisa fazer lista de boas intenções
para arquivá-las na gaveta.
Não precisa chorar de arrependido
pelas besteiras consumadas
nem parvamente acreditar
que por decreto da esperança
a partir de janeiro as coisas mudem
e seja tudo claridade, recompensa,
justiça entre os homens e as nações,
liberdade com cheiro e gosto de pão matinal,
direitos respeitados, começando
pelo direito augusto de viver.
Para ganhar um ano-novo
que mereça este nome,
você, meu caro, tem de merecê-lo,
tem de fazê-lo de novo, eu sei que não é fácil,
mas tente, experimente, consciente.
É dentro de você que o Ano Novo
cochila e espera desde sempre.
Carlos Drummond de Andrade
quarta-feira, dezembro 31, 2014
terça-feira, dezembro 30, 2014
S. Sivestre
Nesta altura do ano ouvimos falar muito, graças ao desporto, das corridas de S. Silvestre. Mas, quem é que foi o S. Silvestre?
São Silvestre I, foi Papa entre 31 de Janeiro de 314 até 31 de dezembro de 335, durante o reinado do imperador romano Constantino I, que determinou o fim da perseguição aos cristãos.
Silvestre I foi um dos primeiros santos canonizados sem ter sofrido o martírio. Nascido em data desconhecida de um romano de nome Rufino, segundo o Liber pontificalis, e de Justa, de acordo com o Vita beati Sylvestri, morreu em 31 de dezembro de 335. Daí que a sua festa ocorra em 31 de Dezembro.
Depois da morte de Melquíades, São Silvestre foi nomeado Bispo de Roma, ocupando este cargo durante 21 anos. Como Papa, não existe grande informação sobre o seu pontificado apesar de esta ser a época de Constantino, o Grande, em que a igreja sofreu uma notável evolução.
A maior parte das lendas sobre a sua vida foram compiladas no Vita beati Sylvestri que surgiu no Oriente e foi preservada em grego, siríaco e latim no Constitutum Sylvestri, um relato apócrifo de um concílio e no Donatio Constantini. Estas narrativas não passam, contudo, de lendas.
Foram construídas grandes igrejas em Roma durante o pontificado de São Silvestre, tais como a Basílica e o Batistério de Latrão, junto ao primeiro palácio imperial onde o Papa vivia, a Basílica do Palácio Sessoriano (Santa Croce in Gerusalenne), a igreja primitiva de São Pedro no Vaticano e várias igrejas e cemitérios sobre os túmulos de mártires. Foram também construídas durante o seu pontificado, a Igreja do Santo Sepulcro em Jerusalém e as igrejas dos Santos Apóstolos em Constantinopla.
A figura de São Silvestre está especialmente ligada à Igreja de Equitius, um presbítero romano, situada perto das termas de Diocleciano. Responsável pela existência da escola romana de canto, São Silvestre contribuiu ainda para o desenvolvimento da liturgia da Igreja, tendo o primeiro martirológio sido concebido durante o seu pontificado. O túmulo de São Silvestre situa-se na igreja por ele mandada construir, no cemitério da Catacumba de Priscila, na Via Salaria.
São Silvestre I, foi Papa entre 31 de Janeiro de 314 até 31 de dezembro de 335, durante o reinado do imperador romano Constantino I, que determinou o fim da perseguição aos cristãos.
Silvestre I foi um dos primeiros santos canonizados sem ter sofrido o martírio. Nascido em data desconhecida de um romano de nome Rufino, segundo o Liber pontificalis, e de Justa, de acordo com o Vita beati Sylvestri, morreu em 31 de dezembro de 335. Daí que a sua festa ocorra em 31 de Dezembro.
Depois da morte de Melquíades, São Silvestre foi nomeado Bispo de Roma, ocupando este cargo durante 21 anos. Como Papa, não existe grande informação sobre o seu pontificado apesar de esta ser a época de Constantino, o Grande, em que a igreja sofreu uma notável evolução.
A maior parte das lendas sobre a sua vida foram compiladas no Vita beati Sylvestri que surgiu no Oriente e foi preservada em grego, siríaco e latim no Constitutum Sylvestri, um relato apócrifo de um concílio e no Donatio Constantini. Estas narrativas não passam, contudo, de lendas.
Foram construídas grandes igrejas em Roma durante o pontificado de São Silvestre, tais como a Basílica e o Batistério de Latrão, junto ao primeiro palácio imperial onde o Papa vivia, a Basílica do Palácio Sessoriano (Santa Croce in Gerusalenne), a igreja primitiva de São Pedro no Vaticano e várias igrejas e cemitérios sobre os túmulos de mártires. Foram também construídas durante o seu pontificado, a Igreja do Santo Sepulcro em Jerusalém e as igrejas dos Santos Apóstolos em Constantinopla.
A figura de São Silvestre está especialmente ligada à Igreja de Equitius, um presbítero romano, situada perto das termas de Diocleciano. Responsável pela existência da escola romana de canto, São Silvestre contribuiu ainda para o desenvolvimento da liturgia da Igreja, tendo o primeiro martirológio sido concebido durante o seu pontificado. O túmulo de São Silvestre situa-se na igreja por ele mandada construir, no cemitério da Catacumba de Priscila, na Via Salaria.
segunda-feira, dezembro 29, 2014
Estudando (e não só...)
"ESTUDANDO" é mais uma paródia ao "Bailando" do Enrique Iglesias.
Esta megaprodução foi, desta feita, realizada pelos alunos finalistas do curso de Medicina de 2009-2015 , da Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa.
Veja este vídeo porque vale mesmo a pena.
Já agora fique a saber que no dia 5 de Novembro o Campo Pequeno se encheu de gente, para assistir à Noite da Medicina 2014.
Este espectáculo foi também organizado pelos alunos finalistas do curso 09-15 de Medicina, da Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa.
Não perca, também, o vídeo que se segue e que retrata, de acordo com os alunos, os "6 Years of Happiness". Se quiser saber mais acerca destes finalistas basta clicar aqui.
Esta megaprodução foi, desta feita, realizada pelos alunos finalistas do curso de Medicina de 2009-2015 , da Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa.
Veja este vídeo porque vale mesmo a pena.
Já agora fique a saber que no dia 5 de Novembro o Campo Pequeno se encheu de gente, para assistir à Noite da Medicina 2014.
Este espectáculo foi também organizado pelos alunos finalistas do curso 09-15 de Medicina, da Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa.
Não perca, também, o vídeo que se segue e que retrata, de acordo com os alunos, os "6 Years of Happiness". Se quiser saber mais acerca destes finalistas basta clicar aqui.
domingo, dezembro 28, 2014
"Comendo"
Veja o vídeo que se tornou viral na net.
Em baixo, poderá ver no "ar", a paródia musical que promove a XXIV Feira do Fumeiro e Presunto do Barroso, de 2015.
Montalegre volta, a adaptar o sucesso musical do ano e a criar uma espécie de "hino" aos manjares da terra.
Ao todo, fizeram parte desta mega produção, mais de 100 pessoas. Este evento chama-se
"Comendo" e conta com a participação especial do Ti Henrique Capelas (uma paródia ao "Bailando" do Enrique Iglesias)
A Feira do Fumeiro e Presunto de Barroso ocorrerá de 22 a 25 de Janeiro, em Montalegre. Aproveite e visite-a, para conhecer não só a Feira, mas também as Terras do Barroso.
Em baixo, poderá ver no "ar", a paródia musical que promove a XXIV Feira do Fumeiro e Presunto do Barroso, de 2015.
Montalegre volta, a adaptar o sucesso musical do ano e a criar uma espécie de "hino" aos manjares da terra.
Ao todo, fizeram parte desta mega produção, mais de 100 pessoas. Este evento chama-se
"Comendo" e conta com a participação especial do Ti Henrique Capelas (uma paródia ao "Bailando" do Enrique Iglesias)
A Feira do Fumeiro e Presunto de Barroso ocorrerá de 22 a 25 de Janeiro, em Montalegre. Aproveite e visite-a, para conhecer não só a Feira, mas também as Terras do Barroso.
sábado, dezembro 27, 2014
Up Where We Belong
Joe Cocker (1944 - 2014) foi um cantor britânico de rock, influenciado pela soul music no início da carreira e falecido recentemente.
No vídeo abaixo interpreta ao vivo "Up Where We Belong", que é o tema principal do filme americano "An Officer and a Gentleman" (Oficial e Cavalheiro), de 1982. Esta canção foi a vencedora do Oscar daquele ano.
Joe começou a sua carreira musical aos quinze anos de idade, no entanto, o seu primeiro grande sucesso foi a antológica canção "With a Little Help from My Friends", uma versão da música dos Beatles gravada com o guitarrista Jimmy Page. No mesmo ano apareceu no Festival de Woodstock, com um show que o consagradou definitivamente.
De Joe Coker há a destacar músicas como "She Came Through the Bathroom Window" (outra versão de uma música dos Beatles), "Cry Me a River", "Feelin Alright" e "The Letter" dos Box Tops. Nos anos 90 destacou-se com as canções "Up Where We Belong", "You Are So Beautiful", "When The Night Comes" e "Unchain My Heart". Oiça-o, então, a cantar "Up Where We Belong".
No vídeo abaixo interpreta ao vivo "Up Where We Belong", que é o tema principal do filme americano "An Officer and a Gentleman" (Oficial e Cavalheiro), de 1982. Esta canção foi a vencedora do Oscar daquele ano.
Joe começou a sua carreira musical aos quinze anos de idade, no entanto, o seu primeiro grande sucesso foi a antológica canção "With a Little Help from My Friends", uma versão da música dos Beatles gravada com o guitarrista Jimmy Page. No mesmo ano apareceu no Festival de Woodstock, com um show que o consagradou definitivamente.
De Joe Coker há a destacar músicas como "She Came Through the Bathroom Window" (outra versão de uma música dos Beatles), "Cry Me a River", "Feelin Alright" e "The Letter" dos Box Tops. Nos anos 90 destacou-se com as canções "Up Where We Belong", "You Are So Beautiful", "When The Night Comes" e "Unchain My Heart". Oiça-o, então, a cantar "Up Where We Belong".
sexta-feira, dezembro 26, 2014
Ladainha dos Póstumos Natais
Há-de vir um Natal e será o primeiro
em que se veja à mesa o meu lugar vazio
Há-de vir um Natal e será o primeiro
em que hão-de me lembrar de modo menos nítido
Há-de vir um Natal e será o primeiro
em que só uma voz me evoque a sós consigo
Há-de vir um Natal e será o primeiro
em que não viva já ninguém meu conhecido
Há-de vir um Natal e será o primeiro
em que nem vivo esteja um verso deste livro
Há-de vir um Natal e será o primeiro
em que terei de novo o Nada a sós comigo
Há-de vir um Natal e será o primeiro
em que nem o Natal terá qualquer sentido
Há-de vir um Natal e será o primeiro
em que o Nada retome a cor do Infinito
David Mourão-Ferreira, in «Cancioneiro de Natal»
em que se veja à mesa o meu lugar vazio
Há-de vir um Natal e será o primeiro
em que hão-de me lembrar de modo menos nítido
Há-de vir um Natal e será o primeiro
em que só uma voz me evoque a sós consigo
Há-de vir um Natal e será o primeiro
em que não viva já ninguém meu conhecido
Há-de vir um Natal e será o primeiro
em que nem vivo esteja um verso deste livro
Há-de vir um Natal e será o primeiro
em que terei de novo o Nada a sós comigo
Há-de vir um Natal e será o primeiro
em que nem o Natal terá qualquer sentido
Há-de vir um Natal e será o primeiro
em que o Nada retome a cor do Infinito
David Mourão-Ferreira, in «Cancioneiro de Natal»
quinta-feira, dezembro 25, 2014
A PALAVRA MAIS BELA
Fui ver ao dicionário dos sinónimos
A palavra mais bela e sem igual,
Perfeita como a nave dos Jerónimos...
E o dicionário disse-me: NATAL.
Perguntei aos poetas que releio:
Gabriela, Régio, Goethe, Poe, Quental,
Lorca, Olegário... E a resposta veio:
Christmas... Natividad... Noel... NATAL.
Interroguei o firmamento todo!
Cobra, formiga, pássaro, chacal!
O aço em chispa, o pipe-line, o lodo!
E a voz das coisas respondeu: NATAL!
Pedi ao vento e trouxe-me, dispersos,
- Riscos de luz, fragmentos de papel-
Cânticos, sinos, lágrimas e versos:
Um N, um A, um T, um A, um L...
Perguntei a mim próprio e fiquei mudo:
Qual a mais bela das palavras, qual?
Para quê perguntar se tudo, tudo,
Diz NATAL, diz NATAL e diz NATAL?!
Adolfo Simões Müller
A palavra mais bela e sem igual,
Perfeita como a nave dos Jerónimos...
E o dicionário disse-me: NATAL.
Perguntei aos poetas que releio:
Gabriela, Régio, Goethe, Poe, Quental,
Lorca, Olegário... E a resposta veio:
Christmas... Natividad... Noel... NATAL.
Interroguei o firmamento todo!
Cobra, formiga, pássaro, chacal!
O aço em chispa, o pipe-line, o lodo!
E a voz das coisas respondeu: NATAL!
Pedi ao vento e trouxe-me, dispersos,
- Riscos de luz, fragmentos de papel-
Cânticos, sinos, lágrimas e versos:
Um N, um A, um T, um A, um L...
Perguntei a mim próprio e fiquei mudo:
Qual a mais bela das palavras, qual?
Para quê perguntar se tudo, tudo,
Diz NATAL, diz NATAL e diz NATAL?!
Adolfo Simões Müller
quarta-feira, dezembro 24, 2014
Natal, e não Dezembro
Entremos, apressados, friorentos,
numa gruta, no bojo de um navio,
num presépio, num prédio, num presídio
no prédio que amanhã for demolido...
Entremos, inseguros, mas entremos.
Entremos e depressa, em qualquer sítio,
porque esta noite chama-se Dezembro,
porque sofremos, porque temos frio.
Entremos, dois a dois: somos duzentos,
duzentos mil, doze milhões de nada.
Procuremos o rastro de uma casa,
a cave, a gruta, o sulco de uma nave...
Entremos, despojados, mas entremos.
De mãos dadas talvez o fogo nasça,
talvez seja Natal e não Dezembro,
talvez universal a consoada.
David Mourão-Ferreira
numa gruta, no bojo de um navio,
num presépio, num prédio, num presídio
no prédio que amanhã for demolido...
Entremos, inseguros, mas entremos.
Entremos e depressa, em qualquer sítio,
porque esta noite chama-se Dezembro,
porque sofremos, porque temos frio.
Entremos, dois a dois: somos duzentos,
duzentos mil, doze milhões de nada.
Procuremos o rastro de uma casa,
a cave, a gruta, o sulco de uma nave...
Entremos, despojados, mas entremos.
De mãos dadas talvez o fogo nasça,
talvez seja Natal e não Dezembro,
talvez universal a consoada.
David Mourão-Ferreira
NATAL
Menino Jesus feliz
Que não cresceste
Nestes oitenta anos!
Que não tiveste
Os desenganos
Que eu tive
De ser homem,
E continuas criança
Nos meus versos
De saudade
Do presépio
Em que também nasci,
E onde me vejo sempre igual a ti
Miguel Torga - (1988)
Que não cresceste
Nestes oitenta anos!
Que não tiveste
Os desenganos
Que eu tive
De ser homem,
E continuas criança
Nos meus versos
De saudade
Do presépio
Em que também nasci,
E onde me vejo sempre igual a ti
Miguel Torga - (1988)
terça-feira, dezembro 23, 2014
Natal Africano
Não há pinheiros nem há neve,
Nada do que é convencional,
Nada daquilo que se escreve
Ou que se diz... Mas é Natal.
Que ar abafado! A chuva banha
A terra, morna e vertical.
Plantas da flora mais estranha,
Aves da fauna tropical.
Nem luz, nem cores, nem lembranças
Da hora única e imortal.
Somente o riso das crianças
Que em toda a parte é sempre igual.
Não há pastores nem ovelhas,
Nada do que é tradicional.
As orações, porém, são velhas
E a noite é Noite de Natal.
Cabral do Nascimento
Nada do que é convencional,
Nada daquilo que se escreve
Ou que se diz... Mas é Natal.
Que ar abafado! A chuva banha
A terra, morna e vertical.
Plantas da flora mais estranha,
Aves da fauna tropical.
Nem luz, nem cores, nem lembranças
Da hora única e imortal.
Somente o riso das crianças
Que em toda a parte é sempre igual.
Não há pastores nem ovelhas,
Nada do que é tradicional.
As orações, porém, são velhas
E a noite é Noite de Natal.
Cabral do Nascimento
segunda-feira, dezembro 22, 2014
Loa
É nesta mesma lareira,
E aquecido ao mesmo lume,
Que confesso a minha inveja
De mortal
Sem remissão
Por esse dom natural,
Ou divina condição,
De renascer cada ano,
Nu, inocente e humano
Como a fé te imaginou,
Menino Jesus igual
Ao do Natal
Que passou.
Miguel Torga - LOA (1969)
E aquecido ao mesmo lume,
Que confesso a minha inveja
De mortal
Sem remissão
Por esse dom natural,
Ou divina condição,
De renascer cada ano,
Nu, inocente e humano
Como a fé te imaginou,
Menino Jesus igual
Ao do Natal
Que passou.
Miguel Torga - LOA (1969)
domingo, dezembro 21, 2014
Conversa Informal com o Menino
Menino, peço-te a graça
de não fazer mais poema
de Natal.
Uns dois ou três, inda passa...
Industrializar o tema,
eis o mal.
Como posso, pergunto o ano
inteiro, viver sem Cristo
(por sinal,
na santa paz do gusano)
e agora embalar-te: isto
é Natal?
Os outros fazem? Paciência,
todos precisam de vale...
Afinal,
em sua reta inocência,
diz-me o burro que me cale,
natural.
E o boi me segreda: Acaso
careço de alexandrino
ou jornal
para celebrar o caso
humano quanto divino,
hem, jogral?
Perdoa, Infante, a vaidade,
a fraqueza, o mau costume
tão geral:
fazer da Natividade
um pretexto, não um lume
celestial.
Por isso andou bem o velho
do Cosme Velho, indagando,
marginal,
no seu soneto-cimélio,
o que mudou, como, quando,
no Natal.
Mudei, piorei? Reconheço
que não penetro o mistério
sem igual.
Não sei, Natal, o teu preço,
e te contemplo, cimério,
a-pascal.
Vou de novo para a escola,
vou, pequenino, anular-me,
grão de sal
que se adoça ao som da viola,
a ver se desperto um carme
bem natal.
Não será canto rimado,
verso concretista, branco
ou labial;
antes mudo, leve, agrado
de vento em flor no barranco,
diagonal.
Não venho à tua lapinha
pedir lua, amor ou prenda
material.
Nem trago qualquer coisinha
de ouro subtraído à renda
nacional.
Nossa conversa, Menino,
será toda silenciosa,
informal.
Não se toca no destino
e em duros temas de prosa
lacrimal.
Não vou queixar-me da vida
ou falar (mal) do governo
brasilial.
Nem cicatrizar ferida
resultante do meu ser-no-
mundo atual.
Deixa-me estar longamente
junto ao berço, num enleio
colegial.
(Àquele que é menos crente,
um anjo leva a passeio:
é Natal.)
Prosterno-me, e teu sorriso
sugere, menino astuto
e cordial:
Careço de ter mais siso
e vislumbrar o Absoluto
neste umbral.
Sim, pouco enxergo. Releva
ao que lhe falta a poesia,
e por al.
Gravura em branco, na treva:
a treva se aclara em dia
de Natal.
Carlos Drummond de Andrade
de não fazer mais poema
de Natal.
Uns dois ou três, inda passa...
Industrializar o tema,
eis o mal.
Como posso, pergunto o ano
inteiro, viver sem Cristo
(por sinal,
na santa paz do gusano)
e agora embalar-te: isto
é Natal?
Os outros fazem? Paciência,
todos precisam de vale...
Afinal,
em sua reta inocência,
diz-me o burro que me cale,
natural.
E o boi me segreda: Acaso
careço de alexandrino
ou jornal
para celebrar o caso
humano quanto divino,
hem, jogral?
Perdoa, Infante, a vaidade,
a fraqueza, o mau costume
tão geral:
fazer da Natividade
um pretexto, não um lume
celestial.
Por isso andou bem o velho
do Cosme Velho, indagando,
marginal,
no seu soneto-cimélio,
o que mudou, como, quando,
no Natal.
Mudei, piorei? Reconheço
que não penetro o mistério
sem igual.
Não sei, Natal, o teu preço,
e te contemplo, cimério,
a-pascal.
Vou de novo para a escola,
vou, pequenino, anular-me,
grão de sal
que se adoça ao som da viola,
a ver se desperto um carme
bem natal.
Não será canto rimado,
verso concretista, branco
ou labial;
antes mudo, leve, agrado
de vento em flor no barranco,
diagonal.
Não venho à tua lapinha
pedir lua, amor ou prenda
material.
Nem trago qualquer coisinha
de ouro subtraído à renda
nacional.
Nossa conversa, Menino,
será toda silenciosa,
informal.
Não se toca no destino
e em duros temas de prosa
lacrimal.
Não vou queixar-me da vida
ou falar (mal) do governo
brasilial.
Nem cicatrizar ferida
resultante do meu ser-no-
mundo atual.
Deixa-me estar longamente
junto ao berço, num enleio
colegial.
(Àquele que é menos crente,
um anjo leva a passeio:
é Natal.)
Prosterno-me, e teu sorriso
sugere, menino astuto
e cordial:
Careço de ter mais siso
e vislumbrar o Absoluto
neste umbral.
Sim, pouco enxergo. Releva
ao que lhe falta a poesia,
e por al.
Gravura em branco, na treva:
a treva se aclara em dia
de Natal.
Carlos Drummond de Andrade
sábado, dezembro 20, 2014
Música de Natal Original
A propósito da quadra natalícia que se avizinha, veja o vídeo que se segue, que tem uma proposta de música no mínimo original, senão mesmo alternativa.
É a Música de Natal de 2014 da Rádio Comercial!
Inclui a história do nascimento do menino, o sorriso inesquecível de uma menina e a Taylor Swift da Moita.
A letra é do Vasco Palmeirim & Nuno Markl com Nuno Gonçalo. A música é de Taylor Swift "Shake It Off" e a sonoplastia do Nuno Gonçalo.
É a Música de Natal de 2014 da Rádio Comercial!
Inclui a história do nascimento do menino, o sorriso inesquecível de uma menina e a Taylor Swift da Moita.
A letra é do Vasco Palmeirim & Nuno Markl com Nuno Gonçalo. A música é de Taylor Swift "Shake It Off" e a sonoplastia do Nuno Gonçalo.
sexta-feira, dezembro 19, 2014
A maturidade
Aecio Sarti |
"A maturidade me permite olhar com menos ilusões, aceitar com menos sofrimento, entender com mais tranquilidade, querer com mais doçura."
Lya Luft
quinta-feira, dezembro 18, 2014
Luar do Sertao
Oiça Fagner e Fáfá de Belém em "Luar do Sertão" do grande Luiz Gonzaga.
Não há, ó gente, ó não
Luar como esse do sertão
Não há, ó gente, ó não
Luar como esse do sertão
Oh! que saudade do luar da minha terra
Lá na serra branquejando folhas secas pelo chão
Este luar cá da cidade tão escuro
Não tem aquela saudade do luar lá do sertão
Não há, ó gente, ó não
Luar como esse do sertão
Não há, ó gente, ó não
Luar como esse do sertão
Se a lua nasce por detrás da verde mata
Mais parece um sol de prata prateando a solidão
E a gente pega na viola que ponteia
E a canção e a lua cheia a nos nascer do coração
Não há, ó gente, ó não
Luar como esse do sertão
Não há, ó gente, ó não
Luar como esse do sertão
Mas como é lindo ver depois por entre o mato
Deslizar calmo, regato, transparente como um véu
No leito azul das suas águas murmurando
E por sua vez roubando as estrelas lá do céu
Não há, ó gente, ó não
Luar como esse do sertão
Não há, ó gente, ó não
Luar como esse do sertão
Não há, ó gente, ó não
Luar como esse do sertão
Não há, ó gente, ó não
Luar como esse do sertão
Oh! que saudade do luar da minha terra
Lá na serra branquejando folhas secas pelo chão
Este luar cá da cidade tão escuro
Não tem aquela saudade do luar lá do sertão
Não há, ó gente, ó não
Luar como esse do sertão
Não há, ó gente, ó não
Luar como esse do sertão
Se a lua nasce por detrás da verde mata
Mais parece um sol de prata prateando a solidão
E a gente pega na viola que ponteia
E a canção e a lua cheia a nos nascer do coração
Não há, ó gente, ó não
Luar como esse do sertão
Não há, ó gente, ó não
Luar como esse do sertão
Mas como é lindo ver depois por entre o mato
Deslizar calmo, regato, transparente como um véu
No leito azul das suas águas murmurando
E por sua vez roubando as estrelas lá do céu
Não há, ó gente, ó não
Luar como esse do sertão
Não há, ó gente, ó não
Luar como esse do sertão
quarta-feira, dezembro 17, 2014
As Melhores Panorâmicas do Mundo
Para quem deseje fazer turismo nesta altura do ano, aqui lhe deixo como sugestão, alguns dos lugares com as melhores panorâmicas do mundo.
Entretanto se também quiser voar de balão, sugiro-lhe mais alguns pontos turísticos: a Capadócia (na Turquia); o Vale do Loire (em França); Sossusvlei (na Namíbia); Masai Mara (no Quénia); Bagan (a cidade sagrada de Myanmar) ou a antiga cidade pré-colombiana de Teotihuacan ( no México).
Não perca, entretanto, o passeio virtual proporcionado pela apresentação que se segue.
Entretanto se também quiser voar de balão, sugiro-lhe mais alguns pontos turísticos: a Capadócia (na Turquia); o Vale do Loire (em França); Sossusvlei (na Namíbia); Masai Mara (no Quénia); Bagan (a cidade sagrada de Myanmar) ou a antiga cidade pré-colombiana de Teotihuacan ( no México).
Não perca, entretanto, o passeio virtual proporcionado pela apresentação que se segue.
terça-feira, dezembro 16, 2014
A Arte da Camuflagem
Há animais que são verdadeiros mestres na arte da camuflagem.
O objectivo da camuflagem, por parte dos animais, é o de tirar alguma vantagem.
A camuflagem pode ser útil tanto para o predador, quando deseja atacar uma presa sem que esta o veja, como para a presa, que se pode esconder mais facilmente de seu predador.
Existem dois tipos de camuflagem, a Homocromia, onde a cor do animal é a mesma do meio onde vive (como exemplo, podemos citar os ursos polares, cujo pêlo se confunde com a neve), e a Homotipia, onde o animal tem a forma de objetos que compõem o meio (o bicho-pau, que tem forma de graveto e fica em árvores que têm galhos semelhantes à forma de seu corpo).
O mimetismo é semelhante à camuflagem, só que ao invés de se parecerem com o meio, os animais que praticam o mimetismo tentam parecer-se com outros animais, com intuito de parecer o que não são ( o mimetismo pode ser uma arma de defesa ou de ataque). Se quiser ficar a conhecer alguns destes truques, veja com atenção a apresentação que se segue. Vale bem a pena. Ora veja!
O objectivo da camuflagem, por parte dos animais, é o de tirar alguma vantagem.
A camuflagem pode ser útil tanto para o predador, quando deseja atacar uma presa sem que esta o veja, como para a presa, que se pode esconder mais facilmente de seu predador.
Existem dois tipos de camuflagem, a Homocromia, onde a cor do animal é a mesma do meio onde vive (como exemplo, podemos citar os ursos polares, cujo pêlo se confunde com a neve), e a Homotipia, onde o animal tem a forma de objetos que compõem o meio (o bicho-pau, que tem forma de graveto e fica em árvores que têm galhos semelhantes à forma de seu corpo).
O mimetismo é semelhante à camuflagem, só que ao invés de se parecerem com o meio, os animais que praticam o mimetismo tentam parecer-se com outros animais, com intuito de parecer o que não são ( o mimetismo pode ser uma arma de defesa ou de ataque). Se quiser ficar a conhecer alguns destes truques, veja com atenção a apresentação que se segue. Vale bem a pena. Ora veja!
segunda-feira, dezembro 15, 2014
O Planeta Terra É...
O lar de milhões de espécies de seres vivos (...). Pedro C.
Uma pequena esfera no universo (…) que tem todas as condições para ter vida (...). Linete M.
O único planeta que tem vida (...). Jorge S.
Um planeta constituído por vários países, vários oceanos e ilhas (…) onde se pode desfrutar de lindas paisagens (...). Ana R. M.
Um planeta coberto por mais de 70% de água e composto por 5 continentes (...). Carolina S.
Um planeta habitado por seres humanos (...). Paulo S.
Um planeta chamado de planeta azul (…) onde existem dos mais raros metais e pedras preciosas (...). Fernando M.
Um planeta que está a ser afundado em dívidas, burlas, guerras, exércitos e onde a paz ainda está por descobrir (...). Ana R.
Um planeta geograficamente redondo e situado na Via Láctea (...). André A.
Curso Profissional Técnico de Comércio - 1º ano
Uma pequena esfera no universo (…) que tem todas as condições para ter vida (...). Linete M.
O único planeta que tem vida (...). Jorge S.
Um planeta constituído por vários países, vários oceanos e ilhas (…) onde se pode desfrutar de lindas paisagens (...). Ana R. M.
Um planeta coberto por mais de 70% de água e composto por 5 continentes (...). Carolina S.
Um planeta habitado por seres humanos (...). Paulo S.
Um planeta chamado de planeta azul (…) onde existem dos mais raros metais e pedras preciosas (...). Fernando M.
Um planeta que está a ser afundado em dívidas, burlas, guerras, exércitos e onde a paz ainda está por descobrir (...). Ana R.
Um planeta geograficamente redondo e situado na Via Láctea (...). André A.
Curso Profissional Técnico de Comércio - 1º ano
domingo, dezembro 14, 2014
Casa do Professor ou Quinta do Parreira
A Quinta do Parreira, ou Casa do Professor, em Oliveira de Azeméis, é mais um caso de património edificado que se encontra num estado lastimável.
É uma casa lindíssima de estilo romântico, que teve vários proprietários ao longo dos anos e ficou conhecida pelo nome de dois desses proprietários.
Por fora é imponente, assemelhando-se a um palacete, mas é por dentro que revela a sua beleza arquitectónica, especialmente nos relevos dos tectos.
O seu primeiro proprietário, terá sido um tal Doutor Aguiar, médico da região e rico proprietário, que entrou para a posteridade por prestar ajuda aos mais carenciados conterrâneos, proporcionando-lhes emprego nas propriedades que detinha na região do Porto e na quinta de Riba Ul.
Depois esta propriedade terá sido vendida no primeiro quartel do Séc. XX, a Domingos Parreira, um ilustre cidadão com origens em Cabreiros, no concelho de Arouca, que terá conquistado simpatias em de Riba-Ul, por ter arranjado trabalho aos locais, na extracção de volfrâmio, na sua terra natal.
Por morte deste último proprietário a quinta passou, depois de uma conturbada herança, para a posse de um sobrinho, que a deixou aos seus descendentes emigrantes na Terra Nova, e consequentemente, votada ao abandono.
Foi também nesta casa que segundo se conta, viveu durante a sua infância o Doutor António de Castro Alves Ferreira.
É uma casa lindíssima de estilo romântico, que teve vários proprietários ao longo dos anos e ficou conhecida pelo nome de dois desses proprietários.
Por fora é imponente, assemelhando-se a um palacete, mas é por dentro que revela a sua beleza arquitectónica, especialmente nos relevos dos tectos.
O seu primeiro proprietário, terá sido um tal Doutor Aguiar, médico da região e rico proprietário, que entrou para a posteridade por prestar ajuda aos mais carenciados conterrâneos, proporcionando-lhes emprego nas propriedades que detinha na região do Porto e na quinta de Riba Ul.
Depois esta propriedade terá sido vendida no primeiro quartel do Séc. XX, a Domingos Parreira, um ilustre cidadão com origens em Cabreiros, no concelho de Arouca, que terá conquistado simpatias em de Riba-Ul, por ter arranjado trabalho aos locais, na extracção de volfrâmio, na sua terra natal.
Por morte deste último proprietário a quinta passou, depois de uma conturbada herança, para a posse de um sobrinho, que a deixou aos seus descendentes emigrantes na Terra Nova, e consequentemente, votada ao abandono.
Foi também nesta casa que segundo se conta, viveu durante a sua infância o Doutor António de Castro Alves Ferreira.
sábado, dezembro 13, 2014
Prefácio
Assim é que elas foram feitas (todas as coisas) —
sem nome.
Depois é que veio a harpa e a fêmea em pé.
Insetos errados de cor caíam no mar.
A voz se estendeu na direção da boca.
Caranguejos apertavam mangues.
Vendo que havia na terra
Dependimentos demais
E tarefas muitas —
Os homens começaram a roer unhas.
Ficou certo pois não
Que as moscas iriam iluminar
O silêncio das coisas anônimas.
Porém, vendo o Homem
Que as moscas não davam conta de iluminar o
Silêncio das coisas anônimas —
Passaram essa tarefa para os poetas.
Manoel de Barros
sem nome.
Depois é que veio a harpa e a fêmea em pé.
Insetos errados de cor caíam no mar.
A voz se estendeu na direção da boca.
Caranguejos apertavam mangues.
Vendo que havia na terra
Dependimentos demais
E tarefas muitas —
Os homens começaram a roer unhas.
Ficou certo pois não
Que as moscas iriam iluminar
O silêncio das coisas anônimas.
Porém, vendo o Homem
Que as moscas não davam conta de iluminar o
Silêncio das coisas anônimas —
Passaram essa tarefa para os poetas.
Manoel de Barros
sexta-feira, dezembro 12, 2014
Saudade Da Minha Terra
Oiça mais um dos grandes clássicos da música sertaneja, "Saudade Da Minha Terra", na voz de Chitãozinho & Xororó.
De que me adianta viver na cidade
Se a felicidade não me acompanhar
Adeus, paulistinha do meu coração
Lá pro meu sertão, eu quero voltar
Ver a madrugada, quando a passarada
Fazendo alvorada, começa a cantar
Com satisfação, arreio o burrão
Cortando estradão, saio a galopar
E vou escutando o gado berrando
Sabía cantando no jequitibá
Por Nossa Senhora,
Meu sertão querido
Vivo arrependido por ter deixado
Esta nova vida aqui na cidade
De tanta saudade, eu tenho chorado
Aqui tem alguém, diz
Que me quer bem
Mas não me convém,
eu tenho pensado
eu fico com pena, mas esta morena
não sabe o sistema que eu fui criado
To aqui cantando, de longe escutando
Alguém está chorando,
Com rádio ligado
Que saudade imensa do
Campo e do mato
Do manso regato que
Corta as Campinas
Aos domingos ia passear de canoa
Nas lindas lagoas de águas cristalinas
Que doce lembrança
Daquelas festanças
Onde tinham danças e lindas meninas
Eu vivo hoje em dia sem Ter alegria
O mundo judia, mas também ensina
Estou contrariado, mas não derrotado
Eu sou bem guiado pelas
mãos divinas
Pra minha mãezinha já telegrafei
E já me cansei de tanto sofrer
Nesta madrugada estarei de partida
Pra terra querida que me viu nascer
Já ouço sonhando o galo cantando
O nhambu piando no escurecer
A lua prateada clareando as estradas
A relva molhada desde o anoitecer
Eu preciso ir pra ver tudo ali
Foi lá que nasci, lá quero morrer
De que me adianta viver na cidade
Se a felicidade não me acompanhar
Adeus, paulistinha do meu coração
Lá pro meu sertão, eu quero voltar
Ver a madrugada, quando a passarada
Fazendo alvorada, começa a cantar
Com satisfação, arreio o burrão
Cortando estradão, saio a galopar
E vou escutando o gado berrando
Sabía cantando no jequitibá
Por Nossa Senhora,
Meu sertão querido
Vivo arrependido por ter deixado
Esta nova vida aqui na cidade
De tanta saudade, eu tenho chorado
Aqui tem alguém, diz
Que me quer bem
Mas não me convém,
eu tenho pensado
eu fico com pena, mas esta morena
não sabe o sistema que eu fui criado
To aqui cantando, de longe escutando
Alguém está chorando,
Com rádio ligado
Que saudade imensa do
Campo e do mato
Do manso regato que
Corta as Campinas
Aos domingos ia passear de canoa
Nas lindas lagoas de águas cristalinas
Que doce lembrança
Daquelas festanças
Onde tinham danças e lindas meninas
Eu vivo hoje em dia sem Ter alegria
O mundo judia, mas também ensina
Estou contrariado, mas não derrotado
Eu sou bem guiado pelas
mãos divinas
Pra minha mãezinha já telegrafei
E já me cansei de tanto sofrer
Nesta madrugada estarei de partida
Pra terra querida que me viu nascer
Já ouço sonhando o galo cantando
O nhambu piando no escurecer
A lua prateada clareando as estradas
A relva molhada desde o anoitecer
Eu preciso ir pra ver tudo ali
Foi lá que nasci, lá quero morrer
quinta-feira, dezembro 11, 2014
Um passeio por Oberammergau
Oberammergau é um município do distrito de Garmisch-Partenkirchen (Baviera), no sul da Alemanha. Encontra-se localizado no vale do rio Ammer.
Esta localidade é conhecida principalmente pelas representações da Paixão de Cristo que são feitas de dez em dez anos (a próxima será em 2020), envolvendo centenas de figurantes, todos residentes e naturais da localidade. Em 1633, durante uma epidemia de peste, os habitantes de Oberammergau juraram levar a cabo uma encenação periódica da Paixão de Cristo se fossem protegidos da doença. Este facto foi a origem da hoje mundialmente famosa tradição, realizada pela primeira vez em 1634.
Oberammergau também é conhecida pelos seus prédios pintados com motivos religiosos ou de contos de fada. A reconhecida alta qualidade e quantidade destes frescos nas fachadas de várias das suas casas, tornaram esta localidade uma paragem obrigatória para os turistas.
Estes frescos são conhecidos pelo nome alemão de "Lüftlmalerei" e são comuns na Alta Baviera. A palavra "Lüftlmalerei" parece ter origem na casa "Zum Lüftl" em Oberammergau, que era a residência do pintor de fachadas Franz Seraph Zwinck (1748-1792).
Oberammergau tem também uma longa tradição na escultura de madeira. As ruas contêm dezenas de oficinas que vendem imagens religiosas, relógios, brinquedos e peças humorísticas. Além disso, fabricam-se localmente os típicos chapéus bávaros.
O turismo é, então, a principal atividade económica da localidade, sendo também paragem quase obrigatória a visita ao palácio de Linderhof e ao Mosteiro de Ettal.
Esta localidade é conhecida principalmente pelas representações da Paixão de Cristo que são feitas de dez em dez anos (a próxima será em 2020), envolvendo centenas de figurantes, todos residentes e naturais da localidade. Em 1633, durante uma epidemia de peste, os habitantes de Oberammergau juraram levar a cabo uma encenação periódica da Paixão de Cristo se fossem protegidos da doença. Este facto foi a origem da hoje mundialmente famosa tradição, realizada pela primeira vez em 1634.
Oberammergau também é conhecida pelos seus prédios pintados com motivos religiosos ou de contos de fada. A reconhecida alta qualidade e quantidade destes frescos nas fachadas de várias das suas casas, tornaram esta localidade uma paragem obrigatória para os turistas.
Estes frescos são conhecidos pelo nome alemão de "Lüftlmalerei" e são comuns na Alta Baviera. A palavra "Lüftlmalerei" parece ter origem na casa "Zum Lüftl" em Oberammergau, que era a residência do pintor de fachadas Franz Seraph Zwinck (1748-1792).
Oberammergau tem também uma longa tradição na escultura de madeira. As ruas contêm dezenas de oficinas que vendem imagens religiosas, relógios, brinquedos e peças humorísticas. Além disso, fabricam-se localmente os típicos chapéus bávaros.
O turismo é, então, a principal atividade económica da localidade, sendo também paragem quase obrigatória a visita ao palácio de Linderhof e ao Mosteiro de Ettal.
quarta-feira, dezembro 10, 2014
A Maratona de Cartas
O que é a Maratona de Cartas ?
É o maior evento global de direitos humanos organizado anualmente pela Amnistia Internacional no último trimestre de cada ano, no âmbito da data simbólica de 10 de dezembro, Dia Internacional dos Direitos Humanos.
Por esta ocasião, pessoas de todo o mundo assinam cartas apelando à solidariedade internacional, em prol de indivíduos e de comunidades em risco.
Um dos casos mais marcantes da Maratona é o da birmanesa e Prémio Nobel da Paz Aung San Suu Kyi. A defensora de direitos humanos foi declarada prisioneira de consciência pela Amnistia Internacional e foi um dos casos da Maratona de Cartas de 2009. Acabaria por ser libertada em 2010, ao fim de 15 anos de prisão domiciliária.
Portugal ficou em 6º lugar no ranking de 143 países que, em 2013, participaram na recolha de assinaturas para a Maratona de Cartas!
Se quiser participar neste evento, basta clicar aqui, a assinatura é feita no site da Amnistia Internacional.
É o maior evento global de direitos humanos organizado anualmente pela Amnistia Internacional no último trimestre de cada ano, no âmbito da data simbólica de 10 de dezembro, Dia Internacional dos Direitos Humanos.
Por esta ocasião, pessoas de todo o mundo assinam cartas apelando à solidariedade internacional, em prol de indivíduos e de comunidades em risco.
Um dos casos mais marcantes da Maratona é o da birmanesa e Prémio Nobel da Paz Aung San Suu Kyi. A defensora de direitos humanos foi declarada prisioneira de consciência pela Amnistia Internacional e foi um dos casos da Maratona de Cartas de 2009. Acabaria por ser libertada em 2010, ao fim de 15 anos de prisão domiciliária.
Portugal ficou em 6º lugar no ranking de 143 países que, em 2013, participaram na recolha de assinaturas para a Maratona de Cartas!
Se quiser participar neste evento, basta clicar aqui, a assinatura é feita no site da Amnistia Internacional.
terça-feira, dezembro 09, 2014
A Terra é...
Constituída por continentes e tem várias camadas por dentro (...). Tatiana E.
Um planeta que fica em 3º lugar no sistema solar (…) é o único que é habitado e que tem atmosfera (...). Carlos S.
Um planeta rochoso com uma composição líquida no seu interior mais profundo (...). Filipe S.
O único planeta com uma boa temperatura (…) mas que sofre de muita poluição causada pelas fábricas, carros, etc. (...). Isabella P.
Um planeta do sistema solar e é giro (...). Rafaela G.
A nossa casa, mas um planeta a que nem todos dão o devido valor (...). Cristiano P.
É um planeta com muitos anos de história (...). Anónimo
Um planeta que tem que ser preservado pelos humanos para que os animais não fiquem extintos (...). Hugo S.
Curso Profissional Técnico de Comércio - 1º ano
segunda-feira, dezembro 08, 2014
Murmúrio Infinito
Porque há alunos inesquecíveis, foi com enorme emoção que estive com a Sofia no lançamento deste seu livro, que foi o resultado da concretização de um sonho antigo e muito acarinhado. Parabéns Sofia.
A Sofia Fonseca Costa cedo assumiu um amor sem fim pelas palavras. Estudou jornalismo, fotojornalismo e em simultâneo investiu em formação teatral.
Entre 1999 e 2011 participou em várias peças de teatro de rua e animações infantis, na Baixa Lisboeta, em escolas e bairros carenciados; chegando a fazer parte da companhia artística de um parque temático para crianças. Teve a sua estreia no teatro d'A Barraca.
Em 2002 foi convidada para ser a representante nacional na área de literatura, na Fábrica da Pólvora, numa feira de artes, partilhando o espaço com outros artistas de várias áreas.
Em 2006, foi autora da exposição fotográfica e literária "Estados d'alma" na galeria de arte Hibiscus.
Mulher lutadora e confiante de que amanhã será sempre um dia melhor, finalmente viu realizado o sonho que tem acalentado há largos anos: o seu livro "Murmúrio Infinito"
Neste Natal, não deixe de dar a conhecer as palavras da Sofia Fonseca Costa, porque "Todos murmuramos baixinho... Shhh!"
domingo, dezembro 07, 2014
Lawrence da Arábia - A Miragem De Uma Guerra No Deserto
"Lawrence da Arábia - A Miragem De Uma Guerra No Deserto" é um livro de Adrian Greaves, que aqui lhe deixo como sugestão de leitura ou de oferta nesta quadra natalícia.
ADRIAN GREAVES é editor das revistas publicadas pela Anglo Zulu War Historical Society e autor de vários livros sobre este tema, incluindo Rorke’s Drift e Crossing the Buffalo. O seu interesse por Lawrence da Arábia e pela sublevação dos Árabes contra a Turquia levou-o a seguir as pisadas de Lawrence nos desertos e nos campos de batalha.
Sinopse (da editora):
"T. E. Lawrence é uma das personagens mais enigmáticas da história da Grã-Bretanha. Aquando da eclosão da Primeira Guerra Mundial, não possuía qualquer instrução militar. Contudo, teve êxito onde todos os outros tinham fracassado: uniu a nação árabe e conduziu-a à vitória contra o Exército turco. Os historiadores continuam a confessar-se perplexos em relação ao modo como Lawrence da Arábia realizou os seus feitos incríveis, embora os mitos tenham sido exagerados pelas inverdades que o próprio propagou. Ao contrário do que afirmou, nunca foi capturado nem torturado pelos Turcos, e também não foi o primeiro a dinamitar comboios turcos. No entanto, a verdade é tão ou mais fascinante do que a ficção. Lawrence da Arábia foi muito mais implacável do que se retratou, e combateu de forma tão bárbara como os seus inimigos, conforme descobriu Adrian Greaves, editor dos jornais da Anglo Zulu War Historical Society e autor de vários livros sobre este tema, incluindo Rorke’s Drift e Crossing the Buffalo".
ADRIAN GREAVES é editor das revistas publicadas pela Anglo Zulu War Historical Society e autor de vários livros sobre este tema, incluindo Rorke’s Drift e Crossing the Buffalo. O seu interesse por Lawrence da Arábia e pela sublevação dos Árabes contra a Turquia levou-o a seguir as pisadas de Lawrence nos desertos e nos campos de batalha.
Sinopse (da editora):
"T. E. Lawrence é uma das personagens mais enigmáticas da história da Grã-Bretanha. Aquando da eclosão da Primeira Guerra Mundial, não possuía qualquer instrução militar. Contudo, teve êxito onde todos os outros tinham fracassado: uniu a nação árabe e conduziu-a à vitória contra o Exército turco. Os historiadores continuam a confessar-se perplexos em relação ao modo como Lawrence da Arábia realizou os seus feitos incríveis, embora os mitos tenham sido exagerados pelas inverdades que o próprio propagou. Ao contrário do que afirmou, nunca foi capturado nem torturado pelos Turcos, e também não foi o primeiro a dinamitar comboios turcos. No entanto, a verdade é tão ou mais fascinante do que a ficção. Lawrence da Arábia foi muito mais implacável do que se retratou, e combateu de forma tão bárbara como os seus inimigos, conforme descobriu Adrian Greaves, editor dos jornais da Anglo Zulu War Historical Society e autor de vários livros sobre este tema, incluindo Rorke’s Drift e Crossing the Buffalo".
sábado, dezembro 06, 2014
Moreninha Linda
Oiça a dupla sertaneja Tonico & Tinoco em "Moreninha Linda" (no programa especial sertanejo na Rede Record, gravado em 1994).
Tonico & Tinoco foi uma dupla caipira brasileira, considerada a mais importante da história da música brasileira e a de maior referência. Em 60 anos de carreira, Tonico & Tinoco realizaram quase 1000 gravações, divididas em 83 discos.
Tonico & Tinoco venderam mais de 150 milhões de discos, realizando cerca de 40.000 apresentações em toda a sua carreira.
Meu coração tá pisado
Como a flor que murcha e cai
Pisado pelo desprezo
Do amor quando se vai
Deixando a triste lembrança
Adeus para nunca mais
Moreninha linda do meu bem querer
É triste a saudade longe de você
O amor nasce sozinho
Não é preciso plantar
A paixão nasce no peito
Farsidade no olhar
Você nasceu para outro
Eu nasci para te amar
Moreninha linda do meu bem querer
É triste a saudade longe de você
Eu tenho meu canarinho
Que canta, quando me vê
Eu canto por ter tristeza,
Canário por padecer
Da saudade da floresta,
Eu saudades de você
Moreninha linda do meu bem querer
É triste a saudade longe de você
Tonico & Tinoco foi uma dupla caipira brasileira, considerada a mais importante da história da música brasileira e a de maior referência. Em 60 anos de carreira, Tonico & Tinoco realizaram quase 1000 gravações, divididas em 83 discos.
Tonico & Tinoco venderam mais de 150 milhões de discos, realizando cerca de 40.000 apresentações em toda a sua carreira.
Meu coração tá pisado
Como a flor que murcha e cai
Pisado pelo desprezo
Do amor quando se vai
Deixando a triste lembrança
Adeus para nunca mais
Moreninha linda do meu bem querer
É triste a saudade longe de você
O amor nasce sozinho
Não é preciso plantar
A paixão nasce no peito
Farsidade no olhar
Você nasceu para outro
Eu nasci para te amar
Moreninha linda do meu bem querer
É triste a saudade longe de você
Eu tenho meu canarinho
Que canta, quando me vê
Eu canto por ter tristeza,
Canário por padecer
Da saudade da floresta,
Eu saudades de você
Moreninha linda do meu bem querer
É triste a saudade longe de você
sexta-feira, dezembro 05, 2014
Soneto
Não pode Amor por mais que as falas mude
exprimir quanto pesa ou quanto mede.
Se acaso a comoção falar concede
é tão mesquinho o tom que o desilude.
Busca no rosto a cor que mais o ajude,
magoado parecer aos olhos pede,
pois quando a fala a tudo o mais excede
não pode ser Amor com tal virtude.
Também eu das palavras me arreceio,
também sofro do mal sem saber onde
busque a expressão maior do meu anseio.
E acaso perde, o Amor que a fala esconde,
em verdade, em beleza, em doce enleio?
Olha bem os meus olhos, e responde.
exprimir quanto pesa ou quanto mede.
Se acaso a comoção falar concede
é tão mesquinho o tom que o desilude.
Busca no rosto a cor que mais o ajude,
magoado parecer aos olhos pede,
pois quando a fala a tudo o mais excede
não pode ser Amor com tal virtude.
Também eu das palavras me arreceio,
também sofro do mal sem saber onde
busque a expressão maior do meu anseio.
E acaso perde, o Amor que a fala esconde,
em verdade, em beleza, em doce enleio?
Olha bem os meus olhos, e responde.
António Gedeão (1906-1997)
quinta-feira, dezembro 04, 2014
Arrábida da Serra ao Mar
A pouco mais de meia hora de Lisboa, o Parque Natural da Arrábida oferece excelentes oportunidades de contacto com a natureza. O parque estende-se actualmente desde a zona do Outão (perto de Setúbal) até ao Cabo Espichel. A parte central do parque, chamada Serra da Arrábida, é uma zona de grande beleza, que culmina a 500 metros no pico do Formosinho e desce abruptamente sobre o mar.
A Serra da Arrábida, região com características peculiares de clima e flora, é um conjunto de relevos que inclui elevações como as Serras de S.Luís, Gaiteiros, S.Francisco e Louro, situados na margem norte do estuário do Rio Sado, na Península de Setúbal. O clima da região é temperado mediterrânico, apresentando uma flora rica em espécies mediterrânicas, tais como a azinheira, o sobreiro e o carvalho.
O Parque Natural da Arrábida, fundado em 1976, com uma área aproximada de 10 800 hectares, possui uma vegetação de tipo mediterrânico, chamada maquis, nascida neste microclima com características semelhantes ao de regiões como a Dalmácia.
A fauna é bastante diversificada, apesar de ter sofrido grandes alterações desde o século XIX. Até ao início do século XX era ainda possível observar lobos, javalis e veados. Da fauna actual fazem parte, entre outros, o gato-bravo, a raposa, a lebre, o morcego, a águia de bonelli, o bufo real, a perdiz e o andorinhão real.
Viveram, na serra da Arrábida, os poetas Frei Agostinho da Cruz e Sebastião da Gama, que fizeram da serra um motivo recorrente nas suas obras.
As praias protegidas pela serra, de águas tranquilas e transparentes, são populares entre os habitantes de Setúbal e Lisboa. O Portinho da Arrábida uma baía com uma pequena ilha, a Anicha, que forma um porto natural abrigado pela serra é, junto com a Praia da Figueirinha, uma das mais populares da região. Mas também há a de Galapos, a de Galapinhos e a Praia dos Coelhos.
Para ficar a conhecer melhor esta bela região de Portugal veja, com atenção, o documentário abaixo.
"Arrábida - da Serra ao Mar" é um filme de história natural sobre a vida selvagem que retrata as espécies endémicas das serras da Arrábida e do Pisco, no distrito de Setúbal. Foi produzido por Ricardo Guerreiro, fotógrafo e documentarista de história natural, e por Luís Quinta, fotógrafo com mais de 20 anos de carreira.
É um documentário, extraordinariamente bem feito capaz de disputar a qualidade da BBC ou da National Geographic.
Este filme é o resultado de 4 anos de trabalho esporádico através do qual se podem ficar a conhecer as espécies únicas dessas zonas, como é o caso do caracol-da-arrábida ou a planta trovisco-do-espichel.Também é possível descobrir e ver águias-calçadas, raposas e golfinhos ou as grutas e os bosques que caracterizam a região.
Este documentário foi emitido pela SIC em de janeiro de 2013, com realização de Luís Quinta e Ricardo Guerreiro. Ora veja. Vale mesmo a pena!
A Serra da Arrábida, região com características peculiares de clima e flora, é um conjunto de relevos que inclui elevações como as Serras de S.Luís, Gaiteiros, S.Francisco e Louro, situados na margem norte do estuário do Rio Sado, na Península de Setúbal. O clima da região é temperado mediterrânico, apresentando uma flora rica em espécies mediterrânicas, tais como a azinheira, o sobreiro e o carvalho.
O Parque Natural da Arrábida, fundado em 1976, com uma área aproximada de 10 800 hectares, possui uma vegetação de tipo mediterrânico, chamada maquis, nascida neste microclima com características semelhantes ao de regiões como a Dalmácia.
A fauna é bastante diversificada, apesar de ter sofrido grandes alterações desde o século XIX. Até ao início do século XX era ainda possível observar lobos, javalis e veados. Da fauna actual fazem parte, entre outros, o gato-bravo, a raposa, a lebre, o morcego, a águia de bonelli, o bufo real, a perdiz e o andorinhão real.
Viveram, na serra da Arrábida, os poetas Frei Agostinho da Cruz e Sebastião da Gama, que fizeram da serra um motivo recorrente nas suas obras.
As praias protegidas pela serra, de águas tranquilas e transparentes, são populares entre os habitantes de Setúbal e Lisboa. O Portinho da Arrábida uma baía com uma pequena ilha, a Anicha, que forma um porto natural abrigado pela serra é, junto com a Praia da Figueirinha, uma das mais populares da região. Mas também há a de Galapos, a de Galapinhos e a Praia dos Coelhos.
Para ficar a conhecer melhor esta bela região de Portugal veja, com atenção, o documentário abaixo.
"Arrábida - da Serra ao Mar" é um filme de história natural sobre a vida selvagem que retrata as espécies endémicas das serras da Arrábida e do Pisco, no distrito de Setúbal. Foi produzido por Ricardo Guerreiro, fotógrafo e documentarista de história natural, e por Luís Quinta, fotógrafo com mais de 20 anos de carreira.
É um documentário, extraordinariamente bem feito capaz de disputar a qualidade da BBC ou da National Geographic.
Este filme é o resultado de 4 anos de trabalho esporádico através do qual se podem ficar a conhecer as espécies únicas dessas zonas, como é o caso do caracol-da-arrábida ou a planta trovisco-do-espichel.Também é possível descobrir e ver águias-calçadas, raposas e golfinhos ou as grutas e os bosques que caracterizam a região.
Este documentário foi emitido pela SIC em de janeiro de 2013, com realização de Luís Quinta e Ricardo Guerreiro. Ora veja. Vale mesmo a pena!
quarta-feira, dezembro 03, 2014
Mona Lisa Desaparecida
"Mona Lisa Desaparecida" é um livro de R. A. Scotti publicado pela Casa das Letras. Neste livro, a autora faz um relato vívido e minucioso do maior furto da história da arte.
R. A. Scotti é a autora de "Os Segredos da Basílica de São Pedro". Escreveu também quatro romances e duas obras não ficcionais, como o recente bestseller "Sudden Sea: The Great Hurricane of 1938".
Sinopse (da editora):
"No final da tarde de domingo, 20 de Agosto de 1911, três homens entraram no Louvre. Disfarçando-se de funcionários do museu, esconderam-se até ao cair da noite. Dezasseis horas depois, o quadro mais famoso do mundo, a Mona Lisa, tinha desaparecido. Passaram vinte e quatro horas até alguém reparar. Quando por fim o alarme soou, a Polícia acorreu ao local. As portas foram trancadas, funcionários e visitantes detidos, mas o quadro desaparecera há muito. A França encerrou as suas fronteiras. E quando o museu reabriu uma semana depois do roubo, os parisienses fizeram fila em números nunca vistos para admirar o espaço em branco onde o famoso quadro estivera anteriormente pendurado. A caça ao homem estendeu-se de Paris a Nova Iorque, da Argentina a Itália, mas a Mona Lisa nunca foi encontrada.
Picasso e Apollinaire foram presos sob suspeita do roubo, mas posteriormente libertados por falta de provas. O Louvre, o Governo francês e o jornal Le Figaro ofereceram recompensas pelo regresso em segurança da Mona Lisa, mas o rasto estava frio… Até que, dois anos depois, o negociante de arte florentino Alfredo Geri recebeu uma carta assinada por "Leonardo". A Mona Lisa estava à venda. Neste livro, R. A. Scotti desvenda a verdade sobre o "crime do século".
R. A. Scotti é a autora de "Os Segredos da Basílica de São Pedro". Escreveu também quatro romances e duas obras não ficcionais, como o recente bestseller "Sudden Sea: The Great Hurricane of 1938".
Sinopse (da editora):
"No final da tarde de domingo, 20 de Agosto de 1911, três homens entraram no Louvre. Disfarçando-se de funcionários do museu, esconderam-se até ao cair da noite. Dezasseis horas depois, o quadro mais famoso do mundo, a Mona Lisa, tinha desaparecido. Passaram vinte e quatro horas até alguém reparar. Quando por fim o alarme soou, a Polícia acorreu ao local. As portas foram trancadas, funcionários e visitantes detidos, mas o quadro desaparecera há muito. A França encerrou as suas fronteiras. E quando o museu reabriu uma semana depois do roubo, os parisienses fizeram fila em números nunca vistos para admirar o espaço em branco onde o famoso quadro estivera anteriormente pendurado. A caça ao homem estendeu-se de Paris a Nova Iorque, da Argentina a Itália, mas a Mona Lisa nunca foi encontrada.
Picasso e Apollinaire foram presos sob suspeita do roubo, mas posteriormente libertados por falta de provas. O Louvre, o Governo francês e o jornal Le Figaro ofereceram recompensas pelo regresso em segurança da Mona Lisa, mas o rasto estava frio… Até que, dois anos depois, o negociante de arte florentino Alfredo Geri recebeu uma carta assinada por "Leonardo". A Mona Lisa estava à venda. Neste livro, R. A. Scotti desvenda a verdade sobre o "crime do século".
terça-feira, dezembro 02, 2014
O "Voo do Cante"
A TAP trouxe de volta a casa, para uma calorosa receção, a delegação promotora da candidatura do Cante Alentejano a Património Cultural Imaterial da Humanidade, que esteve em Paris para receber da UNESCO o importante reconhecimento universal.
A chegada ao aeroporto de Lisboa já foi vista por muita gente, quer presencialmente quer através das reportagenstelevisivas.
Mas, a TAP disponibilizou agora, o vídeo com o filme de tudo o que se passou a bordo do voo que trouxe de volta a casa os representantes das principais entidades impulsionadoras da candidatura: Câmara Municipal de Serpa, Casa do Cante, Confraria do Cante e Casa do Alentejo, e o grupo coral da Casa do Povo de Serpa.
Veja, em baixo, o filme o "Voo do Cante", colocado on line no canal TAP do YouTube.
A chegada ao aeroporto de Lisboa já foi vista por muita gente, quer presencialmente quer através das reportagenstelevisivas.
Mas, a TAP disponibilizou agora, o vídeo com o filme de tudo o que se passou a bordo do voo que trouxe de volta a casa os representantes das principais entidades impulsionadoras da candidatura: Câmara Municipal de Serpa, Casa do Cante, Confraria do Cante e Casa do Alentejo, e o grupo coral da Casa do Povo de Serpa.
Veja, em baixo, o filme o "Voo do Cante", colocado on line no canal TAP do YouTube.
segunda-feira, dezembro 01, 2014
A SIDA OU O HIV
O Dia Mundial de Luta Contra a Sida é comemorado a nível mundial no dia 1 de Dezembro.
Este dia visa alertar as populações para a necessidade de prevenção e de precaução contra o vírus da SIDA.
Este vírus ataca o sistema sanguíneo e o sistema imunológico do doente.
A SIDA ou VIH (Vírus da Imunodeficiência Humana) foi descoberta no ano de 1981 e matou mais de 30 milhões de pessoas em todo o mundo. A África é o continente onde a SIDA tem feito mais vítimas.
São três as formas de contágio do VIH/SIDA:
Relações sexuais;
Contacto com sangue infectado;
De mãe para filho, durante a gravidez, parto ou pela amamentação.
No vídeo que se segue, Hans Rosling divulga novos gráficos que desvendam os factores de risco de uma das doenças mais mortais (e incompreendidas) do mundo: a Sida.
Ele argumenta que a solução para acabar com a epidemia é a prevenção da transmissão, não o tratamento com remédios.
Ora veja. Vale bem a pena reflectirmos sobre o assunto!
Este dia visa alertar as populações para a necessidade de prevenção e de precaução contra o vírus da SIDA.
Este vírus ataca o sistema sanguíneo e o sistema imunológico do doente.
A SIDA ou VIH (Vírus da Imunodeficiência Humana) foi descoberta no ano de 1981 e matou mais de 30 milhões de pessoas em todo o mundo. A África é o continente onde a SIDA tem feito mais vítimas.
São três as formas de contágio do VIH/SIDA:
Relações sexuais;
Contacto com sangue infectado;
De mãe para filho, durante a gravidez, parto ou pela amamentação.
No vídeo que se segue, Hans Rosling divulga novos gráficos que desvendam os factores de risco de uma das doenças mais mortais (e incompreendidas) do mundo: a Sida.
Ele argumenta que a solução para acabar com a epidemia é a prevenção da transmissão, não o tratamento com remédios.
Ora veja. Vale bem a pena reflectirmos sobre o assunto!
domingo, novembro 30, 2014
A Sé do Porto
A Sé Catedral da cidade do Porto, situa-se no coração do centro histórico daquela cidade e é considerado um dos principais e mais antigos monumentos de Portugal.
O início da sua construção data da primeira metade do século XII, e prolongou-se até ao princípio do século XIII.
Esse primeiro edifício, em estilo românico, sofreu muitas alterações ao longo dos séculos. Da época românica datam a fachada com as torres e a rosácea, além do corpo da igreja de três naves coberto por uma abóbada de canhão.
Do período gótico data o claustro (séc XIV-XV), construido no reinado de D. João I. Este rei casou-se com D. Filipa de Lencastre na Sé do Porto em 1387.
O exterior da Sé foi muito modificado na época barroca. Cerca de 1736, o arquitecto italiano Nicolau Nasoni adicionou uma bela galilé barroca à fachada lateral da Sé .
À esquerda da capela-mor, existe um magnífico altar de prata, construido na segunda metade do século XVII por vários artistas portugueses. Este altar foi salvo das tropas francesas, durante as invasões (em 1809) por meio de uma parede de gesso construida apressadamente.
Ainda nesta área é especialmente notável a existência da imagem medieval de Nossa Senhora de Vandoma, (padroeira da cidade).
Uma graciosa escadaria do século XVIII de Nasoni, conduz aos pisos superiores, onde se destacam os painéis de azulejos que exibem a vida da Virgem e as Metamorfoses de Ovídio.
Se quiser ficar a conhecer melhor este monumento nacional clique nas ligações acima e aprecie os vídeos que se seguem. Olhe que valem bem a pena! E agora um outro vídeo sobre o mesmo assunto.
O início da sua construção data da primeira metade do século XII, e prolongou-se até ao princípio do século XIII.
Esse primeiro edifício, em estilo românico, sofreu muitas alterações ao longo dos séculos. Da época românica datam a fachada com as torres e a rosácea, além do corpo da igreja de três naves coberto por uma abóbada de canhão.
Do período gótico data o claustro (séc XIV-XV), construido no reinado de D. João I. Este rei casou-se com D. Filipa de Lencastre na Sé do Porto em 1387.
O exterior da Sé foi muito modificado na época barroca. Cerca de 1736, o arquitecto italiano Nicolau Nasoni adicionou uma bela galilé barroca à fachada lateral da Sé .
À esquerda da capela-mor, existe um magnífico altar de prata, construido na segunda metade do século XVII por vários artistas portugueses. Este altar foi salvo das tropas francesas, durante as invasões (em 1809) por meio de uma parede de gesso construida apressadamente.
Ainda nesta área é especialmente notável a existência da imagem medieval de Nossa Senhora de Vandoma, (padroeira da cidade).
Uma graciosa escadaria do século XVIII de Nasoni, conduz aos pisos superiores, onde se destacam os painéis de azulejos que exibem a vida da Virgem e as Metamorfoses de Ovídio.
Se quiser ficar a conhecer melhor este monumento nacional clique nas ligações acima e aprecie os vídeos que se seguem. Olhe que valem bem a pena! E agora um outro vídeo sobre o mesmo assunto.
sábado, novembro 29, 2014
Amor feinho
"Eu quero amor feinho.
Amor feinho não olha um pro outro.
Uma vez encontrado, é igual fé,
não teologa mais.
Duro de forte, o amor feinho é magro, doido por sexo
e filhos tem os quantos haja.
Tudo que não fala, faz.
Planta beijo de três cores ao redor da casa
e saudade roxa e branca,
da comum e da dobrada.
Amor feinho é bom porque não fica velho.
Cuida do essencial; o que brilha nos olhos é o que é:
eu sou homem você é mulher.
Amor feinho não tem ilusão,
o que ele tem é esperança:
eu quero amor feinho."
Adélia Prado
Amor feinho não olha um pro outro.
Uma vez encontrado, é igual fé,
não teologa mais.
Duro de forte, o amor feinho é magro, doido por sexo
e filhos tem os quantos haja.
Tudo que não fala, faz.
Planta beijo de três cores ao redor da casa
e saudade roxa e branca,
da comum e da dobrada.
Amor feinho é bom porque não fica velho.
Cuida do essencial; o que brilha nos olhos é o que é:
eu sou homem você é mulher.
Amor feinho não tem ilusão,
o que ele tem é esperança:
eu quero amor feinho."
Adélia Prado
sexta-feira, novembro 28, 2014
É Tão Grande o Alentejo
A UNESCO elegeu ontem, em Paris, o Cante Alentejano como Património Imaterial da Humanidade.
Para assinalar este facto deixo-o com as vozes de Dulce Pontes e d' Os Canhões de Castro Verde, interpretando a moda tradiciona, "É Tão Grande o Alentejo" (com arranjos de Dulce Pontes, António Pinheiro da Silva e Albert Boekholt)
No Alentejo eu trabalho
cultivando a dura terra,
vou fumando o meu cigarro,
vou cumprindo o meu horário
lançando a semente á terra.
É tão grande o Alentejo,
tanta terra abandonada!...
A terra é que dá o pão,
para bem desta nação
devia ser cultivada.
Tem sido sempre esquecido,
á margem, ao sul do Tejo,
há gente desempregada.
Tanta terra abandonada,
é tão grande o Alentejo!
Para assinalar este facto deixo-o com as vozes de Dulce Pontes e d' Os Canhões de Castro Verde, interpretando a moda tradiciona, "É Tão Grande o Alentejo" (com arranjos de Dulce Pontes, António Pinheiro da Silva e Albert Boekholt)
No Alentejo eu trabalho
cultivando a dura terra,
vou fumando o meu cigarro,
vou cumprindo o meu horário
lançando a semente á terra.
É tão grande o Alentejo,
tanta terra abandonada!...
A terra é que dá o pão,
para bem desta nação
devia ser cultivada.
Tem sido sempre esquecido,
á margem, ao sul do Tejo,
há gente desempregada.
Tanta terra abandonada,
é tão grande o Alentejo!