sábado, novembro 23, 2013

Interrogação

Neste tormento inútil, neste empenho
 De tornar em silêncio o que em mim canta,
 Sobem-me roucos brados à garganta
 Num clamor de loucura que contenho.

Ó alma da charneca sacrossanta,
 Irmã da alma rútila que eu tenho,
 Dize para onde eu vou, donde é que venho
 Nesta dor que me exalta e me alevanta!

Visões de mundos novos, de infinitos,
 Cadências de soluços e de gritos,
 Fogueira a esbrasear que me consome!

Dize que mão é esta que me arrasta?
 Nódoa de sangue que palpita e alastra…
 Dize de que é que eu tenho sede e fome?!
Florbela Espanca

sexta-feira, novembro 22, 2013

Quizás, Quizás, Quizás

Oiça a cantora brasileira Blubell, aqui com o trio Black Tie em "Quizás, Quizás, Quizás". A cantora Blubell apresentou o seu novo trabalho, ao vivo, com o trio Black Tie (formado por Mario Manga, Fábio Tagliaferri e Swami Jr.), no Estúdio Showlivre em março deste ano. Neste trabalho, Blubell mistura o rock clássico dos The Who, com Cole Porter, Edith Piaf, Michael Jackson e um samba do mangueirense Nelson Cavaquinho. Não importa a origem, a época ou estilo, no primeiro CD reunindo a cantora Blubell e o trio Black Tie, todas as canções recebem o mesmo tratamento elegante, de sonoridade acústica, com melodias e harmonias bem desenhadas.

quinta-feira, novembro 21, 2013

Natureza Sabe Tudo: Lixo e Desperdício

"Natureza Sabe Tudo" é uma série de desenhos animados para crianças que diverte e educa ao mesmo tempo.
Cada episódio é apresentado e protagonizado por Albert, o Einstein da natureza. Albert é amigável, muito bem informado e divertido. Ele voa, nada, encolhe e estica-se para explorar e explicar tudo. O espectador, entretido e guiado por Albert, aprende sobre temas ambientais universais e entende porque é necessário conservar a natureza. Os temas de cada episódio foram extensamente pesquisados e os autores procuraram retratar os principais problemas ecológicos de hoje e os caminho possíveis para solucioná-los. O resultado é uma série de desenhos que lida com questões ambientais e de desenvolvimento sustentável de uma forma autêntica, informativa e divertida.
Não perca, portanto, o vídeo que se segue e veja como o Albert diz sempre: "A Natureza... Sabe Tudo!"

quarta-feira, novembro 20, 2013

Vai um "mergulhinho" em Bali?

A proposta de hoje é ir até Bali  e dar um "mergulhinho".
Bali é uma das 13 667 ilhas que fazem parte da Indonésia.  Integra as Pequenas Ilhas de Sonda e situa-se entre as ilhas de Java, a oeste, e Lombok, a leste. A capital provincial é Dempassar. A ilha abriga a quase totalidade da pequena população hindu da Indonésia e é o principal destino turístico do país. É conhecida pelas suas manifestações culturais, como a dança, a escultura, a pintura, o trabalho em couro e metais e a música. Faz parte de um arquipélago com quinhentas e quarenta e sete ilhas distribuídas por nove grandes grupos. A palavra Bali, com a qual a ilha foi baptizada no século IX, deriva da palavra Wali. Wali é uma palavra do sânscrito que significa "sacrifício oferecido ao deus", "adoração", "culto" ou "oferenda".
Bali, é realmente um lugar especial. Uma paisagem perfeita, que parece ter sido desenhada minuciosamente pelo Homem, entre campos de arroz e um relevo dramático, que se eleva sob a forma de vulcões. Uma cultura riquíssima e uma atmosfera exótica e espiritual muito particular que se conserva intacta, preservada e imune à invasão de turistas e surfistas.
Então, agora vamos ao tal mergulho? Para isso basta assistir ao vídeo que se segue e poderá ficar a conhecer, também, a beleza da fauna e da flora submarina desta ilha. 

terça-feira, novembro 19, 2013

Qui Nem Jiló

Oiça  Marina Elali  em "Qui Nem Jiló" de Luiz Gonzaga. É o forró do Nordeste brasileiro, aqui interpretado por uma jovem cantora brasileira.
Marina Elali, de 25 anos, nasceu na cidade de Natal, no Rio Grande do Norte (nordeste), no  meio de uma família de músicos. É neta de Zé Dantas, o parceiro de Luiz Gonzaga. Fez dança, teatro, piano. Cantou ao lado de artistas como Fagner, Elba Ramalho, Chico César, Geraldo Azevedo, Agnaldo Rayol e tantos outros.
"Se a gente lembra só por lembrar
O amor que a gente um dia perdeu
Saudade inté que assim é bom
Pro cabra se convencer
Que é feliz sem saber
Pois não sofreu

Porém se a gente vive a sonhar
Com alguém que se deseja rever
Saudade, entonce, aí é ruim
Eu tiro isso por mim
Que vivo doido a sofrer

Ai quem me dera voltar
Pros braços do meu xodó
Saudade assim faz roer
E amarga qui nem jiló
Mas ninguém pode dizer
Que me viu triste a chorar
Saudade, o meu remédio é cantar. 

segunda-feira, novembro 18, 2013

Os Jardins Ingleses

O jardim inglês, ou jardim à inglesa, é um tipo de jardim desenvolvido durante o século XVIII. Ao contrário dos jardins geométricos (franceses ou italianos),  organizam-se segundo pontos de vista pitorescos, aprazíveis para um cenário de pintura.
O jardim inglês é considerado como um manifesto contra os padrões rígidos e simétricos de outros estilos de jardins. O jardim inglês valoriza a paisagem natural, com formas curvas e arredondadas tanto no relevo, como nos caminhos e na construção dos maciços e bosques. Neste estilo de jardins as formas geométricas ou rectas não são permitidas.As árvores e arbustos são muitas vezes dispostas de acordo com o porte e a cor, as plantas que exijam muita manutenção e reformas, não são permitidas. São contudo permitidos outros elementos, como árvores mortas, rochedos e pequenas colinas,  ruínas, clareiras, lagos, riachos, quiosques, etc., porque acrescentam charme e naturalidade a estes espaços de recreio e lazer. Devemos ter a sensação de andar por um bosque antigo e natural, com pouca ou nenhuma intervenção do homem. Se quiser ficar a saber um pouco mais acerca deste tema, basta ver o vídeo abaixo. Aproveite o tempo e  distraia-se um pouco! Ora veja!

domingo, novembro 17, 2013

Fundo do mar

No fundo do mar há brancos pavores,
Onde as plantas são animais
E os animais são flores.

Mundo silencioso que não atinge
A agitação das ondas.
Abrem-se rindo conchas redondas,
Baloiça o cavalo-marinho.
Um polvo avança
No desalinho
Dos seus mil braços,
Uma flor dança,
Sem ruído vibram os espaços.

Sobre a areia o tempo poisa
Leve como um lenço.

Mas por mais bela que seja cada coisa
Tem um monstro em si suspenso.
Sophia de Mello Breyner Andresen - Obra Poética I (Editorial Caminho)