sábado, maio 04, 2013

Recusa

Convosco, não, traidores! Que poeta decente poderia
Acompanhar-vos um segundo apenas?
À quente romaria do futuro
Não vão homens obesos e cansados.
Vão rapazes alegres.
Moças bonitas,
Trovadores,
E também os eternos desgraçados,
Revoltados
E sonhadores.
Miguel Torga

sexta-feira, maio 03, 2013

Inovação Lisboeta

A partir deste mês, a cidade de Lisboa dispõe, para o turismo, de um novo meio de transporte. É o primeiro autocarro anfíbio da Península Ibérica. Nos Países Baixos este conceito já existe, daí que um jovem português, ao terminar Harvard, tenha decidido lançar um projecto inteiramente novo, na terra que o viu nascer. O coroar de longos meses de trabalho, deste novo empreendedor, levou-o à apresentação à comunicação social deste tipo de empresa turística, nomeadamente, com uma sessão de testes e um apresentação televisiva, na Doca do Bom Sucesso.
A empresa que explora este nicho de mercado chama-se Hippotrip e descreve o seu projecto como: "Diversão riso e aventura, tudo embrulhado na experiência de passeio turístico mais singular de Lisboa!"
Se quiser experimentar este passeio singular, basta seguir a bordo deste veículo anfíbio, explorar os diferentes locais da capital portuguesa, por terra e mar, tudo sem sair do conforto do seu próprio assento.

quinta-feira, maio 02, 2013

A Lusofonia está na Malaposta


A cidade de Odivelas, em Portugal, recebe, entre 3 e 26 de Maio, a IV edição da Bienal de Culturas Lusófonas. Esta cidade volta, assim, a ser a Capital da Lusofonia apresentando uma vasta programação cultural que acolhe obras de diversos artistas lusófonos.

Esta é um  iniciativa organizada pela Câmara Municipal de Odivelas  e que conta com o patrocínio da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) e com uma Comissão de Honra de excelência, presidida por Maria de Jesus Barroso Soares.
A presente edição da Bienal dá continuidade a um trabalho que tem vindo a ser desenvolvido em prol da ideia da lusofonia, com iniciativas de relevante interesse cultural, destacando-se a Exposição de Artes Plásticas, o Encontro de Escritores, as Artes Performativas e o Fórum Lusofonia.
Este projecto nasceu no âmbito da programação do Centro Cultural Malaposta, em 2007, com a iniciativa “Semana Africana”, que serviu de mote para desenvolver a Bienal de Culturas Lusófonas.
O trabalho desenvolvido neste âmbito, tem vindo a ser substancialmente reconhecido por várias instituições, quer de projecção nacional, quer internacional, onde se destaca a CPLP, a União das Cidades Capitais de Língua Portuguesa (UCCLA), o Instituto Camões, o Museu do Oriente, a Fundação Portugal-África, as Embaixadas dos Países Lusófonos, etc.

Assim, não poderia deixar de assinalar que hoje, 2 de Maio, pelas 21:30hs , haverá no Centro Cultural da Malaposta, uma apresentação em pré-estreia mundial do longa-metragem de Alberto Araújo "Aplauso e Solidão", com um grande elenco que inclui nomes como o de Lima Duarte, Murilo Rosa, Bete Mendes, Othon Bastos, Lauro Moreira, etc. Este filme deverá ser lançado no Brasil só no segundo semestre de 2013.
A 5 de Maio, domingo, a partir das 16hs, no mesmo teatro, haverá a apresentação do documentário "Por outros Solos", que narra a digressão do Grupo Solo Brasil, no seu espectáculo "Uma viagem através da música do Brasil". Haverá também o lançamento do livro de poemas e fotos de Alberto Araújo,  "Alma Lusitana".


quarta-feira, maio 01, 2013

Meu Maio

A todos
Que saíram às ruas
De corpo-máquina cansado,
A todos
Que imploram feriado
Às costas que a terra extenua –
Primeiro de Maio!
Meu mundo, em primaveras,
Derrete a neve com sol gaio.
Sou operário –
Este é o meu maio!
Sou camponês - Este é o meu mês.
Sou ferro –
Eis o maio que eu quero!
Sou terra –
O maio é minha era!
Vladimir Maiakovski

terça-feira, abril 30, 2013

Oh Naia

Lura, (1975) é uma cantora de ascendência cabo-verdiana, nascida em Lisboa. O seu envolvimento com o meio artístico começou cedo, com participações em projectos teatrais e corais, mas a sua carreira como cantora só despontou em 1996. Após o dueto com Bonga no tema "Mulemba Xangola", a editora Lusafrica editou em 2004, o disco “Di Korpu Ku Alma” (De Corpo e Alma), um trabalho genuinamente cabo-verdiano com o qual Lura, despontou no país e na diáspora com o sucesso de "Na Ri Na". Em 2005, o álbum foi lançado em vários países: EUA, Itália e Inglaterra (onde foi nomeado pela “BBC World Music Awards”). Com  “Di Korpu Ku Alma”, Lura foi nomeada em França para o prémio “Victoires de la Musique 2006”, na categoria de “Melhor Álbum de Músicas do Mundo”. No álbum seguinte, “M’bem di Fora” (Eu Vim do Campo) em Novembro de 2006, surge toda a riqueza dos ritmos do arquipélago caboverdiano, desde o batuque (Galanton) ao funáná (Fitiço di Funana) passando pela coladera (No Bem Fala). Com o sucesso internacional deste disco, Lura conquistou um público cada vez mais vasto, fiel e atento à sua música. Três anos mais tarde, “Eclipse” veio sedimentar o talento imenso de Lura, jóia da nova geração luso-cabo-verdiana. Lura, a propósito deste percurso, refere: “A minha carreira, para mim, é uma surpresa permanente, desde a descoberta da minha voz na adolescência, até aos dias de hoje… Vivo o quotidiano… Mas, de uma coisa estou certa, de que serei cantora para o resto da vida!”.
Recentemente, a Lusafrica editou “The Best of Lura”, onde reúne os seus melhores temas, incluindo 2 inéditos: "Amor E Tão Sabe" (gravado durante as sessões de “M’bem di Fora”) e "Moda Bô", um dueto com Cesária Évora gravado no início de 2010. Este tema é de autoria de Lura, e é dedicado a Cesária Évora, numa homenagem repleta de ternura e reconhecimento, que dá lugar a um dueto, particularmente marcante! O álbum inclui um DVD com um concerto gravado pela RTP, no Teatro Virgínia, em Torres Novas, e quatro dos mais demonstrativos videoclips da carreira de Lura. Oiça, agora, esta jovem interprete em "Oh Naia".

segunda-feira, abril 29, 2013

Pendulum Waves

Este vídeo é uma maravilha: simples, bonito e eficaz. A Universidade de Harvard realiza, aqui,  uma experiência que mostra quinze pêndulos de comprimento crescente a balançar para lá e para cá. Às vezes, eles parecem estar em sincronia, em outras vezes, não. Porquê? Eis a questão!
E agora aqui está a explicação: "O período de um ciclo completo da dança é de 60 segundos. O comprimento do pêndulo maior foi ajustado de modo a que ele execute 51 oscilações num período de 60 segundos. O comprimento de cada pêndulo, sequencialmente menor, é cuidadosamente ajustado de forma que execute uma oscilação adicional nesse período. Assim, o 15º pêndulo (o menor) executa 65 oscilações. Os 15 pêndulos, que iniciam as oscilações ao mesmo tempo, depressa deixam de estar em sincronia. No entanto, após 60 segundos de oscilações, todos eles estarão de volta à sincronia, prontos para repetir a dança." O caos, ou melhor aquilo a que chamamos "caos", pode ser parte da ordem. Ora veja!

domingo, abril 28, 2013

Mada´in Saleh

Mada'in Saleh ou "Cidades de Saleh", também conhecida como Al-Hijr ("lugar de rocha"), é uma antiga cidade localizada a norte de Hejaz, na actual Arábia Saudita e a 22 km da cidade de Al-`Ula. Na antiguidade, Mada´in Saleh, foi habitada por thamudis e nabateus, sendo denominada como Hegra.
Algumas inscrições ali existentes, estão datadas do segundo milénio antes de Cristo. Contudo, todos os elementos arquitectónicos restantes, relacionam-se com o período das civilizações Thamudi e Lihyan. Em 2008, a UNESCO proclamou Mada'in Saleh, como Património Mundial da Humanidade, convertendo-se, assim, no primeiro local da Arábia Saudita a receber este galardão. Mada'in Saleh é considerado como o segundo local, com vestígios arqueológicos importantes da cultura nabateia, depois de Petra, da qual dista 320 Km. Esta cidade nabateia tem cerca de 131 tumbas espalhadas por 13,4 km, juntamente com cisternas, muralhas, torres, condutas de água etc. Ora veja!