Ouça, aqui, os Tabanka Djaz a cantar "Paixão Criola"
Os Tabanka Djaz actuaram na estreia do programa Embondeiro, onde o ritmo, a música e a sua dança chamaram a atenção.
Este grupo surgiu em 1989 e, em 1990, editaram com sucesso o primeiro disco: "Tabanka Djaz". A aposta musical do grupo assenta no Gumbé - ritmo de música de cariz urbano, oriundo especificamente da região de Bissau. O Gumbé é executado exclusivamente por instrumentos tradicionais, onde predomina a tina que se toca com uma cabaça emborcada num tanque meio cheio de água.
Em 1996, editaram "Sperança". Com este novo disco, o grupo conquista, pela primeira vez, o disco de platina, feito único para um grupo africano de expressão portuguesa. Como se isso não bastasse, "Sperança" é nomeado, em 1997, para os Ngwomo África (os Grammies do continente africano), com três nomeações.
Em 2002, surge "Sintimento", o quarto álbum de uma carreira que já vai com 12 anos.
sábado, janeiro 07, 2012
sexta-feira, janeiro 06, 2012
Cantigas de Reis
CANTIGA DE REIS
Ó da casa, nobre gente
Escutareis e ouvireis:
Das bandas do Oriente
São chegados os três reis.
São três reis, são três courados
Vinde ver quem vos courou,
E mais quem vos ordenou
No vosso santo caminho.
Mandou Deus, por uma estrela,
Que lhe ensinasse o caminho;
Porque ele era Deus Imenso.
Vitorino
CANTAR DOS REIS (Donões, Montalegre)
Letra e música: popular: Trás-os-Montes;
Aqui vem as três rosinhas
quatro ou cinco ou seis
se o senhor nos dá licensa
deixou cravos deixou rosas
deixou lindos travesseiros
também deixou a abelhinha
abelhinha com o seu mel
para fazer um docinho
ao divino Emanuel
Você diz que tem bom vinho
có có có
venha-nos dar de beber
rintintin
florin-tintin
traililairo
J.Joao
Ó da casa, nobre gente
Escutareis e ouvireis:
Das bandas do Oriente
São chegados os três reis.
São três reis, são três courados
Vinde ver quem vos courou,
E mais quem vos ordenou
No vosso santo caminho.
Mandou Deus, por uma estrela,
Que lhe ensinasse o caminho;
A estrelinha foi pousar
Ao alto de uma cabana...
A cabana era pequena,
Não cabiam todos três;
Ao alto de uma cabana...
A cabana era pequena,
Não cabiam todos três;
Adoraram Deus Menino,
Cada um por sua vez.
Cada um por sua vez.
Todos três lhe ofereceram
ouro e mirra e incenso;
Não lhe ofereceram mais nada,
ouro e mirra e incenso;
Não lhe ofereceram mais nada,
Porque ele era Deus Imenso.
Vitorino
Letra e música: popular: Trás-os-Montes;
Aqui vem as três rosinhas
quatro ou cinco ou seis
se o senhor nos dá licensa
vimos lhe cantar os reis
Os três reis do oriente
já chegaram a Belém
visitar o Deus Menino
que Nossa Senhora tem
O menino está no berço
coberto c’o cobertor
eos anjinhos estão cantando
louvado sej’o Senhor
O Senhor por ser Senhor
nasceu nos tristes palheiros
Os três reis do oriente
já chegaram a Belém
visitar o Deus Menino
que Nossa Senhora tem
O menino está no berço
coberto c’o cobertor
eos anjinhos estão cantando
louvado sej’o Senhor
O Senhor por ser Senhor
nasceu nos tristes palheiros
deixou cravos deixou rosas
deixou lindos travesseiros
também deixou a abelhinha
abelhinha com o seu mel
para fazer um docinho
ao divino Emanuel
Você diz que tem bom vinho
có có có
venha-nos dar de beber
rintintin
florin-tintin
traililairo
J.Joao
quinta-feira, janeiro 05, 2012
A Marmelada e os Descobrimentos
O marmeleiro é originário da Ásia e foi introduzido na Europa há 4 mil anos. O fruto que dá, apesar do aroma agradável, nem sempre se torna apetitoso ao natural. É ao mesmo tempo doce, ácido e amargo. Em compensação, presta-se à elaboração de doces: geleia, compota, além da marmelada.
A marmelada é um puré de marmelo cozido com açúcar em partes iguais, com o objetivo de o conservar. Pode ser branca ou vermelha.
É uma especialidade da doçaria regional portuguesa. Uma das mais famosas era a de Odivelas (próximo de Lisboa) fabricada no antigo mosteiro pelas monjas e que foi, depois, l evada para várias partes do mundo.
Não confundir com a "Marmelade" inglesa ou americana feita de laranjas . Em inglês, deveria designar-se, com mais propriedade, a marmelada portuguesa por "Quince cheese", geleia feita do marmelo.
Em alemão, "Marmelade" é também sinónimo de "doce de fruta", e pode fazer-se de qualquer fruta... até de cenoura ou de abóbora!
Já agora, sabia que os navegadores portugueses levavam sempre caixas de marmelada nas suas provisões de viagem?
Em 1497 Vasco da Gama, já na primeira viagem às Índias embarca nas naus a maior quantidade possível de marmelada para alimentar a tripulação e para presentear os povos que encontrasse pelo caminho, da costa oriental de África, de Moçambique a Calecute.
A marmelada é um puré de marmelo cozido com açúcar em partes iguais, com o objetivo de o conservar. Pode ser branca ou vermelha.
É uma especialidade da doçaria regional portuguesa. Uma das mais famosas era a de Odivelas (próximo de Lisboa) fabricada no antigo mosteiro pelas monjas e que foi, depois, l evada para várias partes do mundo.
Não confundir com a "Marmelade" inglesa ou americana feita de laranjas . Em inglês, deveria designar-se, com mais propriedade, a marmelada portuguesa por "Quince cheese", geleia feita do marmelo.
Em alemão, "Marmelade" é também sinónimo de "doce de fruta", e pode fazer-se de qualquer fruta... até de cenoura ou de abóbora!
Já agora, sabia que os navegadores portugueses levavam sempre caixas de marmelada nas suas provisões de viagem?
Em 1497 Vasco da Gama, já na primeira viagem às Índias embarca nas naus a maior quantidade possível de marmelada para alimentar a tripulação e para presentear os povos que encontrasse pelo caminho, da costa oriental de África, de Moçambique a Calecute.
Vasco da Gama perdeu grande parte da sua tripulação (cerca de 2/3) por causa do escorbuto, na viagem de descoberta do caminho marítimo para a Índia, porque ignorava que a marmelada que transportava os podia salvar.
A doença só ficou a conhecer-se melhor nas viagens marítimas do século XVI. O escorbuto era conhecido na época das navegações portuguesas (séculos XV e XVI) como "mal de Angola" pois era nas proximidades deste país que os sintomas da doença começavam a afectar as tripulações dos navios portugueses que cruzavam o Cabo da Boa Esperança em direcção à Índia. Foi estimado que cerca de um milhão de marinheiros sucumbiram ao escorbuto nos séculos XVII e XVIII.
Pedro Álvares Cabral também transportou o doce na expedição de descoberta do Brasil.
A irmã de Afonso de Albuquerque enviou-lhe para a Índia, em 1512, marmelada e mel “rosado”. No livro D. João de Castro, (Livraria Civilização, Porto, 1945), sobre o vice-rei da Índia, a inglesa Elaine Sanceau fala da paixão do biografado por marmelada. Em 1545, a sua mulher, Leonor Coutinho, que ficara em Lisboa, enviou-lhe por mar para Goa uma enorme caixa de marmelada, à guarda do mestre da nau, que jurou "por Deus" entregar o volume intacto ao destinatário. Era a única fraqueza de D. João de Castro, homem frugal, guerreiro, versado em ciências e administrador honrado.
Pedro Álvares Cabral também transportou o doce na expedição de descoberta do Brasil.
A irmã de Afonso de Albuquerque enviou-lhe para a Índia, em 1512, marmelada e mel “rosado”. No livro D. João de Castro, (Livraria Civilização, Porto, 1945), sobre o vice-rei da Índia, a inglesa Elaine Sanceau fala da paixão do biografado por marmelada. Em 1545, a sua mulher, Leonor Coutinho, que ficara em Lisboa, enviou-lhe por mar para Goa uma enorme caixa de marmelada, à guarda do mestre da nau, que jurou "por Deus" entregar o volume intacto ao destinatário. Era a única fraqueza de D. João de Castro, homem frugal, guerreiro, versado em ciências e administrador honrado.
Pensa-se que a primeira marmelada preparada no Brasil (em São Paulo) foi feita pelo fidalgo e militar português Martim Afonso de Souza, donatário da Capitania de São Vicente. Foi ele que na primeira metade do século XVI, introduziu o marmeleiro e a cana-de-açúcar nas terras que recebeu do rei D. João III.
A infanta Maria, neta do rei Manuel I, incluiu a receita do doce no seu famoso caderno de cozinha, quando casou em 1565 com Alessandro Farnese, terceiro duque de Parma e Piacenza, na Itália. O mesmo fez Catarina Henriqueta de Bragança, filha do rei D. João IV,
ao casar com Carlos II, da Inglaterra, em 1662. Introduziu a marmelada (e também o chá) naquele país, mas da sua contribuição sobrou apenas o nome, "marmelade". Ainda hoje o doce é preparado ali com laranja, e não com marmelo, fruta menos valorizada pelos ingleses.A infanta Maria, neta do rei Manuel I, incluiu a receita do doce no seu famoso caderno de cozinha, quando casou em 1565 com Alessandro Farnese, terceiro duque de Parma e Piacenza, na Itália. O mesmo fez Catarina Henriqueta de Bragança, filha do rei D. João IV,
A área dedicada ao cultivo do marmeleiro, no Brasil, é cada vez menor. Actualmente, o cultivo limita-se a certas áreas de Goiás, Minas Gerais, Rio Grande do Sul e São Paulo, onde a marmelada já foi o principal produto de exportação, antes do ciclo do café. Assim,a marmelada encontra-se, hoje, em declínio no Brasil.
Nota: "Post" elaborado a partir de algumas informações (entre outras pesquisas) enviadas por mail pelos Diálogos Lusófonos, a quem apresento os meus melhores agradecimentos.
quarta-feira, janeiro 04, 2012
Gaivota
O tema "Gaivota", na voz de Sónia Tavares, faz parte do álbum Amália Hoje, lançado em 2009, pelo projecto pop português Hoje, liderado pelo músico Nuno Gonçalves (The Gift). Este álbum foi editado no ano em que se completava uma década da morte da diva do fado, Amália Rodrigues.
Nuno Gonçalves assina a escolha do alinhamento, os arranjos e a direcção musical do grupo, de que fazem parte também Sónia Tavares (vocalista dos The Gift), Fernando Ribeiro (dos Moonspell) e Paulo Praça (ex-Turbo Junkie e Plaza).
Nuno Gonçalves descreve o Amália Hoje como "um disco épico, muito orgânico, mas pesado em termos de produção", já que contou com gravações em Londres com a London Session Orchestra e foi misturado em Dublin e Madrid. Ouça-os então, em Gaivota.
Nuno Gonçalves assina a escolha do alinhamento, os arranjos e a direcção musical do grupo, de que fazem parte também Sónia Tavares (vocalista dos The Gift), Fernando Ribeiro (dos Moonspell) e Paulo Praça (ex-Turbo Junkie e Plaza).
Nuno Gonçalves descreve o Amália Hoje como "um disco épico, muito orgânico, mas pesado em termos de produção", já que contou com gravações em Londres com a London Session Orchestra e foi misturado em Dublin e Madrid. Ouça-os então, em Gaivota.
terça-feira, janeiro 03, 2012
A Lenda do Brilho da Lua
"A Lenda do Brilho da Lua" é um videoclip de 2007 (com a duração 2'53'') realizado por Gabriela Dreher (durante 3 semanas) em animação 2D (em flash).
A letra e a música estiveram a cargo de Emilio Pagotto e Silvio Mansani. A interpretação musical foi dos Cravo-da-terra.
A Lenda do Brilho da Lua conta a história de um rei malvado e invejoso que tenta roubar o brilho de uma princesa.
A letra e a música estiveram a cargo de Emilio Pagotto e Silvio Mansani. A interpretação musical foi dos Cravo-da-terra.
A Lenda do Brilho da Lua conta a história de um rei malvado e invejoso que tenta roubar o brilho de uma princesa.
Aqui vai a letra:
"Era uma princesa
Tinha um brilho forte no olhar
Via nas estrelas
Companheiras de brincar
Houve um rei malvado
Invejoso pra danar
Quis roubar seu brilho
Transformar em pó
E tomar com água
Pra ficar mais belo
De se admirar
Para ter seu brilho
Que ninguém podia pegar
Ele fez de tudo
Mas não conseguiu arrancar
Ficou furioso
E mandou castigar
Nem o castigo cruel
Seu brilho pode apagar
E o rei então
Prendeu-a no céu
E ela vive na lua
Que vive a brilhar"
É um clip delicioso. Portanto, não perca a oportunidade de o apreciar!
"Era uma princesa
Tinha um brilho forte no olhar
Via nas estrelas
Companheiras de brincar
Houve um rei malvado
Invejoso pra danar
Quis roubar seu brilho
Transformar em pó
E tomar com água
Pra ficar mais belo
De se admirar
Para ter seu brilho
Que ninguém podia pegar
Ele fez de tudo
Mas não conseguiu arrancar
Ficou furioso
E mandou castigar
Nem o castigo cruel
Seu brilho pode apagar
E o rei então
Prendeu-a no céu
E ela vive na lua
Que vive a brilhar"
É um clip delicioso. Portanto, não perca a oportunidade de o apreciar!
segunda-feira, janeiro 02, 2012
I CAN ALWAYS MAKE YOU SMILE
domingo, janeiro 01, 2012
Recomeça…
Se puderes
Sem angústia
E sem pressa.
E os passos que deres,
Nesse caminho duro
Do futuro
Dá-os em liberdade.
Enquanto não alcances
Não descanses.
De nenhum fruto queiras só metade.
E, nunca saciado,
Vai colhendo ilusões sucessivas no pomar.
Sempre a sonhar e vendo
O logro da aventura.
És homem, não te esqueças!
Só é tua a loucura
Onde, com lucidez, te reconheças…
Miguel Torga
Sem angústia
E sem pressa.
E os passos que deres,
Nesse caminho duro
Do futuro
Dá-os em liberdade.
Enquanto não alcances
Não descanses.
De nenhum fruto queiras só metade.
E, nunca saciado,
Vai colhendo ilusões sucessivas no pomar.
Sempre a sonhar e vendo
O logro da aventura.
És homem, não te esqueças!
Só é tua a loucura
Onde, com lucidez, te reconheças…
Miguel Torga