Do último e emocionante show do cantor brasileiro, Tim Maia, veja o seu sucesso "Me dê Motivo".
Tim ou Tião Maia foi um cantor, compositor, guitarrista, baterista, multi-instrumentista, e um dos pioneiros na introdução do estilo soul na MPB . Foi, também, um dos maiores ícones da música no Brasil.
Sebastião Maia (popularmente conhecido como Tim Maia) nasceu no Rio de Janeiro, em 1942. Foi o penúltimo de 19 irmãos. Aos oito anos já compunha as suas primeiras músicas e aos 14 anos, formou o primeiro conjunto musical, Os Tijucanos do Ritmo. Aí tocava bateria. Em 1957 formou o conjunto Os Sputniks, que tinha também como integrantes Erasmo Carlos e Roberto Carlos. Em 1959, ainda antes de completar 17 anos e devido à morte do pai, foi para os EUA, onde fez cursos de inglês e iniciou a sua carreira de vocalista, num conjunto chamado The Ideals. Permaneceu nos EUA até 1963, quando foi preso por ser portador de maconha. Foi depois deportado para o Brasil.
O seu primeiro trabalho a solo foi editado em 1968. Este incluía as músicas "Meu País" e "Sentimento". A carreira no Brasil fortaleceu-se a partir de 1969, quando gravou um compacto simples com "These are the Songs" e "What You Want to Bet". Em 1970 gravou o primeiro LP, Tim Maia, que permaneceu em primeiro lugar no Rio de Janeiro por 24 semanas. Os principais sucessos desse disco foram Coronel Antônio Bento, Primavera e Azul da Cor do Mar. Nos três anos seguintes, lançou os discos Tim Maia volume II (onde se destacou Não quero dinheiro -Só quero amar), Tim Maia volume III e Tim Maia volume IV (com Gostava tanto de você e Réu confesso).
Em 1978 gravou um dos seus maiores sucessos, "Sossego".
Lançou em 1983 o LP Descobridor dos Sete Mares, com destaque para a música-título e "Me dê motivo" (de Sullivan e Massadas). Outro disco importante da década de 1980 foi Tim Maia (1986), que trazia a música "Do Leme ao Pontal".
Lançou em 1990: "Tim Maia interpreta clássicos da bossa nova". Em 1993, dois acontecimentos animaram de novo a sua carreira: a citação feita por Jorge Ben Jor na música W/Brasil e uma regravação que fez de "Como uma onda" (Lulu Santos e Nelson Mota) para um anúncio de televisão. Assim, aumentou muito a sua produtividade nessa década, gravando mais de um disco por ano. O seu repertório apresentava uma grande versatilidade pois passou a abranger bossa nova, canções românticas, funks e souls. Também viu muitas das suas músicas regravadas por artistas jovens como os Paralamas do Sucesso, Marisa Monte e Skank.
Em 1997 lançou mais três CDs, perfazendo 32 discos em 28 anos de carreira.
Na década de 90 diversos problemas assolaram a vida do cantor: quer problemas profissionais quer ainda de saúde. A sua saúde era precária, devido ao uso constante de drogas ilícitas e ao agravamento da obesidade.
Durante a gravação de um show para a TV sentiu-se mal, vindo a falecer em 15 de Março de 1998 em Niterói, após internamento hospitalar devido a uma infecção generalizada.
sábado, julho 09, 2011
sexta-feira, julho 08, 2011
Erro de português
Quando o português chegou
Debaixo de uma bruta chuva
Vestiu o índio
Que pena!
Fosse uma manhã de sol
O índio tinha despido
O português.
Oswaldo de Andrade
quinta-feira, julho 07, 2011
Rumo a Yakutsk
A estrada federal para Yakutsk na Sibéria (Rússia) é considerada uma das 10 estradas mais perigosas do mundo. O intenso frio, as geadas e as enormes tempestades fazem com que, literalmente, o inverno arrase com as estradas da Sibéria. A maior evidência deste fenómeno é a estrada federal para Yakutsk. Esta rodovia é a única hipótese de acesso à região e, se uma tempestade ou nevão ocorrem, centenas de veículos ficam presos no barro. Sair desta situação pode levar mais de uma semana e, às vezes, as autoridades de Yakutsk têm que pedir ajuda ao Governo central, para mobilizar o exército e enviar comida ao local, de maneira a evitarem uma tragédia.
Se não acredita, convém recordar que Yakutsk é a cidade mais fria do mundo. A temperatura média anual desta cidade é de -21ºc. Yakutsk localiza-se no Nordeste da Rússia e fica a mais de 6.000 Km de distância de Moscovo.
Por ser uma das regiões mais geladas da Sibéria, Yakutsk serviu como "prisão/asilo" para condenados politícos na época da Revolução Russa, em 1917. Em Yakutsk, temperaturas de -50ºC são "normais" tal como pode ver na apresentação e no vídeo que lhe proponho que veja, hoje.
Embora Yakutsk detenha o título de cidade mais fria da Terra, Oimyakon detém o recorde do lugar habitado, mais frio da Terra. Nesta pequena aldeia, as temperaturas já atingiram os - 71,2º C.
Se não acredita, convém recordar que Yakutsk é a cidade mais fria do mundo. A temperatura média anual desta cidade é de -21ºc. Yakutsk localiza-se no Nordeste da Rússia e fica a mais de 6.000 Km de distância de Moscovo.
Por ser uma das regiões mais geladas da Sibéria, Yakutsk serviu como "prisão/asilo" para condenados politícos na época da Revolução Russa, em 1917. Em Yakutsk, temperaturas de -50ºC são "normais" tal como pode ver na apresentação e no vídeo que lhe proponho que veja, hoje.
Embora Yakutsk detenha o título de cidade mais fria da Terra, Oimyakon detém o recorde do lugar habitado, mais frio da Terra. Nesta pequena aldeia, as temperaturas já atingiram os - 71,2º C.
quarta-feira, julho 06, 2011
África quer banir mutilação genital feminina
Os chefes de diplomacia da União Africana estão, entre outros assuntos, a estudar a criação de uma frente comum para combater a mutilação genital de que são vítimas milhares de mulheres no continente africano.
A proibição da Mutilação Genital Feminina (MGF) fez parte da agenda dos trabalhos da 19ª sessão ordinária do Conselho Executivo (CE) da União Africana (UA), que se realizou recentemente, em Malabo, na Guiné Equatorial. O ponto relativo à MGF foi proposto pelo Burkina Faso para sensibilizar os Estados africanos a apoiar plenamente um projeto de Resolução da Assembleia Geral das Nações Unidas destinado a interditar a MGF no mundo inteiro, enquanto prática “prejudicial para a saúde das mulheres”.
O projeto de Resolução em causa resultou de uma campanha levada a cabo nomeadamente pelo Burkina Faso e pelo Egito, entre outros países, depois de evidências que apontavam para 91,5 milhões de vítimas deste fenómeno no mundo, essencialmente crianças abaixo dos nove anos idade.
Este dado foi ainda reforçado pela constatação da Organização Mundial de Saúde (OMS) de que, apesar dos esforços envidados há mais de duas décadas para a eliminação das MGF no mundo, “quase três milhões de raparigas ainda vivem o risco de sofrer mutilações genitais cada ano”.
Nesta sessão de Malabo, os chefes de diplomacia da UA vão, entre outros assuntos, estudar a criação de uma frente comum e harmonizada de forma a combater este fenómeno “prejudicial” para as mulheres, mas ainda considerado tabu nalgumas sociedades africanas e do mundo. No continente africano, as principais ações de combate contra este fenómeno são atribuídas ao Comité Interafricano sobre Práticas Tradicionais que Afetam a Saúde das Mulheres e Crianças (CIAC), presidido pelo Burkina Faso desde 2008 (um país onde, segundo estimativas oficiais, esses rituais ainda são praticados em cerca de 49,5 por cento das mulheres), e com comités nacionais presentes em 28 Estados do continente tidos como os mais afetados.
As suas iniciativas e as de outros intervenientes conduziram à adoção, em 2003, do Protocolo da Carta Africana dos Direitos do Homem e dos Povos sobre os Direitos das Mulheres, conhecido como o Protocolo de Maputo.
Este instrumento consagra disposições para a proteção e a garantia dos direitos das mulheres, e obriga os Estados africanos a tomarem “medidas políticas e legislativas” para a eliminação das mutilações genitais femininas.
O Benin, a Costa do Marfim, o Djibuti, o Egito, a Eritreia, a Etiópia, o Gana, a Guiné, o Níger, a Nigéria, o Quénia, a República Centro-Africana, o Senegal, o Tchad, a Tanzânia, o Togo e o Uganda também já legislaram contra as MGF.
Em África, a maior incidência deste fenómeno foi identificada em nove países (Djibuti, Egito, Eritreia, Etiópia, Guiné, Mali, Serra Leoa, Somália e Sudão) onde mais de 85 porcento das mulheres são vítimas de mutilações genitais.
Nalguns países, a proporção varia “segundo a etnia, a categoria social e a geração”, e somente certas frações da população são atingidas, oscilando entre os 25 e os 85 porcento, enquanto noutros ela é inferior a 25 porcento.
Na primeira categoria situam-se nações como o Burkina Faso, a Costa do Marfim, o Egito, a Gâmbia, a Guiné-Bissau, a Libéria, o Quénia, o Senegal e o Tchad; e na segunda o Benin, os Camarões, o Gana, o Níger, a Nigéria, o Uganda, a República Centro-Africana, a RD Congo, a Tanzânia e o Togo.
A proibição da Mutilação Genital Feminina (MGF) fez parte da agenda dos trabalhos da 19ª sessão ordinária do Conselho Executivo (CE) da União Africana (UA), que se realizou recentemente, em Malabo, na Guiné Equatorial. O ponto relativo à MGF foi proposto pelo Burkina Faso para sensibilizar os Estados africanos a apoiar plenamente um projeto de Resolução da Assembleia Geral das Nações Unidas destinado a interditar a MGF no mundo inteiro, enquanto prática “prejudicial para a saúde das mulheres”.
O projeto de Resolução em causa resultou de uma campanha levada a cabo nomeadamente pelo Burkina Faso e pelo Egito, entre outros países, depois de evidências que apontavam para 91,5 milhões de vítimas deste fenómeno no mundo, essencialmente crianças abaixo dos nove anos idade.
Este dado foi ainda reforçado pela constatação da Organização Mundial de Saúde (OMS) de que, apesar dos esforços envidados há mais de duas décadas para a eliminação das MGF no mundo, “quase três milhões de raparigas ainda vivem o risco de sofrer mutilações genitais cada ano”.
Nesta sessão de Malabo, os chefes de diplomacia da UA vão, entre outros assuntos, estudar a criação de uma frente comum e harmonizada de forma a combater este fenómeno “prejudicial” para as mulheres, mas ainda considerado tabu nalgumas sociedades africanas e do mundo. No continente africano, as principais ações de combate contra este fenómeno são atribuídas ao Comité Interafricano sobre Práticas Tradicionais que Afetam a Saúde das Mulheres e Crianças (CIAC), presidido pelo Burkina Faso desde 2008 (um país onde, segundo estimativas oficiais, esses rituais ainda são praticados em cerca de 49,5 por cento das mulheres), e com comités nacionais presentes em 28 Estados do continente tidos como os mais afetados.
As suas iniciativas e as de outros intervenientes conduziram à adoção, em 2003, do Protocolo da Carta Africana dos Direitos do Homem e dos Povos sobre os Direitos das Mulheres, conhecido como o Protocolo de Maputo.
Este instrumento consagra disposições para a proteção e a garantia dos direitos das mulheres, e obriga os Estados africanos a tomarem “medidas políticas e legislativas” para a eliminação das mutilações genitais femininas.
O Benin, a Costa do Marfim, o Djibuti, o Egito, a Eritreia, a Etiópia, o Gana, a Guiné, o Níger, a Nigéria, o Quénia, a República Centro-Africana, o Senegal, o Tchad, a Tanzânia, o Togo e o Uganda também já legislaram contra as MGF.
Em África, a maior incidência deste fenómeno foi identificada em nove países (Djibuti, Egito, Eritreia, Etiópia, Guiné, Mali, Serra Leoa, Somália e Sudão) onde mais de 85 porcento das mulheres são vítimas de mutilações genitais.
Nalguns países, a proporção varia “segundo a etnia, a categoria social e a geração”, e somente certas frações da população são atingidas, oscilando entre os 25 e os 85 porcento, enquanto noutros ela é inferior a 25 porcento.
Na primeira categoria situam-se nações como o Burkina Faso, a Costa do Marfim, o Egito, a Gâmbia, a Guiné-Bissau, a Libéria, o Quénia, o Senegal e o Tchad; e na segunda o Benin, os Camarões, o Gana, o Níger, a Nigéria, o Uganda, a República Centro-Africana, a RD Congo, a Tanzânia e o Togo.
terça-feira, julho 05, 2011
O Museu do Oriente
A propósito da proximidade das férias grandes e das garrafinhas de rapé, aqui vai uma sugestão de ocupação dos tempos livres: Uma visita ao Museu do Oriente, em Lisboa.
O Museu do Oriente é uma instituição tutelada pela Fundação Oriente, que tem por missão a valorização dos testemunhos quer da presença portuguesa na Ásia quer das diferentes culturas asiáticas. É um museu de âmbito territorial internacional e de carácter transdisciplinar, que procura cruzar vários pontos de vista que vão da História, à
O Museu do Oriente é uma instituição tutelada pela Fundação Oriente, que tem por missão a valorização dos testemunhos quer da presença portuguesa na Ásia quer das diferentes culturas asiáticas. É um museu de âmbito territorial internacional e de carácter transdisciplinar, que procura cruzar vários pontos de vista que vão da História, à
Arte e à Antropologia. Busca também, proporcionar aos portugueses e aos que o visitam, uma memória viva e actuante das culturas asiáticas e da relação secular que foi estabelecida entre o Oriente e o Ocidente, sobretudo através de Portugal.Não perca a possibilidade de conhecer o diversificado património cultural de interesse histórico, artístico, documental, etnográfico e antropológico relacionado tanto com a cultura popular e as religiões orientais como com os mais variados aspectos da presença portuguesa na Ásia
(incluindo Timor-Leste) ao longo de cinco séculos.
Mas, visistar este museu é também, uma outra forma de conhecer melhor vultos da cultura e história do nosso país, como Camilo Pessanha (através da sua coleção de bronzes e pinturas) ou Manuel Teixeira Gomes (através da sua coleção de frascos de rapé, que é considerada a 2ª maior da Europa). O Museu do Oriente está organizado em torno de duas grandes exposições permanentes:
A PRESENÇA PORTUGUESA NA ÁSIA e os DEUSES DA ÁSIA.
Em simultâneo com as exposições permanentes, o Museu apresenta um programa de exposições temporárias vocacionado para a divulgação das artes da Ásia (BRINQUEDOS E JOGOS DA ÁSIA, OLHEM PARA NÓS, MASCOTES JAPONESES, MANUEL VICENTE, A PÁTRIA DE BALDEMOR e ACESSÓRIOS IMAGINÁRIOS).
Quando vier a Lisboa não perca a oportunidade de visitar este museu.
Mas, visistar este museu é também, uma outra forma de conhecer melhor vultos da cultura e história do nosso país, como Camilo Pessanha (através da sua coleção de bronzes e pinturas) ou Manuel Teixeira Gomes (através da sua coleção de frascos de rapé, que é considerada a 2ª maior da Europa). O Museu do Oriente está organizado em torno de duas grandes exposições permanentes:
A PRESENÇA PORTUGUESA NA ÁSIA e os DEUSES DA ÁSIA.
Em simultâneo com as exposições permanentes, o Museu apresenta um programa de exposições temporárias vocacionado para a divulgação das artes da Ásia (BRINQUEDOS E JOGOS DA ÁSIA, OLHEM PARA NÓS, MASCOTES JAPONESES, MANUEL VICENTE, A PÁTRIA DE BALDEMOR e ACESSÓRIOS IMAGINÁRIOS).
Quando vier a Lisboa não perca a oportunidade de visitar este museu.
segunda-feira, julho 04, 2011
Garrafinhas de Rapé
No final da Dinastia Ming, o rapé chegou à China, tendo surgido assim, de forma gradual, as garrafinhas de rapé. A pintura dentro da garrafa de rapé surgiu durante o reinado do Imperador Jia Qing. A difusão e manufactura destes frascos foi, contudo, muito intensa na Dinastia Qing. Este tipo de actividade requer(ia) muita perícia porque implica(va) a pintura do interior destes frascos. Inserir uma caneta delgada especialmente concebida com uma curva na ponta, através do gargalo, requer(ia) contar com um talentoso artista. Este tem (tinha) de trabalhar no espaço apertado da cavidade da garrafa, de maneira a gravar os desenhos e as caligrafias na superfície interna da garrafa. Assim, a pintura interna das garrafas de rapé é uma forma de arte única. O resultado é um conjunto de miniaturas requintadas de paisagens, naturezas mortas, retratos e caligrafias que têm extasiado muitos colecionadores. O rapé é um tabaco em pó com a finalidade de ser inalado. Foi um hábito muito difundido na Europa e no Brasil. Neste país teve maior impacto na segunda metade do séc. XIX e primeira do século XX. As caixinhas para rapé eram confeccionadas nos mais variados materiais, marfim, prata, ouro e, às vezes, constituíam-se em verdadeiras jóias. Considerado por muitos utilizadores como um hábito elegante, foi muito combatido porque ao inalar-se o rapé, o espirro era imediato, espalhando-se assim, os mais variados vírus.
Vale a pena ver a apresentação que seleccionei para hoje que mostra algumas destas garrafinhas. Algumas delas são autênticas preciosidades e mostram a enorme perícia e paciência destes artistas orientais.
Vale a pena ver a apresentação que seleccionei para hoje que mostra algumas destas garrafinhas. Algumas delas são autênticas preciosidades e mostram a enorme perícia e paciência destes artistas orientais.
domingo, julho 03, 2011
Povoamento
No teu amor por mim há uma rua que começa
Nem árvores nem casas existiam
antes que tu tivesses palavras
e todo eu fosse um coração para elas
Invento-te e o céu azula-se sobre esta
triste condição de ter de receber
dos choupos onde cantam
os impossíveis pássaros
a nova primavera
Tocam sinos e levantam voo
todos os cuidados
Ó meu amor nem minha mãe
tinha assim um regaço
como este dia tem
E eu chego e sento-me ao lado
da primavera
Ruy Belo, in "Aquele Grande Rio Eufrates"
Nem árvores nem casas existiam
antes que tu tivesses palavras
e todo eu fosse um coração para elas
Invento-te e o céu azula-se sobre esta
triste condição de ter de receber
dos choupos onde cantam
os impossíveis pássaros
a nova primavera
Tocam sinos e levantam voo
todos os cuidados
Ó meu amor nem minha mãe
tinha assim um regaço
como este dia tem
E eu chego e sento-me ao lado
da primavera
Ruy Belo, in "Aquele Grande Rio Eufrates"