sábado, setembro 25, 2010

Desconhecido nesta morada

"Desconhecido nesta morada" é um livro de Kathrine Kressmann Taylor.
"Desconhecido nesta morada" é uma espécie de manifesto contra o nazismo, publicado inicialmente nos anos 30 e agora reeditado sob a forma de narrativa epistolar. As cartas, trocadas entre Munique, Alemanha, e São Francisco (Estados Unidos), em 1932, mostram, de forma muitas vezes cruel, como foi nascendo uma "outra Alemanha". A Alemanha do nacional-socialismo, das perseguições, da xenofobia, dos campos de concentração, da censura, das SS, etc.
Martin Shulse e Max Eisenstein possuem uma galeria de arte. O último é judeu.
Será que a sua amizade pode sobreviver à ideologia?

sexta-feira, setembro 24, 2010

Presto

Assista à genial curta metragem de animação, da Pixar/Walt Disney Productions, “Presto”.


Conta a história de um mágico e de um coelho. O mágico quer fazer o seu número e agradar à platéia. Mas, o coelho tem fome! Só pensa numa cenoura deliciosa que faz parte do número do mágico.
É uma história absolutamente hilariante e imperdível! Ficou curioso?
Então veja-a já, aqui.

quinta-feira, setembro 23, 2010

Obesidade Mental

Sugiro-lhe que leia o texto (que abaixo transcrevo) de João César das Neves (datado de Fevereiro de 2010) a propósito do livro Obesidade Mental. É importante reflectirmos sobre a força dos media... É importante sermos críticos, é importante questionarmos, é importante sabermos como reagir.
A Educação para os Media deveria ser um assunto de debate e reflexão nas escolas!

De acordo com João César das Neves "o prof. Andrew Oitke publicou o seu polémico livro «Mental Obesity», que revolucionou os campos da educação, jornalismo e relações sociais em geral. Nessa obra, o catedrático de Antropologia em Harvard introduziu o conceito em epígrafe para descrever o que considerava o pior problema da sociedade moderna. «Há apenas algumas décadas, a Humanidade tomou consciência dos perigos do excesso de gordura física por uma alimentação desregrada. Está na altura de se notar que os nossos abusos no campo da informação e conhecimento estão a criar problemas tão ou mais sérios que esses.» Segundo o autor, «a nossa sociedade está mais atafulhada de preconceitos que de proteínas, mais intoxicada de lugares-comuns que de hidratos de carbono. As pessoas viciaram-se em estereótipos, juízos apressados, pensamentos tacanhos, condenações precipitadas. Todos têm opinião sobre tudo, mas não conhecem nada.Os cozinheiros desta magna "fast food" intelectual são os jornalistas e comentadores, os editores da informação e filósofos, os romancistas e realizadores de cinema. Os telejornais e telenovelas são os hamburgers do espírito, as revistas e romances são os donuts da imaginação.» O problema central está na família e na escola. «Qualquer pai responsável sabe que os seus filhos ficarão doentes se comerem apenas doces e chocolate.Não se entende, então, como é que tantos educadores aceitam que a dieta mental das crianças seja composta por desenhos animados, videojogos e telenovelas. Com uma «alimentação intelectual» tão carregada de adrenalina, romance, violência e emoção, é normal que esses jovens nunca consigam depois uma vida saudável e equilibrada.» Um dos capítulos mais polémicos e contundentes da obra, intitulado "Os Abutres", afirma: «O jornalista alimenta-se hoje quase exclusivamente de cadáveres de reputações, de detritos de escândalos, de restos mortais das realizações humanas. A imprensa deixou há muito de informar, para apenas seduzir, agredir e manipular.» O texto descreve como os repórteres se desinteressam da realidade fervilhante, para se centrarem apenas no lado polémico e chocante. «Só a parte morta e apodrecida da realidade é que chega aos jornais.» Outros casos referidos criaram uma celeuma que perdura. «O conhecimento das pessoas aumentou, mas é feito de banalidades. Todos sabem que Kennedy foi assassinado, mas não sabem quem foi Kennedy. Todos dizem que a Capela Sistina tem tecto, mas ninguém suspeita para que é que ela serve. Todos acham que Saddam é mau e Mandella é bom, mas nem desconfiam porquê. Todos conhecem que Pitágoras tem um teorema, mas ignoram o que é um cateto».As conclusões do tratado, já clássico, são arrasadoras. «Não admira que, no meio da prosperidade e abundância, as grandes realizações do espírito humano estejam em decadência. A família é contestada, a tradição esquecida, a religião abandonada, a cultura banalizou-se, o folclore entrou em queda, a arte é fútil, paradoxal ou doentia.Floresce a pornografia, o cabotinismo, a imitação, a sensaboria, o egoísmo. Não se trata de uma decadência, uma «idade das trevas» ou o fim da civilização, como tantos apregoam. É só uma questão de obesidade. O homem moderno está adiposo no raciocínio, gostos e sentimentos. O mundo não precisa de reformas, desenvolvimento, progressos. Precisa sobretudo de dieta mental."

quarta-feira, setembro 22, 2010

Sei de um rio

Camané (1967) é um fadista português considerado como uma das mais representativas vozes da nova geração do fado.
Com apenas 12 anos ganhou a Grande Noite do Fado. O facto de à época não haver competição em separado para os mais novos, possibilitou-lhe a gravação de um álbum produzido por António Chainho.
Durante alguns anos fez uma interrupção na sua actividade artística. Retomou-a, depois, tendo participado em produções de Filipe La Féria - "Grande Noite"; "Maldita Cocaína" e "Cabaret".
Em 1995, Camané grava o disco "Uma Noite de Fados" com a colaboração de José Mário Branco e, em 1998, edita o álbum "Na Linha da Vida". "Esta Coisa da Alma" é o disco de 2000 e em 2001, lança "Pelo Dia Dentro". Grava, ainda ao vivo, o disco "Como sempre… Como dantes".
A partir de 2004 envolve-se no projecto "Humanos" ao lado de Manuela Azevedo e David Fonseca. Desta parceria resultaram dois álbuns (Humanos e Humanos ao Vivo) e um DVD em Junho de 2005, onde Camané revelou uma grande versatilidade de interpretação. Em 2006, é lançado o DVD "Ao vivo no São Luíz".
O álbum "Sempre de Mim", editado em 2008, marca o regresso aos discos de estúdio. Ainda Camané ao vivo no Coliseu (CD + DVD), em 2009.
Fez também parcerias musicais com os Xutos & Pontapés e com Sérgio Godinho.
Ouça-o agora em Sei de um rio.

terça-feira, setembro 21, 2010

A Expo 2010

A Expo 2010, está a decorrer em Xanghai na China. Localiza-se naquela cidade ao longo de ambas as margens do rio Huangpo e está a acontecer desde o dia 1 de Maio até ao encerramento previsto para 31 de outubro de 2010.
É uma exposição mundial, na tradição das feiras e exposições internacionais com o tema "Cidade Melhor, Vida Melhor". Este tema tem a ver com o novo "status" de Xangai no século XXI, pois já é considerada a "próxima grande cidade global".
O logotipo da exposição retrata o caractere chinês 世 que significa "mundo".
É a Expo mais cara da história. A Exposição Mundial de Xangai ocupa, também, o maior espaço já construído para o efeito (com 5,28 quilómetros quadrados).
Participam neste evento mais de 50 organizações internacionais e mais de 190 países. Estes são números nunca antes vistos.
A China espera receber até ao final da exposição mais de 100 líderes estrangeiros e 70 milhões de pessoas vindas de todo o mundo, para a visitar. É de salientar que estes números também nunca foram atingidos em acontecimentos semelhantes.
Se não pode ir até lá, aprecie a apresentação que escolhi para hoje. Mostra-lhe os diferentes pavilhões, a localização da exposição e outros aspectos curiosos.

segunda-feira, setembro 20, 2010

Soneto XXIII

Como no palco o actor que é imperfeito
Faz mal o seu papel só por temor,
Ou quem, por ter repleto de ódio o peito
Vê o coração quebrar-se num tremor,
Em mim, por timidez, fica omitido
O rito mais solene da paixão;
E o meu amor eu vejo enfraquecido,
Vergado pela própria dimensão.
Seja meu livro então minha eloquência,
Arauto mudo do que diz meu peito,
Que implora amor e busca recompensa
Mais que a língua que mais o tenha feito.
Saiba ler o que escreve o amor calado:
Ouvir com os olhos é do amor o fado.
William Shakespeare (Tradução: Barbara Heliodora)

domingo, setembro 19, 2010

Georgia on my Mind

Ray Charles (1930 — 2004) foi um pianista e cantor de música soul. Ajudou a definir este estilo musical ainda no fim dos anos 50, além de ter sido um inovador intérprete de R&B.
É considerado um dos maiores génios da música negra americana e foi também um dos responsáveis pela introdução de ritmo "gospel" nas músicas de R&B.
Órfão na adolescência e cego desde os sete anos, Ray Charles iniciou a sua carreira tocando piano e cantando em grupos de "gospel", no final dos anos 40. A princípio foi influenciado por Nat King Cole, no entanto em 1952, enveredou pelo R & B. Após 1955 e devido ao sucesso de Elvis Presley, Ray Charles aproveitou e lançou sucessos como "I Got a Woman" (gravada depois por Elvis), "Talkin about You", "What I'd Say", "Litle girl of Mine", "Hit the Road Jack", entre outros, tornando-o um astro reverenciado do pop negro.
A partir de então, embora sempre ligado ao soul, não se ateve a nenhum género musical negro específico: conviveu com o jazz, gravou baladas românticas, etc. Entre os seus sucessos desta fase, estão canções como "Unchain My Heart", "Ruby", "Cry Me a River", "Georgia on My Mind" e baladas country tais como "Sweet Memories", e o seu maior sucesso comercial, "I Can't Stop Loving You", de 1962.
Apesar dos problemas com drogas que lhe prejudicaram a carreira, as interpretações de Ray Charles sempre foram apreciadas, não importando as músicas que cantasse. Uma "aura" de genialidade reconhecida acompanhou-o até o fim da vida. Mais do que nos álbuns que gravou, era nas apresentações ao vivo que o seu talento único podia ser apreciado. Ouça-o agora em "Georgia on my Mind" e verifique isso mesmo.