Graças à Vida

Morreu Mercedes Sosa, cantora Argentina conhecida como A Negrita ou A Negra, devido à sua ascendência índia. Também era apelidada da Voz dos Sem Voz , porque lutou sempre pelos direitos dos mais pobres e pela liberdade política.
Esta cantora folk combateu as ditaduras fascistas na América do Sul com a sua potente voz e tornou-se numa lenda da música latino-americana.
Como imagens de marca tinha o cabelo comprido e os ponchos, que usava durante os espectáculos ao vivo, fazendo ouvir a sua voz poderosa.

A sua versão da música Gracias a la Vida, de Violeta Parra, tornou-se um hino para os esquerdistas de todo o mundo, nas décadas de 1970 e 1980, quando foi forçada a exilar-se na Europa e os seus discos foram banidos.

Para recordar ou ficar a conhecer esta cantora, não deixe de a ver e ouvir em Gracias a la Vida.

As Amoras

O meu país sabe às amoras bravas
no verão.
Ninguém ignora que não é grande,
nem inteligente, nem elegante o meu país,
mas tem esta voz doce
de quem acorda cedo para cantar nas silvas.
Raramente falei do meu país, talvez
nem goste dele, mas quando um amigo
me traz amoras bravas
os seus muros parecem-me brancos,
reparo que também no meu país o céu é azul.

Eugénio de Andrade - O Outro Nome da Terra

A Guernica

Guernica é uma pequena cidade no país Basco (Espanha) que ficou como símbolo da Guerra Civil Espanhola.
Guernica, com os seus 5 mil habitantes, foi completamente destruída por 250 quilos de explosivos e bombas incendiárias lançados pela Legião Condor (da Alemanha nazi) a 26 de abril de 1937. A Espanha estava em guerra civil há mais de dois anos. Os fascistas, seguidores de Franco, lutavam contra o governo republicano.

Enquanto os republicanos esperavam em vão a ajuda da Inglaterra e da França, Franco tinha como fortes aliados, a Alemanha e a Itália. Embora os alemães negassem a sua participação nos bombardeios, testemunhas idenificaram os símbolos nazis pintados nos aviões.

O horror do ataque ficou expresso no famoso quadro de mais de três metros de altura por sete de largura, chamado Guernica, do pintor espanhol Pablo Picasso.
Ele foi a expressão máxima não só do sofrimento espanhol como do impacto devastador dos armamentos de guerra modernos sobre as suas vítimas em todas as partes do mundo. Mostra também a desgraça provocada por aquele ataque aéreo a toda uma população civil.

Veja agora agora a Guernica de Picasso a três dimensões.

As Catástrofes

Na segunda quarta feira de Outubro é comemorado o Dia Internacinal de Prevenção das Catástrofes Naturais que este ano calha a 14 de Outubro.
Segundo alguns especialistas, investir na prevenção de catástrofes naturais , sai oito vezes mais barato do que financiar operações de reconstrução das zonas devastadas.
Os cálculos mostram que o relógio do desenvolvimento de um país, recua entre cinco a dez anos, de cada vez que é afectado por uma catástrofe natural.
Apesar das catástrofes naturais afectarem tanto os países desenvolvidos como os países em desenvolvimento, para estes últimos o custo é 20 por cento superior.
Em 2009 já ocorreram, em todo o mundo, vários tipos de catástrofes naturais: sismos, tornados, tsunamis, inundações, secas, etc. Os prejuízos foram incalculáveis e o ano ainda não terminou.
Como mais vale prevenir do que remediar, aqui fica este alerta. Para que todos reflictamos e tomemos as devidas providências.

Monsaraz

Aproveite os cálidos dias de Outono que se têm feito sentir e Vá Para Fora Cá Dentro.
Entretanto, para o inspirar proponho-lhe que veja esta apresentação que alia as belas imagens de Monsaraz e do Alentejo, com as palavras dos nossos poetas e escritores.

Grécia

As ilhas Cíclades são algumas das mais famosas ilhas da Grécia. Estão localizadas na parte central do Mar Egeu e atraem por ano milhares de visitantes.
Das 39 maiores ilhas que constituem este arquipélago 24 são desabitadas. Anafi, Mikonos, Naxos, Paros e Santorini são talvez as mais conhecidas.

Se não pode ir até lá, passeie-se através desta apresentação.

ESTE PÃO QUE VENHO ABRIR

Este pão que venho abrir foi outrora centeio,
este vinho sobre uma ramada desconhecida
ficou submerso nos seus frutos;
o homem em cada dia, em cada noite o vento
arrancaram a alegria dos cachos e derrubaram as searas.


Com o vinho, outrora o sangue de estio
palpitava na carne que ornamentava a videira,
outrora neste pão
era feliz sob o vento o centeio;
mas o homem despedaçou o sol e abateu o vento.

Esta carne que despedaças, este sangue
que traz a desolação pelas veias,
eram os cachos e o centeio
nascidos das raízes e da seiva dos sentidos;
este meu vinho que bebes, este pão de que te alimentas.
Dylan Thomas ou http://www.dylanthomas.com/index.cfm?articleid=4458
(tradução: Fernando Guimarães)