Com mais de 75 anos de carreira cinematográfica Manoel de Oliveira é um dos mais importantes cineastas europeus. A sua obra ultrapassou as fronteiras do cinema português e espalhou-se pelo mundo.
Aos 100 anos, Oliveira continua a fazer filmes independentemente da crítica ser boa ou má, porque o que o motiva é a arte de filmar. Da sua vasta obra constam trinta e duas longas-metragens. Destacam – se no início da carreira o documentário Douro, Faina Fluvial (1931) e o filme Aniki Bobó. Benilde ou a Virgem Mãe, O Quinto Império, Nom, ou a Vã Glória de Mandar, A Caixa, Vale Abrão e Belle Toujors são alguns dos seus filmes mais recentes.
Os cem anos de Manoel de Oliveira serão celebrados atrás das câmaras. Desde 25 de Novembro que se encontra a filmar as Singularidades de Uma Rapariga Loira.
Singularidades de uma rapariga loura, uma co - produção entre Portugal, Espanha e França, é uma adaptação de Manoel de Oliveira de um conto homónimo de Eça de Queirós, publicado no começo do século XX.
A história centra-se em Macário, um jovem contabilista que se perde de amores por Luísa Vilaça, uma rapariga loira por quem fez juras de amor e casamento até que descobre uma singularidade da virtuosa noiva.
Nesta nova produção, Manoel de Oliveira voltou a um leque de actores com quem já trabalhou antes.
São os casos de Ricardo Trêpa, seu neto, no papel de Macário, de Diogo Dória, como Tio Francisco, de Leonor Silveira, a interlocutora da aventura amorosa que Macário relata durante uma viagem de comboio, e de Júlia Buisel, a mãe da loira.
A excepção neste elenco é a presença da jovem e bonita actriz Catarina Wallenstein, que trabalha pela primeira vez com Manoel de Oliveira.
A sua obra é atravessada por um estilo próprio que confere autenticidade a tudo aquilo que faz.
Amado por uns e odiado por outros, Manuel de Oliveira continua a resistir a tudo e a todos, movido pela paixão do cinema.
Parabéns Manoel!