quinta-feira, dezembro 01, 2022

As Festas Nicolinas

 As Festas Nicolinas ou Festas de São Nicolau realizam-se em Guimarães e datam pelo menos do século XVII. Foram criadas pelos estudantes e cultuam o santo padroeiro dos mesmos, São Nicolau. Ocorrem todos os anos entre 29 de novembro e 6 de dezembro e juntam gerações e gerações de Nicolinos (velhos e novos).

As Festas englobam vários números: as Novenas, as Ceias, o Pinheiro, as Posses, o Magusto, as Roubalheiras, o Pregão, as Maçãzinhas, as Danças e os Toques Nicolinos.

  • Os Toques Nicolinos são o som de fundo resultante do troar dos bombos e caixas, que acompanham estas Festas.
  • As Novenas são celebrações religiosas em honra de Nossa Senhora da Conceição realizadas na Capelinha de Azurém.
  • As Ceias servem para juntar à mesa os Nicolinos que seguem para o Pinheiro.
  • O Pinheiro é erigido (ou "enterrado") no fim de um cortejo, transportado em carros de bois, acompanhado pelos zabumbas, Estudantes que percutem incessantemente os seus bombos e caixas, constituindo esse mastro anunciador, o prelúdio, a anunciação das Festas.
  • As Posses não são mais que ofertas que os Estudantes vão recolhendo por várias casas da cidade e que servem para alimentar o Magusto que realizam a seguir e que partilham com o povo.
  • As Roubalheiras servem para fazer aparecer junto ao Pinheiro bens de todo o tipo que, por pirraça, foram desviados durante a noite.
  • O Pregão consiste na declamação de um texto satírico-retórico em verso que serve, principalmente, para exaltação de símbolos locais e nacionais, evocação dos clássicos, elogio das donzelas e feroz crítica social, e que é recitado pelo pregoeiro em vários pontos da cidade por onde se deslocam em préstito os Estudantes acompanhados, mais uma vez, pelos seus tambores.
  • As Maçãzinhas são, no fim de um cortejo de carros alegóricos, colocadas na ponta de uma lança enfeitada de fitas e oferecidas às donzelas que esperam nas sacadas e que retribuem com pequenas ofertas.
  • As Danças são,  rábulas, pequenas representações e cantorias que servem de diversão e incisiva crítica de costumes e personalidades, levadas à cena numa sala de teatro, embora no passado se tenham realizado, também, na rua ou em casas particulares e servem de encerramento das Festas com o entoar do Hino Escolástico.

Mais recentemente tem-se realizado também um Baile que reúne novos e velhos Nicolinos. 

quarta-feira, novembro 30, 2022

I'd Rather Go Blind


Assista a duas lendas da música, Rod Stewart & Carlos Santana, a interpretar uma canção, também ela lendária,  I'd Rather Go Blind, em Jones Beach (8/20/2014). 

terça-feira, novembro 29, 2022

A Jambalaya

A Jambalaya é um prato típico dos Estados Unidos e muito difundido no Luisiana, mais especificamente na cidade de Nova Orleães. 

A Jambalaya é uma espécie de paella, em que os principais ingredientes são, além do arroz, o frango, o "andouille" (um tipo de chouriço de origem francesa), o lagostim de água doce ou o camarão, e vegetais, principalmente o pimentão, o aipo, a cebola, o tomilho e ainda a pimenta-caiena.

Esta comida típica resulta da mistura das influências francesas, espanholas, indígenas e africanas, na gastronomia de Nova Orleães.

A cozinha cajun-creole tem a marca da história da região pela presença de diferentes povos e culturas. Os seus pratos mais representativos são o gumbo (ensopado com quiabo e camarões) e a jambalaya, que pode ser feita na versão creole (com tomate), ou red jambalaya, e no estilo cajun (sem tomate), ou brown jambalaya.

O termo "Créole" refere-se aos imigrantes brancos e negros que vieram para o Luisiana no século XVIII, provenientes das colónias francesas nas Antilhas (a Martinica e o Haiti), e aos índios e brancos nativos que sofreram a sua influência.

A cozinha de Nova Orleães. é considerada a mais rica dos Estados Unidos, embora muito condimentada, e onde o equilíbrio e os ingredientes principais resultam numa combinação harmónica. 

Confira abaixo, uma receita deste prato tradicional da culinária cajun. 

segunda-feira, novembro 28, 2022

O Jogo das Cinco Pedrinhas

Neste antigo jogo de habilidade, o desafio é lançar e apanhar pedrinhas, moedas ou saquinhos. O Jogo das Cinco Pedrinhas ou Cinco Marias, pode ser jogado individualmente ou com mais jogadores (adequado para idades a partir dos 8 anos), tem como objetivo apanhar o maior número de pedrinhas que se consiga e pode ser jogado na calçada, ao ar livre ou dentro de casa (longe de objetos que se quebrem)

Como se joga?

Com as cinco pedrinhas na palma da mão, cada jogador atira-as ao ar e apanha-as com as costas da mão; volta a atirá-las para as apanhar desta vez com a palma da mão. 


Começa o jogo quem ficar com mais pedras na mão. O que começa coloca quatro pedrinhas no chão e de cada vez que atira ao ar a que tem na mão, procura apanhar uma das pedrinhas com a mesma mão. Se conseguir apanhar todas as pedrinhas do chão sem nunca deixar cair a que atira ao ar, volta a jogar, tentando apanhar agora duas de cada vez; se conseguir, prossegue o jogo, tentando então apanhar as quatro pedrinhas de uma só vez.

domingo, novembro 27, 2022

Chaimite

Chaimite  é um filme português (1953) realizado por Jorge Brum do Canto e que nos fala das campanhas de África, mais propriamente da prisão do régulo Gungunhana.

Conta no elenco com Jacinto Ramos (Mouzinho de Albuquerque), Jorge Brum do Canto (Paiva Couceiro), Augusto Figueiredo (Caldas Xavier), Silva Araújo (António Enes), Emílio Correia (intérprete António), Julieta Castelo (D. Maria José Mouzinho de Albuquerque), Carlos José Teixeira (João Macário), Artur Semedo (Daniel), Lourdes Norberto (Maria, a filha do colono), Maria Emília Vilas (tia Rosa), Carlos Benfica (Gungunhana), Mário Santos (agricultor), Hanita Hallan (Lily, a estrangeira), Jaime Zenóglio (estrangeiro), Alfredo Pique (Mambaza), César Viana (coronel Galhardo), Amílcar Peres (Freire Andrade), David Zinhôngua Manhiça (Mauéué), Pedro Navarro (governador), Fernando Gusmão (capitão), Carlos Bagão, Sousa Mendes, Narciso Moutinho, Roberto Santos Castanheira e Laura Ribeiro.  A música é de Joly Braga Santos.

Sinopse:

Moçambique, última década do século XIX. Perante a revolta vátua, o Governo Português envia um corpo expedicionário comandado por António Enes e onde se integravam oficiais valorosos como Mouzinho de Albuquerque, Paiva Couceiro e Caldas Xavier. 

Em 1894 Mouzinho de Albuquerque trava uma batalha para capturar o chefe de guerra Gungunhana.

Foi uma super-produção para o cinema nacional, destinada a celebrar as façanhas de Mouzinho de Albuquerque e de outros militares como Aires de Ornelas, Caldas Xavier, Paiva Couceiro e Freire de Andrade nas campanhas africanas e na chamada "pacificação" de Moçambique, com a encenação das batalhas de Marracuene e Coolela e a captura de Gungunhana em Chaimite. Talvez o filme colonialista mais "sem complexos" alguma vez realizado.