sábado, janeiro 08, 2022

Sabe qual é a diferença entre o Abacaxi e o Ananás?

Sabe qual é a diferença entre o Abacaxi e o Ananás

Claro que não! Porque Ananás e abacaxi são o mesmo fruto. Sem tirar nem pôr! 

O ananás ou abacaxi é uma planta monocotiledônea da família das bromeliáceas, subfamília Bromelioideae. Os abacaxizeiros cultivados pertencem à espécie Ananas comosus, que compreende muitas variedades frutíferas. Há também várias espécies selvagens, pertencentes ao mesmo género e grupo. O fruto, quando maduro, tem um sabor ácido e muitas vezes adocicado. Habitualmente usa-se a polpa da fruta, mas o seu miolo e as cascas podem ser utilizados para a produção de sumo.

O argumento de que o ananás é mais ácido e o abacaxi mais doce é absurda. É como dizer que a maçã é um fruto e a reineta é outro fruto. Porque a maçã é vermelha, doce e lisa e a reineta é verde, ácida e um pouco áspera. São frutos diferentes? Não. São variedades diferentes do mesmo fruto, a maçã. 

O abacaxi (Ananas comosus) é uma fruta tropical e o seu nome deriva do tupi - uma das muitas línguas indígenas do Brasil - "iuaka’ti" que significa fruta cheirosa - que deu origem à palavra "abacaxi" em português do Brasil.

Os navegadores portugueses quando chegaram ao Brasil e se depararam com esta fruta, atribuíram-lhe o nome que vem do latim – ananás e foi esse o nome que se tornou mais popular. O termo "ananás" (em português europeu e espanhol) vem também do guarani e tupi antigo naná, documentado em português na primeira metade do séc. XVI e em espanhol na segunda (1578).

Este fruto exótico é oriundo da América do Sul - alguns investigadores dizem ser originário do Paraguai e Argentina, mas a maioria afirma que esta fruta veio do Brasil. O Brasil é o maior produtor mundial de abacaxi, sendo este produzido em todos os estados. Em Portugal, os Açores são a sua principal região produtora (neste caso é produzido em estufa).

As Propriedades do Ananás/Abacaxi

O ananás possui diversos benefícios para a nossa saúde e é recomendado em dietas de emagrecimento, pois ajuda a reduzir a retenção de líquidos e o excesso de peso. 

É rico em antioxidantes, que combatem os radicais livres e previne o envelhecimento precoce da pele. É um excelente digestivo, por ter na sua composição uma enzima capaz de acelerar este processo e é rico em vitaminas A, C, complexo B e E.

sexta-feira, janeiro 07, 2022

A Ilha do Marajó

A Ilha do Marajó, no Brasil, é uma ilha do tamanho da Suíça e banhada por água doce por todos os lados. A Ilha de Marajó é uma ilha costeira do tipo fluviomarítima situada na Área de Proteção Ambiental do arquipélago do Marajó, no estado do Pará. Tem uma área de aproximadamente 40.100 km², é banhada pelo rio Amazonas a oeste e noroeste, pelo oceano Atlântico a norte e a nordeste e pelo rio Pará a leste, sudeste e sul.

A ilha está separada do continente pelo delta do Amazonas, pelo complexo estuário do rio Pará e pela baía do Marajó. É a maior ilha do mundo localizada no delta de um rio, neste caso, o rio Amazonas, no norte do Brasil.

A água doce do rio ao redor da Ilha do Marajó é tanta que, quando se encontra com o oceano salgado, cria um fenómeno natural chamado "pororoca": a água do Atlântico sobe a Amazónia por quilômetros, criando ondas muito altas que atraem os surfistas mais ousados do Brasil. A ilha é atravessada por vários rios, ao longo dos quais se formam pequenas praias com pousadas que oferecem sossego e a gastronomia típica da região.

No entanto, se quiser conhecer a parte mais "turística" da Ilha do Marajó precisa de ir até à pequena cidade de Soure, que dá o nome à reserva marinha ao seu redor. Aqui as enormes praias são banhadas por águas mais calmas (mas sempre animadas!), e não faltam restaurantes e clubes na beira da praia.

quinta-feira, janeiro 06, 2022

É Dia de Reis

Hoje é Dia de Reis. No geral, o Dia de Reis encerra o Natal com várias comemorações por todo o mundo. Alguns países com tradições mais específicas que outros, mas sempre mantendo a essência da história dos Reis Magos.

A Tradição dos Reis em Portugal:
Em Portugal é comum sair à rua para "Cantar os Reis" (canções tradicionais sobre a vida de Jesus e saudações à família e donos da casa), principalmente nas aldeias ou cidades pequenas. Grupos de vizinhos reúnem-se para Cantar os Reis de porta em porta, acompanhados por instrumentos populares como o reco-reco, os ferrinhos, o bombo, o acordeão e a viola. Como agradecimento recebem comida (enchidos, Bolo Rei, romãs, frutas secas) e bebidas (licores e vinho). Em Portugal é hábito comer-se Bolo Rei e a quem sair a fava do Bolo Rei deve pagar o bolo no ano seguinte. Entretanto, para celebrar esta data, deixo-lhe uma receita de Vinho Quente, que é muito típica desta época do ano.
Ingredientes:

7,5 dl vinho tinto
1,5 dl vinho moscatel 
1 tangerina (sumo e vidrado da casca)
25 gr de açúcar amarelo
pimenta-branca em grão qb
erva-doce em grão qb
1anis estrelado
1 cravinho
noz-moscada qb

Preparação
Coloque todos os ingredientes num tacho (o vidrado da casca da tangerina sem a parte branca) e deixe ferver durante 3 a 4 minutos. Retire do lume e sirva.
Sirva decorado com paus de canela e estrelas de anis.


Folias e Reisados
A Tradição dos Reis no Brasil
No Brasil esta tradição é comemorada com festas onde se servem doces e comidas típicas das diferentes regiões deste país. Há ainda vários festivais com Companhias de Reis (grupo de músicos e bailarinos) que cantam músicas alusivas ao evento e a esta época do ano.
Aqui grupos de pessoas juntam-se a tocar diversos instrumentos, seguindo as ordens do Mestre de Folia, da Folia dos Reis, uma manifestação religiosa praticada pelos católicos. 
Hoje deixo-lhe aqui, também, uma receita brasileira de um Bolo de Reis.
Bolo de Reis
Ingredientes:

4 ovos
200 g de manteiga
2 chávenas de açúcar
1 chávena de leite
2 1/2 chávenas de farinha de trigo
1 colher de fermento
Frutas cristalizadas
Nozes
Passas de uva
Raspas de um limão
1 copo pequeno de conhaque ou rum
Essência de panetone, amêndoas e de rum
Cobertura:
Açúcar de confeiteiro q. b. 
Suco de limão ou leite q. b. 
Passas de uva q. b. 
Nozes q. b. 
Ameixas q. b. 
Cerejas q. b. 
Frutas secas a gosto

Preparação:
Coloque as frutas cristalizadas e passas de molho, no rum ou conhaque.
Bata as claras em neve, coloque 1/2 chávena de açúcar, bata  e reserve.
Bata a manteiga com açúcar e vá adicionando as gemas, uma a uma.
Coloque o leite, a farinha, o fermento, a raspa do limão e as essências.
Coe as frutas cristalizadas e passe por farinha para não ficarem no fundo da forma. Adicione o rum ou o conhaque no creme anterior. Depois misture delicadamente as claras em neve e as frutas.
Coloque o preparado em forma untada de óleo e leve ao forno.
Depois de frio, desenforme e enfeite por cima (com a cobertura e as frutas)

Para fazer a cobertura, coloque 1 chávena de açúcar de confeiteiro numa bacia e junte o sumo de limão ou leite mexendo sempre.
Cubra o bolo e enfeite com as frutas secas e cristalizadas ao seu gosto.
Para preparar a receita exatamente como está no vídeo do link acima, siga o passo a passo abaixo.

Calda
200g de açúcar de confeiteiro
50ml de leite
sumo de meio limão
Misture os ingredientes e despeje em cima do bolo.
Para a Finalização
100g de nozes 
4 unidades de cereja
100g de frutas secas 

terça-feira, janeiro 04, 2022

Poetas Andaluces

Quem se lembra dos Aguaviva

Aguaviva é um grupo musical espanhol dos anos 70 do século XX. Interpretaram poemas de poetas espanhóis como Blas de Otero, Federico García Lorca e Rafael Alberti, entre outros.

A estreia dos Aguaviva chegou em formato single, com "Poetas Andaluces", a partir de um texto de Rafael Alberti, e esta canção torna-se no verdadeiro ex-libris do grupo. É incluída no primeiro álbum, "Cada Vez Más Cerca", publicado no início de 1970, e conhece uma edição internacional, com a parte declamada a cargo do actor Raul Julia, então em início de carreira.

Oiça-os, então, em Poetas Andaluces.

¿Qué cantan los poetas andaluces de ahora?

¿qué miran los poetas andaluces de ahora?

¿qué sienten los poetas andaluces de ahora?


Cantan con voz de hombre

pero, ¿dónde los hombres?

Con ojos de hombre miran

pero, ¿dónde los hombres?

Con pecho de hombre sienten

pero, ¿dónde los hombres?


Cantan, y cuando cantan parece que están solos

Miran, y cuando miran parece que están solos

Sienten, y cuando sienten parece que están solos


¿Qué cantan los poetas, poetas andaluces de ahora?

¿Qué miran los poetas, poetas andaluces de ahora?

¿Qué sienten los poetas, poetas andaluces de ahora?


Y cuando cantan, parece que están solos

Y cuando miran, parece que están solos

Y cuando sienten, parece que están solos


Y cuando cantan, parece que están solos

Y cuando miran, parece que están solos

Y cuando sienten, parece que están solos


Pero, ¿dónde los hombres?


¿Es que ya Andalucía se ha quedado sin nadie?

¿Es que acaso en los montes andaluces no hay nadie?

¿que en los campos y mares andaluces no hay nadie?


¿No habrá ya quien responda a la voz del poeta,

quien mire al corazón sin muro del poeta?

Tantas cosas han muerto, que no hay más que el poeta


Cantad alto, oireis que oyen otros oidos

Mirad alto, vereis que miran otros ojos

Latid alto, sabreis que palpita otra sangre

No es más hondo el poeta en su oscuro subsuelo encerrado

Su canto asciende a más profundo, cuando abierto en el aire

ya es de todos los hombres


Y ya tu canto es de todos los hombres

Y ya tu canto es de todos los hombres


Y ya tu canto es de todos los hombres

Y ya tu canto es de todos los hombres (bis)

Elo

"Elo" é um curta-metragem de animação da realizadora Alexandra Ramires que foi selecionada para estar presente no Festival Internacional de Cinema de Toronto, que se realizou no Canadá. 

"Elo"é uma co-produção luso-francesa entre a Bando à Parte e a Providences. É animada a partir de desenhos em grafite e pó de grafite e explora o encontro de duas personagens que procuram adaptar-se na tentativa de se encaixarem em padrões instituídos.

Este é o primeiro filme a solo de Alexandra Ramires depois de ter co-realizado "Água Mole" com Laura Gonçalves.



Sinopse
Durante um dia anoitecido, dois personagens procuram adaptar-se.
O filme sem diálogos recorre à técnica da grafite em papel para apresentar um encontro entre duas máscaras que escondem, de acordo com a sinopse divulgada pela produtora Bando à Parte, aquilo que para os dois personagens principais são os seus "defeitos especiais". Do encontro improvável desencadeiam-se uma série de eventos que prometem resultar na descoberta de que na realidade são as pequenas falhas que tornam os dois protagonistas num par perfeito.

segunda-feira, janeiro 03, 2022

My Special Prayer

Oiça Percy Sledge em My Special Prayer (1969).

Esta agradabilíssima canção vai- nos envolvendo e é um autêntico bálsamo para a alma, nestes tempos difíceis que estamos a viver.

While the choir sang,
Ave Marie I was singing with all my heart
And I sent a special prayer, up to heaven
That you'll return to me before I fall apart

While the choir sings hallelujah
I was singing with all my heart
Darling please come back and never leave me again
And this will be (this will be) the answer to my prayer

And I'll wait, here for the answer
That you'll come back, come back I pray
For if you stayed, away another hour
Well I don't think I could last another day

While the choir sings hallaluyah
I was singing with all my heart
Darling please, come back and never leave me again
And this will be an answer to my prayer

Umm, umm, umm, um-hm
Umm, umm, umm, um-hm
Umm, umm, umm, um-hm

domingo, janeiro 02, 2022

Como Se Transforma Ar Em Pão?

Como Se Transforma Ar em Pão é um livro do cientista português Nuno Maulide

Nuno Maulide concedeu um excelente entrevista à RTP 3, no dia 29/12, a que pode assistir clicando aqui. Aí homenageia os seus professores quer da Escola Secundária do Lumiar (a sua professora de Matemática Ana Martinho), quer da Universidade, para além de nos deixar fascinados acerca de uma disciplina difícil como a Química. 

Não perca o livro e a entrevista. Vale mesmo a pena.

Sinopse:

Um livro divertido para contemplar o mundo com os olhos de um químico, descobrindo que afinal a Química é uma ciência sobre nós próprios e o universo que nos rodeia.

A Química não tem boa fama. Ouvimos falar de acidentes em fábricas químicas que provocam contaminação ambiental, gases com efeito de estufa na atmosfera ou produtos químicos cancerígenos na comida…

O cientista Nuno Maulide, eleito Cientista do Ano na Áustria em 2018, professor de Síntese Orgânica na Universidade de Viena, apresenta-nos a Química no dia a dia.

Uma ciência essencial para resolver problemas globais, como as mudanças climáticas, ecológicas, e responder às necessidades de alimentação de uma população em crescimento, criando fertilizantes artificiais e medicamentos, plásticos e produtos de higiene, entre tantos outros.

E se ainda assim pensa que a Química nada tem a ver com o seu dia a dia, Nuno Maulide explica: sabe por que razão as maçãs devem ser guardadas sozinhas para se manterem frescas mais tempo? Porque é que choramos quando cortamos uma cebola?

Porque é que as casas de banho no Quénia cheiram menos mal do que nos Estados Unidos da América? Ou como se transforma ar em pão? Estas e outras questões a que só a Química sabe responder.

Com este livro divertido vai descobrir a utilidade desta ciência fascinante, contemplar o mundo com os olhos de um químico, descobrindo que afinal a Química é uma ciência sobre nós próprios e o universo que nos rodeia.