sábado, maio 29, 2021

Água

Água (Water) é um filme indo-canadense de 2005 escrito e realizado por Deepa Mehta. 

Os papéis principais foram interpretados por Seema Biswas, Lisa Ray, John Abraham e Sarala Kariyawasam. Kulbhushan Kharbanda, Waheeda Rehman, Raghuvir Yadav e Vinay Pathak foram atores coadjuvantes. A banda sonora foi produzida por Mychael Danna e as músicas foram compostas por A. R. Rahman, com letras de Sukhwinder Singh. Foi nomeado para nove prémios Genie e para um Óscar em 2006. Este filme é a terceira parte de uma trilogia que inclui os filmes "Fire" (1996) e "Earth" (1998).

Água é mais um extraordinário filme em que Deepa Mehta se debruça com enorme sensibilidade sobre as injustiças e desigualdades da sociedade indiana, dando particular atenção à condição feminina.

A ação de "Água",  passa-se em 1938, na Índia colonial, e relata a marginalização brutal das viúvas indianas, isoladas num ashram em Varanasi, quando lhes morre o marido. Neste caso particular o filme debruça-se sobre a condição das crianças viúvas na índia de Ghandi.

Sinopse:

Aos 8 anos de idade, na Índia dos anos 30, Chuyia não é apenas casada- é já viúva. E nunca conheceu o marido. De acordo com a tradição, Chuyia é enviada para uma casa que acolhe viúvas - uma casa onde estas são obrigadas a ficar, isoladas da sociedade, até ao final das suas vidas, sem que possam alguma vez voltar a casar. Lá, conhece Kalyani, uma bela e jovem viúva de quem se torna amiga, que ousa desafiar as regras apaixonando-se por um jovem. Também ele está disposto a confrontar-se com a tradição instituída.

sexta-feira, maio 28, 2021

Não Gosto De Mim

Day é uma jovem cantora brasileira, que se tornou conhecida após participar no programa The Voice Brasil 2017.

Como cantora, os seus últimos lançamentos foram as músicas "Dilúvio" e  "Não Gosto De Mim". O clipe deste último é continuação do primeiro. Somados, os vídeos possuem mais de 1,5 milhão de reproduções no YouTube.

Não deixe de a ouvir aqui em  "Não Gosto De Mim".

Seu vento me leva pra direção errada

O frio é meu favorito, mas quando se trata de você

Nada pode me proteger

Você nem vê, yeah

E eu vejo que você não vê

E eu não gosto de mim quando eu tô com você

E eu penso no quanto que isso poderia ser meio problemático

Matemático, alta probabilidade de me foder

Coração partido é o que posso prever

Eu já me acostumei a me sentir assim

Tanto que eu já nem sei se eu acho tão ruim

Eu já me acostumei a me sentir assim

Tanto que eu já nem sei se eu acho tão ruim

Vai levar um tempo

Pra me acostumar

A não te ter por perto

Nem sei se eu espero

Algo além de mim que não seja me machucar

E eu não gosto de mim quando eu tô com você

E eu penso no quanto que isso poderia ser meio problemático

Matemático, alta probabilidade de me foder

Coração partido é o que posso prever

Eu já me acostumei a me sentir assim

Tanto que eu já nem sei se eu acho tão ruim

Eu já me acostumei a me sentir assim

Tanto que eu já nem sei se eu acho tão ruim

Aa-assim

Aa-assim

Aa-assim

Aa-assim

Não gosto, não gosto de mim

Não gosto, não gosto de mim

Não gosto, não gosto de mim

Com você perto assim

Eu já me acostumei a me sentir assim

Tanto que eu já nem sei se eu acho tão ruim

Eu já me acostumei a me sentir assim

Tanto que eu já nem sei se eu acho tão ruim

quinta-feira, maio 27, 2021

À Espera Há 44 Anos

"Alague seu coração de esperanças, mas não deixe que ele se afogue nelas".

Fernando Pessoa


44  Anos Depois dos acontecimentos do 27 de maio de 1977, que vitimaram milhares de pessoas em Angola, finalmente um pedido de desculpas e de perdão. Mas, permanece muita coisa por esclarecer. 

É um primeiro passo do presidente João Lourenço. Até reaver os restos mortais e poder completar o luto, muito caminho haverá a percorrer.

quarta-feira, maio 26, 2021

Marighella

Marighella (2021) é um filme brasileiro do género drama biográfico de caráter histórico, realizado por Wagner Moura e que conta no elenco com: Seu Jorge, Adriana Esteves e Bruno Gagliasso.

Sinopse:

Cinebiografia de Carlos Marighella, ex-deputado, poeta e guerrilheiro brasileiro que foi assassinado pela ditadura militar em 1969. O filme aborda os últimos cinco anos de vida do escritor, político e guerrilheiro Carlos Marighella, um dos principais organizadores da luta armada contra a ditadura brasileira (1964-1985), desde 1964 até à sua morte violenta numa emboscada, em 1969. É uma adaptação do livro "Marighella - O Guerrilheiro Que Incendiou o Mundo", de Mário Magalhães. A realização é do ator Wagner Moura, que faz a sua estreia nesta função.

Assista em baixo ao trailer do filme de Wagner Moura e a seguir ao vídeo acerca da Morte de Carlos Marighella, de acordo com o escritor/jornalista brasileiro Eduardo Bueno.

E agora o vídeo sobre A Morte De Carlos Marighella de Eduardo Bueno.

terça-feira, maio 25, 2021

Perdão, Mister Fiel

Perdão, Mister Fiel é um documentário brasileiro (2013), do jornalista e cineasta Jorge Oliveira que conta no elenco com Roberto De Martin, Alice Stefânia e Gê Martu.


Neste filme o autor discute a barbárie da ditadura militar brasileira e conta a história do sequestro e morte do operário comunista Manuel Fiel Filho em 1976, tempo ainda da ditadura.


Sinopse:

A realidade da perseguição política realizada pela ditadura militar brasileira a partir do assassinato do operário comunista Manoel Fiel Filho, em 1976, nos porões do DOI-CODI, em São Paulo. 

A partir de sua morte teve início o processo de abertura política, que resultou na posterior redemocratização do Brasil.

E agora veja uma notícia de 2016 da TVT sobre o mesmo assunto.

segunda-feira, maio 24, 2021

O Bêbado e a Equilibrista

Conheça a história de "O Bêbado e a Equilibrista", hino da amnistia e um clássico da música brasileira para a qual Aldir Blanc escreveu esta belíssima letra para a não menos bela melodia de João Bosco.  

Lançada em 1978, a música tem forte teor político. O momento político do Brasil é lembrado várias vezes, em metáforas ou em menções como "Choram Marias e Clarisses".  As Marias e Clarisses eram as viúvas dos presos políticos, representadas na letra pela Maria, mulher de Manuel Fiel Filho, e pela Clarisse, de Vladimir Herzog: os dois morreram nos porões do DOI-CODI.

O samba foi a banda sonora para "A Volta do Irmão do Henfil' e de outros exilados pela ditadura militar brasileira.

Oiça então (em baixo) O Bêbado e a Equilibrista na voz da cantora brasileira Elis Regina.

Caía a tarde feito um viaduto

E um bêbado trajando luto

Me lembrou Carlitos

A lua tal qual a dona do bordel

Pedia a cada estrela fria

Um brilho de aluguel


E nuvens lá no mata-borrão do céu

Chupavam manchas torturadas

Que sufoco!

Louco!

O bêbado com chapéu-coco

Fazia irreverências mil

Pra noite do Brasil

Meu Brasil!

Que sonha com a volta do irmão do Henfil

Com tanta gente que partiu

Num rabo de foguete

Chora

A nossa Pátria mãe gentil

Choram Marias e Clarisses

No solo do Brasil


Mas sei que uma dor assim pungente

Não há de ser inutilmente

A esperança

Dança na corda bamba de sombrinha

E em cada passo dessa linha

Pode se machucar


Azar!

A esperança equilibrista

Sabe que o show de todo artista

Tem que continuar

Um outro vídeo com a mesma canção onde Elis Regina explica o porquê desta música.

 

domingo, maio 23, 2021

Os «Pretos do Sado»

Isabel Castro Henriques (com a colaboração de João Moreira da Silva)  escreveu o livro Os «Pretos do Sado», que narra a história e memória de uma comunidade alentejana de origem Africana (Séculos XV -XX).

Sinopse:

Nos finais do século XIX, José Leite de Vasconcelos registava a presença de uma comunidade de origem africana instalada na região alentejana do Vale do rio Sado. Retomando a questão em 1920, Vasconcelos chamou a atenção para as múltiplas fórmulas que eram utilizadas para designar esses homens e mulheres de pele escura que seriam descendentes de africanos escravos ou livres, ali instalados há séculos, sem que se conhecesse a origem dessa instalação: Pretos do Sado, Carapinhas do Sado, Atravessadiços, Mulatos do Sado.

Constituindo um grupo singular pela sua permanência secular e pela sua especificidade física no espaço alentejano, os «Pretos do Sado» definiam-se igualmente pelo desinteresse da comunidade científica perante a necessidade de esclarecer a sua existência histórica. Este estudo pretende dar a conhecer a história de homens e de mulheres oriundos do continente africano, trazidos como escravos e que foram instalados durante séculos no território do Vale do Sado, provavelmente a partir de finais do século XV.

Mas o espaço temporal deste trabalho estende-se através dos séculos seguintes, procurando nas dinâmicas económicas, sociais e políticas da história de Portugal, os elementos que permitem compreender a sua presença ligada a culturas extensivas como a do arroz a partir do século XVIII e a sua consolidação como comunidade estabelecida, afirmando uma identidade alentejana e portuguesa, que exclui hoje quaisquer marcas culturais significativas de um passado africano.