sábado, janeiro 12, 2019

Como Embalar Presentes?





Veja no vídeo abaixo diferentes formas de embalar presentes.
As festas de Natal e de Final de Ano chegaram ao fim mas, às vezes, queremos inovar e fazer um embrulho diferente ou até melhorar a forma de fazer esse tipo de tarefas. Mas como?
O vídeo abaixo vai dar-lhe ótimas ideias de decoração para os seus presentes!
Vale a pena tentar!

sexta-feira, janeiro 11, 2019

Soneto ao Inverno

 
Inverno, doce inverno das manhãs
Translúcidas, tardias e distantes
Propício ao sentimento das irmãs
E ao mistério da carne das amantes:

Quem és, que transfiguras as maçãs
Em iluminações dessemelhantes
E enlouqueces as rosas temporãs
Rosa-dos-ventos, rosa dos instantes?

Por que ruflaste as tremulantes asas
Alma do céu? o amor das coisas várias
Fez-te migrar - inverno sobre casas!

Anjo tutelar das luminárias
Preservador de santas e de estrelas...
Que importa a noite lúgubre escondê-las?
Vinicius de Moraes

quinta-feira, janeiro 10, 2019

Museu Grão Vasco: Visita Guiada

Proponho-lhe mais uma Visita Guiada ao Museu Grão Vasco, em Viseu, pelas mãos de Paula Moura Pinheiro e da historiadora de arte Dalila Rodrigues. O primeiro índio da história da arte ocidental é português. Grão Vasco e os seus colaboradores pintaram-no nas tábuas do retábulo da Sé de Viseu. Um facto espantoso: os portugueses tinham chegado ao Brasil em 1500 e estas tábuas começaram a ser pintadas em 1501. Será que Grão Vasco teve acesso às descrições dos índios do Brasil da carta de Pêro Vaz de Caminha? Um período fantástico que transformou a vida e o imaginário europeus. Ora veja. Não perca esta oportunidade.

quarta-feira, janeiro 09, 2019

Ex-Aluno da ESL: Cientista do Ano na Austria

Nuno Maulide, químico orgânico português e ex - aluno da Escola Secundária do Lumiar, foi distinguido pelo Clube de Jornalistas de Ciência e Educação austríaco como Cientista do Ano na Áustria. O cientista português foi escolhido por cerca de 150 membros desta associação.


Nuno Maulide nasceu em Lisboa em 1979, é professor catedrático na Universidade de Viena desde 2013 e professor convidado do Instituto de Tecnologia Química e Biológica (ITQB) da Universidade Nova de Lisboa, em Oeiras.


Nuno Maulide considera que "A química é algo tão presente no nosso dia-a-dia que é sempre surpreendente para as pessoas quão acessível e intuitiva pode ser. Enquanto cientista, é nosso dever sair das paredes dos nossos institutos e conseguir explicar o que fazemos para que qualquer pessoa possa perceber e, mais ainda, gostar de ouvir e querer saber mais. A ciência é fascinante e cabe-nos a nós, investigadores, contagiarmos as pessoas com a nossa paixão e interesse."

terça-feira, janeiro 08, 2019

Pídeme

A cantora portuguesa Mariza que foi distinguida com o Prémio Luso-Espanhol de Arte e Cultura, gravou, com a cantora e compositora espanhola Vanesa Martín, a canção Pídeme, que lhe proponho que oiça em baixo.


Va cayendo la lluvia lentamente
Tu paso tormenta
Silencio que se rompe con sutil naturaleza
Voy encendiendo luces por la casa
La vida sucediendo y todo pasa
Como pasa un olor
Me sabe con descaro
Y se me sube a la cabeza
Me rindo entre sus manos
Mientras pienso en como besa
Intullo lo que viene y lo que queda
Trazando cordenadas imperfectas
Buscándonos
Pídeme lo que tú quieras
Sácame de esta duda
Pídeme la tentación
Cuando estemos a oscuras
Pídeme el diario de tu piel
Pídeme lo que jamás seré
Pídeme, pídeme, pídeme, pídeme
Las trampas de mi mente
Dibujándome un camino
Me siento un pasajero
Marcha atrás con su destino
Tenemos tanta paz como maneras
Son restos del deseo que no lleva
Siempre dejándonos, dejándonos
Pídeme lo que tú quieras
Sácame de esta duda
Pídeme la tentación
Cuando estemos a oscuras
Pídeme el diario de mi piel
Pídeme lo que jamás seré
Pídeme, pídeme, pídeme, pídeme
Pídeme el diario de mi piel
Pídeme lo que jamás seré
Pídeme, pídeme, pídeme, pídeme
Pídeme el diario de mi piel
Pídeme lo que jamás seré
Pídeme, pídeme, pídeme, pídeme
Compositora: Maria Vanesa Martin Mata

segunda-feira, janeiro 07, 2019

Fazer da areia, terra e água uma canção

Fazer da areia, terra e água uma canção
Depois, moldar de vento a flauta
que há de espalhar esta canção
Por fim tecer de amor lábios e dedos
que a flauta animarão
E a flauta, sem nada mais que puro som
envolverá o sonho da canção
por todo o sempre, neste mundo
Carlos Drummond de Andrade - (Dezembro de 1981)

domingo, janeiro 06, 2019

As Ameixas de Elvas

As Ameixas de Elvas (DOP), provenientes da ameixeira "Rainha‑Cláudia Verde", são um dos doces mais antigos e internacionalmente reconhecidos da região do Alto Alentejo.

A preparação e confeção de ameixas secas e ameixas em calda é uma das tradições seculares desta região, sendo as Ameixas de Elvas, também registadas como Ameixas D’Elvas, dos doces mais antigos e típicos do Alto Alentejo.

A receita consiste na transformação das ameixas "Rainha Cláudia Verde" em conserva doce.
Do ponto de vista histórico, este tipo de ameixa, conhecida na região de Elvas como abrunho, terá tido origem em França. O nome de Rainha Cláudia (1499-1524), foi-lhe dado em honra da filha de Luís XII, a Duquesa da Britânia.

A receita das Ameixas de Conserva fazia parte do receituário do Convento de Nossa Senhora da Consolação ou das Dominicanas, em Elvas. Inicialmente confecionavam‑se somente nos conventos da região de Elvas e eram consumidas apenas pelas classes mais abastadas.

A partir de 1834 as "Ameixas D’Elvas" começaram a ser produzidas em pequenas unidades industriais, sendo então possível a expansão do seu consumo, inclusivamente além-fronteiras.

Atualmente é uma Denominação de Origem Protegida (DOP), o que obriga a que a ameixa seja produzida de acordo com as regras estipuladas, o que inclui as condições de produção, de condução dos pomares, de colheita dos frutos e de secagem ou de transformação e de acondicionamento do produto.
Se quiser fazer este doce, aqui lhe deixo uma receita.

Ingredientes:
3 litros de água + q.b. p/ a preparação da ameixa
2 kg de açúcar
2 kg de ameixas Rainha Cláudia

Confeção:
Leve ao lume, num tacho grande, 2 litros de água e, quando começar a ferver, junte as ameixas e deixe-as cozer.
Retire-as da água quente e introduza-as em água fria, deixando-as assim por 12 horas, renovando a água por quatro vezes, ou seja, de 3 em 3 horas.

Dissolva o açúcar num litro de água e leve ao lume até formar ponto de pasta (aos 101º C, quando a calda escorre da colher, deixando uma leve camada aderente).

Mergulhe as ameixas na calda de açúcar e retire-as quando a calda levantar de novo fervura.
Coe as ameixas e deite-as num recipiente de loiça. Leve a calda de açúcar novamente ao lume até atingir o ponto de espadana (aos 117º C, quando a calda corre da colher em fitas largas).
Deite a calda sobre as ameixas e deixe-as repousar de um dia para o outro.

No dia seguinte, escorra a calda de novo para o tacho e leve ao lume até atingir o ponto assoprado (aos 115º C, soprando pelos orifícios da escumadeira depois de mergulhada na calda, saem dela pequenas bolhas que rebentam imediatamente). Atingindo a calda este novo ponto, regue uma vez mais as ameixas com ela, deixando-as aí mergulhadas durante três dias.

Passado o tempo de maceração, repita a operação inicial, levando a calda ao lume até alcançar o ponto de fio (103º C, colocando uma gotinha de calda entre o polegar e o indicador humedecidos em água fria, ao uni-los e afastá-los repetidamente, forma-se entre ambos um pequeno fio).

Mantenha as ameixas na nova calda durante oito dias.

Quando terminar este período, escorra as ameixas, lave-as e deixe-as secar. Também poderá deixá-las ficar na calda, guardadas em frascos esterilizados e tapados.
Se teve coragem e paciência para fazer esta receita não deixe de experimentar estas Ameixas D'Elvas com Sericá ou Sericaia.