sábado, julho 07, 2018

Os Celtas

Os Celtas é a designação dada a um conjunto de povos, organizados em múltiplas tribos e pertencentes à família linguística indo-europeia que se espalhou pela maior parte do Oeste da Europa a partir do II milénio a.C..
A primeira referência literária aos celtas foi feita pelo historiador grego Hecateu de Mileto no século VI a.C.. Boa parte da população da Europa ocidental pertencia às etnias celtas até à conquista daqueles territórios pelo Império Romano; organizavam-se em tribos, que ocupavam o território desde a Península Ibérica até à Anatólia.
A maioria dos povos celtas foi conquistada, e mais tarde integrada, pelos Romanos, embora o modo de vida celta tenha, sob muitas formas e com muitas alterações devidas à  aculturação resultante da influência dos invasores e à posterior cristianização, sobrevivido em grande parte do território por eles ocupado. Existiam diversos grupos celtas compostos de várias tribos, entre eles os bretões, os gauleses, os escotos, os eburões, os batavos, os belgas, os gálatas, os trinovantes e os caledónios. Muitos destes grupos deram origem ao nome das províncias romanas na Europa, as quais mais tarde baptizaram alguns dos estados-nações medievais e modernos da Europa. Se quiser ficar  conhecer melhor estes povos não deixe de ver a apresentação e o vídeo a seguir. Valem bem a pena.
Agora veja também este vídeo.

sexta-feira, julho 06, 2018

A Cidade de Sóchi

Sóchi, é uma cidade no Krai de Krasnodar, na Rússia, localizada na costa do Mar Negro, perto da fronteira entre a Rússia e a Geórgia/Abecásia. 
A Grande Sóchi, tem uma área total de 3.526 km 2  e uma extensão de 145 km ao longo das margens do Mar Negro, perto da Cordilheira do Cáucaso. A área da cidade propriamente dita é de 176,77 km 2.
De acordo com o Censo de 2010, a cidade tinha uma população permanente de 343.334, tornando-a a maior cidade resort da Rússia.
Sóchi https://pt.climate-data.org/location/843/faz parte da Riviera Caucasiana, e é um dos poucos lugares na Rússia com um clima subtropical, com verões quentes e invernos suaves.
Para além dos eventos alpinos e nórdicos realizados na estância de esqui próxima de Rosa Khutor, em Krasnaya Polyana, Sóchi sediou o Jogos Olímpicos de Inverno e Jogos Paralímpicos de Inverno em 2014, bem como o Grande Prémio de Fórmula 1 da Rússia de 2014.
A cidade também foi uma das cidades-sede da Copa das Confederações de 2017 e tem sido sede de alguns jogos do Mundial de Futebol de 2018.
Fique, agora, a conhecer melhor esta bela cidade russa através da apresentação que se segue.

quinta-feira, julho 05, 2018

O Rio Okavango

O Rio Okavango é um rio que não termina no mar....
O Rio Okavango, nasce no Sul de Angola e desagua no deserto, na Namíbia, poucos quilómetros depois de atravessar a fronteira, dando origem  a um grande delta - o Pantanal Africano - onde vivem e se multiplicam  no tempo das chuvas, centenas de milhares  de animais das mais variadas espécies. africanas.
O Delta do Okavango (uma das Sete Maravilhas da África) no Botswana é o maior delta interno do mundo, formado onde o Rio Okavango encontra uma placa tectónica, no Kalahari.
Toda a água que atinge o delta é evaporada e não chega a nenhum mar ou oceano.
Aprecie a apresentação que se segue e observe como o Okavango converte o deserto num oásis.

quarta-feira, julho 04, 2018

A religião gourmet

A religião gourmet é uma crónica, de João Pereira Coutinho, um pouco longa, mas que vale a pena ler.
"(Este texto é dedicado ao "Chef" Avilez, que estragou dois magníficos restaurantes: o Tavares e, principalmente, o Belcanto. E como esta praga não é nacional apenas, dedicado também ao Alain Ducasse, que assassinou o em tempos magnífico Louis XV, o restaurante (emblemático) do Hotel de Paris, em Monte Carlo. Felizmente, neste caso, pelo menos continua a magnífica garrafeira.

Restaurantes não são santuários...
Estou cansado da religião dos chefs: restaurantes não são santuários...)
O melhor restaurante do mundo?
Ora, ora: é o Eleven Madison Park, em Nova York.
Parabéns, gente.
A sério.
Espero nunca vos visitar.
Entendam: não é nada de pessoal.
Acredito na vossa excelência.
Acredito, como dizem os críticos, que a vossa mistura de "cozinha francesa moderna" com "um toque nova-iorquino" é perfeitamente comparável às 72 virgens que existem no paraíso corânico.
Mas eu estou cansado da religião dos chefs.
Vocês sabem: a elevação da culinária a um reino metafísico, transcendental, celestial.
Todas as semanas, lá aparece mais um chef, com a sua igreja, apresentando o cardápio como se fossem as sagradas escrituras.
Os ingredientes não são ingredientes.
São "elementos".
Uma refeição não é uma refeição.
É uma "experiência".
E a comida, em rigor, não é comida.
É uma "composição".
Já estive em vários desses santuários.
Quando a comida chegava, eu nunca sabia se deveria provar ou rezar.
Os meus receios sacrílegos eram acentuados pelo próprio empregado de mesa, que depositava o prato na mesa e, em voz baixa, confidenciava o milagre que eu tinha à minha frente:
– Pato defumado com pétalas de tomate e essências de jasmim.
Escutava tudo com reverência, dizia um "obrigado" que soava a "amém" e depois aproximava o garfo trêmulo, com mil receios, para não perturbar o frágil equilíbrio entre as "pétalas" e as "essências".
Em raros casos, sua santidade, o chef, aparecia no final.
Para abençoar os comensais.
No dia em que beijei a mão de um deles, entendi que deveria apostatar.
E, quando não são santos, são artistas.
Um pedaço de carne não é um pedaço de carne.
É um "desafio".
É o teto da Capela Sistina aguardando pelo seu Michelangelo.
Nem de propósito: espreitei o site do Eleven Madison Park.m
Tenho uma novidade para dar ao leitor: a partir de 11 de abril, o Eleven vai fazer uma "retrospectiva" (juro, juro) com os 11 melhores pratos dos últimos 11 anos.
"Retrospectiva."
Eis a evolução da história da arte ocidental: a pintura rupestre de Lascaux; as esculturas gregas de Fídias; os vitrais da catedral gótica de Chartres; os quadros barrocos de Caravaggio; a tortinha de quiche de ovo do chef Daniel Humm.
Gosto de comer.
Gosto de comida.
Essas duas frases são ridículas porque, afinal de contas, sou português.
E é precisamente por ser português que me tornei um ateu dos "elementos", das "composições" e das "essências".
A religião dos chefs, com seu charme diabólico, tem arrasado os restaurantes da minha cidade.
Um deles, que fica aqui no bairro, servia uns "filetes de polvo com arroz do mesmo" que chegou a ser o barômetro das minhas relações amorosas: sempre que estava com uma namorada e começava a pensar no polvo, isso significava que a paixão tinha chegado ao fim.
Duas semanas atrás, voltei ao espaço que reabriu depois das obras.
Estranhei: havia música ambiente e a iluminação reduzida imitava as casas de massagens da Tailândia (aviso: querida, se estiveres a ler esta crônica, juro que nunca estive na Tailândia).
Sentei-me.
Quando o polvo chegou, olhei para o prato e perguntei ao dono se ele não tinha esquecido alguma coisa.
"O quê?", respondeu o insolente.
"O microscópio", respondi eu.
Ele soltou uma gargalhada e explicou: "São coisas do chef, doutor."
"Qual chef?", insisti.
Ele, encolhendo os ombros, respondeu com vergonha: "O Agostinho".
O cozinheiro virou chef e o meu polvo virou calamares.
Infelizmente, essa corrupção disseminou-se pela pátria amada.
Já escrevi sobre o crime na imprensa lusa.
Ninguém acompanhou o meu pranto.
É a música ambiente que substituiu o natural rumor das conversas.
É a iluminação de bordel que impede a distinção entre uma azeitona e uma barata.
É o hábito chique de nunca deixar as garrafas na mesa, o que significa que o empregado só se "apercebe" da nossa sede "in extremis" quando existem tremores alcoólicos e outros sinais de abstinência.
Meu Deus, onde vamos parar?
Não sei.
Mas sei que já tomei providências: no próximo outono, tenciono aprender a caçar.
Tudo serve: perdiz, lebre, javali.
Depois, com uma fogueira e um espeto, cozinho o bicho como um homem pré-histórico.
O pináculo da civilização é tortinha de quiche de ovo do chef Daniel Humm?

Então chegou a hora de regressar às cavernas de Lascaux..."

terça-feira, julho 03, 2018

O Ensino Doméstico

O Ensino Doméstico é uma opção legal em Portugal que possibilita que as crianças ou jovens (1º ao 12º ano) sejam acompanhadas, no seu próprio domicílio, por um familiar ou por pessoa que nela habite. Na prática ficam matriculadas numa escola pública e realizam os exames obrigatórios no final de cada ciclo, mas não terão que frequentar diariamente a escola.
Assista agora a uma entrevista a Sílvia Cópio sobre o  ensino doméstico.
Há cada vez mais alunos, em Portugal, em regime de ensino doméstico. Sílvia Cópio é mãe de três filhos que ensinou/ensina em casa. Pensa que a escola tem que mudar de paradigma, uma das missões da Associação Movimento Educação Livre, a que preside.

segunda-feira, julho 02, 2018

Aos Portugais

Proponho-lhe que oiça Mariene de Castro (contralto) em " Aos Portugais".
Mariene de Castro (1978 - também conhecida como a Princesinha do Samba de Roda) é uma atriz, modelo, instrumentista, bailarina, cantora e compositora brasileira.
Tem-se feito notar (desde 1997) por destacar o maracatu e o samba de roda na sua sua obra.
Cantou na festa de encerramento das Olimpíadas do RIO 2016, enquanto era apagada a chama da pira olímpica.
Mariene de Castro tem como influências: Edil Pacheco, Zeca Pagodinho, Clara Nunes, Roque Ferreira, Maria Bethânia, Caetano Veloso, Roberto Ribeiro e Dona Ivone Lara.
Fique também com a poética letra da música Aos Portugais de Roberto Mendes.

Menina onde andas
Menina onde vais
Eu ando em Luanda
Eu vou aos Portugais
Saveiro não me leva
Trem que nunca chega
Avião que vira nuvem
Nuvem que vira chuva
Chuva que molha a terra
Terra que vira uva
Uva vai virar bom vinho
Não quero beber sozinho
Menina onde andas
Menina onde vais
Eu ando em Luanda
Eu vou aos Portugais
Vê você, olha pra mim
No espelho da distância
A saudade não te alcança
Por isso penso sozinho
Ai o vinho cor de Rubi
É de uva machucada
Espremida dentro de mim
Como é louca a madrugada
Menina onde andas
Menina onde vai
Eu ando em Luanda
Eu vou aos Portugais
O destino fez a taça
Derramou dentro da alma
Desejei, comprei passagem
Viajei outra viagem
De um destino que não fiz
Aonde vou ninguém me diz
Sobrevoando a paisagem
Vi o fogo na floresta
E não sei nem o que resta
Que queima dentro de mim
Pra cantar caninha verde
Primeiro canta violeiro
Depois que violeiro canta
Cantam os outros companheiros
Ai ai morena primeiro canta violeiro
Depois que violeiro canta
Cantam os outros companheiros

domingo, julho 01, 2018

Liberdade querida, e suspirada

Liberdade querida, e suspirada,
Que o despotismo acérrimo condena;
Liberdade, a meus olhos mais serena
Que o sereno clarão da madrugada:

Atende à minha voz, que geme e brada
Por ver-te, por gozar-te a face amena;
Liberdade gentil, desterra a pena
Em que esta alma infeliz jaz sepultada.

Vem, oh deusa imortal, vem, maravilha,
Vem, oh consolação da humanidade,
Cujo semblante mais do que os astros brilha:

Vem, solta-me o grilhão de adversidade;
Dos céus descende, pois dos céus és filha,
Mãe dos prazeres, doce Liberdade!
Manuel Maria de Barbosa du Bocage