sábado, dezembro 23, 2017

A Árvore do Natal

 A Árvore do Natal tem a sua origem nos países germânicos e nas religiões ligadas aos druídas. Nestes países era costume colocarem-se árvores verdes em casa, no princípio do Inverno. Simultaneamente, em frente da residência ou junto das fontes, cada um plantava um pinheiro, com o objetivo de trazer bênçãos para o lar e conservar a potabilidade da água.
Estas árvores, no primeiro dia do ano, eram ornamentadas com fitas e ouropéis, guloseimas e presentes, com a crença de que com tal procedimento se asseguraria a abundância de alimentos e riquezas.
A primeira referência histórica à Árvore de Natal remonta a 1605, altura em que o pinheiro familiar, em Estrasburgo era enfeitado com flores de papel colorido, frutos, chocolates e outras guloseimas. Em 1785 são introduzidas as luzes ornamentais, como símbolo do "sol da Justiça".
Como estas usos e costumes tinham origens pagãs, a Igreja Católica condenou por diversas vezes (e ao longo dos séculos) a tradição da colocação destas Árvores como portadoras de bênçãos.

sexta-feira, dezembro 22, 2017

As Renas do Pai Natal

O mito das Renas do Pai Natal foi criado na Europa do séc. XIX, a partir do costume de nos países como o Canadá (Norte), E. U. A. (Alasca), Rússia, Noruega, Suécia e Finlândia (Escandinávia) e Islândia, as pessoas se deslocarem na neve, usando um trenó puxado por renas.

Contudo, as renas do Pai Natal são especiais pois, ao contrário das renas que existem nesses países, são as únicas renas que conseguem voar, de modo a que o Pai Natal possa entregar os presentes no dia certo e sem atrasos, a todas as crianças no mundo inteiro.

Na tradição Anglo-saxónica original só existem oito renas, número habitualmente utilizado para puxar os trenós tradicionais. Os seus nomes são: Dasher, Dancer, Prancer, Vixen, Comet, Cupid, Donner e Blitzen ou em português, Corredora, Dançarina, Empinadora, Raposa, Cometa, Cupido, Trovão e Relâmpago. A rena Rudolph ou Rodolfo, que acabou por ser a mais conhecida, só mais tarde integrou o grupo (1939).

Conta-se que o Pai Natal ao chegar a uma das casas para entregar os presentes, encontrou por acaso a rena Rodolfo, que era diferente das suas outras renas pois tinha um nariz vermelho e luminoso. Como nessa noite o nevoeiro era muito intenso, o Pai Natal pediu a Rodolfo que se juntasse a ele e liderasse as suas renas de modo a que não se perdessem pelo caminho. A partir daí, Rodolfo passou a ser a rena que guia o trenó do Pai Natal todos os Natais.

quarta-feira, dezembro 20, 2017

Natal da Índia Portuguesa

Oiça o Coro LNEC (da Associação dos Trabalhadores do Laboratório Nacional de Engenharia Civil) neste Natal da Índia Portuguesa.

Natal da Índia Portuguesa, ou Natal de Goa ou Vamos a Belém, uma canção de Natal tradicional indo-portuguesa originária, como o nome indica, das antigas possessões portuguesas no subcontinente indiano.

Segundo o musicólogo português Mário de Sampayo Ribeiro, foi composta em Portugal no século XVIII e da metrópole foi levada para o Oriente. A favor desta teoria, está o facto de a a música ter um caráter evidentemente europeu e a parte poética estar escrita em português padrão e não num dialeto indo-português ou em canarim.

A canção era ainda interpretada pelo Natal nessa região por volta de 1870. Por intermédio de um sacerdote indiano viria mais tarde a ser transmitida a Mário Sampayo Ribeiro que a harmonizou e publicou, como um dos Sete Cantares do Povo Português, em 1955. Este trabalho terá completado o ciclo e popularizou de novo a cantiga em Portugal.

A letra relata um episódio da "Adoração dos Pastores". As personagens bíblicas vão ainda a caminho do presépio, atravessando os campos apressadamente sob um céu iluminado.

Beijar o Menino.
Filho de Maria,
O Verbo Divino.

Vamos a Belém,
Vamos apressados.
Luzes aparecem
Por esses 'scampados.

Vamos a Belém,
Vamos sem demora,
A ver o Menino
Que nasceu agora.



terça-feira, dezembro 19, 2017

Os Postais de Natal



O criador do primeiro postal de Natal foi John Horsley  que resolveu seguir a ideia de um amigo.
Este primeiro postal foi impresso em 1843 e dele foram feitas mil cópias. Nele podiam ver-se três painéis representando, um deles, uma família inglesa gozando o feriado e, os outros dois, mostrando obras de caridade.
Podiam ainda ler-se as frases "Alegre Natal e Feliz Ano Novo".

Nessa mesma altura, o Reverendo Edward Bradley desenhou à mão, juntamente com W. A. Dobson, postais de Natal para enviar a familiares e amigos e, em breve, este costume de desejar boas festas tornou-se habitual.
Em 1840, foi possível começar a enviar estes postais pelo correio e a partir de 1860 começaram a executar-se postais cada vez mais elaborados e mais populares.


Se quiser fazer os seus próprios postais de Natal siga as Dicas - Postais de Natal do programa televisivo Praça Alegria (RTP)


segunda-feira, dezembro 18, 2017

Segundo Poema de Natal

Pudesse do Natal dizer que é mais

que o corre-corre, que a lufa-lufa,

que a passada célere demais,

que a mole humana que se adensa e arrufa

e satura nos amplos corredores,

nas ruas e nas lojas, nos mercados

(valendo-se da casa de penhores,

como outrora do livro de fiados);

pudesse do Natal dizer que é muito,

muito mais que o bulício que se sente

atraído pelo larvar intuito

da febre consumista, futilmente,

que faz da pretensão de ter e haver

o santo-e-senha contra o próprio ser.
Domingos da Mota

domingo, dezembro 17, 2017

Poema de Natal

com que a vida resiste, e anda, e dura
Pedro Tamen
Não digo do Natal – mas da natura
de quem faz do poder um pesadelo
que aprofunda as sementes da amargura
através do garrote e do escalpelo;
não digo do Natal – mas da tortura
que macera as feridas com desvelo,
impassível à dor que já satura
os ombros causticados pelo gelo;
dissesse do Natal – seria bom
que pudesse cantar, subir o tom
das loas e dos hinos e dos ritos,
se em vez duma esmola, tão-somente,
renascesse o respeito pela gente
que povoa o Natal dos aflitos.
Domingos da Mota