sábado, setembro 30, 2017

Era Uma Vez

Oiça a jovem cantora brasileira Kell Smith em Era Uma Vez (videoclipe oficial).

Era uma vez
O dia em que todo dia era bom
Delicioso gosto e o bom gosto das nuvens
Serem feitas de algodão
Dava pra ser herói no mesmo dia
Em que escolhia ser vilão
E acabava tudo em lanche
Um banho quente e talvez um arranhão
Dava pra ver, a ingenuidade a inocência
Cantando no tom
Milhões de mundos e os universos tão reais
Quanto a nossa imaginação
Bastava um colo, um carinho
E o remédio era beijo e proteção
Tudo voltava a ser novo no outro dia
Sem muita preocupação

É que a gente quer crescer
E quando cresce quer voltar do início
Porque um joelho ralado
Dói bem menos que um coração partido
É que a gente quer crescer
E quando cresce quer voltar do início
Porque um joelho ralado
Dói bem menos que um coração partido

Dá pra viver
Mesmo depois de descobrir que o mundo ficou mau
É só não permitir que a maldade do mundo
Te pareça normal
Pra não perder a magia de acreditar na felicidade real
E entender que ela mora no caminho e não no final
É que a gente quer crescer
E quando cresce quer voltar do início
Porque um joelho ralado
Dói bem menos que um coração partido
É que a gente quer crescer
E quando cresce quer voltar do início
Porque um joelho ralado
Dói bem menos que um coração partido

Era uma vez

sexta-feira, setembro 29, 2017

A triste geração que virou escrava

Aprecie o belo texto da escritora, blogueira e advogada brasileira, Ruth Manus.

"E a juventude vai escoando entre os dedos.Era uma vez uma geração que se achava muito livre.
Tinha pena dos avós, que casaram cedo e nunca viajaram para a Europa. Tinha pena dos pais, que tiveram que camelar em empreguinhos ingratos e suar muitas camisas para pagar o aluguer, a escola e as viagens em família para pousadas no interior. Tinha pena de todos os que não falavam inglês fluentemente.
Era uma vez uma geração que crescia quase bilíngue. Depois vinham noções de francês, italiano, espanhol, alemão, mandarim. Frequentou as melhores escolas. Entrou nas melhores faculdades.
Passou no processo selectivo dos melhores estágios. Foram efectivados. Ficaram orgulhosos, com razão.
E veio pós, especialização, mestrado, MBA. Os diplomas foram subindo pelas paredes.
Era uma vez uma geração que aos 20 ganhava o que não precisava. Aos 25 ganhava o que os pais ganharam aos 45. Aos 30 ganhava o que os pais ganharam durante a vida toda. Aos 35 ganhava o que os pais nunca sonharam ganhar.
Ninguém os podia deter. A experiência crescia diariamente, a carreira era meteórica, a conta bancária estava cada dia mais bonita.
O problema era que o auge estava cada vez mais longe. A meta estava cada vez mais distante. Algo como o burro que persegue a cenoura ou o cão que corre atrás do próprio rabo.
O problema era uma nebulosa na qual já não se podia distinguir o que era meta, o que era sonho, o que era gana, o que era ambição, o que era ganância, o que era necessário e o que era vício.

O dinheiro que estava na conta dava para muitas viagens. Dava para visitar aquele amigo querido que estava em Barcelona. Dava para realizar o sonho de conhecer a Tailândia. Dava para voar bem alto.

Mas, sabe como é? Prioridades. Acabavam sempre ficando, ao invés de sempre ir.
Essa geração tentava convencer-se de que podia comprar saúde em caixinhas. Chegava a acreditar que uma hora de corrida podia mesmo compensar todo o dano que fazia diariamente ao próprio corpo.

Aos 20: ibuprofeno. Aos 25: omeprazol. Aos 30: rivotril. Aos 35: stent.
Uma estranha geração que tomava café para ficar acordada e comprimidos para dormir.
Oscilavam entre o sim e o não. Você dá conta? Sim. Cumpre o prazo? Sim. Chega mais cedo? Sim. Sai mais tarde? Sim. Quer destacar-se na equipa? Sim.
Mas para a vida, costumava ser não:
Aos 20 eles não conseguiram estudar para as provas da faculdade porque o estágio demandava muito. Aos 25 eles não foram morar fora porque havia uma perspectiva muito boa de promoção na empresa. Aos 30 eles não foram ao aniversário de um velho amigo porque ficaram até às 2 da manhã no escritório.
Aos 35 eles não viram o filho andar pela primeira vez. Quando chegavam, ele já tinha dormido, quando saíam ele não tinha acordado.
Às vezes, choravam no carro e, descuidadamente começavam a perguntar-se se a vida dos pais e dos avós tinha sido mesmo tão ruim como parecia.
Por um instante, chegavam a pensar que talvez uma casinha pequena, um carro popular dividido entre o casal e férias num hotel fazenda pudessem fazer algum sentido.
Mas não dava mais tempo. Já eram escravos do câmbio automático, do vinho francês, dos resorts, das imagens, das expectativas da empresa, dos olhares curiosos dos “amigos”.


Era uma vez uma geração que se achava muito livre. Afinal tinha conhecimento, tinha poder, tinha os melhores cargos, tinha dinheiro.

Só não tinha controlo do próprio tempo.
Só não via que os dias estavam passando.
Só não percebia que a juventude se estava escoando entre os dedos e que os bónus do final do ano não comprariam os anos de volta."
Ruth Manus  - Estadão

quinta-feira, setembro 28, 2017

Autocarros sem motorista

Gostaria de viajar num autocarro automático, sem motorista? Então, vá até ao Japão e" curta" uma viagem destas.
Aprecie, também, o que é a qualidade dos transportes públicos neste país do extremo oriente.
No vídeo abaixo, pode ver as pessoas a entrar e a sair deste tipo de autocarros, que não têm nem motorista nem cobrador, que se desviam de maneira a evitar acidentes e que sabem, exatamente, onde cada um dos passageiros vai descer.
Mas, não pense que isto acontece só no Japão.  Agora, aqui na Europa, mais propriamente na Grécia , também circulam autocarros deste tipo. Se quiser ficar a saber mais acerca deste assunto, basta clicar aqui.

quarta-feira, setembro 27, 2017

Chula Rabela

Chula Rabela - Douro - Ilustração de Mário Costa (1902-1975)
A chula, originária do Alto Douro,  é uma dança popular muito antiga e um género musical de Portugal, de andamento ligeiro e de ritmo bastante marcado pelo tambor, conhecido por zabumba, pelo triângulo e por chocalhos.
O termo chula refere-se, também, a diversos ritmos musicais existentes em diversas outras partes do mundo, como por exemplo à Chula da Bahia e à Chula do Rio Grande do Sul, no Brasil. A chula foi também importante influência para o surgimento da grande maioria dos ritmos nordestinos no Perú.

Dó Sol
Aqui têm meus senhores / Ouves ó lindinha

A chula de barqueiros
Dó Sol
São todos rapazes novos / Ouves ó lindinha

Arrais e marinheiros

Ó chula rabêla ó chula / Ouves ó lindinha
Eu não te digo que não
São rapazes de calça branca / Ouves ó lindinha
E castanheta na mão

Dizeis que viva barqueiros / Ouves ó lindinha
Por ter a frente caiada
Eu também digo que viva / Ouves ó lindinha
A bela rapaziada

Vou dar a despedida / Ouves ó lindinha
Vou dá-la e vou-me embora
São horas de recolher / Ouves ó lindinha
O canário à gaiola
Música tradicional do Douro

terça-feira, setembro 26, 2017

Lisboa: O Mundo Segundo os Brasileiros

Conheça a cidade de Lisboa, em Portugal,  através da série televisiva O Mundo Segundo os Brasileiros .
O Mundo Segundo os Brasileiros é um programa de TV focado em viagens, criado pela Eyeworks em parceria com a Rede Bandeirantes do Brasil.
Baseada no original espanhol Españoles en el mundo, a série leva o telespectador a percorrer alguns dos principais roteiros turísticos do mundo, lugares bastante conhecidos ou pouco explorados, porém repletos de descobertas e contrastes.
O programa, que é exibido na sua versão brasileira desde 2011, já visitou mais de cem lugares diferentes em mais de setenta países, apresentando detalhes de arquitetura, culinária, história, cultura e vida noturna, tendo como "guias turísticos" brasileiros que moram nesses países e conhecem os lugares e as experiências mais interessantes de cada cidade ou região visitadas.
Da África, à Ásia, passando pela Oceania, pela Europa e pelas Américas, conheça cada um destes destinos a partir de um novo olhar, narrado por personagens reais em tom documental e quase autobiográfico.
Hoje proponho-lhe esta visita guiada à cidade de Lisboa. Ora veja!

segunda-feira, setembro 25, 2017

Ex My Love

Oiça a paraense Gaby Amarantos em Ex-My Love.
Gaby é uma cantora e compositora brasileira de pop, tecnobrega e MPB.

Meu amor era verdadeiro,
O teu era pirata
O meu amor era ouro
E o teu não passava de um pedaço de lata
Meu amor era rio
E o teu não formava uma fina cascata
O meu amor era de raça
E o teu simplesmente um vira-lata

Ex my love, ex my love, se botar teu amor na vitrine, ele nem vai valer 1,99
Ex my love, ex my love, se botar teu amor na vitrine, ele nem vai valer 1,99

Meu amor era verdadeiro,
O teu era pirata
O meu amor era ouro
E o teu não passava de um pedaço de lata
Meu amor era rio
E o teu não formava uma fina cascata
O meu amor era de raça
E o teu simplesmente um vira-lata

Ex my love, ex my love, se botar teu amor na vitrine, ele nem vai valer 1,99
Ex my love, ex my love, se botar teu amor na vitrine, ele nem vai valer 1,99

domingo, setembro 24, 2017

Edifícios religiosos tintin por tintin

A Sé Catedral de Lisboa





Aprecie a apresentação abaixo, que explica de uma forma simples, para leigos, o que significam os os diferentes edifícios religiosos e as diferentes formas de arquitetura com que têm sido construídos ao longo dos tempos.