sábado, dezembro 10, 2016

Da Ditadura à Democracia. O Caminho para a Libertação

Para assinalar o Dia Internacional dos Direitos Humanos celebrado hoje, proponho-lhe a leitura de um livro.
O assinalar desta data e o livro, pretendem homenagear o empenho e a dedicação de todos os cidadãos (e organizações) defensores dos direitos humanos e colocar um ponto final a todos os tipos de discriminação, promovendo a igualdade entre todos os cidadãos.
Da Ditadura à Democracia. O Caminho para a Libertação, é um livro de Gene Sharp.
Gene Sharp (1928), é um professor emérito de ciências políticas da Universidade de Massachusetts Dartmouth. É conhecido pelo seu extenso trabalho sobre luta não-violenta, que tem influenciado várias resistências anti-governamentais ao redor do mundo.
Já agora fique a saber que este foi o livro que levou à detenção de 15 ativistas angolanos, entre eles Luaty Beirão.
Sinopse:
Da Ditadura à Democracia é um guia prático para a luta não violenta. Originalmente publicado em 1994, tem inspirado dissidentes políticos de todo o mundo e já foi traduzido em mais de trinta línguas. Este livro de Gene Sharp desempenhou um papel central na Primavera Árabe, e tornou-se a principal referência para os revolucionários não violentos do século XXI.

sexta-feira, dezembro 09, 2016

O Anis Estrelado

A árvore do anis-estrelado (Illicium verum) faz lembrar o loureiro, pelo seu belo porte, e a magnólia pelas flores decorativas que ostenta. Toda a planta exala um agradável aroma semelhante ao anis, ainda que mais intenso. O anis-estrelado (Illicium verum ), não deve ser confundido com o anis (pimpinella anisum L.) apesar de conter o mesmo princípio ativo (anetol) tendo propriedades semelhantes àquela planta. É digestivo como o anis, porém é mais concentrado.
Originário do Sul da China foi introduzido na Europa no século XVII. Os chineses utilizam-no para temperar carnes e frutos do mar. 
É uma árvore da família das Magnoliáceas, que atinge de 2 a 5 metros de altura. A sua casca é branca e as folhas perenes. Durante o verão o seu caule cilíndrico fica coberto de pequenas e delicadas flores brancas. Os frutos têm a forma de estrela de 8 a 12 pontas, de cor castanha.
O anis-estrelado é também conhecido como anis-da-China, anis-do-Japão, anis-da-Sibéria, funcho-da-China, badiana, anis verdadeiro e estrela-de-anis.
O anis estrelado ficou famoso por entrar na composição de licores (e noutras receitas de doces e salgados) e pelas suas propriedades medicinais.
Ajuda a tratar a bronquite, as dificuldades de lactação, a fraqueza, a flatulência e os problemas de estômago.
Esta planta é utilizada, também, na indústria farmacêutica, para o fabrico do Tamiflu, atualmente utilizado para combater a gripe suína.
Mais recentemente, tem vindo a ser usado também na decoração. Enfeita quadros, bandejas, cortinas e tudo o mais que a imaginação inventar.

quinta-feira, dezembro 08, 2016

Padroeira de Portugal e da Lusofonia

Nª Srª da Conceição (Ouriversaria Portuguesa)
O dia 8 de dezembro (novamente feriado) é o dia de Nossa Senhora da Conceição, Rainha e Padroeira de Portugal, e de todos os Povos de Língua Portuguesa, desde o reinado da Dinastia de Bragança.
Em Portugal e no Brasil, é tradição montar a árvore de Natal e enfeitar a casa hoje, dia de N.Sra. da Conceição.
O acto da proclamação de Nossa Senhora da Conceição como Padroeira de Portugal, efectuado por D. João IV em 1646, alargou-se a todo o País, com o povo, à noite, a entoar cânticos de júbilo pelas ruas, para celebrar a Maternidade Divina de Maria.
Assim, Nossa Senhora da Conceição tornou-se a verdadeira soberana de Portugal, não voltando por isso, desde aí, nenhum dos nossos reis a ostentar a coroa, direito que passou a pertencer apenas à Rainha, Mãe de Deus.
Oiça através do vídeo abaixo a Cantata a Nossa Senhora da Conceição (Festas de N Sra da Penha em 2011).

quarta-feira, dezembro 07, 2016

A Queda de um Anjo


Oiça o grupo português Delfins em A Queda de um Anjo (Baía de Cascais 1996).
Os Delfins foram uma banda pop-rock portuguesa, de Cascais, formada em 1984 e com concerto de fim-do-grupo realizado a 31 de Dezembro de 2009.
O grupo Delfins era constituído por Miguel Ângelo (voz), Fernando Cunha (Guitarra), Rui Fadigas (Baixo), Luís Sampaio (Teclados) e Emanuel Ramalho (Bateria).

Testemunhos da verdade
Tanto vão de mão em mão
Que se perdem com a idade
Porque ninguém nasce ensinado
O que aprendi já está errado
Não acredito no meu passado

(refrão)

É a queda de um anjo
Em cima de um homem
Que ao ganhar idade
Perde a razão

Ontem liam evangelhos
Hoje é lei a constituição
Mas que ninguém me dê conselhos
Nunca gostei que a maioria
Organizasse o meu dia a dia
Não acredito em democracia
É a queda de um anjo
Em cima de um homem
Que ao ganhar idade
Perde a razão.

A todos os anjos
De todos os sexos
Agarrem as asas
ao cair do chão.

terça-feira, dezembro 06, 2016

Uma Lua à Medida do Convento

Aprecie a magnificência do Convento de Mafra, através da excelente fotografia ao lado (desconheço o autor), no dia da maior lua do século.
A Lua Cheia do dia 14 de novembro de 2016 foi extraordinária, não apenas por se tratar de uma Super Lua, mas também por ser a maior e mais brilhante Super Lua em cem anos!
O Convento de Mafra ou Real Convento de Mafra é um imenso edifício de cerca de 40.000 m2 (tal como se vê na imagem), com todas as dependências e pertences necessários à vida quotidiana de 300 frades da Ordem de S. Francisco.
Ocupado pelas tropas francesas e depois inglesas na época das Guerras Peninsulares, o Convento foi incorporado na Fazenda Nacional quando da extinção das ordens religiosas em Portugal, a 30 de Maio de 1834 e, desde 1841 até aos nossos dias, foi sucessivamente habitado por diversos regimentos militares, sendo desde 1890 sede da Escola Prática de Infantaria
De destacar como espaços conventuais mais significativos o Campo Santo e a Enfermaria para além da Sala Elíptica ou do Capítulo, a Sala dos Actos Literários (Exames), a Escadaria e o Refeitório.
O Palácio Nacional de Mafra possui também uma das mais importantes e mais belas bibliotecas portuguesas, com um valioso acervo de aproximadamente 36.000 volumes. Se quiser ficar a saber um pouco mais acerca desta biblioteca e das suas curiosidades, não deixe de ver o vídeo que se segue. Vale bem a pena.

segunda-feira, dezembro 05, 2016

O Sorriso de Mona Lisa

O Sorriso de Mona Lisa, é um filme americano de 2003, realizado por Mike Newell e escrito por Lawrence Konner e Mark Rosenthal. O título é uma referência à pintura famosa de Leonardo da Vinci, Mona Lisa.

Sinopse:
O filme recria a atmosfera e os costumes do início da década de 1950. Conta a história de uma professora de arte (Julia Roberts é Katherine Watson) que, educada na liberal Universidade de Berkeley, na Califórnia, enfrenta uma escola feminina, tradicionalista – Wellesley College, onde as melhores e mais brilhantes jovens mulheres dos Estados Unidos recebem uma dispendiosa educação para se transformarem em cultas esposas e responsáveis mães. No filme, a professora irá tentar abrir a mente das suas alunas para um pensamento liberal, enfrentando a administração da escola e as próprias garotas. O maior desafio desta professora será fazer com que elas essas novas perspetivas de vida.

domingo, dezembro 04, 2016

Suavíssima

Os galos cantam, no crepúsculo dormente . . .
No céu de outono, anda um langor final de pluma
Que se desfaz por entre os dedos, vagamente . . .

Os galos cantam, no crepúsculo dormente . . .
Tudo se apaga, e se evapora, e perde, e esfuma . . .

Fica-se longe, quase morta, como ausente . . .
Sem ter certeza de ninguém . . . de coisa alguma . . .
Tem-se a impressão de estar bem doente, muito doente,

De um mal sem dor, que se não saiba nem resuma . . .
E os galos cantam, no crepúsculo dormente . . .

Os galos cantam, no crepúsculo dormente . . .
A alma das flores, suave e tácita, perfuma
A solitude nebulosa e irreal do ambiente . . .

Os galos cantam, no crepúsculo dormente . . .
Tão para lá! . . . No fim da tarde . . . além da bruma . . .

E silenciosos, como alguém que se acostuma
A caminhar sobre penumbras, mansamente,
Meus sonhos surgem, frágeis, leves como espuma . . .

Põem-se a tecer frases de amor, uma por uma . . .
E os galos cantam, no crepúsculo dormente . . .
Cecilia Meireles