sábado, maio 28, 2016

Para lá de Bagdad

Para lá de Bagdad, é o novo romance histórico do escritor português Alberto S. Santos.
Este é o quarto romance de Alberto S. Santos, advogado natural de Paço de Sousa, Penafiel, que exerceu o cargo de presidente da Câmara de Penafiel durante 12 anos.
Alberto S. Santos apaixonado pelos livros e pela investigação histórica, comissário do prestigiado evento literário Escritaria, foi também autor de outros sucessos como: "A Escrava de Córdova" (2008), "A Profecia de Istambul" (2010) e "O Segredo de Compostela" (2013).
Sinopse:
O livro retrata o dia 21 de junho de 921, Ahmad ibn Fadlan, emissário do califa, que parte de Bagdad para uma arriscada missão na Bulgária do Volga, na Rússia atual. Para trás, deixa os mestres e companheiros da Casa da Sabedoria, que ergueram a época dourada do Islão. Os perigos que encontra ao longo do caminho levam Ahmad a alterar o rumo da viagem e a dirigir-se para as terras nórdicas do sol da meia-noite. 
Ao longo da jornada, vive um amor proibido com Zobaida, a bela escrava do tio, que o faz repensar toda a sua existência. Por entre climas adversos, costumes bárbaros de povos não civilizados e inesperados jogos de poder, o emissário do califa descobre um desconcertante mundo novo. Ao mesmo tempo, em Bagdad, assiste-se ao início de uma nova era: os sábios são perseguidos e os livros queimados na praça. 
Um romance envolvente sobre um dos momentos mais intrigantes da História da Idade Média, que dá a conhecer os alicerces de uma civilização ainda hoje tão deslumbrante quanto desconhecida.

sexta-feira, maio 27, 2016

Canção para "Paulo" (A Stuart Angel)

Vala comum de vítimas do 27 de Maio de 1977 em Angola
Eles costuraram tua boca
com o silêncio
e trespassaram teu corpo
com uma corrente.
Eles te arrastaram em um carro
e te encheram de gases,
eles cobriram teus gritos
com chacotas.

Um vento gelado soprava lá fora
e os gemidos tinham a cadência
dos passos dos sentinelas no pátio.
Nele, os sentimentos não tinham eco
nele, as baionetas eram de aço
nele, os sentimentos e as baionetas
se calaram.

Um sentido totalmente diferente de existir
se descobre ali,
naquela sala.
Um sentido totalmente diferente de morrer
se morre ali,
naquela vala.

Eles queimaram nossa carne com os fios
e ligaram nosso destino à mesma eletricidade.
Igualmente vimos nossos rostos invertidos
e eu testemunhei quando levaram teu corpo
envolto em um tapete.

Então houve o percurso sem volta
houve a chuva que não molhou
a noite que não era escura
o tempo que não era tempo
o amor que não era mais amor
a coisa que não era mais coisa nenhuma.

Entregue a perplexidades como estas,
meus cabelos foram se embranquecendo
e os dias foram se passando.

Alex Polari - Inventário de Cicatrizes

quinta-feira, maio 26, 2016

Ylang Ylang ou a Flor do Desejo

O ilangue-ilangue é uma árvore perene, de porte médio, pertencente à ordem das Malpighiales e à família das Anonaceas, que pode atingir até 20 metros de altura.
Originária do continente asiático, tornou-se conhecida desde tempos remotos, devido ao seu aroma, pelas populações da Malásia, Indonésia, Comores, Madagáscar e, posteriormente, pelas populações do continente europeu.
O nome ilangue-ilangue provém do inglês Ylang Ylang, que por sua vez deriva do idioma malaio e significa a "Flor das Flores".
Esta planta é utilizada na composição aromática de vários perfumes. O seu óleo essencial é exótico e aromático e pode ajudar a acalmar o corpo e a mente. Já foi usado em Madagáscar e outras regiões tropicais para atrair parceiros.
Atualmente, as pessoas aproveitam as suas propriedades medicinais para tratar problemas de saúde.
No Brasil, ganhou popularidade na década de 1920, sendo importada com o nome de Kananga do Japão, por causa das propriedades afrodisíacas e suavizadoras da derme.
Em 1989, deu nome a uma telenovela da Rede Manchete, chamada Kananga do Japão.

quarta-feira, maio 25, 2016

Combater Duas Vezes, Mulheres na Luta Armada em Angola


"Combater Duas Vezes, Mulheres na Luta Armada em Angola" é um livro da  investigadora Margarida Paredes.
Margarida Paredes (1953), investigadora social portuguesa, foi guerrilheira do MPLA na luta pela independência de Angola.
Em 1974 abandonou o curso universitário na Bélgica para lutar pela independência de Angola, ao lado do MPLA, movimento ao qual aderiu em  1973.
Foi uma das primeira militantes a entrar em Luanda após o 25 de Abril de 1974.
Depois da independência de Angola trabalhou na área da cultura daquele país, tendo regressado a Portugal em 1981.


Sinopse:
A história contemporânea de Angola é inseparável das guerras e conflitos que duraram entre 1961 e 2002, incluindo as Lutas de Libertação nacional e a Guerra Civil após a independência. Um dos aspetos mais marcantes destas guerras foi a participação das mulheres como combatentes.

terça-feira, maio 24, 2016

A Canção da Saudade

A Canção da Saudade (1964) - é um musical português com realização de  Henrique Campos e José Luís Monter. O argumento é de Henrique Campos e Cecília Delgado. Este filme conta com as interpretações de Florbela Queiroz, Américo Coimbra, Ismael Melro, Vítor Gomes, Tony de Matos e Madalena Iglésias.
Sinopse:
Numa família modesta, o pai, Leonel, é um pianista nostálgico das melodias do passado, enquanto o filho, Tony, chefia Os Gatos Pretos, um conjunto de "twist". A filha, Cilinha - que namora Raul, um rapaz de situação desafogada - é uma jovem muito atinada. Raul acaba por proporcionar a Leonel, a Tony e a Os Gatos Pretos, uma oportunidade para demonstrarem os seus dotes musicais, criando o "dancing" da reconciliação: Lisboa Antiga e Moderna...

segunda-feira, maio 23, 2016

Canção da Saudade


Se eu fosse cego amava toda a gente.

Não é por ti que dormes em meus braços que sinto amor. Eu amo a minha irmã gemea que nasceu sem vida, e amo-a a fantazia-la viva na minha edade.

Tu, meu amor, que nome é o teu? Dize onde vives, dize onde móras, dize se vives ou se já nasceste.

Eu amo aquella mão branca dependurada da amurada da galé que partia em busca de outras galés perdidas em mares longissimos.

Eu amo um sorriso que julgo ter visto em luz do fim-do-dia por entre as gentes apressadas.

Eu amo aquellas mulheres formosas que indiferentes passaram a meu lado e nunca mais os meus olhos pararam nelas.

Eu amo os cemiterios - as lágens são espessas vidraças transparentes, e eu vejo deitadas em leitos florídos virgens núas, mulheres bellas rindo-se para mim.

Eu amo a noite, porque na luz fugida as silhuetas indecisas das mulheres são como as silhuetas indecisas das mulheres que vivem em meus sonhos. Eu amo a lua do lado que eu nunca vi.

Se eu fosse cego amava toda a gente.
Almada Negreiros - "Frisos - Revista Orpheu nº1"

domingo, maio 22, 2016

Wallis e Futuna

Wallis e Futuna, oficialmente Ilhas Wallis e Futuna, habitadas por povos polinésios, é uma coletividade ultramarina de França, situada a leste da Austrália, no oceano Pacífico.
O território é constituído pelo arquipélago de Wallis, formado pela ilha de Wallis (Uvea) - onde está situada a capital - e 22 ilhotas, além da ilha Futuna e a quase desabitada Alofi.
Este conjunto está situado na Polinésia Ocidental, rodeado por Tuvalu (a norte), Fiji (a sul) e o arquipélago de Samoa (a leste). As ilhas têm um clima tropical chuvoso.
A composição étnica da população compreende uma maioria de origem polinésia, sendo que grande parte vive em Wallis e a restante em Futuna. O catolicismo é maioritário (99%) e, em relação aos idiomas, fala-se o francês (oficial), walliriano (oficial), bem como línguas polinésias.
Esta coletividade mantêm a divisão tradicional em três reinos: o de Wallis e os dois que dividem a ilha de Futuna (Sigave e Alo).
Além do administrador-chefe, indicado por França, o território é dirigido por um conselho de seis membros, que inclui os três reis.
As ilhas que formam Wallis e Futuna são habitadas desde o século XII por imigrantes polinésios de Tonga e Samoa. Em 1616, os navegadores dos Países Baixos, Willem Schouten e Jacob Le Maire, descobrem Futuna e é só em 1767 que os franceses chegam a Wallis. Tornam-se território francês em 1842, como uma dependência da Nova Caledónia.
Durante a Segunda Guerra Mundial, Wallis é utilizada como base militar pelos Estados Unidos. Após plebiscitos realizados nas ilhas, em 1959, o arquipélago adquire a condição de território ultramarino em 1961, com estatuto próprio.
Este território vive da pesca, da agricultura (a cultura principal é o coqueiro do qual se processa a copra) e do turismo.
No início da década de 90, a economia local também beneficiou com a expansão do setor de construção civil e de obras públicas e, ainda, com a fundação do Banco de Wallis e Futuna, em 1991.
No plebiscito de 1992, 76,5% dos eleitores aprovam a integração na União Europeia.
Em 1998 a Nova Caledónia assina o Acordo de Nouméa com o governo francês e, no acordo, são estabelecidas relações com as ilhas Wallis e Futuna. O acordo dá poder de controle da imigração ao governo da Nova Caledónia e, em troca, exige apoio financeiro ao desenvolvimento económico e social de Wallis e Futuna. Desde o início de 2000 os governos também discutem acordos de livre comércio e direitos laborais entre os dois territórios.
Se quiser ficar a conhecer melhor estas ilhas, veja com atenção os dois vídeos que se seguem. Valem bem a pena. Parecem um paraíso perdido no meio do Pacífico.
Ora veja!
E aqui vai o outro. Não perca!