sábado, dezembro 17, 2016

O Presépio ou Lapinha: Um Costume de Natal

O Natal em Portugal é uma festa da família. Em muitas famílias portuguesas, no final de novembro ou início de dezembro começam os preparativos para comemorar o Natal.

Na maioria, começam por montar o presépio, de preferência com a ajuda da criançada.

O presépio é uma das tradições importantes, sobretudo para os católicos. Pequenos ou grandes, com poucas ou muitas figuras, em muitos lares a decoração só está completa com este elemento religioso.


O Presépio Tradicional Português é feito com musgo, vegetação e peças de cerâmica avulsas. Não podem faltar a Nossa Senhora, o Menino Jesus e São José.
Mas, um presépio bem montado tem que incluir também, a estrela, os Reis Magos, os pastores, a vaca, o burrinho e tudo o mais que a tradição e a imaginação ditar.
Em Portugal, o presépio tem tradições muito antigas e enraizadas nos costumes populares.
Nas famílias mais tradicionais é montado no início do Advento sem a figura do Menino Jesus que só é colocada na noite de Natal, depois da Missa do Galo. Tradicionalmente, é perto do presépio que são colocados os presentes que são distribuídos depois de se colocar a imagem do Menino Jesus. O presépio é desmontado a seguir ao Dia de Reis.


Lapinha Madeirense
Nos lares madeirenses ou portossantenses não pode faltar também o presépio, que aí ganha a designação de “lapinha”.

As lapinhas são enfeitadas com ramos de azevinho, e com pequenos ramos de árvores, caídos no chão, cobertos com diversas espécies de líquenes como as barbas de velho.
Para completar esta decoração, não podem faltar os frutos da época como as laranjas, as tangerinas, as castanhas e nozes; algumas flores da época como os sapatinhos.


Na maioria das terras portuguesas, as próprias autarquias encarregam-se de montar os seus presépios nos locais mais frequentados dos centros urbanos.

A vila de Alenquer reforçou epíteto de Vila Presépio quando, em 1968, criou a tradição de montar um gigantesco presépio, elaborado pelo pintor Álvaro Duarte de Almeida, numa das colinas da vila.

Foi dada assim expressão prática a um qualificativo que pertencia aquela vila portuguesa desde o século XIII - altura em que aí se fixou o primeiro convento franciscano da Península Ibérica.

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