sábado, junho 06, 2015

Há alunos inesquecíveis

Qualquer professor gosta de saber que os seus alunos ou ex-alunos estão bem. Que encontraram um rumo na vida. Seja ele qual for… Arquitecto, cantor, músico, cabeleireiro, vendedor, professor, escritor, médico, humorista, desportista, actor, repositor, etc. etc.
É sempre bom encontrá-los ou reencontrá-los e saber que estão bem. Que se tornaram adultos, que constituíram família ou não, que têm filhos ou não…
E é sempre uma alegria revê-los.

Até porque há alunos inesquecíveis. Uns porque tinham excelentes notas. Alguns porque possuíam um excelente sentido de humor. Outros porque eram “levados da breca” e não estudavam nada. Havia os tinham uma letra horrível e os que eram alunos especiais. De alguns, a saudade… porque partiram demasiado cedo.
A Sofia é uma destas alunas inesquecíveis. Conheci-a, aluna, numa Escola Secundária de Lisboa. Como a maioria dos que me têm passado pelas mãos ao longo da minha vida de docência, a Sofia, vivia a sua adolescência. Uma fase difícil para qualquer jovem: Os anseios, os sonhos, as dúvidas, a necessidade de liberdade, o querer ser adulto e ainda não o ser, inquietam todos, introduzem perturbações, deixam marcas…
A adolescência é também uma fase complicada de acompanhar por parte de qualquer pai ou de qualquer professor. Mas um tempo, uma etapa, surpreendente e aliciante!
Na altura, apercebi-me que a Sofia estava a experimentar uma adolescência difícil. Mas gostava de escrever. Incentivei-a - percebi que gostaria, um dia, de publicar os seus textos… mas tinha receios e dúvidas de alguma vez o conseguir. Disse-lhe para não desistir, para os enviar para as editoras ou para os jornais. Procurando conquistá-la para a ideia de que não se deve desistir de nenhum sonho, mas sim lutar por ele…! Com uma pequena dedicatória, ofereci-lhe um livro de um jovem autor português (ainda adolescente), que tinha conseguido publicar a sua obra.

Reencontrei a Sofia uma ou duas vezes, depois da Escola Secundária. Depois disso, de vez em quando, pensava nela e perguntava-me o que seria feito daquela miúda. Durante muito tempo não tive notícias. Até que um dia, depois de umas férias de Agosto, o meu marido me disse que alguém tinha escrito um texto muito bonito no meu Facebook - onde eu vou pouco – e a que eu deveria responder…
Entre outras coisas, a Sofia falava do tal livro que eu lhe tinha oferecido. E dizia ainda mais: Que ia publicar a sua primeira obra, o seu Murmúrio Infinito. Foi uma enorme alegria reencontrá-la. Saber que estava bem, que tem três filhos lindos, que encontrou o seu rumo e conseguiu concretizar o seu sonho da adolescência.

A crítica literária não é a minha área. Fico-me pelos sentimentos e pelas emoções.
Por isso, para conhecer um pouquinho da alma da Sofia, aconselho-o a ler o seu livro. O seu "Murmúrio Infinito"
Que desafio a comprar, a descobrir e a percorrer de alma e coração abertos.

Vale a pena!

Os Iazidis e o Anjo Pavão

Os iazidis (ou yazidis), são uma comunidade étnico-religiosa curda cujos membros praticam uma antiga religião sincrética, o iazidismo, uma espécie de iazdanismo ligada ao zoroastrismo e a antigas religiões da Mesopotâmia. A maior parte dos seus membros vive ou é originária da província de Ninawa, no norte do Iraque, cuja capital é Mossul, uma região que fez parte da antiga Assíria e foi o centro do Império Neoassírio, mas também há comunidades na Arménia, Geórgia e Síria, as quais têm registado um acentuado declínio desde a década de 1990, devido à emigração para a Europa Ocidental, sobretudo para a Alemanha.
A maioria dos Yazidis, cerca de 500 mil, vivem no Iraque. Na zona da Síria que faz fronteira com o Iraque há ainda cerca de 50 mil membros desta comunidade.
O avanço dos "jihadistas" está a ameaçar pelo menos quatro minorias no Iraque, entre as quais o caso mais grave é o dos Yazidis
A religião Yazidi mistura elementos de várias tradições religiosas, como o Zoroastrianismo, o Islão e o Cristianismo
Segundo os próprios iazidis, a sua religião tem origem no antigo Irão e há numerosas semelhanças entre o iazidismo actual e as antigas religiões persas, o que leva muitos autores a considerá-lo um vestígio sobrevivente do mitraísmo iraniano que se adaptou a um ambiente hostil absorvendo elementos exógenos.
Entretanto outros estudos consideram que o iazidismo tem origem no movimento heterodoxo do islão sunita do século XII protagonizado pelo xeque Adi, que misturou elementos islâmicos, com elementos pré-islâmicos conservados no Curdistão.
Os iazidis acreditam em Deus como criador do mundo. Mundo que colocou sob o cuidado de sete "seres sagrados" ou anjos, cujo "chefe" (arcanjo) é Melek Taus, o Anjo Pavão.
Como governante do mundo, este Anjo Pavão é a causa de tudo o que sucede de bom e de mau aos humanos e este caráter ambivalente surge em mitos da sua queda em desgraça junto de Deus, antes das suas lágrimas de arrependimento terem apagado os fogos do seu cárcere infernal e de ter-se reconciliado com Deus.
Esta crença tem origem nas reflexões místicas sufistas (um ramo místico do islão) sobre o anjo Iblis (o equivalente islâmico do Diabo), que se recusa orgulhosamente a violar o monoteísmo, adorando Adão e Eva, apesar da ordem expressa de Deus para o fazer.
Se quiser ficar a conhecer um pouco mais esta religião e este povo veja com atenção a apresentação que se segue.

sexta-feira, junho 05, 2015

Uma lição da Mãe Natureza

Esta é uma daquelas histórias que parecem ter sido inventadas. Nos anos 90, no parque de Yellowstone (nos EUA), os lobos já estavam praticamente extintos. Alguns cientistas resolveram, então, reintroduzir esses animais no parque.
Como toda a gente sabe, os lobos são predadores e, por isso, muitos acreditavam que aquilo poderia ser prejudicial ao ambiente que já se encontrava em desequilíbrio.
Para surpresa dos cientistas, não foi o que ocorreu. Não só isso, mas outras coisas inesperadas e incríveis começaram a acontecer. E mais uma vez, o homem curvou-se diante da soberania da mãe natureza.
Veja, em baixo, o vídeo espectacular, que relata esta história.
Verifique como os lobos mudaram os rios. É uma excelente lição da Mãe Natureza.
Não perca. Vale bem a pena!

quinta-feira, junho 04, 2015

Gêmeos

A mulher de Gêmeos
Não sabe o que quer
Mas tirante isso
É boa mulher.

A mulher de Gêmeos
Não sabe o que diz
Mas tirante isso
Faz o homem feliz.

A mulher de Gêmeos
Não sabe o que faz
Mas por isso mesmo
É boa demais…
Vinícius de Moraes 

quarta-feira, junho 03, 2015

Chuva

Oiça João Pedro Gonçalves, aluno do 5º ano deste agrupamento de escolas (da Escola Básica Lindley Cintra), em "Chuva" na gala "The Voice Kids".
"Chuva" é um tema da fadista Mariza e é aqui interpretado na voz de um menino que surpreende todos com o seu à-vontade!
Ora veja.
Vale bem a pena perder (ou ganhar) uns minutinhos do seu tempo.

terça-feira, junho 02, 2015

A Linha do Equador

Cidade de Macapá - Amapá
Equador é o nome dado à linha imaginária que resulta da intersecção da superfície da Terra com o plano que contém o seu centro e é perpendicular ao eixo de rotação.
Devido a pequenos movimentos do eixo da terra em relação à crosta terrestre, os pólos geográficos não se encontram em pontos fixos da superfície da terra. Assim, a posição do equador também não é rigorosamente constante no referencial da crosta, motivo pelo qual é adoptada, para a maioria dos efeitos geodésicos, uma posição média.
O equador divide a superfície da Terra em dois hemisférios: o Hemisfério Norte, ou setentrional, que contém o Pólo Norte, e o Hemisfério Sul, ou meridional, que contém o Pólo Sul.
O raio do equador é cerca de 6 378 km, o que corresponde a um perímetro de 40 075 km.
 A linha do equador atravessa, sobretudo oceanos, mas,  alguns países também são atravessados por ela: São Tomé e Príncipe, Gabão, República do Congo, República Democrática do Congo, Uganda, Quénia, Somália, Maldivas, Indonésia, Kiribati, Equador, Colômbia e Brasil.
As viagens tornam ainda mais interessante a disciplina de Geografia, porque só quando viajamos é que percebemos melhor todos aqueles conceitos aprendidos nas aulas: latitude, longitude, meridianos, paralelos, trópicos, hemisférios, mapas, fusos horários, linha internacional de mudança de data, etc, etc.
S. Tomé e Príncipe
A partir do Equador mede-se a latitude. Aqui a latitude é de zero graus.
Se quisermos dar uma volta ao mundo "basta percorrer" esta linha até que se chega novamente no mesmo ponto.
Mas para localizarmos com precisão qualquer lugar, precisamos de outra linha de referência.
É essa a função do Meridiano de Greenwich. Esta linha corta o mundo verticalmente, dividindo-o em dois hemisférios o ocidental e o oriental e determina, também, os fusos horários.
Neste caso, inventou-se outra coordenada geográfica: a longitude. Esta permite determinar  a distância angular de um determinado lugar em relação a cidade de Greenwich, que fica nos arredores de Londres, e é o ponto zero.
Mas, voltando à Linha do Equador, aquela que divide a Terra em dois hemisférios: os hemisférios norte e sul, veja ao lado algumas imagens de locais atravessados por ela.
De salientar em particular o parque Mitad del Mundo, que se situa a 20 km de Quito. É neste local que está um dos marcos oficiais por onde passa a Linha do Equador.
Na Ciudad Mitad del Mundo que é considerada como que uma cidadezinha fictícia, existem de lojas, restaurantes, praças, casinhas coloniais, o monumento da Linha do Equador, museus, restaurantes e muitas lojas de artesanato. Entretanto, aprecie o vídeo abaixo, que é uma verdadeira aula sobre estas questões.

segunda-feira, junho 01, 2015

INFÂNCIA

Quando recordo  o tempo  de criança
revivendo aquela fase linda,
envolvo-me em  magia mansa
julgando-me ser criança ainda!

Temos sempre e sentimos  dentro de nós
um pouco da linda e frágil criança,
aquela que vive simplesmente a sós
imaginando sonhos de esperança.

E neste vai e vem de nossa vida,
vez em quando uma lembrança remexida
nos torna feliz, momentaneamente.

Quase sempre é a imagem colorida
através de uma lágrima escorrida,
lembrando a criança  que fomos antigamente.
Celeste Laus - A Décima Carta 

domingo, maio 31, 2015

A Canção da Terra

"A Canção da Terra" é um filme português, de 1938, com  Elsa Romina (Bastiana), Barreto Poeira (Gonçales), Óscar de Lemos (Caçarola), João Manuel Pinheiro (Nazairinho) e Maria Emília Vilas/Marimília (Mãe).
Esta foi a primeira longa-metragem do realizador Jorge Brum do Canto e teve origem num convite do director de fotografia Aquilino Mendes, também co-produtor do filme. Foi considerado, pela crítica de então, como um novo passo do cinema português, um dos nossos filmes maiores.
Sinopse:
"Porto Santo, Madeira. A luta pela vida assume aspectos dolorosos com a seca, pois não chove na ilha. Gonçalves procura obviar ao infortúnio com o alento que lhe traz o amor de Bastiana, apesar da rivalidade com João Venâncio, um rico proprietário com uma nascente de água nas suas terras e que se recusa a partilhá-la com Gonçalves. A resignação e o sacrifício, a ansiedade, a paixão e o ódio, ateiam conflitos humanos sob os caprichos da natureza."