sábado, abril 11, 2015

Descida no aeroporto em Queenstown

Queenstown é uma pequena cidade na Nova Zelândia situada na Ilha do Sul. Fica na margem de um lago cristalino, Wakatipu, e é cercada por duas altas cadeias montanhosas ("The Remarkables"). Está rodeada de natureza incluindo florestas e uma grande variedade de vida selvagem e paisagens impressionantes.
As belezas naturais transformaram esta cidade e seus arredores, nomeadamente  a impressionante paisagem de Central Otag, no cenário adequado a muitas cenas da famosa trilogia cinematográfica "O Senhor do Anéis" e da sua "Terra Média".
A Cidade da Rainha, com cerca de 20 mil habitantes fixos, é um dos principais destinos turísticos da Nova Zelândia, quase dobrando a sua população na época alta.  Nesta cidade calma vêm-se poucos carros e há várias ruas pedonais com pequenas lojas de recordações.
Queenstown também é internacionalmente conhecida como a capital mundial dos desportos radicais. É possível fazer Bungee jumping, Skydiver, Ski Rafting, safáris pelas montanhas, praticar mountain biking ou fazer passeios de barco pelo lago, parando numa típica fazenda de ovelhas, etc.
A cidade possui um aeroporto, tornando o acesso à cidade muito simples. No entanto, o que pretendo com o post de hoje é que veja como pode ser radical a aterragem no aeroporto de Queenstown.
Claro que a aterragem numa região de elevada densidade montanhosa como esta, só podia acontecer com apoio electrónico (VOR).  Os voos em tais condições obedecem às regras IFR, voos com instrumentos (Instruments Flying Rulles), caso contrário seria um suicídio...
Veja agora um vídeo espectacular feito por um piloto, entre as montanhas e as nuvens da região, na descida para a cidade de Queenstown na Nova Zelândia.
Ainda assim, e por muita tecnologia que exista, isto causa sempre um arrepiozinho!

sexta-feira, abril 10, 2015

Áries

Branca, preta ou amarela
A ariana zela.

Tem caráter dominador
Mas pode ser convencida
E aí, então, fica uma flor:
Cordata… e nada convencida.

Porque o seu dominador
É o amor.
Eu cá por mim não tenho nenhum
Preconceito racial:
Mas sou ariano!
Vinícius de Moraes

quinta-feira, abril 09, 2015

Vamos mais uma vez até Monsanto

Monsanto (ou Monsanto da Beira) é uma das Aldeias Históricas de Portugal.
Monsanto é construída em pedra granítica e foi sede de concelho entre 1174 e 1853.
Monsanto situa-se a nordeste de Idanha-a-Nova (na Beira Baixa), na encosta de uma grande elevação escarpada, designada de o Cabeço de Monsanto (Mons Sanctus), irrompendo repentinamente do vale. No ponto mais alto o seu pico atinge os 758 metros. A presença humana neste local data desde o paleolítico, tendo por ali passado os visigodos, os romanos e os árabes.
Através da excelente apresentação que se segue conheça esta  Aldeia de Pedra, tal como foi divulgada em Espanha, pela Revista HOLA.

quarta-feira, abril 08, 2015

O Mundo de Tinta

Cornelia Funke (1958) é uma ilustradora e escritora alemã de literatura infantojuvenil.
Quando criança, queria ser astronauta ou  piloto de aviões. Mas, mais tarde decidiu estudar pedagogia em Hamburgo.
Durante algum tempo ganhou dinheiro ilustrando livros, mas rapidamente começou a escrever as suas próprias histórias, inspirada naquelas, com que havia agradado as crianças carentes com quem tinha trabalhado.
A fama internacional surgiu com o livro de fantasia "O Cavaleiro do Dragão" e continuou com "O Senhor dos Ladrões" (2000).
Outro  livro que deu seguimento à sua fama foi "Coração de Tinta" que venceu o prémio "BookSense"  - Book of the Year Children's Literature" de 2004.  Coração de tinta, foi adaptado para o cinema (em 2008) e tornou-se um best-seller mundial, com mais de 4 milhões de exemplares vendidos.
"Coração de Tinta" é a primeira parte de uma trilogia que tem como continuação "Sangue de Tinta", que venceu o segundo prémio de "Funke BookSense Book of the Year Children's Literature", no ano de 2006. A trilogia é finalmente concluída com "Morte de Tinta", publicado na Alemanha em 2007.

Sinopse:
"Meggie é filha de um restaurador de livros antigos, Mortimer Folchart, um apaixonado pela leitura que, contudo, nunca lê nada em voz alta. Mo, como é conhecido pelos amigos e parentes, vive o drama de ser um Língua Encantada, uma pessoa com o incrível dom de tornar real qualquer objeto ou os personagens de um livro.
Meggie é uma devoradora de histórias, mas apesar da insistência não consegue fazer com que o pai leia para ela na cama. Meggie jamais entendeu o motivo dessa recusa, até que um excêntrico visitante noturno finalmente vem revelar o segredo que explica a proibição. 
É que Mo tem uma habilidade estranha e incontrolável: quando lê um texto em voz alta, as palavras tomam vida em sua boca, e coisas e seres da história surgem como que por mágica. Numa noite fatídica, quando Meggie ainda era um bebê, a língua encantada de Mo trouxe à vida alguns personagens de um livro chamado Coração de tinta. Um deles é Capricórnio, vilão cruel e sem misericórdia, que não fez questão de voltar para dentro da história de onde tinha vindo e preferiu instalar-se numa aldeia abandonada. Desse lugar funesto, comanda uma gangue de brutamontes que espalham o terror pela região, praticando roubos e assassinatos. Capricórnio quer usar os poderes de Mo para trazer de Coração de tinta um ser ainda mais terrível e sanguinário que ele próprio. Quando seus capangas finalmente seqüestram Mo, Meggie terá de enfrentar essas criaturas bizarras e sofridas, vindas de um mundo completamente diferente do seu". Companhia das Letras.
No entanto, o "Mundo de Tinta" só foi de facto conhecido à partir do segundo livro, "Sangue de Tinta", quando os personagens – os reais e os imaginários – literalmente entraram no livro "Coração de Tinta". É a partir desse momento que se conhecem os reinos, as aldeias, a Floresta Sem Caminhos, as ninfas da água, as fadas azuis, os elfos do fogo, os saltimbancos, os salteadores e toda a magia criada por Fenoglio – um personagem dentro do livro que é designado como autor. Veja no vídeo a seguir a resenha desta trilogia. Vale bem a pena!  Agora veja no vídeo em baixo o Trailer de "Coração de Tinta (Inkheart)" .
Embarque numa aventura onde as histórias dos livros ganham vida e se misturam com o mundo real! "Coração de Tinta" é uma superprodução que tem no principal papel Brendan Fraser.

terça-feira, abril 07, 2015

The Lady Day

Billie Holiday (7 de Abril de 1915 — 1959), por vezes, mais conhecida como Lady Day (apelido que lhe foi atribuído por Lester Young), é por muitos considerada a maior de todas as cantoras de jazz.
Billie, criada por pais adolescentes, o pai tinha quinze anos de idade e a mãe apenas treze, teve uma infância difícil.
Menina americana negra e pobre, Billie passou por inúmeros sofrimentos. Foi violentada sexualmente, internada numa casa de correção, lavou o chão de prostíbulos e acabou por cair na prostituição.
A sua vida como cantora começou por acaso em 1930,  num bar do Harlem. Billie nunca teve educação musical e a sua aprendizagem fez-se ouvindo Bessie Smith ("A Imperatriz dos Blues") e Louis Armstrong.
O seu primeiro disco foi gravado com a Big Band de Benny Goodman. Começou então a cantar em várias casas nocturnas do Harlem (Nova York), onde adoptou o seu nome artístico.
Cantou também com as Big Bands de Artie Shaw e Count Basie. Foi uma das primeiras negras a cantar com uma banda de brancos, numa época de enorme segregação racial nos Estados Unidos (anos 30).
Consagrou-se apresentando-se com as orquestras de Duke Ellington, Teddy Wilson, Count Basie e Artie Shaw, e ao lado de Louis Armstrong, tornando-se  numa das mais comoventes cantoras de jazz de sua época.
A partir de 1940, apesar do sucesso, Billie Holiday, sucumbiu ao álcool e às drogas, passando por momentos de depressão, o que se reflectia na sua voz.
Em 1956, Billie Holiday publicou a sua autobiografia, "Lady Sings the Blues", a partir da qual foi feito um filme, em 1972, tendo Diana Ross no papel principal.
Assinalando aqui o centenário do seu nascimento, fique com dois vídeos e aprecie-os com atenção. O primeiro mostra Lady Day numa das suas melhores interpretações (My Man) com Jimmy Rowles O segundo é o filme inspirado na sua vida e interpretado por Diana Ross.

segunda-feira, abril 06, 2015

Shopping Center Virtual

A ficção tornou-se realidade! Os avanços da tecnologia não deixam de ser surpreendentes.
O primeiro centro comercial virtual do mundo surgiu na Coreia do Sul. As prateleiras dos produtos são telas de LCD, que permitem que a pessoa realize um pedido através apenas de um toque na tela. Assim, quando se chega à caixa, já se têm as compras embaladas e prontas para ser levadas.
A empresa Tesco Korea adoptou esta inovadora maneira de conquistar o mercado criando um Shopping Center virtual, numa das muitas estações de metro da Coreia.
A outra alternativa para fazer compras, nestas lojas, é através de aplicativos disponíveis nos Iphones ou Androids. Aí, o cliente faz as compras a partir de um leitor de códigos de barra presentes no próprio aplicativo.
As prateleiras, que têm mais de 300 produtos, utilizam o QR-code, mas o aplicativo também também reconhece os códigos de barra tradicionais.
Este tipo de comércio virtual já se espalhou pelo mundo. Começou na Coréia e passou para o  Chile e Brasil.
Veja agora dois vídeos sobre o assunto. Aqui vai o primeiro.  E agora o segundo.

domingo, abril 05, 2015

Os Fálgaros da Páscoa

Sernancelhe é uma vila portuguesa do distrito de Viseu, com cerca de 1 100 habitantes. De entre os naturais deste concelho, avulta Aquilino Ribeiro, um dos maiores escritores portugueses do século XX, cujos romances retratam, muitas vezes, as idiossincrasias das "Terras do Demo".
Sernancelhe é conhecida como a capital da castanha, mas também, dos Fálgaros da Páscoa.
Os Fálgaros de Tabosa do Carregal, em Sernancelhe, imortalizados literariamente por Aquilino Ribeiro, são pães de azeite com queijo de cabra fresco no interior.  O bom gosto gastronómico de Aquilino Ribeiro não se ficava só, como ele dizia, pelo "peixe mais saboroso de toda a fauna das águas, as trutas do Paiva", mas também pelos Fálgaros.
Longe vai o tempo em que no Convento de Nossa Senhora da Assunção, em Tabosa, se confeccionavam os famosos fálgaros dentro das quatro paredes do último mosteiro feminino do país. Os doces de pão de trigo feitos com queijo de cabra fresco deixaram de sair do forno com a regularidade da época, mas enchem, na Páscoa, as mesas de muitas casas desta região.
Deste convento de freiras bernardas restam a Quinta, as ruínas do convento, a Igreja e os fálgaros, que persistem como especialidade da culinária conventual.
A doçaria desta região está ligada a dois sectores da sociedade que marcaram de forma indelével a história do concelho: o povo e a religião. O povo, deitando mãos dos parcos recursos que possuía, aproveitava os pedaços de carne e cozia as gostosas bolas nos fornos comunitários das aldeias. Fazia fritas e filhós por altura das festas na aldeia, cozia bolo de azeite e aproveitava os ovos e o leite para preparar leite-creme e arroz doce. As receitas passaram de mão em mão e permanecem intactas.
Nos conventos e mosteiros tiveram origem dois dos mais apreciados exemplares da doçaria de Sernancelhe: os Fálgaros de Tabosa e as Cavacas de Freixinho (sobremesa requintada feita à base de trigo, ovos e azeite, depois coberto por uma calda de açúcar).  
Proponho-lhe que aprecie agora dois vídeos. O 1º é uma reportagem sobre os Fálgaros de Tabosa e o 2º é sobre a confecção desta especialidade da Páscoa.   Aqui vai, agora, o segundo.