sábado, julho 13, 2013

Viver Sem Tempos Mortos

Ouça um trecho do poema "Viver Sem Tempos Mortos" de Simone de Beauvoir, narrado por Fernanda Montenegro. Neste pedaço de reportagem em homenagem aos seus 80 anos, cedida pela Globo News, Fernanda Montenegro recita parte deste poema.

sexta-feira, julho 12, 2013

O Legado de Mandela

"O Legado de Mandela - Quinze Lições de Vida, Amor e Coragem", é um livro de Richard Stengel.
O livro é o resultado de dezenas de horas de conversas entre Richard Stengel, editor da revista Time, e Nelson Mandela. Durante 3 anos, Richard Stengel acompanhou Mandela para todo o lado, assistiu a várias conferências do líder mundial, viajou com ele, comeu ao seu lado, ouviu-o pensar em voz alta, ajudou-o na sua biografia. Como resultado das longas conversas do autor com esta enigmática figura, da profunda amizade e conhecimento mútuo, resultou o livro "O Legado de Mandela".
Nesta obra, Stengel revela os princípios que nortearam a vida do maior líder africano de todos os tempos e que, de resto, lhe deram a notabilidade e reconhecimento mundial e relata vários momentos (em sociedade e em família) da vida de Mandela.


quinta-feira, julho 11, 2013

O Mostrengo

Este ano celebrou-se em Maio, o centenário do nascimento de João Villaret. Para o comemorar, aqui, veja este declamador português a dizer "O Mostrengo" de Fernando Pessoa.
João Villaret (1913 — 1961) foi um actor, encenador e declamador português. Depois de frequentar o Conservatório Nacional de Teatro, começou por integrar o elenco da companhia de teatro lisboeta Amélia Rey Colaço-Robles Monteiro.
Mais tarde, fez parte da companhia teatral "Os Comediantes de Lisboa", fundada em 1944 por António Lopes Ribeiro e o seu irmão Francisco, mais conhecido por Ribeirinho. Teve uma interpretação considerada antológica na peça "Esta Noite Choveu Prata", de Pedro Bloch, em 1954, no extinto Teatro Avenida, em Lisboa.
João Villaret foi, também, actor de cinema e apresentou programas de televisão. No cinema, João Villaret trabalhou com Leitão de Barros em filmes como “Inês de Castro” (1944) e “Camões” (1946). Mas, João Villaret é recordado, sobretudo, como declamador porque dizia poesia como ninguém. Morreu aos 48 anos mas, neste quase meio século de vida, fez com que os portugueses se apaixonassem pelos poetas nacionais, sobretudo por Fernando Pessoa. Mas não só. Muita gente ouviu falar pela primeira vez de José Régio através dele, com a declamação do poema "Cântico Negro".
A experiência que adquiriu no palco e no cinema, assim como em programas radiofónicos, fez do seu programa de televisão um êxito. Aos domingos era impreterível vê-lo declamar, com graça e paixão, poemas dos maiores autores nacionais. Na televisão, teve um papel muito importante na divulgação dos grandes poetas portugueses, sobretudo Fernando Pessoa e António Botto, que eram seus amigos.
Em conjunto com Aníbal Nazaré e Nelson de Barros, deu origem à canção “Fado Falado”, onde se afirmava: “Se o fado se canta e chora, também se pode falar.” Criava-se um estilo. De mão no peito e olhar fixo na câmara, prendia as famílias ao pequeno ecrã.

quarta-feira, julho 10, 2013

Poética

Neste ano que se comemora o centenário do nascimento do poetinha, aqui fica a sua Poética:

De manhã escureço
De dia tardo
De tarde anoiteço
De noite ardo.

A oeste a morte
Contra quem vivo
Do sul cativo
O este é meu norte.

Outros que contem
Passo por passo:
Eu morro ontem

Nasço amanhã
Ando onde há espaço:
– Meu tempo é quando.
Vinícius de Moraes

terça-feira, julho 09, 2013

Gardénia Branca

Proponho-lhe que oiça, mais uma vez,  uma das grandes vozes do Brasil em "Gardénia Branca".   Filipe Catto é uma das vozes mais recentes da música brasileira. Não perca!

Gardênia branca no cabelo dela
Gardênia branca no cabelo, assim
Dizem que é mulher da vida
Mas vale mais que ouro para mim

Mulher que é boa não se esconde
Faz o que pode pra se virar
Ela me recebe no seu barraco
me conta casos e me pede pra lhe amar

Gardênia branca no cabelo dela
Gardênia branca no cabelo, assim
Dizem que é mulher da vida
Mas vale mais que ouro para mim

Dessa mulher eu não reclamo
Todos os dias eu bato no portão
Ela é dengosa e sabe o jeito
De me deixar apaixonado em suas mãos

E o povo pode até falar do nosso caso
Mas eu não ligo, pois a conheço bem
Essa nega de noite quando deita na cama
Dorme tranquila, pois não teme a ninguém

Ela é mulher da vida
Mas não é puta, não
Traz a linda flor branca
Dentro do seu coração

segunda-feira, julho 08, 2013

A Jordânia

A Jordânia, oficialmente Reino Hachemita da Jordânia, é um país do Médio Oriente, limitado a norte pela Síria, a leste pelo Iraque, a leste e a sul pela Arábia Saudita e a oeste pelo Golfo de Aqaba (através do qual faz fronteira marítima com o Egipto), por Israel e pelo território palestiniano da Cisjordânia. A capital da Jordânia é a cidade de Amã. A Jordânia é essencialmente um grande planalto. A parte ocidental é a mais acidentada, não só devido às cadeias montanhosas, mas também à descida abrupta até à depressão que liga o mar Vermelho ao mar Morto e ao rio Jordão. Todo o país é desértico ou semi-desértico, sendo a zona menos árida também aquela onde se aglomera a maior parte da população: a região noroeste, separada da Cisjordânia pelo Jordão. As maiores cidades são Amã e Irbid.
A história desta região remonta há muitos anos, tendo sido dominada  por diferentes tipos de povos. A partir do século VII a.C., a presença mais expressiva é a dos nabateus, um povo nómada que constrói uma próspera civilização na área, assumindo o controle das importantes rotas de caravanas localizadas na região. Mais tarde por esta região passaram invasores e colonos como por exemplo: egípcios, israelitas, assírios, babilónios, persas, gregos, romanos, árabes muçulmanos, cruzados cristãos, turcos otomanos e, finalmente, os britânicos. No fim da Primeira Guerra Mundial, o território que agora compreende Israel, a Jordânia, a Cisjordânia, a Faixa de Gaza e Jerusalém foi concedido ao Reino Unido como o Mandato Britânico da Palestina. Em 1922, a Grã-Bretanha dividiu o controle da região estabelecendo o semiautónomo Emirado da Transjordânia, regido pelo príncipe hachemita Abdullah, enquanto continuou a administração do resto da Palestina sob um alto comissariado britânico. O domínio sob a Transjordânia acabou oficialmente em  Maio de 1946.  Nesse mesmo mês, o país tornou-se independente assumindo a designação de Reino Hachemita da Transjordânia. O tratado especial de defesa com o Reino Unido acabou em 1957.
A Jordânia é um país pequeno com recursos naturais bastante limitados.  A sua economia depende da exploração de fosfatos, carbonato de potássio, do turismo, da comercialização de fertilizante e de outros serviços. Tem apostado, também,  no gás natural para suprir internamente pelo menos parte de suas necessidades de energia.
A maior parte da população jordana é de origem árabe. As principais minorias étnicas correspondem à dos arménios e a um reduzido grupo de origem caucasiana. Quase todos os habitantes são muçulmanos sunitas, embora existam pequenas comunidades xiitas e cristãs - das quais um terço pertence à Igreja Ortodoxa Grega. A elevada taxa de natalidade e a entrada de imigrantes constituem a base do alto crescimento demográfico.  As condições climáticas e a disponibilidade de água são os factores que determinam a distribuição da população, concentrada, sobretudo,  nas proximidades do Lago Tiberíades, do mar Morto e ao longo do rio Jordão. Aprecie agora algumas belas imagens da Jordânia, através da apresentação que se segue. 

domingo, julho 07, 2013

Está de ananases...

A onda de calor que se tem feito sentir, em Portugal,  fez-me lembrar o grande Eça de Queiroz. Aqui fica, pois, a sua verve, a propósito deste Verão quente!

"(...) entrei no quarto atordoado com bagas de suor na face. E debalde rebuscava desesperadamente uma outra frase sobre o calor, bem trabalhada, toda cintilante e nova. E nada... Só me acudiam sordidezes paralelas em calão teimoso:
-É de rachar, está de ananases, derrete os untos. (...)".
Eça de Queiroz - "A Correpondência de Fradique Mendes".