sábado, fevereiro 11, 2012

Georgina

Waldemar Bastos é um artista angolano (1954) que se afirmou no período pós-independência daquele país. Contudo, Waldemar Bastos começou a cantar e a fazer música desde a mais tenra idade. As suas influências passam pela música africana, pela música brasileira e também pela anglo-saxónica. Os Beatles, Nat King Cole, os Bee Gees e Carlos Santana, são as influências não-africanas que o marcaram desde cedo.
Mas, com uma guerra civil pós - independência, Angola não era um lugar fácil para se viver. Na sequência de uma visita a Portugal em 1982, ele decidiu, então, não regressar ao seu país. No entanto, Waldemar não permaneceu em Portugal por muito tempo. Acabou por ir para Berlim, na Alemanha Ocidental, onde tinha alguns amigos. Waldemar permaneceu na Alemanha durante alguns meses até que partiu para o Brasil, onde contactou com alguns músicos bem conhecidos, como Chico Buarque, João do Vale, Elba Ramalho, DJAVAN e Clara Nunes, entre muitos outros que tinham em Angola, em finais dos anos setenta, integrado o Kalunga Projecto.
A sua estada no Brasil correu bem. O conhecido álbum "ESTAMOS Juntos", um marco definitivo na carreira de Waldemar Bastos, inclui o tema "A Velha Chica" ( "Xê, menino, não fala política"), e teve, como convidados especiais, Chico Buarque, João do Vale, Dorival Caimmy, Martinho da Villa, entre outros.
Em 1985 instala-se em Lisboa. Grava, depois, o seu segundo álbum "Angola Minha Namorada" (1990), e "Pitanga Madura", em 1992.
Em 1997, a convite de David Byrne da Luaka Bop, Waldemar Bastos grava em Nova Iorque o album "Pretaluz", com Arto Lindsay.
O mais recente álbum de Waldemar Bastos, "Renascence" contém alguma coisa que se pode identificar como tranquilidade e familiaridade.
Waldemar Bastos é um cantor que faz da sua música uma linguagem universal porque consegue construir pontes entre o património musical de África com a música da Europa contemporânea.
Proponho-lhe, agora, que ouça Waldemar Bastos a cantar "Georgina". Este registo ao vivo de Waldemar Bastos foi gravado em Dezembro de 2004 no Tropentheater em Amesterdão.

sexta-feira, fevereiro 10, 2012

Escrevo diante da janela aberta

I
Escrevo diante da janela aberta.
Minha caneta é cor das venezianas:
Verde!... E que leves, lindas filigranas
Desenha o sol na página deserta!

Não sei que paisagista doidivanas
Mistura os tons... acerta... desacerta...
Sempre em busca de nova descoberta,
Vai colorindo as horas quotidianas...

Jogos da luz dançando na folhagem!
Do que eu ia escrever até me esqueço...
Pra que pensar? Também sou da paisagem...

Vago, solúvel no ar, fico sonhando...
E me transmuto... iriso-me... estremeço...
Nos leves dedos que me vão pintando!
Mário Quintana - A Rua dos Cataventos

quinta-feira, fevereiro 09, 2012

Uma China Fascinante...




Ainda há quem considere que a China não é fascinante...
Veja a apresentação que se segue, que mostra algumas fotografias deste país, feitas por dois fotógrafos texanos (pai e filho): Bernardo e Tomas Medina.

quarta-feira, fevereiro 08, 2012

Aurea: A menina da voz de ouro

Aurea (1987) é uma cantora portuguesa, que canta, pop, blues e soul music.
O seu sonho desde muito cedo era ser atriz, entrando assim para o curso de Teatro da Universidade de Évora (que não acabou). Foi Rui Ribeiro, um colega de curso da mesma escola, que a fez aperceber-se da poderosa voz que tinha. Aurea ofereceu bastante resistência até se decidir dedicar ao mundo da música e das canções. Segundo diz, "nunca pensei fazer da minha voz, profissão".
Depois de muita insistência gravou a primeira maqueta num estúdio improvisado (depois de descobrir o estilo de música que mais se adequava ao seu timbre de voz), com o single "Busy (for me)".
De acordo com a própria Aurea, "este tema fez-me apaixonar pela música soul". Rui Ribeiro foi autor de sete dos dez temas do disco de estreia, que revela, claramente, influências da pop e do soul.
Aurea foi considerada a revelação do ano e, já gravou o seu 2º álbum, "Aurea ao vivo no coliseu dos recreios".
A cantora é muito fiel ao seu visual e quando está em palco interpreta uma personagem em cada música, sendo também conhecida por cantar descalça.
O álbum de estreia homónimo foi lançado em Setembro de 2010. Em setembro de 2011, foi nomeada para os prémios MTV Europe Music Awards, na categoria "Best Portuguese Act", tendo ganho o mesmo, a 18 de outubro de 2011.
De entre as suas influências musicais, estão nomes como Aretha Franklin, Joss Stone, John Mayer, Amy Winehouse, James Morrison e ainda Zero 7.
Aurea participou num disco baseado no espetáculo "Viva Elvis", do Cirque du Soleil, em Las Vegas e que assinala o 75º aniversário do cantor (que morreu em 1977). Quando Elvis morreu, Aurea ainda não tinha nascido. A cantora cresceu a ouvir o rei Elvis que o pai lhe mostrava, sem sequer pensar que um dia ia gravar com o próprio. Foi feita uma nova versão de "Love Me Tender", na qual foi adicionada a voz do rei que culminou num dueto virtual, que saiu no disco Viva Elvis, The Album, em Novembro de 2010. Acerca deste assunto, Aurea disse numa entrevista: "Esta versão é a minha cara. A primeira vez que ouvi "Love Me Tender" era ainda muito pequenina, e acho que me deve ter sido mostrada pelo meu pai (...) Têm-me dito que eu faço inteira justiça à canção."
Ouça, agora, esta menina de voz de ouro no tema que a lançou: Busy (for me).

terça-feira, fevereiro 07, 2012

Tempos Difíceis

Assinalando aqui, o Bicentenário de Charles Dickens sugiro a (re) leitura de "Tempos Difíceis".
"Tempos Difíceis" escrito no ano de 1854, marca um período importante na obra do autor.
Este livro apresenta um aspecto novo na sociedade provinciana de seu tempo, a luta entre o moderno e o antigo, através da burguesia e de pensamentos novos, como o Positivismo, por exemplo. Dickens mostra uma feia cidade chamada Lancashire Coketown - cidade do carvão (coque) - com a sua fábrica de tecidos e algodão. Uma cidade marcada pela Revolução Industrial evidenciada no aspecto cinzento dos tijolos e nas altas chaminés que lançavam para o ar gases poluentes.
As condições de trabalho eram terríveis. Os operários eram obrigados a trabalhar duramente e as crianças tinham que trabalhar com o intuito de "as tirar das ruas e das seduções que a vida mundana proporcionava".
Dickens também critica, nesta obra, o atraso da educação que permitia a submissão total dos trabalhadores.
"Tempos Difíceis" é uma obra imortal. É um libelo contra ideias e preconceitos arreigados na sociedade. Os problemas básicos de sobrevivência presentes neste romance vão além de qualquer período. Dickens, com a sua mão de mestre, construiu um enredo e desenhou um conjunto de personagens excepcionais, que o transformaram num dos maiores escritores de todos os tempos.
Se quiser saber mais alguma coisa acerca das comemorações, em Portugal, do Bicentenário deste escritor clique aqui e aqui.



segunda-feira, fevereiro 06, 2012

Universidade dos Pés Descalços

O vídeo que hoje lhe sugiro conta, na primeira pessoa, uma história de amor que tem já 45 anos.
A palestra que este vídeo mostra é, certamente, a melhor mensagem que podíamos receber neste início de 2012.
Somos bombardeados com tantos discursos e relatórios de personalidades tão importantes com cursos tirados nas melhores Universidades, e, a solução está onde menos a queremos procurar!
Ora veja!








domingo, fevereiro 05, 2012

O Padrão dos Descobrimentos

O Monumento aos Descobrimentos Portugueses, popularmente conhecido como Padrão dos Descobrimentos, localiza-se em Belém, na cidade Lisboa.
Em posição destacada na margem direita do rio Tejo, o monumento foi erguido para homenagear os elementos envolvidos nos Descobrimentos portugueses.
O monumento original foi encomendado pelo regime de Salazar ao arquitecto Cottinelli Telmo (1897-1948) e ao escultor Leopoldo de Almeida (1898-1975), para a Exposição do Mundo Português (1940), e desmontado em 1958.
O atual monumento, é uma réplica. Este foi erguido em betão com esculturas em pedra de lioz, erguendo-se a 50 metros de altura. Foi inaugurado em 1960, no contexto das comemorações dos quinhentos anos da morte do Infante D. Henrique (o Navegador).

O monumento tem a forma de uma caravela estilizada, com o escudo de Portugal nos lados e a espada da Casa Real de Avis sobre a entrada.
D. Henrique, o Navegador, ergue-se à proa, com uma caravela nas mãos. Em duas filas descendentes, de cada lado do monumento, estão as estátuas de heróis portugueses ligados aos Descobrimentos.
Se não sabe quem é quem, neste monumento, aqui ficam duas imagens, com a indicação das personagens ali representadas.