terça-feira, novembro 06, 2012

Quadras ditas


Proponho-lhe hoje, Quadras de António Aleixo (1899 - 1949)   ditas por Mário Viegas, no programa PALAVRAS VIVAS.  
Mário  Viegas  (1948 - 1996) foi um actor, encenador e declamador português e é considerado como um dos melhores actores da sua geração. Mário Viegas despertou para o teatro ainda aluno da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa. Daí passou para a Escola de Teatro do Conservatório Nacional, tendo a sua estreia profissional no Teatro Experimental de Cascais.
Foi fundador de três companhias teatrais (a última das quais a Companhia Teatral do Chiado).  Actuou em várias partes do mundo, nomeadamente, nos países de língua portuguesa. Notabilizou-se como encenador, tendo dirigido obras de autores clássicos como Samuel Beckett, Eduardo De Filippo, Anton Tchekov, August Strindberg, Luigi Pirandello ou Peter Shaffer. Foi distinguido, diversas vezes, pela Casa da Imprensa, pela Associação Portuguesa de Críticos de Teatro e pela Secretaria de Estado da Cultura, que lhe atribuiu o Prémio Garrett (1987). No estrangeiro foi premiado no Festival de Teatro de Sitges (1979), com a peça "D. João VI" de Hélder Costa, e no Festival Europeu de Cinema Humorístico da Corunha (1978), com filme "O Rei das Berlengas" de Artur Semedo. O seu último êxito teatral foi a peça "Europa Não! Portugal Nunca" (1995).
No cinema participou  no "O Rei das Berlengas" de Artur Semedo (1978), "Azul, Azul" de José de Sá Caetano (1986), "Repórter X" de José Nascimento (1987), "A Divina Comédia" de Manoel de Oliveira (1991), "Rosa Negra" de Margarida Gil (1992), "Sostiene Pereira" de Roberto Faenza (1996), onde contracenou com Marcello Mastroianni. Teve uma colaboração regular com o realizador José Fonseca e Costa - "Kilas, o Mau da Fita" (1981), "Sem Sombra de Pecado" (1983), "A Mulher do Próximo" (1988) e "Os Cornos de Cronos" (1991).
Ficou conhecido também pelos seus recitais de poesia. Gravou uma discografia de catorze títulos, com poemas de Fernando Pessoa, Luís de Camões, Cesário Verde, Camilo Pessanha, Jorge de Sena, Ruy Belo, Eugénio de Andrade, Bertolt Brecht, Pablo Neruda, entre outros. Divulgou nomes como Pedro Oom ou Mário-Henrique Leiria. Na televisão contribuiu igualmente para a divulgação da poesia portuguesa, particularmente com duas séries dos programas Palavras Ditas (1984) e Palavras Vivas (1991).  Publicou uma autobiografia, intitulada "Auto-Photo Biografia" (1995).
Em 1995 candidatou-se a deputado e à Presidência da República Portuguesa, adoptando o slogan "O sonho ao poder".
Em 2001 o Museu Nacional do Teatro dedicou-lhe a exposição "Um Rapaz Chamado Mário Viegas".
 

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