segunda-feira, fevereiro 21, 2011

O Museu de Frida

Frida Kahlo (1907 — 1954) foi uma pintora mexicana. O nascimento de Frida ocorreu na casa dos pais, conhecida como La Casa Azul, em Coyoacán, que naquela época era uma pequena cidade nos arredores da Cidade do México.
Embora o casamento dos pais tenha sido muito infeliz, Guillermo e Matilde tiveram quatro filhas, sendo Frida a terceira.
Com seis anos, Frida contrai poliomielite, sendo esta a primeira de uma série de doenças, acidentes, lesões e operações que sofre ao longo da vida. A poliomielite deixou-lhe uma lesão no pé direito e a partir daí começa a usar calças. Mais tarde, usa também longas e exóticas saias, que vieram a ser uma das suas marcas pessoais.
Ao contrário de muitos artistas, Kahlo não começou a pintar cedo.
Entre 1922 e 1925 frequenta a Escola Nacional Preparatória do Distrito Federal do México e assiste a aulas de desenho e modelagem.
Em 1925, com 18 anos aprende a técnica da gravura com Fernando Fernandez. Porém sofre, nessa altura, um grave acidente. O eléctrico onde viajava chocou com um combóio. O pára-choque de um dos veículos perfurou as costas de Frida, atravessou-lhe a pélvis tendo saído pela vagina. As sequelas deste acidente obrigaram-na a ter de usar vários coletes ortopédicos de materiais diferentes. Chegou inclusive a pintar alguns deles (por exemplo o colete de gesso na tela intitulada "A Coluna Partida"). Por causa desta tragédia, fez várias cirurgias e ficou muito tempo acamada. Durante a longa convalescença, começou a pintar com uma caixa de tintas que pertenciam ao seu pai, e com um cavalete adaptado à cama.
Em 1928, Frida Kahlo adere ao Partido comunista mexicano. Aí conhece o muralista Diego Rivera, com quem se casa(tinha 21 anos) no ano seguinte. Foi um casamento tumultuoso, visto que ambos tinham temperamentos fortes e casos extraconjugais. Kahlo, que era bissexual, esteve relacionada com Leon Trotski depois de separar-se de Diego. Rivera aceitava abertamente os relacionamentos de Kahlo com mulheres, embora não aceitasse os seus casos com homens.
Sob a influência da obra do marido, adotou o emprego de zonas de cor amplas e simples num estilo propositadamente reconhecido como ingénuo. Procurou através da sua arte afirmar a identidade nacional mexicana. Por isso, adotava com muita frequência temas do folclore e da arte popular do México.
Entre 1930 e 1933 passa a maior parte do tempo em Nova Iorque e Detroit com Diego Rivera. Entre 1937 e 1939 Leon Trotski vive na sua casa de Coyoacan.
Em 1938 André Breton qualifica a sua obra como surrealista, num ensaio que escreve para a exposição de Kahlo, na galeria Julien Levy de Nova Iorque. Porém Frida, declara mais tarde: "pensavam que eu era uma surrealista, mas eu não era. Nunca pintei sonhos. Pintava a minha própria realidade".
Alguns dos seus primeiros trabalhos incluem o Auto-retrato num vestido de veludo (1926), Retrato de Miguel N. Lira (1927), Retrato de Alicia Galant (1927) e Retrato de minha irmã Cristina (1928).
Agora proponho-lhe que visite a Casa Azul de Frida que está hoje transformado no fabuloso museu desta extraordinária mulher.
A visita ao Museu de Frida Kahlo percorre todos os espaços da casa (de forma panorâmica) que está decorada de forma extraordinária com os objectos desta pintora mexicana.
Não desperdice a oportunidade de conhecer Frida Kahlo e visitar a Casa Azul que tanto amou.

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