sexta-feira, fevereiro 26, 2010

Pontes sobre o rio Douro

O rio Douro, nasce em Espanha na serra de Urbião (sierra de Urbión), a 2.080 metros de altitude. Atravessa o norte de Portugal e a sua foz é junto às cidades do Porto e de Vila Nova de Gaia. Tem 927 km de comprimento e é o segundo rio mais extenso da Península Ibérica.
Há duas versões para a origem do nome do rio Douro. Segundo uma delas, nas encostas escarpadas, um rio banhava margens secas e inóspitas. Nele rolavam, noutros tempos, brilhantes pedrinhas que se descobriu serem de ouro. Daí, o nome de rio Douro.

No início do seu curso é um rio largo e pouco caudaloso. De Zamora à sua foz, corre entre fraguedos em canais profundos. O forte declive do rio, as curvas apertadas, as rochas salientes, os caudais violentos, as múltiplas irregularidades, os rápidos e os inúmeros "saltos" ou "pontos" tornavam este rio indomável.
Com a construção de barragens, criaram-se grandes albufeiras de águas tranquilas, que vieram incentivar a navegação turística e recreativa, assim como a pesca desportiva. Excluindo-se os períodos de grandes cheias, pode dizer-se que o rio ficou domado definitivamente.
No seu curso, entre Bemposta e Picote, pode ver-se reflectido nas suas águas espelhadas, tudo o que rodeia este ambiente: as nuvens, o sol, os montes, as fragas, as aves (patos, garças, águias, abutres e gaivotas). Nas fragas mais altas podem ser vistas aves de rapina (abutres, grifos e águias), guardando os seus ninhos.
Por outro lado, no rio, espécies indígenas, como o escalo, a enguia e a truta, têm sido dizimadas ou pela pesca à rede descontrolada e/ou pela modificação das condições ambientais.
Porém, passar junto a fragas gigantes, tingidas de várias tonalidades, pela separação de fragmentos de rocha, causadas por dilatações e contracções bruscas, motivadas pelo clima, é esmagador.
Dentro das matas de zimbros, estevas, carvalhos, sobreiros e pinheiros e outras variedades de vegetação das encostas do Douro, podem ainda encontrar-se espécies cinegéticas, que são uma das maiores riquezas naturais da região: o corso, o javali, o coelho, a lebre, o lobo, a raposa, o texugo, a gineta, etc.
A UNESCO designou em 14 de Dezembro de 2001 a região vinhateira do Alto Douro na lista dos locais que são Património da Humanidade, na categoria de paisagem cultural.

Veja, agora, as principais pontes do rio Douro junto á sua foz: entre o Porto e Gaia.

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