sábado, outubro 31, 2009

A "Casa da Mariquinhas" em Umbundo

Da história da música popular angolana faz parte o grupo África Show, que foi fundado, em Angola, no final dos anos 60. De entre os conjuntos musicais da época, foram os primeiros a utilizar o órgão. Esta alteração foi inédita , pois a temática e os instrumentos utilizados pela maioria destes grupos, tinham a ver com o folclore daquele país. Este conjunto nasceu na Associação D. Filó, que existia no musseque (bairro) do Rangel, em Luanda. Teve como fundadores os músicos José Massano Júnior, Zeca TTirileny, Tony Galvão e Quim Amaral. Mas, nomes como Nito Saraiva, Balão, Zé Keno, Belmiro Carlos (todos solistas), Liceu Vieira Dias, Didinho, Raúl Tolingas, Vininho, Tinito, Weba, Belita Palma e Teta Lando, fizeram parte dos África Show. Embora fundado num bairro indígena, este conjunto sempre ensaiou no Marçal (primeiro em casa de um amigo e depois na casa de Massano Júnior). O grupo veio por três vezes a Portugal. A Valentim de Carvalho gravou todos os seus LP (s).
Ouça-os, no fado A Casa da Mariquinhas, popularizado por Amália Rodrigues.
A particularidade desta interpretação está no facto de ser cantada numa das várias línguas faladas em Angola: o umbundo.


sexta-feira, outubro 30, 2009

Os 50 de Asterix

"Estamos no ano 50 antes de Cristo. Toda a Gália foi ocupada pelos romanos... Toda? Não! Uma aldeia povoada por irredutíveis gauleses ainda resiste ao invasor." O prefácio de todas as histórias de Asterix dá o tom de aventura épica e bem-humorada que vem pela frente.
O personagem criado por René Goscinny e Uderzo em 1959 é muito mais do que um herói popular. É um ícone da BD franco-belga que tem alimentado, com as suas divertidas aventuras, o imaginário de gerações sucessivas de leitores. E constitui também um símbolo por excelência da consciência colectiva francesa, que se revê nas histórias que envolvem a aldeia gaulesa que resiste aos romanos. Surgiu pela primeira vez em 29 de Outubro de 1959 no nº1 da revista Pilotee, desde então, sucederam-se 33 aventuras, filmes de animação, três longas-metragens com actores reais, um parque temático, etc.
Para se divertir veja um resumo dos Doze Trabalhos de Astérix e consulte a sua página oficial.

quinta-feira, outubro 29, 2009

Espelhos e Reflexos

Leia a poesia de Cecília Meireles e veja a apresentação que escolhi para a ilustrar.

Noções

Entre mim e mim, há vastidões bastantes
para a navegação dos meus desejos afligidos.

Descem pela água minhas naves revestidas de espelhos.
Cada lâmina arrisca um olhar, e investiga o elemento que a atinge.

Mas, nesta aventura do sonho exposto à correnteza,
só recolho o gosto infinito das respostas que não se encontram.

Virei-me sobre a minha própria experiência, e contemplei-a.
Minha virtude era esta errância por mares contraditórios,
e este abandono para além da felicidade e da beleza.

Ó meu Deus, isto é minha alma:
qualquer coisa que flutua sobre este corpo efêmero e precário,
como o vento largo do oceano sobre a areia passiva e inúmera...

Cecília Meireles

quarta-feira, outubro 28, 2009

Parabéns

No dia 22 de Outubro, comemoraram-se os 125 anos do Meridiano de Greenwich. Essa linha imaginária assinala a Longitude (0° 0' 0") e divide a Terra nos hemisférios oriental e ocidental – tal como o Equador a divide nos hemisférios norte e sul (Latitude 0º 0' 0"). Assim, qualquer ponto da superfície da Terra, se pode localizar através dessas duas coordenadas – longitude e latitude.
O Meridiano de Greenwich é o meridiano que passa sobre a localidade de Greenwich (no Observatório Real, nos arredores de Londres, Reino Unido) e que, por convenção, divide o globo terrestre em ocidente e oriente. Foi estabelecido por Sir George Biddell Airy em 1851.
Definido, por acordo internacional em 1884, como o primeiro meridiano, serve de referência para calcular distâncias em longitude e estabelecer os fusos horários. Cada fuso horário corresponde a uma faixa de quinze graus de longitude, sendo a hora de Greenwich chamada de Greenwich Mean Time (GMT).
O Meridiano de Greenwich atravessa dois continentes e sete países. Na Europa: Reino Unido, França e Espanha; na África: Argélia, Mali, Burkina Faso e Gana. O seu antimeridiano é o meridiano de 180º, que coincide fugazmente com a irregular Linha Internacional de Mudança de Data. Este cruza, ainda, uma parte da Rússia no estreito de Bering e uma das ilhas do arquipélago de Fiji, no Oceano Pacífico.
Como já referi, a 22 de Outubro de 1884, há precisamente 125 anos, foi aprovado, o meridiano de Greenwich como Meridiano de referência para todo o mundo, na Conferência Internacional do Primeiro Meridiano, em Washington D. C., Estados Unidos.
A partir dessa altura, para os países que aceitassem a norma, a longitude 0° passaria pelo Observatório Real de Greenwich, nos arredores de Londres. Além disso, o globo passava a estar dividido em 24 "gomos", os fusos horários, com uma hora ou 15 graus cada um. Os fusos horários seriam contados positivamente para leste, e negativamente para oeste, até ao Meridiano de 180º - o Anti-Meridiano, situado no Oceano Pacífico, onde seria a Linha Internacional de Mudança de Data.
Deve-se a Eratóstenes (276-196 AC) a base do sistema de coordenadas que ainda hoje se usa e que permite localizar, através de uma latitude e de uma longitude, qualquer lugar na superfície do globo. Se a questão da latitude sempre foi pacífica, medindo-se a partir dos zero graus do Equador, para norte e para sul, já a da longitude demorou muito mais tempo a padronizar-se.

terça-feira, outubro 27, 2009

10 Minutos

Ana Carolina é uma cantora, compositora, arranjadora e instrumentista brasileira.
A sua influência musical vem do berço.
Primeiro a avó, depois Chico Buarque, Tom Jobim, Maria Betânia, Nina Simone, Björk ou Alanis Morissette.


Do seu último álbum, lançado recentemente, escolhi o tema, 10 minutos. Nesta música veja como ela reinventa o tango, com o sabor do Brasil.



Se quiser conhecer duas outras fantásticas músicas de Ana Carolina, clique em Cabide (um sambinha) e Garganta.

segunda-feira, outubro 26, 2009

A História da Terra

A História da Terra está, aqui, contada de forma extraordinária. As eras geológicas, o surgimento da vida na terra, as diferentes formas de vida. Os dinossauros, o aparecimento do homem, algumas civilizações e a conquista espacial. Tudo em poucos minutos.
Pedagogicamente bem conseguida esta apresentação, escrita em português do Brasil. Das melhores a que tenho tido acesso nos últimos tempos.
Imagine-se numa máquina do tempo. Assista! Não perca!

domingo, outubro 25, 2009

Sete Minutos de História

Proponho-vos, hoje, relembrar a História de Portugal desde os primórdios, até à actualidade. Para isso, veja o vídeo que se segue.
Para condensar a nossa história em apenas sete minutos, a narração é rápida e o narrador fala de forma acelerada.
A história de Portugal em 7 minutos?!!!...
Vale a pena ver e ouvir ! São sete minutos bem passados.