sábado, fevereiro 28, 2009

A Nossa Biblioteca



A nossa Biblioteca faz parte da Rede de Bibliotecas Escolares desde o início (1997).
A participação neste projecto tem permitido a melhoria não só das instalações mas também tem permitido perceber a importância de uma Biblioteca/Centro de Recursos Educativos.
É que aprender é cada vez menos decorar conhecimentos.
Aprender é cada vez mais saber perguntar, saber pesquisar, saber utilizar e avaliar os conhecimentos.
A Biblioteca da nossa Escola procura ajudar a esclarecer algumas dúvidas, a fazer perguntas e oferece os meios para se obterem as respostas que procuramos.
A Biblioteca é um espaço com bom ambiente e ideal para o trabalho individual ou em grupo.
Ali pode-se pesquisar utilizando diversos meios: livros, revistas, manuais escolares, dossiês temáticos, Cd, Dvd, vídeos e os computadores.
Como é um espaço agradável e sossegado pode-se estar, também, a ouvir música ou a ler pelo prazer de ler ou pode-se trabalhar nas actividades do Clube dos Amigos da Biblioteca.
A Biblioteca organiza feiras do livro e exposições, assinala efemérides e comemora dias mundiais. Algumas vezes convida escritores para conversar e promove semanas da leitura e do livro.
De 2 a 6 de Março vai decorrer, este ano, a Semana do Livro e da Leitura. Começaremos a semana com: Um Encontro com... Ana Saldanha. Mas há outras actividades: Feira do Livro, Exposição sobre As Profissões dos Galegos em Lisboa, Exposição sobre Química, Actividades de promoção da Leitura, etc., etc.

A Biblioteca da Escola é uma janela aberta para o mundo!
Há que mantê-la Aberta!
Utilize a Biblioteca.
Cresça com ela!

terça-feira, fevereiro 24, 2009

Entre Arlequins, Columbinas, Pierrots e Dominós...



A Colombina é uma personagem deste género de teatro popular (Commedia Dell'Arte). Em geral, aparece como serva ou empregada de alguma dama. É caracterizada como uma rapariga linda e inteligente, de humor rápido e irónico que está sempre envolvida em intrigas e coscuvilhices. É apaixonada por Arlequim, e amada em segredo pelo romântico Pierrot.









O Pierrot é apaixonado pela Colombina, mas, não é correspondido! Teve como origem o personagem italiano Pedrolino. Representa a idealização do amor. É um sonhador, tradicionalmente retratado com uma lágrima que lhe escorre pelo rosto. Aparece vestido de blusa e calças largas e brancas.



O Arlequim surgiu primeiramente com a função de divertir as pessoas durante os intervalos dos espetáculos. Porém, foi ganhando expressão, chegando a fazer parte das estórias.
O seu traje é feito de retalhos multicoloridos, geralmente em forma de losangos, que mais ainda o destacavam em cena e o identificava, também, como um servo. Também ele é apaixonado por Colombina, mas nem sempre é fiel e o romance dos dois é cheio de idas e vindas...
Existe contudo, ainda, uma versão igualmente famosa, com origem napolitana que é o Polichinelo.

Dominó é uma palavra (s.m.) que pode significar túnica, com capuz e mangas, para disfarce de mascarados pelo carnaval ou pessoa que veste esse traje.
Dominó é outro dos personagens clássicos da Commedia Dell’Arte italiana, ainda que menos conhecido do que Pierrot, Arlequim ou Columbina.


Como fantasia de Carnaval começou por ser usada pelos antigos venezianos.
Este traje pode ser feito de cetim ou veludo, mas é sobretudo apresentado em sarja, normalmente de cor negra. É uma túnica que desce até aos pés do mascarado e que tem capuz e mangas. A esta fantasia acrescem luvas e uma misteriosa máscara. O fantasiado coloca a voz num estridente falsete e assim o encobrimento é total. Deixam de ser gordos ou magros, feios ou bonitos, homens ou mulheres, ocultam a classe social e... saiem para conviver.
A colher de pau surge, por cá, para manter afastados os mais atrevidos. É que o direito à ocultação da identidade é levado muito a sério.
Camilo Castelo Branco escreveu um conto intitulado Coisas Que Só Eu Sei e que tem por base um encontro entre dois dominós. O mesmo faz Fernando Pessoa através de Álvaro de Campos (Tabacaria) e Bernardo Soares, no Livro do Desassossego. Fique com ele clicando aqui.

segunda-feira, fevereiro 23, 2009

A Comédia da Arte



Estamos no Carnaval. Como é normal, no meio da folia aparecem as já conhecidas e tradicionais personagens: Pierrot, Arlequim e Colombina. Estas três figuras são fundamentais em qualquer baile de máscaras ou em qualquer loja de venda ou aluguer de máscaras e fantasias.



Como surgiram?
Pois bem, a sua origem remonta ao século XVI, na Itália. Aí eram comuns os grupos de teatro popular que realizavam apresentações pelas ruas. Do seu repertório faziam parte as peças de teatro improvisadas. Esse estilo ficou conhecido como Commedia dell´Arte (Comédia da Arte) e, ainda hoje existem trupes de teatro desse género.
Estes grupos deslocavam-se numa charrete e improvisavam (em torno de um determinado número de personagens e de temas) espetáculos pelas cidades por onde passavam, fazendo de seu veículo o próprio palco, e das suas vidas a própria arte.
Os actores usavam máscaras para caracterizar as suas personagens. Mas, diferentemente do teatro tradicional, os papéis femininos eram interpretados por mulheres de verdade e não por homens fantasiados de mulher. E os temas? Esses nasciam da fantasia das gentes simples, dos camponeses, das histórias antigas, das canções dos trovadores medievais, etc. ... Nalgumas destas figuras reconhecem-se à distância: os velhos tolos, os servos espertos, os soldados fanfarrões e as jovens enamoradas...

A Comédia da Arte é uma forma complexa de arte porque exige aos actores conhecimentos de música, de dança, de poesia, de drama e de circo e capacidade de improvisação.