terça-feira, fevereiro 24, 2009

Entre Arlequins, Columbinas, Pierrots e Dominós...



A Colombina é uma personagem deste género de teatro popular (Commedia Dell'Arte). Em geral, aparece como serva ou empregada de alguma dama. É caracterizada como uma rapariga linda e inteligente, de humor rápido e irónico que está sempre envolvida em intrigas e coscuvilhices. É apaixonada por Arlequim, e amada em segredo pelo romântico Pierrot.









O Pierrot é apaixonado pela Colombina, mas, não é correspondido! Teve como origem o personagem italiano Pedrolino. Representa a idealização do amor. É um sonhador, tradicionalmente retratado com uma lágrima que lhe escorre pelo rosto. Aparece vestido de blusa e calças largas e brancas.



O Arlequim surgiu primeiramente com a função de divertir as pessoas durante os intervalos dos espetáculos. Porém, foi ganhando expressão, chegando a fazer parte das estórias.
O seu traje é feito de retalhos multicoloridos, geralmente em forma de losangos, que mais ainda o destacavam em cena e o identificava, também, como um servo. Também ele é apaixonado por Colombina, mas nem sempre é fiel e o romance dos dois é cheio de idas e vindas...
Existe contudo, ainda, uma versão igualmente famosa, com origem napolitana que é o Polichinelo.

Dominó é uma palavra (s.m.) que pode significar túnica, com capuz e mangas, para disfarce de mascarados pelo carnaval ou pessoa que veste esse traje.
Dominó é outro dos personagens clássicos da Commedia Dell’Arte italiana, ainda que menos conhecido do que Pierrot, Arlequim ou Columbina.


Como fantasia de Carnaval começou por ser usada pelos antigos venezianos.
Este traje pode ser feito de cetim ou veludo, mas é sobretudo apresentado em sarja, normalmente de cor negra. É uma túnica que desce até aos pés do mascarado e que tem capuz e mangas. A esta fantasia acrescem luvas e uma misteriosa máscara. O fantasiado coloca a voz num estridente falsete e assim o encobrimento é total. Deixam de ser gordos ou magros, feios ou bonitos, homens ou mulheres, ocultam a classe social e... saiem para conviver.
A colher de pau surge, por cá, para manter afastados os mais atrevidos. É que o direito à ocultação da identidade é levado muito a sério.
Camilo Castelo Branco escreveu um conto intitulado Coisas Que Só Eu Sei e que tem por base um encontro entre dois dominós. O mesmo faz Fernando Pessoa através de Álvaro de Campos (Tabacaria) e Bernardo Soares, no Livro do Desassossego. Fique com ele clicando aqui.

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